“E esse gigante de um olho só, esse era o valentão que batia nas menores, e eu, seu alvo principal.”
Fiquei encarando o gigante enquanto ele se dirigia pra mim. Mas parecia, que ela ia ficando cada vez maior. E, de acordo com minha visão, ele realmente estava ficando maior. Mas a parte sã do meu cérebro ainda dizia “Isso tudo é um pesadelo, não existem essas coisas de um olho só, pessoas não crescem em fração de segundos, você está maluca, só isso.” Nessa parte, me considerar maluca fazia tudo parecer um pouco menos... Insano.
Despertei desse meu pequeno devaneio lembrando-me que talvez minha vida estivesse em jogo, quer dizer, não só a minha. Milhares de pessoas, inclusive... amigos. Olhei para Victória em busca de ajuda, mas ela estava com problemas com outro desses feiosos.
Não sabia o que fazer, fiquei completamente desesperada. Ele se aproximava de mim, estava sem reação. E então eu rezei. O que foi algo completamente... estranho. Minha mãe não me educara falando sobre Deus, santos nem nada do tipo. “Na terra, é cada um por si ” Isso era o que ela sempre dizia, e depois fazia carinho na minha bochecha, então, por mim estava tudo bem. Minha mãe não acreditava em milagres mágicas e nem nada do tipo. Minha mãe só acreditava naquilo que via. Esse era o lema dela: “Não é real se não pode ser provado.” Essa era minha mãe, por incrível que pareça, ela era a pessoa mais normal do mundo, e me educara para ser assim. Mas eu ainda tinha fé, de que sempre havia algum tipo de força divina que me salvaria quando eu precisasse. De certa forma, eu tinha fé, mesmo sem acreditar. Rezei para ajudar a mim e a Vick. Mas nesse momento senti uma pancada forte na cabeça. O gigante, que agora eu me lembrei que era denominado por ciclope, tinha me lançado em uma árvore, fazendo minha cabeça bater com força, minha visão ficou turva, mas antes que eu desmaiasse por completo, senti uma mãe me agarrando pelo ombro e me erguendo, não, mãos não, garras. Enquanto subíamos, virei minha cabeça o suficiente para ver Vick ao meu lado, sendo erguida pela outra garra da criatura, enquanto dava chutes e murros no ar, tentando desesperadamente se livrar desse bicho, que pelo som agudo que fez, presumi que fosse uma águia. Os ciclopes lá em baixo rugiam e gritavam, antes de estar fora do alcance dos sons, ouvi um gritar.
- Isso ainda não acabou, filha do deus dos ares. – Não entendi direito a última parte, mas acho que pra mim tinha acabado sim. Então, com esse último pensamento feliz, eu desmaiei.

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