Doce Assassino

Encarando a Realidade


Capítulo 3

Encarando a Realidade


Sentia a claridade incomodar seu rosto e tentar se virar fora em vão, já que sentia-se presa e imobilizada. Abriu os olhos lentamente para que se acostumasse com a luz que adentrava pela janela posicionada ao lado da cama. Um calor imenso tomava conta de si e notou fortes braços em volta de si.

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– Na...Natsu - sentiu-se corar.

– Hum? Lucy - sentou na cama passando as costas da mão nos olhos, despreocupado e ainda sonolento - Há algo errado?

– N-Não - sentou de costas pra ele escodendo a face ruborizada.

Escutaram leves batidas na porta e ele bocejou um 'entra' entediado, logo depois revelando Gray com uma calça jeans e sem camisa.

– Tava demorando - Natsu espremeu os olhos - Quê que cê qué?

– O mestre mandou te chamar, agora.

– Sabe por que? - arqueou uma sombrancelha.

– Missão provavelmente.

– Estou indo.

– Não demore - saindo.

Encarou ela - Você vai ficar bem?

– Hhum. Desde quando se importa senhor assassino de donzelas?

– Estamos em trégua. Não seja estranha - fez uma careta - Você não fala coisa com coisa - pegou uma camiseta com o símbolo da Fairy Tail e uma bermuda vermelha - Se precisar de alguma coisa peça à Mirajane ou Lisanna - entrou no banheiro e depois de alguns segundos saiu já trocado - E tente não se meter em confusão, combinado?

– Combinado - ela piscou.

– Saia pra dar uma volta, vai gostar do pessoal daqui - abrindo a porta - E não fique muito perto do Gray - saiu fechando a porta.

Ela suspirou. Lenvantou e se encaminhou para a pequena porta de madeira, abrindo-a. Deu uma longa olhada no espelho. Sentia-se diferente. Não sabia o porquê. Mas estava feliz com isso. Sempre sentira uma agonia no peito, mas agora era como se toda a dor que passara tivesse sumido sem nem deixar vestígios. Ainda assim tinha que manter-se lúcida e lembrar-se sempre que quando chegasse a hora tudo aquilo ia acabar.

[...]


– Velhote? - adentrou o local.

– Natsu, veio mais rápido do que eu imaginava - Levou uma caneca de vidro à boca, tomando uma enorme golada no vinho que continha no recipiente - Onde ela está?

– A deixei no quarto - escorou-se na mesa ao lado dele.

– Eu sei quem ela é - olhou de canto pra ele - Por que não conseguiu matá-la?

– Ela não almeja nada na vida - olhou pra cima, em um ponto qualquer do teto do local - Isso é muito triste.

– E o que você pretende? Não vai demorar até que Luxus descubra.

– Eu sei - suspirou - O que acha que eu devo fazer? Fiz um acordo com ela - olhou fundo nos olhos do mestre que terminava de beber o líquido roxo que mantinha-se no copo.

– Aproveite que ela está distraída e conclua a missão - viu ele bagunçar os cabelos róseos e depois colocar as mãos nos bolsos e olhar pra baixo.

– Não fique assim - pousou a mão no topo da cabeça dele - Uma hora ou outra vai ter que fazer isso.

– Ainda assim. Eu fiz uma promessa pra ela. Nunca quebrei uma promessa - pousou a mão no símbolo da guilda de assassinos em sua camiseta - Foi uma das primeiras coisas que aprendi aqui, velhote.

O mestre pressionou os olhos e suspirou pesadamente.

– Não haja como uma criança Natsu. Você é um assassino. Um dos melhores, não é hora de ter uma crise de consciência - se levantou - Isso não é mais de sua escolha, é uma ordem direta, não daquele lixo do meu neto, mas sim do seu mestre. E não cumpri-la será um grande problema pra você. Já tolerei muitos de seus caprichos, mas isso não será perdoado. Estamos entendidos?

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– Sim - ele encarou o mestre mais uma vez - Se eu não conseguir matá-la, me executarei - caminhou até a porta e girou a maçaneta - Adeus velhote.

Saiu pela porta logo em seguida escutando as palavras do que permanecera lá dentro - Até logo Natsu.