Nora e seu irmão petiz já estavam preparados para a foto.

— Que lindos, olhe, meu amor, olhe nossos filhos — dizia a mãe.

— Lindos, minha querida esposa. Temos muita sorte.

Nora sorriu para os dois, seu rosto doía tanto por segurá-lo.

“Garota, pegue suas bonecas, você precisa brincar.”

A menina se sentou no chão e arrumou seus brinquedos, sua casa de bonecas. Olhou para elas e começou uma brincadeira conflituosa o suficiente para ser perturbadora.

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— Ninguém aqui me ouve mesmo. — Raiva. — “Foto, foto, sorriam para as fotos”, que perda de tempo.

Olhe aquele pai, engravatado, pena que ninguém sabe como balança a mesa do escritório com a secretária.

Olhe aquela mãe, com tudo em cima. Basta uma gota de álcool para que ela se esqueça da infidelidade.

Olhe aquele filho, sagaz. Ninguém comenta sobre quando achamos erva em seu bolso.

E olhe para Nora, aqui, brincando do que vivia em casa.

— Venha Nora, venha! Vista seu vestido e venha ficar com seu irmão. Você é uma boa irmã, não é? — dizia sua mãe perante visitas.

Nora só desejava que eles se fossem logo, mas existam outras coisas que desejasse também.

O sinal de corta.

E que nunca olhassem através das cortinas.