Do Outro Lado.

Não deixa o mané sentar aqui.


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"Família é um conjunto de pessoas que se defendem em bloco e se atacam em particular." - A.D.

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(...)

- TEM UM PRESENTE PRA VOCÊ NO SEU QUARTO – ouvi o grito da minha mãe quando cheguei no topo da escada, continuei meu caminho. Peguei o celular do bolso pra conferir, e nada dele.

- Nossa o telefone é melhor do que eu? – ouvi aquela voz que fez meu coração acelerar. Olhei pra cima e antes que ela pudesse falar alguma coisa corri em sua direção e a abracei. Não consegui evitar de chorar, as lagrimas caiam rapidamente enquanto eu apertava o abraço, eu estava com tanta saudade dela, era tão bom ter ela ali, perto de mim.

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- Madison, eu senti tanto sua falta – olhei em seu rosto que também estava banhado por lagrimas. Nos abraçamos mais uma vez, apertando uma a outra.

- Eu também senti sua falta minha pequena – sem interromper o abraço, senti ela afagar meus cabelos.

Finalmente eu estava ali, com ela, a pessoa que eu mais amava no mundo. Madison era a pessoa mais importante da minha vida, e ainda é.

Interrompemos o abraço e nos sentamos na cama.

- Então me conta...o que ta rolando, você ta muito diferente. – sorriu e me fez levantar e dar uma volta. Eu ri.

- Não faz muito tempo não, na verdade uma semana. – sentei de novo na cama e começamos uma longa conversa. Ela me contou tudo sobre Paris e deu seus maravilhosos elogios sobre os parisienses. Gentlemans. Eu ria de tudo que ela me contava, e quando eu estava preste a contar a ela sobre mim ouvi meu celular apitar, corri a mão rapidamente por ele e um sorriso se abriu ao ver que era uma mensagem de Kidrauhl.

“Ei, desculpa não ter te respondido, estava ocupado mesmo, que tal conversarmos agora? =D estou te esperando no chat. NÃO DEMORA –d xoxo, Kidrauhl”

“Pois bem você vai ficar esperando... MADISON ACABOU DE CHEGAR =D mesmo estando chateada com você, minha irmã consegue me deixar feliz, então por favor, mais tarde agente conversa! Venita”

Joguei o celular pra longe, não estava afim agora, ele estava tão ocupado a ponto de não poder mandar uma mensagem de texto? Aff’

Olhei Madison que tinha uma expressão brincalhona no rosto, provavelmente querendo saber tudo sobre com quem eu –falava-.

- Então, agora me conta... namorado é? – sabia, não falei.

Comecei a contar pra ela, tudo que aconteceu. Ela ria e fazia grunhidos de raiva em algumas partes. Fazia own’s e awn’s sempre que eu falava de Kidrauhl e sorria. Contei pra ela sobre Justin e como havia sido hoje na sorveteria. Ela como boa pessoa experiente me disse que ele estava gostando de mim. E que, bom, agora eu iria ter que me preocupar já que eu estava incrivelmente linda. Eu ri.

Contei sobre Joe, mas não falei muita coisa, afinal eu não conhecia o moreno.

Madison como sempre me deu vários conselhos e disse que estaria ali pra mim sempre que eu precisasse. Até que ela finalmente me deu a noticia que eu queria ouvir. Ela ficaria aqui, de vez. Um sorriso maravilhoso surgiu em meus lábios, senti minhas bochechas doerem, era realmente maravilhoso poder ter ela por perto. Ficamos um longo tempo conversando e quando nos demos conta, mamãe já estava nos chamando pra jantar.

O jantar foi maravilhoso, finalmente as três mulheres da casa reunidas. Mamãe sorria como antes de Madison ir embora, finalmente.

Ter minha família reunida, feliz novamente me deixou maravilhada.

Depois decidimos ver um filme, e bom foi só piadas e conversas bobas o resto da noite. Fiquei impressionada com o fato de sermos tão unidas, eu amo minha família.

Acordei com um pouco de dor nas costas, havia dormido no sofá, abri os olhos devagar e Madison e mamãe estavam deitadas no tapete agarradas a almofadas. Olhei pra televisão e o filme que já deveria ter acabado a tempo, estava no menu inicial, repetindo a musica diversas vezes. Olhei o relógio da parede que marcavam quatro da manha, droga. Me levantei hesitante e chaqualhei mamãe até que ela abrisse os olhos.

- Mãe, vai pra cama – ela assentiu sem falar e subiu cambaleando e se apoiando no corrimão da escada. Deitei ao lado de Madison e voltei a dormir, não me importante de estar deitada no tapete, parecia tão confortável naquele momento.

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[...]

Parecia que eu tinha acabado de cochilar, mais mesmo assim me levantei do chão e apanhei o celular na mesa de centro. Desliguei o despertador e olhei a hora. Ótimo, já são seis horas. Levantei relutante e segui pra escada, subi lentamente, nem me preocupando com a hora, tomei meu banho e me arrumei lentamente. Peguei óculos escuros, afinal eu deveria estar com o olhar fundo. Passei uma maquiagem pra disfarçar meu cansaço, mais também nem sei se adiantou.

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Peguei meu celular sobre a cama e vi que já eram exatas sete e cinco. Lembrei de Justin, ele ainda não chegou então da tempo de ir embora antes dele aparecer. Peguei minha bolsa e desci as escadas apressadamente, fazendo o salto fazer um barulho irritante, mas que agora era incrivelmente familiar pra mim, eu até estava começando a gostar.

Madison estava sentada no sofá, tomei uma caneca de café de olhos fechados, e no outro sofá de costas pra escada, uma cabeça loira me fez bufar, ele veio mesmo.

- Madison, vai pra cama. – falei chamando a atenção de Justin e dela que me olhou e fechou a cara.

- O garotão ai me acordo e falo que veio te buscar, eu não podia simplesmente deixar ele aqui sozinho. – levantou do sofá e colocou o copo na mesa de centro.

- Por que não foi me chamar? – perguntei olhando pra Justin

- Eu não deixei – Madison falou da escada, já terminando de subi-la. Justin ficou de pé bem na minha frente e sorriu.

- Bom dia Demi, você ta linda – seu sorriso doce me fez rir fraco. Sorri docemente pra ele e caminhei até a porta.

- Você não vai tomar café? – me perguntou quando já estávamos perto do carro.

- To sem fome – entrei no carro e liguei o rádio.

At night when the stars

Light up my room

I sit by myself

Talking to the moon

Try to get to you

In hopes you're on

The other side

Talking to me too

Or am I a fool

Who sits alone

Talking to the moon

I'm feeling like I'm famous

The talk of the town

They say

I've gone mad

Yeah, I've gone mad

But they don't know

What I know

À noite, quando as estrelas

Iluminam o meu quarto

Me sinto sozinho

Falando com a lua

Tento chegar até você

Na esperança de que você esteja

No outro lado

Falando comigo também

Ou eu sou um tolo

Que fica sentado sozinho

Conversando com a lua

Estou me sentindo como se eu fosse famoso

O assunto da cidade

Eles dizem

Que fiquei louco

É, eu fiquei louco

Mas eles não sabem

O que eu sei

Talk to the moon tocava no radio, e a musica me fez lembrar de Kidrauhl, eu estava mesmo apaixonada por uma pessoa que eu não havia nem visto o rosto, era surreal, era louco e absurdamente bom estar sentindo aquilo.

Eu deveria responder a mensagem dele, mas faria isso quando Justin não estivesse perto, afinal o mesmo havia acabado de entrar no carro. Continuamos o caminho pra escola enquanto Bruno Mars tocava.

If they say life's a dream

Call this insomnia

Cause this ain't Wonderland

It damn sure ain't Narnia

And once you cross the line

You can't change your mind

Yeah I'm a monster

But I'm no Frankenstein

And quite frankly

I've been feeling insane in between my eyes

I really cant explain what I feel inside

If you knew what I was you's would run and hide

Se eles dizem que a vida é um sonho

Chame isto de insônia

Porque este não é o País das Maravilhas

E esta certo de que não é Narnia

E uma vez que você cruza a linha

Você não pode mudar sua mente

Sim, eu sou um monstro

Mas eu não sou nenhum Frankenstein

E, francamente

Eu tenho me sentido insano entre meus olhos

Eu realmente não sei como explicar o que eu sinto por dentro

Se você soubesse que se eu fosse você iria correr e me esconder

Justin cantarolou um trecho de The Other Side que pareceu se encaixar com ele, eu ri. Percebi que não estávamos no caminho da escola e arregalei meus olhos olhando pra Justin.

- Não estamos no caminho da escola por que? – ele olhou pra mim sem esboçar surpresa ou qualquer e outra expressão que pudesse me aliviar ou me deixar com mais raiva.

- Não vou deixar você sem comer nada – fez a curva e entrou no drive do Starbucks, bufei me encostando no banco, não acredito.

Justin fez os pedidos e rapidamente já estava com os cafés nas mãos. Me entregou pra que eu pegasse, coloquei em cima das pernas e não fiz nenhum tipo de esforço pra segurar, ele arrancou com o carro.

- Ou você segura, ou vai sujar toda sua roupa – riu fraco me olhando e continuou andando com o carro. Segurei a bandeja relutante, mas segurei. Afinal, não queria mesmo sujar minha roupa.

Chegamos na escola e ele parou em sua vaga, o estacionamento estava vazio, afinal já estávamos bem atrasados. Desci do carro deixando o café no banco e quando ia seguir meu caminho, Justin segurou meu braço rapidamente.

- Que foi? – bufei e puxei meu braço me soltando dele. Ele riu.

- Não vão deixar agente entrar agora, só no segundo período, então relaxa e come o que eu comprei pra gente. O encarei e me encostei no banco me rendendo, ele estava certo, não iriam mesmo nos deixar entrar. Abri a porta e peguei o café dando um pequeno gole, me encostei na porta e fiquei olhando em direção o nada.

- Então aquela na sua sala é? – ele parou ao meu lado com seu café também em mãos.

- Minha irmã – respondi não dando muita atenção pra ele. Eu realmente ainda não me acostumei com o contato que tínhamos.

- Nome?

- Madison, chegou ontem de viagem – percebi ele ficar surpreso e depois relaxar os ombros, olhei rapidamente pra ele, que tinha a expressão pensativa no rosto.

- Que lugar? – deu um gole em seu café.

- Paris – me virei pra dentro do carro tirando pela janela minha bolsa do banco.

Justin tinha uma expressão estranha no rosto, parecia estar chocado e pensativo. Peguei minha bolsa e tirei o celular do bolso, já eram oito horas, exatos dez minutos pra começar o segundo período.

- Bom, eu vou indo só faltam dez minutos, obrigada pelo café. – sai caminhando, ouvi o alarme do carro e depois ele correr em minha direção.

- Você não precisa me acompanhar até meu armário não Justin, eu já te agradeci a carona. – continuei meu caminho entrando no colégio.

- Eu quero te acompanhar. – e assim o fez, me conduziu até meu armário e depois correu até o seu pra buscar seu livro, voltando a tempo de me pegar no meio do caminho pra sala. Entrei na sala que seria a aula de agora, biologia. Justin sentou ao meu lado.

- Sua dupla não é o Chaz? – perguntei a ele que me olhou e deu de ombros.

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- Ele que se vire – bufei concluindo que teria mesmo que aturar Justin durante toda a aula. Não que eu não gostasse de ficar perto dele, esse era o exato problema eu ficava me sentindo estranha perto dele. Ele me atraia e isso não era legal, agora ele deu mesmo pra grudar em mim e eu fico sentindo essa sensação chata de formigamento e nervosismo perto dele.

Eu não quero admitir que gosto dele, talvez seja apenas uma atração pela sua boca e seus olhos incrivelmente perfeitos.

Demorou um pouco mais finalmente as pessoas já estavam chegando a sala, e percebi o olhar enfurecido de Joe ao entrar e ver Justin ao meu lado. De novo não.

- Bom dia Demetria – sorri pra ele.

- Bom dia Joe – Justin o encarava mortalmente, sério essa situação é muito engraçada.

- Bom dia Bieber – Joe falou o nome dele tão seriamente que parecia estar com nojo, Justin apenas se virou pra mim e sorriu brincalhão.

- Então DEMI amanha eu te trago pra escola também, vai ser legal te dar carona e tomar café com você todos os dias – o encarei e abri a boca ao perceber que ele estava falando isso apenas pra incitar Joe. O mesmo bufou e saiu de perto da gente, tendo agora como seu parceiro Chaz, que tacou uma bolinha de papel em Justin fazendo ele desviar sua atenção dos meus olhos e encarar o amigo.

- Qual é viado – eu ri e Justin se levantou.

- Não deixa o Mané sentar aqui – me encarou e sinalizou com a cabeça pra Joe, revirei os olhos e bufei. Ele e Chaz estavam rindo de alguma coisa, Joe se levantou e veio até minha mesa.

- Então, pra quem só trabalhava cuidando da irmãzinha dele, você parece bem intima. – o encarei incrédula e ri em seguida.

- Isso é ridículo – me virei pra frente e ri fraco.