Disastrous Marriage
Don't Mess Up With Me
Pov. Jazmyn
Hoje faz duas semanas que eu estou solteira, e devo admitir que é melhor assim. Estamos em um período da escola em que não temos provas, somente matéria. A razão de isto ser bom é: James conhece as melhores baladas de New Jersey. Sério, ele tem me levado a cada balada boa. Não, nós não bebemos. E não, nós não nos pegamos. Nós dançamos, e somos loucos. É parecido com o que eu fazia com Abby e Ally quando não bebíamos.
Falando em Abby e Ally...
– JAZMYN, SUA VACA! – Abby grita comigo pela tela do computador.
– Também senti sua falta. – respondo a ela rindo.
Descobre-se que Abby estava muito puta por eu ainda não ter falado com ela. Então, resolvi ligar por Skype para ela, o que resultou em muitos xingamentos, que ainda não terminaram. Por isso, resolvi fazer a janta enquanto escutava ela.
– EU QUERO TE BATER. – ela continuava a falar.
– ABBY! – berrei fazendo a mesma calar a boca. – Eu senti sua falta também. Eu te amo. Desculpe-me por não ter ligado antes. Podemos prosseguir agora?
– Podemos. – ela responde feliz. – Como está a vida de casada?
– Maravilhosa. – falo enquanto mexo no fogão.
– Uh... – ela murmura maliciosa.
– Decidimos que, como temos que morar juntos e nos suportar, seremos amigos. Não, seremos melhores amigos. Ele é a versão masculina de você e Ally.
– Ah, isso é ótimo, Jaz! – Ally fala aparecendo na tela. – E que saudades suas!
– Eu também sinto sua falta, Al. – falo observando minhas amigas.
Sentia tanta falta delas, e acho que sem James, eu estaria depressiva.
– Você está fazendo o jantar? – Abby pergunta incrédula.
– Sim.
– Jazmyn? Fazendo o jantar? – Abby indaga e começa a rir. – Nunca achei que fosse ver isso.
– Você esperava o que? Que eu passasse fome? – pergunto ressentida.
– Cala a boca, Abby. – Ally fala rindo. – Sempre soube que você conseguiria fazer esse tipo de coisa. E a lavagem da roupa?
– James. Eu não mexo nas cuecas dele por nada. – falo fazendo cara de nojo.
– Você adora minhas cuecas. – o loiro comenta enquanto entra na cozinha distraidamente. – Eu não me importo em mexer em suas calcinhas.
– Pessoas têm fetiches estranhos. – falo dando de ombros fazendo o mesmo rir.
– Olá, garotas. – ele fala se abaixando na altura do computador.
James estava sem camiseta, apenas de calça moletom. Ele geralmente andava assim pela casa à noite, pois este era seu pijama.
– Olá. – Ally fala incrédula e Abby maliciosamente.
O loiro dá uma risada nasalada e senta-se ao lado do computador, assim podendo ver as meninas, mas elas apenas podiam o escutar. Continuo fazendo a janta, mas quando olho para trás, vejo um James distraído e as meninas fazendo mímica sobre tatuagens e músculos.
– Okay, ele sabe que é musculoso, podem parar. – eu falo para as duas, fazendo Ally ficar vermelha, e Abby dar de ombros.
– Eu não me importaria de dividir a casa com ele. – ela fala.
– Obrigada, Abby. – ele responde calmamente.
– De nada. – ela responde, ganhando um tapa de Ally.
De repente, escutamos uma voz do quarto onde as meninas estavam, pedindo para elas descerem.
– Desculpa, Jazzy. – elas murmuram me olhando culpadas. – Nós temos um jantar agora.
– Tudo bem, nós também temos. – respondo sorrindo, colocando a panela no centro da grande mesa/balão da cozinha.
– Nós te amamos.
– Também amo vocês. – sussurro antes de fechar o computador.
– Está tudo bem? – pergunta James me olhando cuidadosamente.
– Estou com saudades delas. – respondo dando de ombros, me servindo do meu strogonoff.
– Logo as visitaremos. – ele responde sorrindo, antes de atacar minha comida, afirmando estar divina.
***
Estava andando calmamente pelos corredores de meu colégio mais uma vez. Era o pequeno intervalo entre um período e outro, ou seja, estava indo em direção à minha próxima aula. Então, sinto uma mão me puxando para trás. Tentei me debater, mas a pessoa não soltava, e também não conseguia ver quem era, já que me agarrava por trás. Quando chegamos ao pátio vazio, a pessoa me soltou. Christian.
– O que você quer? – pergunto irritada.
– Que você volte para mim. – ele fala calmamente.
– Boa sorte com isso. – respondo sorrindo.
– Você tem que voltar para mim, porque sem eu, você não é ninguém. – ele fala rindo.
– Querido, cale a boca. – eu respondo sorrindo irônica.
– Não não, princesa. – ele sussurra me encarando.
Começo instantaneamente a ficar nervosa. Ele me chamou de princesa. Ele sabe alguma coisa? Ou ele está apenas blefando? Resolvi apostar na segunda alternativa.
– Então, se você não vai calar a boca, fique falando sozinho. – sorrio ironicamente e me viro para voltar para dentro da escola.
Nesse instante, Christian agarra meu braço e me vira. Por puro instinto, soco-o com o outro punho. Ao que parece, o treinamento ‘secreto’ que aprendi de defesa pessoal com meus guardas serviu para algo, já que acertei seu nariz diretamente, fazendo-o me largar. Tentei correr, mas ele me agarra novamente, agora em meus dois braços. Esperneio, tentando me soltar, mas o mesmo é mais forte e me joga no chão. Quando Christian vem por cima de mim, entrelaço nossas pernas e faço o mesmo cair no chão, comigo em cima. Soco um de seus olhos, e ele agarra minha mão, a apertando. Com o outro punho, soco seu nariz novamente e levanto-me.Corri para a porta que me levaria para dentro da escola, e então pelos corredores até chegar à minha sala. Entrei, sentando-me ao lado de James.
– O que aconteceu? – ele pergunta enquanto a professora começava a explicar algo.
– Nada. – respondo sorrindo
– Ah, claro. – ele fala ironicamente pegando minha mão.
Ela estava ensanguentada com o sangue de Christian, roxa e com alguns arranhões.
– Christian queria falar comigo. – eu respondo o olhando.
– E o que aconteceu? Ele fez isso com você? – o loiro pergunta assustado.
– Ele falou algo sobre eu não ser nada sem ele e me chamou de princesa. Não sei se ele sabe de alguma coisa, mas eu tentei ir e ele agarrou meu braço, então eu parti para a pancadaria mesmo.
– Espera. Você fez isso em você mesma? – ele pergunta incrédulo.
– O sangue é dele, mas os arranhões eu acho que foi quando eu caí no chão e ele veio para cima.
– Meu Deus! Lembre-me de nunca deixar você irritada. – ele fala espantando. – Como você aprendeu isso?
– Digamos que ser amiga dos guardas tem certo benefício. – respondo sorrindo. – Mas você acha que ele estava querendo dizer alguma? Chamando-me de princesa?
– Temos três opções: ele realmente sabe e estava insinuando, ou ele não sabe e apenas lhe chamou assim, ou ele sabe, mas acha que tem uma probabilidade de estar errado. – James fala dando de ombros.
– Seu mini-gênio. – eu falo apertando suas bochechas.
– Um de nós precisa ser. – ele fala fazendo cara de meigo.
– Idiota. – resmungo rindo e voltando minha atenção para a professora.
Espero que seja a segunda sugestão de James. Gostaria de continuar invisível por mais um tempo.
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