Do you remember us?

Capítulo 7 - He will be the one who will hold you.


DAMON

Nós chegamos em casa por volta da meia noite, eu estava muito feliz da Elena ter se lembrado de algo, mesmo que pouco, ela se lembrou de algo, eu achei que levando ela lá, onde eu sabia que era muito importante para ela, alguma memória lhe virira, e graças aos céus eu estava certo, eu só não pretendia beija-la, mas é tão difícil ter ela aqui e não poder beija-la, não poder abraça-la, não poder ficar conversando sobre nosso passado e fazendo planos para o futuro, como nós sempre fazíamos.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Elena foi direto dormir, ela começaria a trabalhar no dia seguinte, fiquei feliz por ela, eu sei como é ruim ficar em casa o dia todo, sem fazer nada, e um trabalho iria lhe fazer bem. Vesti minha calça de moletom, me deitei no sofá, peguei meu celular e fiz o que fazia todas as noites dos últimos três meses, fiquei observando as nossas fotos.

— Nós temos mesmo que ir? – eu perguntava choramingando.

— Sim, nós temos – ela me puxava pela mão para sair da cama – Agora levante-se, tome um banho, vista-se, e fiquei bem gostoso – ela sorriu com malicia.

— Posso ficar bem gostoso aqui, só pra você - eu a olhava com malicia, mordendo o lábio inferior.

— Damon – ela me reprovou com os olhos. – Levanta – ela fazia força para me puxar da cama.

— Elena – eu choramingava de novo – não quero ir.

— Damon, não é uma opção, minha mãe nos chamou, e nós vamos.

— Seu pai me odeia.

— Minha mãe te adora, você vai por ela, por favor – ela fez beicinho.

— Assim não vale – bufei, relutante me levantei da cama – você vai me dever essa, e eu vou cobrar.

— Te amo – ela me abraçou, e me beijou – Agora, banho – ela deu um tapa na minha bunda e riu como uma criança aprontando.

Tomei um banho demorado, sai apenas de toalha do banheiro, Elena estava na frente do espelho com um vestido na frente, ela não percebeu que eu estava ali, fiquei a observando, ela colocava as roupas na frente do corpo, encarava o espelho, depois respirava fundo, jogava na cama e ia para outra, fez isso cerca de seis vezes.

— Algum problema? – disse a assustando.

— Não tenho nada para vestir – ela bufou – nada adequado.

— Elena, qualquer coisa fica adequada em você, por que está assim?

— Meu pai Damon, eu não sei porque, mas eu sempre quero estar impecável perto dele, eu quero que ele me perdoe um dia, quero agrada-lo.

— Pare com isso, ele te ama, qualquer coisa que você vestir ele vai gostar.

— Estamos falando do mesmo homem? – ela me olhou com os olhos apertados.

— Você tem razão – rimos – nunca vi um homem igual ao seu pai, ele quer sempre passar a imagem da família perfeita, ele se importa muito com a aparência, até com o que vocês vestem..

— Exatamente. – ela suspirou.

Ela escolheu por fim um vestido cor de rosa de alsas finas, que caia perfeitamente em seu corpo, enquanto ela terminava de se maquiar eu me vesti.

— Pronta? – eu disse a olhando.

— Sim – ela estava tão linda, na verdade ela estava sempre linda, se ela se vestisse com saco de lixo eu ainda a acharia linda.

Entramos no carro, eu dirigi até a casa de seus pais em Manhattan, a casa era enorme, nós fomos o caminho todo fazendo planos para o futuro, estávamos casados a três meses, era tudo alegria, por enquanto.

Após alguns minutos nós chegamos, descemos do carro e fomos em direção a porta, era a primeira vez que Elena vinha aqui depois que nos casamos, ela apertou minha mão e sorriu.

— Filha – a mãe dela abriu a porta e puxou para um abraço de urso, quase a sufocando.

— Também estava com saudades mãe.

— Olá Damon – ela me deu um abraço leve.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Sra. Gilbert – retribui seu abraço.

Nós entramos, fomos caminhando até a sala de estar, Jeremy estava sentado conversando com uma garota.

— Lena – ele se levantou sorrindo e abraçou a irmã – está cuidando bem dela Damon?

— Faço o que eu posso – eu ri, e nos comprimentamos com um aperto de mãos.

— Só mais alguns minutos e o almoço já vai estar pronto. Só um minuto que vou chamar seu pai – ela passou a mão pelos ombros de Elena e saiu dali.

A sala de estar, já ouvira tantas coisas ali, Sr. Gilbert já tentará me comprar ali, ele queria me pagar para eu sair de perto de sua filha, eu de verdade tentava entender o porque daquele homem me detestar tanto.

— Oi papai – Elena o abraçou, ele retribuiu o abraço sem nenhuma vontade.

— Elena, Damon – ele fez um aceno de cabeça para mim e foi até o bar se servir de um de seus whiskys.

Eu conversava com Jeremy e Elena, estávamos contando sobre a nossa Lua de mel em Londres, Elena falava mais do que eu, ela contava sobre tudo nos mínimos detalhes, sobre os lugares que visitamos, sua mãe se juntara a nossa conversa, e eu pude ver a alegria nos olhos dela em saber que a filha dela estava feliz, vez ou outra ela me lançava um olhar doce, que eu sentia como um agradecimento.

— Grayson, junte-se a nós querido – disse Miranda.

— Eu já conheço Londres – ele disse mau humorado.

— Venha ouvir da sua filha então – ela insistiu.

— Por que? – ele perguntou rabugento.

— Para saber como ela está feliz por exemplo – retruquei, eu não deveria, mas não pude segurar, e ele me lançou um olhar semicerrado, com certeza se pudesse, ele me mataria ali.

— Eu soube perfeitamente que ela está bem.

— E imagino que o senhor fique tão feliz quanto, sabendo que sua garotinha está bem, e muito feliz ao meu lado – rebati novamente.

— É claro – ele disse com um sorriso falso.

Elena se aproximou de mim e deu um beijo em meu rosto, e me pediu para que eu parasse de discutir com ele, que era totalmente inútil, e assim eu fiz. A campanhia tocou, todos pareceram surpresos, exceto Grayson, que dispensou a senhora baixinha que trabalhava para eles, e foi abrir a porta. Não acreditei quando vi aquele homem ali, meu sangue ferveu, cerrei o punho irritado, Elena percebeu e apertou a minha mão.

— Boa tarde – ele disse ao entrar na sala de estar

— Olá Matt – disse Miranda desconfortável.

— Oi – Elena, Jeremy e eu respondemos juntos a contra gosto.

Elena saiu de fininho e puxou a mãe em um canto, e pude ouvi-la dizer nervosa.

— O que ele faz aqui mãe? Você disse que seriamos apenas nós.

— Filha o seu pai o chamou, eu não sabia, estou tão surpresa e irritada quanto você.

— O meu pai não tem noção? Não é possível. – ela disse irritada, e voltou para perto de mim.

A tensão era palpável naquela sala, quase ninguém falava, apenas Matt e Grayson conversavam entre si, Elena acariciava minha mão, na falha tentativa de me acalmar, se eu pudesse, juro que esmurrava a cara daquele cara.

— O almoço está pronto – disse a senhora de meia idade baixinha.

— Que ótimo, vamos almoçar – disse Miranda forçando animação.

Todos nos dirigimos para a sala de jantar, me sentei na cadeira ao lado de Elena, o almoço estava delicioso, mas o ar estava pesado, Grayson era o único que falava com Matt.

— Conte a eles Matt – disse Grayson com um sorriso orgulhoso.

— Eu me candidatei a senador, e agora me aceitaram – ele disse com ar de superioridade, nojento.

— Provavelmente meu pai é o único que se interessa por isso aqui – Elena disse em tom de deboche.

— Você se interessava. - senti duplo sentido em seu tom de voz.

— Sim, no passado, e hoje tenho nojo do assunto, e tenho nojo de você também. Com licença. – ela se levantou muito irritada.

Fuzilei Matt que estava sentado á minha frente, e ele parecia gostar de provoca-la.

— Você é desprezível – falei com nojo, me levantei e fui atrás dela.

Elena estava na varanda da casa, ela estava com as mãos na cintura, e andava de um lado para o outro nervosa, me aproximei e a puxei pelo pulso direito, encarei seus lindos olhos castanhos que transbordavam de raiva.

— Não dê ouvidos á ele, você sabe que ele só quer te irritar.

— E sempre consegue, não sei como meu pai consegue gostar desse babaca, mesmo depois de tudo que ele fez.

— Filha – Miranda estava ali conosco agora, ela passava a mão nas costas de Elena querendo acalma-la – Não dê atenção querida, volte para almoçar conosco, por favor.

— Não dá mãe, só de olhar a cara dele eu já quero colocar tudo para fora.

— Vamos lá amor – disse tocando seu rosto.

— Eu vou acabar de comer, e nós vamos embora.

— Tudo bem.

Nós três voltamos, nos sentamos e continuamos a comer, Grayson e Matt conversavam animados sobre alguma coisa que envolvia politica, como sempre, Jeremy fazia caras de tédio e tentava conversar sobre outra coisa, sempre sendo ignorado.

— Ah Matt, você é o filho que eu queria ter – disse Grayson.

— Então porque você não o adota? Porque daqui a alguns anos, ele provavelmente vai ser o único que vai te suportar – Jeremy saiu batendo a cadeira, e a sua amiga o seguiu.

Miranda estava com a cabeça baixa, passava a mão na nuca e estava chateda.

— Vamos embora – disse Elena apenas para que eu ouvisse.

Me levantei e ela também, não nos despedimos dos que ainda estavam a mesa, apenas Grayson e Matt, nos despedimos de Jeremy e sua amiga, e de Miranda, que se desculpava pela milésima vez.

Eu as vezes me perguntava porque Miranda ainda estava casada com Grayson, dava para notar que ela não o aguentava mais, mas porque ainda estar com um homem tão insuportável? Acho que nunca saberei essa resposta.