Digimon Adventure 3.0: Luz Vs Trevas

Perseguição x Discórdia x Uma Revelação


CAPÍTULO 046

PRÉDIO DAS TREVAS, ANTIGO PRÉDIO DIGITAL


Vários dias se passaram e a Deusa das Trevas mudou radicalmente a cobertura desse prédio. Os móveis agora eram de tons negros e escuros. Ela fez questão de mudar todas as mobílias do apartamento. O visual gótico tomou conta, principalmente com alguns candelabros escuros e velas pretas. Ela sempre mantinha fechado as cortinas para não entrar aluz e era notável a existência de alguns morcegos. Realmente uma mudança radical.

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Ela, nesses últimos dias, viu os digiescolhidos sendo perseguidos por Lotusmon. Segundo a própria Lilithmon, Lotusmon era tão forte que poderia vencer o Beelzebumon de Paulo em poucos segundos.

A digimau também resolvia algumas pendências relacionadas aos projetos que o Ray fazia no passado. Só sabIA que era relacionada a torre negra vizinha ao prédio.

— Qual será o projeto que o ex-ShadowLord planejava que era relacionada a essa torre negra? Ainda preciso descobrir o que era. Será que o Ray morreu mesmo? Às vezes eu tenho minhas dúvidas. Depois eu vejo isso. Agora quanto a vocês, digiescolhidos, sempre se safando do exército de Lotusmon. Isso é muito chato, chato até demais.

— Mestra Lilithmon. Não vai mandar uma busca para os cativos que fugiram?

— Não, Meteormon. Eu não ligo mais para esses humanos. Agora tenho outras coisas mais importantes em mente — levantou-se do sofá e foi aos seus aposentos.

...

Aiko, o irmão mais novo de Ray, viajava pelo digimundo afora em busca de um destino para si e para o seu digimon, MasterTyrannomon. Ambos viajaram de vila em vila, aldeia em aldeia e foram parar próximo a cidade metrópole em que os demais digiescolhidos haviam visitado e quando começaram a lutar contra os mestres das trevas — vide capítulo 38.

Apesar de estar próximo de um local moderno ele preferiu não ir até lá, pois já sabia sobre os mestres e receava que aquela cidade pudesse ser um território dominado. Portanto foram se refugiar numa caverna localizada a alguns quilômetros da metrópole.

— Aiko, o que faremos agora? Pra onde vamos? — perguntou o digimon todo encolhido por causa do seu grande tamanho.

— Não sei. Não faço a mínima ideia pra onde vou, em que lugar ficar... às vezes eu penso no meu irmão e fico pensando se ele está bem ou se foi derrotado por esses digimons. Minha cabeça está embaralhada, não consigo raciocinar em nada — disse o menino.

— Por que não contou para ele antes? Por que escondeu a verdade?

— Não podia, cara. Ele ia me matar se soubesse. Não se esqueça que ele odeia os digiescolhidos e acho difícil ele mudar de atitude. O meu irmão mudou muito. Virou arrogante, mesquinho, violento, beberrão e imoral. Não gosto disso. Ele e aquela Lilithmon são dois pervertidos... não sei se o perdoarei. Eu não sei mesmo.

— Aiko, ele é seu irmão. Precisa perdoá-lo.

— Não sei, depois eu vejo isso. Agora precisamos descansar para amanhã, já está escurecendo. Deve ser por volta das cinco da tarde. Amanhã iremos à cidade.

Aiko ficou com mágoa muito grande de seu irmão. Não sabia se o perdoaria pelo que fez, mas ao mesmo tempo sentia falta dele. Será que ele vai perdoar o irmão?

...

Lotusmon era uma inimiga implacável. Foram cinco dias perseguindo os digiescolhidos na sua área florestal. Conseguiu fazer uma espécie de escudo ou barreira protetora para evitar a saída das crianças. Além disso possui um exército maior e mais poderoso de digimons de floresta e ainda possuía dois generais ao invés de um.

O seu quartel general era parecido com uma colmeia de abelha sobre a copa das mais alta das árvores do digimundo. Era mais um esconderijo contra os inimigos. Lotusmon é considerada um dos três mestres mais fortes dos oito. Superada apenas por Ornismon e Lilithmon consecutivamente, é uma digimon extremamente inteligente, estrategista e forte capaz de derrotar outro digimon na forma extrema de maneira fácil. Por sua competência ela quase encurralou os digiescolhidos há alguns dias atrás.

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Dentro do seu quartel general encontravam-se várias galerias que abrigavam um exército de digimons insetos além de outros tipos de digimons. Seus generais são, um Scorpiomon que serve como um meio de transporte da mestra, mas que pode servir pra batalhas também e um Blossomon bem mais forte que o que foi derrotado por Lilimon — capítulo 20.

— Os digiescolhidos estão escondidos em algum lugar da floresta. Que pena. Agora vai demorar mais um pouco para destruí-los. Mas não podem se esconder por muito tempo certo? Aliás eles foram vistos pela última vez próximo ao meu Jardim da Discórdia.

— Mestra, parece que os digiescolhidos foram localizados novamente — disse o Blossomon.

Ela ficava numa sala toda amarela lembrando o interior de uma colmeia. No centro há uma bola de vidro grande que serve para ela localizar tudo o que estiver em seus domínios.

— Ótimo. Mandem mais digimons atacá-los. Me divertirei um pouco com eles, apesar de ter pouca chance de serem derrotados pelos soldados.

Enquanto isso, os digiescolhidos lutavam contra os digimaus na floresta.

Apesar do êxito nas batalhas as crianças eram constantemente atacadas pelos digimaus. Quase não havia pausa para descanso.

— Canhão Flor! — o golpe de Lilimon atinge alguns Kuwagamons.

— Espada Espiral! — o ataque de Andromon atinge alguns Flymons.

— Cauda Trovão! — MegaSeadramon atinge vários digimons.

— Marreta de Marionete! — Pinocchimon destrói outros digimons menores.

— Disparo da Morte — com sua arma Beelzebumon destrói outros digimons.

— Vamos sair daqui pessoal! — disse Paulo correndo seguido dos outros. Eles estavam escondidos dentro de uma árvore oca.

— Não precisa dar ordens, você não é nenhuma autoridade, sabia? — Ruan corria mais perto de Paulo e não gostava da liderança dele.

— Bom, eu... só estava alertando — disse o líder.

— Meninos, discussão depois. Agora precisamos sair daqui o mais rápido e encontrar um abrigo nessa floresta — disse a Mia.

— Pessoal, esta floresta tem poucas cavernas. Será difícil conseguir achar um lugar totalmente seguro — disse Jin.

— Ai eu to cansada, não aguento mais correr — reclamou Rose.

Eles corriam com seus digimons já na fase criança quando um Dokugumon cai da copa de uma árvore e para bem em frente deles.

— Droga, nossos digimons estão muito cansados para lutar contra ele — disse Ruan.

— Deixem comigo. Realização Divina! — Lucemon materializa uma espada de luz e avança rapidamente no digimau que é destruído logo em seguida. — Vamos.

— Ótimo Lucemon — agradeceu Lúcia.

Eles foram guiados por Lucemon e encontraram uma possível saída da floresta. Era um campo aberto, mas como se fosse um jardim com vários tipos de flores de várias espécies. Eles tinham que seguir em frente, pois alguns Dokugumons estavam atrás deles, mas não prosseguiram pelo jardim ficando para trás deixando as crianças livres temporariamente.

O jardim era incrivelmente lindo com um lago ao fundo e mais ao fundo uma cordilheira de montanhas gélidas. Um cenário paradísico. Rose foi a primeira a se encantar com o jardim depois foram as outras meninas. Os garotos nem tanto, mas os digimons ficaram apreciando a bela vista.

Lotusmon observava o sufoco que os digiescolhidos passavam nas últimas horas e se divertia com isso. Ela não descansará enquanto não eliminar as crianças e seus digimons definitivamente.

— Agora entraram no Jardim da Discórdia. Já até sei quem está com o espírito de discordância deles todos. Será muito proveitoso vê-los brigando.

— Mestra, podemos mandar alguns digimons se quiser.

— Não, Blossomon. A única coisa que quero fazer é assistir a discórdia deles hahhahahahaha

No jardim tudo estava aparentemente tranquilo, exceto Ruan que ainda não concordava com as decisões de Paulo.

— Galera precisamos pensar num plano para acabar com a Lotusmon. Se alguém tiver uma ideia me digam, por favor — disse Paulo.

— O Paulo como sempre dando as ordens — disse o espanhol.

— Eu não dou ordens, eu só quero ajudar todos nós — disse o brasileiro.

— Isso é mentira. Você só quer destaque entre nós. Você é uma pessoa que só pensa em si mesmo — retrucou.

— Eu não ficarei aqui pra ouvir tanta besteira — Paulo ia se distanciar, mas Ruan segura seu braço com força o impedindo. — Me solta. Droga me solta. — Paulo empurra o outro.

— Não me empurre! — Ruan deu um soco em Paulo.

— Seu idiota vai pagar por isso — Paulo também começa a socar o outro. Ambos já estavam no chão.

— Meninos, parem com isso! — disse Mia correndo tentando separá-los.

Paulo e Ruan ficaram se socando no chão sem parar. O espanhol era o único afetado pelo jardim, pois estava com raiva de Paulo há algum tempo. Os demais digiescolhidos tentavam separá-los sem êxito.

Lotusmon assistia tudo com alegria. Ela não esperava que fosse tão rápido o efeito das flores do jardim.

— Hahahahaha já começou. Agora está na hora de eu agir e despachar essas crianças de uma vez por todas — ela começou a flutuar e a brilhar. — GRANDE ILUSÃO!

Ela criou uma ilusão dela própria no jardim. Os digiescolhidos ficaram apavorados com a suposta presença da lorde. Os dois que brigaram se separaram ao perceber o perigo.

— LOTUSMON! — bradaram em uníssono, exceto os dois que brigaram.

— Eu vou destruí-los, digiescolhidos — disse a ilusão.

— Não vamos deixar. Impmon destrua ela e salve o digimundo — disse o brasileiro levantando-se do chão e mostrando o digivice e o brasão brilhando.

— Impmon Megadigivolve para... Beelzebumon. Beelzebumon Modo Explosivo!

— Acabe com ela — disse Paulo.

...

Nesses dias, Ray e Márcia ficaram mais íntimos. Ambos namoravam mais a sério, mas não consumaram nada ainda apesar da insistência do rapaz. Ela era meio que careta em namoro. Mesmo assim não se desgrudavam um minuto sequer.

Eles estavam num hotel próximo à praia. De vez em quando eles saíam para ficar à beira mar apreciando a vista maravilhosa do oceano.

— Ray, eu posso fazer uma pergunta?

— Sim, pode dizer.

Eles estavam sentados na areia.

— Cinco dias convivendo, mas nunca sei o seu nome completo. Poderia se apresentar formalmente para mim?

— Olá, Márcia, prazer, meu nome é Raymond Kelvin Kyoto. Filho de mãe inglesa com pai japonês. Nasci no Japão, tenho vinte e sete anos. O que mais quer saber? Gosto de praticar esporte, musculação, nado, e artes marciais.

— Nossa, querido. Que vida mais saudável. Eu me chamo Márcia Fernandes de Alencar. Filha de pai português e mãe brasileira. Tenho vinte e oito anos, portanto me respeite sou mais velha. Nasci no Brasil mesmo, gosto de trabalhar na minha área que é jornalismo, mas pratico academia, hidroginástica, dança e ginástico. Tenho dois filhos, namoros de adolescência, chamados Lúcia e Paulo. Eles são digiescolhidos e seus digimons adotei como filhos também, Impmon e Lucemon.

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— O quê? — Ray levou um susto ao ouvir as palavras de Márcia.

— Ray, Ray acorda.

— Ah desculpa, não foi nada. Não se preocupe comigo — ele ainda não acreditava que a mulher que está gostando era a mãe daquele que foi um dos seus piores inimigos. Como explicar a ela que quase matou a filha dela?

Continua...