Os dois anjos ficaram olhando por pouco instantes. Aliás, mais Dark que Krad, que parecia estar achando muito conveniente o aparecimento dessas duas, que estavam distraindo seu rival. Aproveitando-se disso, foi logo dando uma descarga de energia em sua metade negra.

Este, até conseguiu se defender, mas acabou por de ir encontro à parede.

- Ei! Isso foi uma traição! – gritou o anjo de longe.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

O anjo branco começou a rir insanamente. A culpa era toda dele, quem mandou ficar olhando as senhoritas?

Do outro lado, as duas começaram a batalhar intensamente. Chutes, socos e também rajadas de penas cortantes, essas, encheram o local e chegaram até mesmo chegando a atingir os rapazes que lutavam.

- “Droga, Dark, o que faremos? Assim não poderemos vencer, se além do Krad, aquelas duas estão contra nós... Vamos morrer desse jeito...”.

- Pare de se preocupar com isso... – respondeu o anjo ao seu menino interior. – Ninguém vai morrer aqui. Mesmo por que... Olhe... – disse apontando ao rival branco.

Este, parecia estar enfraquecendo. O mesmo acontecia com a anja de mesma cor. Então em um mesmo momento, os dois anjos negros investiram contra suas metades e as crianças donas de seus corpos voltaram ao normal, caindo inconscientes ao chão.

No entanto, a anja negra continuava ali, um pouco ferida pelos golpes de Krady, mas aparentando estar mais forte que nunca e com Dark acontecia o mesmo.

- Afinal, quem é você, Darky? – perguntou o ser alado à anja misteriosa, de quem apenas descobrira o nome quase idêntico ao seu próprio.

- Eu? – a verdade é que a jovem não sabia como responder tal pergunta. Só tinha certeza que alguém à ferira e que precisava se vingar, mas agora estava incerta de que essa pessoa havia sido o anjo negro. – Eu? Eu sou Darky, ora!

- Então você nem sabe quem é... – ele concluiu e sorriu. Voando suavemente para perto da anja. – Eu não pretendo machucar você. Aliás, jamais machucaria uma dama. Ainda mais uma tão bela... – Disse estendendo uma das mãos.

Ela, já não sabia o que fazer nem o que pensar. O certo é que a atitude de Dark a fez ruborizar imediatamente.

Dentro do corpo da anja negra, a jovem Mitsue acordou confusa. Era a primeira vez que teve sensação tão estranha. Tentou falar com sua própria voz, mas apenas ouvia seu próprio eco.

- “Afinal, o que estou fazendo aqui? Ei, esse é aquele anjo da outra vez? Me ajude! Quero sair!” – gritava ela lá de dentro.

- “Dark, Mitsue-chan está lá dentro. Parece precisar de ajuda.”.

- Dá pra ficar quieto um instante? Tenho coisas a resolver agora... – E assim, deu um de seus míticos, lindíssimos sorrisos confiantes à anja, fazendo-a sair envergonhada dali. – Agora eu acho que realmente, a coisa ficou feia... – disse ele acenando negativamente com a cabeça.

- “Minha mãe vai me matar se tiver a menor idéia que ela sumiu...”. – suspirou Daisuke.

- Ah... É uma boa hora pra seu amigo comandante entrar em ação... – riu o anjo.

- “Hum... Se você não percebeu, ele está inconsciente...”.

- Eu sei... Estou só brincando, garoto. Vamos.

- “Ahn, Dark... Vamos deixar essa bagunça?”

- Seu amigo e a nova amiga de sua priminha podem dar conta disso. – O anjo negro abriu asas e foi em direção de achar a menina. Então lhe ocorreu o óbvio. Não podia simplesmente sair voando em plena luz do dia. Pousou no telhado do colégio e retornou a ser Daisuke ali – Agora, você tem que procurá-la. Será muito suspeito se eu aparecer voando de dia.

- O que? Agora eu tenho que fazer tudo, sozinho? Dark, seu... Como posso sair daqui? Eu não sei voar!

Por outro lado, a anja negra pousara num telhado próximo ao da escola. Ainda com as bochechas coradas. Não sabia por que aquele anjo a deixara daquele jeito, se num minuto antes queria matá-lo, agora já estava ficando envergonhada em sua presença.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- “Ei! Ei! Eu quero voltar!”. – gritou Mitsue. – “Me deixe ser eu mesma! Devolva meu corpo!”

- Desculpe menina. Eu nem queria tomar seu corpo. Perdoe-me. Mas tenho uma coisa importante para fazer.

- “O que eu tenho a ver com isso? Me deixa sair daqui!!!!!!!” – reclamou a jovem.

- Eu não compreendo esse sentimento. Por que? Por que estou sentindo calor e frio ao mesmo tempo? Anjos ficam doentes?

- “Quer parar de ficar se perguntando e...” – Antes que a prima de Daisuke pudesse terminar a frase, já estava sobre o controle do corpo novamente. Só restara um pequeno problema... – AHHHHHHHH! Como eu vou sair daqui?

Apesar dos gritos desesperados da jovem, Darky simplesmente não respondia mais nada. Estava em silêncio absoluto.

- Ótimo, usa e abusa do meu corpo e nem quer me ensinar a sair daqui... – então a menina suspirou. Olhou alguns instantes ao redor... Pensou ter visto seu primo num outro telhado, mas concluiu que era alucinação. Sabia que ele tinha um que de acrobata, mas daí a subir no telhado... A menos que... Ah... Mitsue estava completamente perdida...

- Mitsue-chan! Onde você está? – Infelizmente a voz de Daisuke não chegava a atingir os ouvidos da menina. – E agora? Minha mãe vai fazer picadinho de mim!

- “Calma... Eu posso sentir que a pirralhinha está próxima. Sei que vamos encontrá-la.”

- Fácil pra você dizer... Se fosse você que tivesse perdido a Mitsue, e dissesse pra minha mãe, ela te daria um beijo...

- “Ah, não vamos exagerar...” – riu o anjo descaradamente.

- Humph... Sua risada me diz tudo... Vamos logo embora daqui...

- “Divirta-se” – riu novamente Dark.

Na escola, Kurenai começou a voltar à si. Em meio à alguns escombros. Sorte deles, a maior parte dos professores já havia se retirado do colégio e o único que surgiu de súbito ali, foi o zelador da escola, deixando a menina de cabelos claros completamente sem graça.

- Eu garanto que... Vamos limpar, senhor. – sorriu a jovem com uma das mãos atrás da cabeça.

- Ei, cadê as outras crianças? Fugiram das tarefas? – perguntou o Sr Takenaka.

Realmente. Kurenai estava sozinha naquela sala. Nada de Daisuke, nem de Satoshi... Tampouco aquela garotinha insuportável.

- Bem, não é justo deixar você fazer isso sozinha. Vamos. Eu limpo e você me ajuda, garotinha.

Aquele era um senhor muito bondoso, que havia sido contratado no último ano, depois que o último voltou para Kyoto para encontrar a família e acabou ficando por lá. Achava injusto deixar uma jovenzinha limpar toda a bagunça sozinha, mesmo que fosse um castigo imposto pela escola. E foi exatamente o que resolvera. Ajuda-la.

- Meu Deus, Dai-chan está demorando hoje. – apesar da fala, Daiki estava confortável na mesinha de chá, degustando um pouco deste. Ambos Emiko e Kosuke estavam eufóricos nos preparativos das malas e na observações das escrituras antigas da família, que pouco deram atenção às horas, não tendo idéia da demora do filho e da sobrinha.

- O que faremos, Dark? Nem sinal de Mitsue-chan. Minha mãe vai me cortar no meio- resmungou Daisuke, finalmente tendo conseguido passar de um telhado à outro.

A menina, na ponta deste, finalmente avistou o primo. Quando foi virar-se para acenar, escorregou.

-MITSUEEEEEEEE! – gritou o ruivo à distância.

Não foi precisa muita preocupação. Quase no mesmo instante que caíra, a jovem voltara alada. Asas brancas?

- Traga-a de volta, menina. Ou o chão te espera. – era a voz de Krad sussurrando ao seu ouvido. Ameaçador como sempre, íntimo como talvez nunca estivera com ninguém. Arrancaria aquela anja dali e faria dela, sua aliada!

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.