AUTORA POV ON

Astra não podia acreditar que estava naquela posição embaraçosa com o loiro. Ele mantinha o olhar felino, suas pupilas estavam dilatadas, e ostentava o sorriso galanteador, estava segurando as mãos da ruiva com apenas uma mão, com a outra mão livre a prendia firmemente na cintura.

– Ruivinha você realmente sabe surpreender - ele falou com o rosto muito perto dela.

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– Christopher o que diabos faz aqui? São duas e vinte ainda! - ele falava tentando se mexer para afasta-lo, porém sem sucesso.

– Resolvi vir mais cedo, e não me arrependo, minha irmã ficou me infernizando para que eu viesse te buscar logo, e bem... já que temos tempo vou tratar de aproveita-lo - falou o loiro sacana, adorando a expressão de inocência e confusão da ruiva.

Christopher tinha se relacionado várias vezes, com várias mulheres, todas se deixaram encantar pelo poder e dinheiro que ele possuía e claro o imenso charme do loiro. Nunca teve nada sério com ninguém, não que fosse contra, mas nunca tinha sentido vontade de ter nada sério com ninguém. Apesar de ser um conquistador o loiro nunca forçou ninguém a ter nada com ele.

Aliás nunca precisou se esforçar muito para conquistar alguém, era honesto com todas, sempre dizia o que queria. Geralmente as que mais o interessava eram as líderes de torcida, ainda mais se forem loiras.

Agora em relação a ruivinha... não sabia ao certo o que sentia, tinha sentido atração por várias mulheres... no entanto... nunca uma atração tão forte quanto ao que sentia por ela. Antes de saber o segredo dela, sempre a observou discretamente, e pegava-se imaginando-a vestindo roupas que a valorizassem, e agora que a tinha embaixo de si, com os olhos oceânicos estalados, a boca entreaberta, os lábios levemente avermelhados, não conseguia raciocinar direito, e nem entender o que acontecia com seu corpo, a unica coisa em que estava preocupado em fazer era em beijar a ruivinha.

Mas aproximou seu rosto do dela, a porta do antiquário foi aberta pelos tios de Astra, que olharam a cena atônitos.

O loiro ficou tão surpreso com a interrupção que a ruiva aproveitou o momento para empurra-lo, fazendo com que ele caísse com tudo no chão. Ela se sentou no sofá, estava muito vermelha e suava de nervoso.

– Nos desculpem interromper esse momento. Até que enfim você arrumou alguém Astra! - falou Eliza muito feliz.

– Tia! Não foi assim... nós... - a ruiva não conseguia formular uma frase coerente.

– Calminha ruivinha, sem estresse - falou o loiro se levantando, olhou-a por alguns segundos e voltou seu olhar para Eliza - nos desculpe, eu acabei me empolgando além da conta.

– Que nada Christopher! Podem se empolgar a vontade, só não esqueçam a proteção!!! - falava Eliza rindo, enquanto ela e o marido andavam para irem ao segundo andar.

– Astra pode aproveitar pra sair com seu namoradinho, e se precisarem tem algumas camisinhas na gaveta do meu quarto - falou Joseph rindo, feliz em ver sua menina aproveitando a vida. (Nota da Autora: SABE NADA INOCENTE!!! KKKKKKK).

O casal saiu, deixando os dois adolescentes atônitos, Christopher nunca tinha visto pessoas tão liberais como aquele casal, os tios da ruiva e o pai dele fariam uma boa amizade se chegassem a se conhecer. Olhou a ruiva e não pode deixar de rir vendo a feição dela: estava muito vermelha, se equiparando a cor dos cabelos, os óculos escorregavam pelo nariz, os olhos bem abertos e a boca semiaberta, dando para ver a surpresa em ouvir aquilo dos tios.

– Ei ruiva, não morre ok - falou o loiro, dando um peteleco na testa dela.

– Christopher o que diabos você estava pensando em fazer?! Ainda mais aqui no antiquário dos meus tios! - raiou a ruiva se levantando com tudo.

– Relaxa ruivinha, dar uns pegas as vezes não faz mal - falou o loiro a encarando com um sorriso charmoso, mas já sabia muito bem o que ela ia falar.

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– Mas eu não sou as garotas que você costuma pegar, portanto me respeite, pois caso contrário o transformarei num sapo!! - falou vermelha de raiva.

– Certo, certo ruiva, agora vamos para minha casa - ele falou suspirando, realmente queria ter beijado a ruiva.

– Espere um pouco, preciso ver se a poção está pronta, e vou trocar de camiseta - falou a ruiva enquanto se dirigia ao segundo andar.

– Certo ficarei te esperando aqui - falou o ruivo se sentando no sofá,

Aproveitou que a ruiva saiu de sua vista para colocar os neurônios em ordem.

Jamais tinha tido um impulso tão grande em relação a beijar alguma garota. Sentia um grande desejo de sentir os lábios da ruivinha, mas achava que era melhor não fazer isso, e não era nem pela chantagem, estava levando em consideração os sentimentos dela.

Poucos minutos depois a ruiva desceu, usando uma camiseta larga do Star Wars, e viu que ela tinha trocado de calça, colocando uma mais larga dessa vez, com toda certeza no intuito de que a cena não se repetisse, mas a verdade é que o desejo de Christopher não tinha diminuído nem um pouco. E trazia numa garrafa o que ele julgou ser a poção.

Foram para a casa dele em silencio, chegando lá encontraram Luna os esperando na porta da frente, Luna cumprimentou a ruiva com o modo animado de sempre, e o loiro apenas riu quando viu a animação de sua pequena.

Os três entraram e encontraram Ravenna sentada em uma das poltronas que tinham na sala que servia como recepção, a matriarca olhava com imensa desconfiança para a ruiva, esta ficou incomodada com o olhar que recebia, e ficou gelada. Christopher percebeu o desconforto da ruiva e passou o braço sobre os ombros dela, ostentando um sorriso descontraído.

– Mãe essa é a Astra, minha amiga da escola - falou seguro.

Ravenna se levantou e se aproximou dos três estendeu a mão direita, ainda sustentando o olhar avaliatório.

– Prazer sou Ravenna Carter, seja bem-vinda - falou de modo civilizado.

– O prazer é todo meu - falou a ruiva retornando o cumprimento.

– Mamãe se nos dá licença, vou subir com a Astra, vamos ao cinema - falou Luna puxando a ruiva apressadamente, subindo as escadas.

– O que achou dela mamãe? - perguntou o loiro, observando a irmã e a ruivinha.

– Achei-a sem sal - disparou - você já teve gostos melhores.

Christopher ficou chocado com tal atitude da mãe, sentia um intuito de proteger a ruivinha e foi isso o que fez.

– Como diz uma coisa assim? Nem a conhece! Pode apostar que eu me surpreendo com ela todos os dias e não quero que diga essas coisas dela! - raiou o loiro.

Ravenna encarou o filho por alguns segundos, como não queria brigar com ele apenas assentiu discretamente e saiu, indo para o jardim aproveitar o ar fresco.

O loiro ficou na sala de recepção esperando a irmã e Astra descerem.

Demorou ao todo uma hora e meia, ele praticamente dormiu em um dos sofás, mas quando foi acordado pela irmã e não viu a ruivinha ficou intrigado e perguntou o que tinha acontecido.

– Calminha ae senhor apressadinho, estava arrumando sua ruivinha - falou a morena animada, dando pequenos pulinhos.

– Certo Luna, traz a ruivinha, precisamos ir se quiser pegar lugar na sessão - falou o loiro esfregando os olhos.

– Calma maninho, sua espera vai valer a pena, eu garanto! - falou a morena subindo a escada e puxando Astra que estava no corredor, onde a vista do loiro não alcançava.

Mas quando a morena trouxe a ruivinha para baixo não pode deixar de ficar extasiado em ver a ruivinha arrumada. Ela estava vestindo¹ uma vestido de oncinha azul, com um tecido leve e alças finas, uma sandália de salto, brinco, anel e colar delicados, uma pequena bolsa preta, os cabelos soltos e ondulados, a maquiagem estava discreta, porém ressaltava a beleza natural dela.

Christopher engoliu em seco quando a viu, não conseguiu proferir uma palavra, apenas ficou encarando a ruivinha, só acordou do transe quando sua irmã lhe deu um tapa na cabeça.

– Christopher você vai ter bastante tempo la no cinema pra agarrar sua ruivinha, mas agora vamos logo! Chegaremos atrasados! - falou a ruiva.

O loiro apenas assentiu, ficou hora ou outra olhando para a ruiva que estava alheia a esse fato.

Chegaram ao shopping e foram direto para a fila comprarem os ingressos, irmãos adoravam filmes de terror e iriam ver Atividade Paranormal: Dimensão Fantasma.

– Gosta de filme de terror Astra? - perguntou Luna enquanto estavam na fila.

– Bem, não é muito o meu gênero, mas tudo bem - a ruiva respondeu.

– Qualquer coisa você se agarra no meu irmão! - falou a morena.

A ruiva ficou vermelha, e o loiro apenas deu um sorriso singelo, queria ter uma outra oportunidade de agarrar a ruivinha.

Compraram os ingressos. Christopher ficou ligeiramente irritado pois o cara que estava vendendo os ingressos olhava sorrateiramente para a ruiva, sentiu um ímpeto de dar uns bons socos, mas segurou a mão, não podia fazer aquilo.

Compraram a pipoca, refrigerante e foram para a sala escolher seus lugares, e Luna querendo colocar seu plano em pratica, que era de juntar seu irmão com a ruivinha, se sentou na última fileira e sugeriu que os dois sentassem em duas cadeiras que tinham atrás dela, e os dois sem alternativa, pois os outros lugares estavam cheios se sentaram nos dois últimos lugares.

Quando a sala ficou escura para começar o filme, o loiro sentiu um instinto de abraçar a ruiva.

Já Astra começou a se arrepiar, a proximidade do loiro a estava deixando desconfortável, fora que tinha um verdadeiro cagaço de qualquer coisa que fosse de terror.

No começo a ruiva conseguiu se segurar, mas... chegou num ponto em que não conseguiu se segurar e por instinto de medo, agarrou o braço do loiro que se assustou com tal ato.

"Realmente ela é medrosa", pensou o loiro divertido, tirando o braço do aperto dela e a abraçando.

– Não precisa ter medo ruivinha, estou aqui com você - falou ele no ouvido dela.

A ruiva o olhou com os olhos arregalados, tinha ficado surpresa com o que ele tinha dito. O olhou pois tinha certeza que ele estava caçoando dela ou coisa do tipo, mas o que viu foi totalmente ao contrário: o que viu foi gentileza e verdade nos olhos dele.

Virou o rosto para o telão, estava vermelha, não conseguia suportar o olhar fixo do loiro.

E assim se seguiu com os dois abraçados, Astra vez ou outra se assustava, mas não tanto quanto antes, de alguma forma o loiro lhe dava segurança. Christopher jamais tinha tido um momento como aquele com ninguém, a não ser sua irmã, era estranho, mas estava gostando.

Luna vez ou outra olhava para trás e se virava novamente, seu plano estava dando certo. "Vou fazer o cabeça dura do meu irmão entender os próprios sentimentos".

Tinha conversado com o loiro na noite anterior sobre o assunto, apesar dele ter negado, podia ver que tinha alguma coisa estranha no modo como ele falava da ruiva, e hoje tinha escutado ele defendendo a ruivinha da mãe deles, ela tinha certeza que ele sentia alguma coisa por ela, ele só não estava se entendendo.

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Quando o filme acabou, foram comer um lanche, Luna não parou de zuar com a ruiva sobre ela ter tido medo com o filme. O resto da tarde se seguiu tranquila.

Depois que deixaram a ruivinha em casa, Luna tentou puxar assunto com o irmão.

– E então irmãozinho, gostou de ficar agarrado com a Astra? - perguntou sem rodeios.

– Eu só abracei a ruivinha pra que ela não ficasse gritando de medo - falou o loiro tentando fugir.

– Contra outra Chris, eu te conheço, sei que está sentindo alguma diferente em relação a Astra, que na minha opinião também está mexida - falou a morena, jogando verde.

– Sério? - perguntou o loiro tentando não deixar transparecer a estranha felicidade que sentia.

– Viu!!! Sabia que você tá caidinho pela Astra! - falou ela vitoriosa.

O loiro preferiu ficar quieto, pois caso contrário iria jogar mais lenha na fogueira. Mas ele não pode esconder a leve vermelhidão que surgiu em rosto ao pensar na ruiva.

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A semana se passou tranquila, Astra tinha orientado a Christopher como era para que Luna tomasse a poção.

Christopher não tinha tomado nenhuma outra atitude como aquela no antiquário, mantinha apenas uma aproximação educada. Ainda se sentia confuso com o que tinha acontecido.

Enfim tinha chegado o sábado, Will estava animado com o casamento da prima, pois iria aproveitar e pedir a mão de Astra em namoro quando estivessem na festa.

Tinham combinado de o moreno ir busca-la, as sete e meia.

Foi busca-la no horário na hora marcada, ela estava realmente linda, nunca a tinha visto tão arrumada.

Foram ao casamento e este transcorreu-se tranquilo, saíram da igreja e foram para o local onde se faria a festa. Se sentaram na mesma mesa que os pais do moreno, que aliás apoiavam totalmente o namoro dos dois.

Depois que os noivos chegaram e fizeram as formalidades de cumprimentar todo mundo, e tirar fotos, fizeram o discurso de agradecimento e assim de iniciou a festa em si, assim que começou a tocar as músicas os dois foram dançar.

POV Christopher ON

Não sou contra casamentos, mas as vezes eles são cansativos, o primo de um amigo se casou hoje, e fui convidado para o evento, só pude ir na cerimônia, pois tive treino de basquete até tarde, mas consegui ir na festa.

Andava entre o salão de pista e observava as pessoas a procura do meu amigo, quando me deparo com uma cabeleira ruiva, fiquei intrigado, me lembrei da ruivinha, me aproximei um pouco e qual não foi minha surpresa quando vejo que é ela! E nos braços daquele amiguinho dela!

Minha mão tremeu, não sabia o que fazer, mas de uma coisa eu tinha certeza: eu tinha que tirar a ruivinha dos braços dele!

POV Christopher OFF