Diário de uma Bruxa

Um Mergulho Nada Agradável


Acordei um pouco - muito - atrasada para o café-da-manhã, então apenas coloquei a roupa que me deram no dia anterior - um traje de banho da Sonserina - por baixo de uma capa, e saí correndo, mesmo com o estômago roncando.

Neville e Harry me esperavam no píer abarrotado de gente, todos inquietos e ansiosos. Vi Longbottom suspirar de alívio ao me ver.

– Achamos que você seria o "algo" que Harry teria que bus...

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– Tá, entendi, vamos acabar logo com isso. - o cortei, sem muita paciência - Onde está o guelriche?

– Guelricho. - me corrigiu, mas logo parou, com meu olhar de "você me entendeu".

Ele me entregou uma planta parecida com uma alga, de aspecto meio nojento.

– Não era isso que eu imaginava para o café-da-manhã... - resmunguei.

Contamos até três e engolimos. Neville observou com curiosidade.

Aquilo tinha gosto de alface. Mas não aquele alface normal de salada, era aquele alface ainda cheio de terra, que você só arranca do chão e come.

Não que eu já tivesse feito isso, é claro.

Engoli com dificuldade, pois mastigar só tornava as coisas piores. Dumbledore fez aquele discurso todo explicando a prova, mas não prestei atenção porque meu estômago se revirava como se fosse algo vivo. Quando deram a largada, já não podia mais aguentar, e senti aquela coisa me sufocando. Sem ar, caí na água, junto a Harry.

Senti a água a minha volta, e comecei a entrar em pânico, mas ela não entrava nos meus pulmões como eu esperava. Ela passava por minhas...

...guelras.

Como aquilo era bizarro.

Olhei para as minhas mãos - a água não incomodou meus olhos como achei que incomodaria - e vi que no espaço entre meus dedos, uma camada de pele havia se formado, facilitando o nado.

O lugar era simplesmente horrível. Era escuro, e as algas verde-escuras envolviam tudo o que passasse por elas. Nenhum peixe a vista.

E ainda me perguntam porque eu odeio mares e lagos.

Procurei em volta e vi Harry pulando para fora da água, se exibindo ao público. Mas que babaca.

Voltei a atenção para a prova. Ok, ok, se lembre, Louise, o que a moça do ovo disse? "blá, blá, blá, uma hora, blá, blá, blá, recuperar"

Certo, o primeiro problema fora resolvido (pelo menos eu achava). Arrumar um jeito de respirar em baixo d'água. E agora, o segundo? Onde acharia o "algo"?

Vi Viktor - em forma de tubarão - indo ao fundo.

Ah, claro, o fundo do lago.

"Por que não um campo florido? Por que o fundo de um lago fedido e infestado de sereianos?", pensava, nadando para o fundo.

Ao longe, ouvi uma buzina, indicando que alguém tinha sido eliminado da prova. Como vi Harry não muito longe de mim, e tinha acabado de ver Krum, presumi que era Fleur.

Nadando mais um pouco, pude ver algumas formas. Rony Weasley e...

...eles estavam de brincadeira, CERTO?

Fiquei com vontade de espancar alguém naquele momento. Como o colocaram ali? O convenceram ou o forçaram? E a maior de todas as perguntas: POR QUE ELE?

Olhei pro lado e vi Harry, que estava de olhos arregalados e com uma expressão engraçada. Tinha quase certeza de que estava rindo.

O lancei um olhar feroz, mas não adiantou muita coisa.

O que poderia fazer? Era a prova.

O puxei de suas correntes, e quando vi de relance, um sereiano, fiquei mais nervosa e agilizei.

Tinha acabado de solta-lo, quando vimos mais alguém.

Uma garotinha loira e pequena, com no máximo uns oito anos, estava presa. Ela se parecia muito com Fleur.

Ah, droga.

Harry olhou pra mim, e a imagem divertida de antes desapareceu. Era a irmã de DeLacour.

Ele - segurando Rony com um braço - tentava soltar a pobre menina, mas um dos sereianos interviu. Não sei como, entendi "um por pessoa"

Cotuquei Harry e fiz sinal para irmos embora. Ele respondeu com um aceno negativo de cabeça.

"DROGA, HARRY, VAMOS LOGO", queria dizer, mas simplesmente não conseguia. Àquela altura, o guelriche já devia estar perdendo o efeito. Se parássemos agora pra lutar com os malditos sereianos, provavelmente morreríamos.

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Tinha que tomar uma decisão, e rápido.

A minha vida e a de Harry por uma menina que talvez conseguíssimos salvar?

Eu acho que não. Pelo menos não a minha.

Lancei um olhar de "faça o que quiser" para Harry e saí nadando, com minha "vítima" no braço.

Snape.