Do you remember us?

Capítulo 44 - Be careful.


Era sabado a noite, Dani insistia desesperadamente para que eu saísse com ela, queria ir á um bar que abriu a pouco tempo, cansada de resistir e começando a ter realmente vontade de ir aceitei. Tomei um banho, fui até meu closet e escolhi um vestido preto, ele era frente e única e aberto até o meio das costas, ele era todo com babados, e havia um elástico parecendo um cinto na divisão para o quadril, ele era um palmo acima do joelho, passei uma maquiagem preta esfumaçada e um batom vermelho, com um par de peep toe preto de salto 17cm, coloquei um brinco preto em forma de gota e fiz babyliss em meu cabelo.

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Richard passou para nos buscar, ele não iria beber, então confiava um pouco mais nele para voltarmos depois. O bar era no centro de Nova York, estava bem cheio, nós entramos e já não parecia mais um bar, e sim uma boate, a musica Worth it remixada tomava o ambiente, as pessoas ali dançavam animadas. Fomos até o bar, pedi um Cosmopolitan, a bebida rosa descia queimando minha garganta.

Nós ficamos sentados nas banquetas, bebendo e conversando aos berros, Dani foi com Richard até a pista de dança, que bela amiga. Pedi mais um Cosmopolitan, o bebi quase de uma vez, senti alguém cutucar meu braço, era Lexa, ela ria.

— O que está fazendo aqui?

— Aparentemente apenas bebendo mesmo – eu ri e mostrei a ela meu copo quase vazio.

— Você veio sozinha?

— Não – gritei – vim com minha amiga, minha colega de apartamento, mas ela foi dançar com o namorado.

— Vem ficar comigo – ela me puxou pela mão, eu quase cai da banqueta.

Lexa foi me puxando até um grupo de mulheres, imaginei que seriam todas lésbicas, e ri com a idéia.

— Trouxe uma amiga – disse Lexa sorrindo, uma das garotas, uma loira muito bonita, me olhou dos pés a cabeça – Ela não é lesbica, então por favor comportem-se – disse Lexa piscando para mim.

Cumprimentei Sarah e fiquei ali conversando com elas, bebendo mais um Cosmopolitan.

DAMON.

Eu estava trabalhando no escritório do bar, estava concentrado, até ouvir meu celular vibrar, peguei e era uma mensagem do Enzo

Cara, você nem imagina quem está bem na minha frente enchendo a cara de Cosmopolitan ;)

Odeio essas gracinhas de adivinhações de Enzo, e ele faz para me irritar, não passa ninguém pela minha cabeça.
Quem Enzo?

Aguardo sua mensagem, que leva cerca de três minutos.
Elena.
Fiquei surpreso, fazia mais ou menos um mês que eu não falava com ela, e eu aprendi a lidar com o vazio que ela deixou dentro de mim, quando Klaus me disse que eu seria padrinho dele fiquei feliz, mas quando disse que eu teria que entrar com Elena, parte de mim partiu em mil pedaços, e a outra parte quase explodiu de alegria.
Fique de olho nela por favor, não deixe nenhum cara tirar proveito.

Foi tudo que pude dizer.
Voltei ao trabalho, concentrado revendo as notas fiscais, os gastos e os lucros de novembro, perdido em trabalho. Algumas horas depois recebi uma nova mensagem de Enzo.
Cara, ela nem me reconheceu kk, disse para ela maneirar na bebida ela mandou eu cuidar da minha vida kk.
Enzo cuide dela, não deixe-a beber até perder os sentidos.
Damon eu não posso obrigar ela a parar de beber.

Eu não sabia porque eu estava irritado, com Enzo ou com Elena por estar bebendo tanto, isso não é mais da sua conta Salvatore, merda.
Sei que vocês não estão mais juntos, mas tem um cara em cima dela faz uns dez minutos, e ela já pediu para ele sair várias vezes.
Caralho! To indo ai, fica de olho nela, e nesse babaca.

Peguei minhas chaves e sai até meu carro, fui o mais rápido que podia até o bar que Enzo estava trabalhando, estacionei o carro e entrei, meus olhos procuravam por ela. Que merda que eu estou fazendo? Nós não estamos juntos.
Enzo estava no bar, andei até ele, ele riu da minha cara.
— Cadê ela? – perguntei nervoso.
— Ali – ele apontou para a esquerda, e a vi revirando os olhos para o cara a seu lado, ela estava com uma bebida na mão.
Deixei Enzo sozinho e me aproximei dela, fiquei ouvindo de costas enquanto ela já irritada pedia para o cara deixar ela em paz, me virei para encara-lo, eu só tomaria uma atitude se ele tentasse algo com ela, e ela dissesse não, ele se aproximou mais, e passou o nariz pelo pescoço dela, meu sangue ferveu, segurei o impulso de puxa-lo e dar-lhe um murro.
— Sai – ela o empurrou, e ele foi de novo para cima, não consegui segurar.
O puxei pelas costas da camiseta e ele caiu deitado aos meus pés, o fuzilei, ele se levantou disse algo a ela e saiu andando, Elena me olhava surpresa.
— Você está bem? – perguntei olhando-a.
— Sim, o que você está fazendo aqui? – ela perguntou.
— Vim ver o meu amigo – apontei para Enzo no bar – e vi esse cara em cima de você.
— Entendi – ela soltou um sorriso aliviado – obrigada.
— Você está bem? Quantos desse já bebeu? – perguntei indicando seu copo.
— Alguns – ela disse dando de ombro, com um sorriso travesso nos lábios.
— Você está sozinha?
— Eu vim com a Dani e o namorado dela, mas agora eu estava procurando minha amiga Lexa – disse ela ao passar os olhos pelas pessoas que estavam por ali.
— Acho melhor eu te levar para a sua casa, você já bebeu o suficiente.
— Acho que tem razão – ela riu com uma risadinha infantil, Deus, ela estava muito bêbada.
— Onde está a Daniela? – perguntei.
— Não sei – ela disse rindo novamente.
Segurei Elena firme pela cintura, e comecei a procurar a garota loira pela pista, a vi em um canto se agarrando com o cara do outro dia no meu bar, deixei Elena sentada na bancada e pedi para que não saísse dali, caminhei rapidamente até Daniela.
— Daniela – cocei a garganta e ela me olhou.
— Damon? O que faz aqui? – ela perguntou.
— Vim conversar com um amigo que trabalha aqui, Elena está muito bêbada, vou leva-la para casa.
— Você vai levar? – ela me olhou desconfiada.
— Sim Daniela, algum problema?
— Tem certeza que ela quer ir com você? – ela mantinha um olhar desconfiado em mim.
— Daniela, Elena é minha ex mulher, eu não vou fazer nada com ela se é isso que te preocupa – bufei irritado, só de pensar isso, já me irritei mais ainda com a garota – Eu vou deixa-la em casa, e vou embora.
— Tudo bem então – ela me fitava – não ouse fazer nada com ela – ela rosnou.
— Não sou esse tipo de cara, você deveria saber disso – revirei os olhos e sai andando de volta até Elena.
Ela estava conversando com uma garota de cabelos escuros e um vestido extremamente curto, quando me aproximei a garota me fuzilou.
— Pronta para ir? – perguntei a Elena.
— Acho que sim – disse rindo.
— Você vai leva-la para onde? – a garota perguntou me analisando.
— Para a casa dela.
— Elena, o Nick não vai gostar disso – ela disse encarando Elena, e depois se virou para mim – eles estão juntos.
Senti uma facada já intima em meu peito, forcei uma risada, e a garota me encarou.
— Que ótimo namorado ele é, não?
— Ele não é meu namorado – disse Elena – nós somos amigos,- a garota aproximou o rosto do ouvido de Elena e cochichou algo – Está tudo bem Lexa, eu confio no Damon. – e sorriu para mim.
Sem dizer mais nada á garota que me fuzilava, segurei Elena pela cintura e sai com ela daquele lugar. A coloquei no banco e prendi o cinto, ela me encarava com os olhos quase se fechando.
— Está tudo bem? – perguntei assim que me arrumei no banco.
— Uhum – ela colocou a cabeça na janela.
Dirigi até o apartamento dela, quando chegamos perguntei se ela conseguiria subir sozinha, ela disse que sim, mas não conseguia nem soltar o cinto de segurança. Quem é essa garota? O que ela fez com a minha Elena?
Dei a volta no carro, e a ajudei a sair, segurei-a pela cintura e o porteiro abriu a porta de vidro para passarmos, ele me lançou um sorriso simpático. Peguei a chave em sua bolsa e abri a porta, acendi as luzes e levei Elena até o quarto.
— Você quer uma água? – perguntei tirando o cabelo de seu rosto.
— Uhum.
Fui até a cozinha e peguei algumas pedras de gelo, coloquei num copo com água, e levei para ela, que tomou tudo de uma vez, e sorriu para mim.
— Obrigada – disse com uma voz meiga, será que ela sabe que sou eu?
— De nada – me afastei – eu já vou indo, você está mesmo bem? – a encarei.
Ela fez que sim com a cabeça, mas então se levantou cambaleando e foi até o banheiro.
Fui atrás dela, ela se debruçou no vaso e começou a colocar tudo para fora, segurei seu cabelos num rabo, e fiquei passando a mão em suas costas.
Dez minutos depois ela me disse que já estava melhor, ajudei-a a voltar para o quarto. Tirei seus sapatos de salto, e resolvi deixa-la com o vestido, não posso fazer isso. A deitei na cama, e quando seu rosto ficou tranquilo, decidi ir embora.
Eu já estava na metade da sala, quando ouvi ela me chamar, eu sabia que o certo era continuar a andar e ir embora, deixar ela ali, ela já estava segura, mas como nunca tomo a decisão certa.
— Sim? – disse voltando á seu quarto.
— Eu sei que não tenho direito de te pedir isso – ela disse com os olhos ainda fechados – mas fica aqui comigo, por favor, só até eu dormir, não quero ficar sozinha.
Merda, eu não posso fazer isso, já fico mal o suficiente quando não estou com ela, ela não pode me pedir isso, eu não posso fazer isso, não, não, não.
— Tudo bem Elena – respirei fundo e me sentei ao seu lado na cama.
— Obrigada – ela me lançou um sorriso e se aconchegou.
Só de ver seu sorriso já sabia que eu estava ferrado, que isso me renderia mais dias sofrendo e enchendo a cara.

Eu a observei dormir, ela estava com uma feição tranquila, serena, sua boca vermelha estava fina, como queria poder dar-lhe um beijo. Minha cabeça me levou a Rachel, e que daqui a algumas semanas nós iriamos fazer o teste de DNA, e uma esperança invadiu meu corpo, esperança de dar negativo, esperança de Elena voltar para mim, e esperança de ter a minha vida de volta.

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