Digimon Adventure 3.0: Luz Vs Trevas

O próximo passo de Neo! O xadrez mundial se move


Saga: D.N.A

Arco: As Crônicas do Digimundo Parte II

Capítulo 119

Washington D.C

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No prédio do Pentágono, um dos proeminentes generais da força militar soberana estadunidense acompanhou o desenrolar dos fatos envolvendo os digiescolhidos e Barbamon. Designado para acompanhar a atual crise, o general era um dos dez membros anciãos da Nova Ordem do Século. Sua identidade paralela era um mistério para o governo americano e até mesmo para os demais militares.

Assim que o demônio barbado foi derrotado, ele avisou aos demais membros. Os nove anciãos foram informados do resultado da batalha e sobre o fato do tempo naquele mundo ter mudado em relação ao tempo terrestre. No entanto, isso sequer era novidade. Quando Taichi Yagami e outros pisaram no Digimundo pela primeira vez, o tempo por lá era mais rápido do que o da Terra. Apenas quando os outros digiescolhidos enfrentaram o Ken Ichijouji foi que mudou e permaneceu assim até as Pedras Sagradas serem destruídas.

Os 10 anciãos eram:

—General Ryan Kelly

Nascimento: Estados Unidos da América

Idade: 66 anos

Posição: General de alta patente e porta-voz do Pentágono

—George Zion Moros

Nascimento: Hungria

Idade: 82 anos

Posição: Empresário e filantropo

—Mohammed bin Abdull

Nascimento: Arábia Saudita

Idade: 70 anos

Posição: Príncipe e empresário

—Maria Butina Paseka Parker

Nascimento: Rússia

Idade: 55 anos

Posição: Empresária, política e líder do partido de Vladimir Putin

—Carlos Santos Almagro

Nascimento: Colômbia

Idade: 79 anos

Posição: Empresário e filantropo

—Takeo Fujitora

Nascimento: Japão

Idade: 87 anos

Posição: Ex-general e filantropo

—Arthur Cheetah Ferrari

Nascimento: Estados Unidos da América

Idade: 69 anos

Posição: Escritor e diretor

—Almirante Guy Donovan

Nascimento: Reino Unido (Inglaterra)

Idade: 71 anos

Posição: Almirante inglês

—Andreas Okoboré Ndayishimiye

Nascimento: República Democrática do Congo

Idade: 75 anos

Posição: Empresário e chefe de milícia

—Kerim Al-Saud

Nascimento: Emirados Árabes Unidos

Idade: 60 anos

Posição: Emir

Dias depois os dez anciãos se reuniram por vídeo conferência e analisaram os últimos acontecimentos envolvendo o Digimundo. A personalidade misteriosa que eles aguardaram por último era Neo, o provável líder do grupo. Neo não aparecia nem mesmo para os seus colegas anciãos, apenas uma sombra negra no monitor.

— Senhor Fujitora, dê-nos o resumo do que houve nos últimos três anos — disse a pessoa misteriosa sempre com a voz modificada.

— Há três anos os jovens Paulo Victor Alencar, Marilyn White, Ruan Castillo, Rosemary Archibald, Jin Fukuda, Maria Lúcia Alencar e Aiko Kyoto se uniram para enfrentarem os tais Lordes das Trevas. Antes eles enfrentaram o exército da aranha, e só abrindo um parêntese que esse exército desconhecemos a sua origem. Liderado por um tal Shadowlord ou Mestre das Sombras o exército foi vencido por esses digiescolhidos até a derrota desse humano. Este, porém, resolveu ajudar os digiescolhidos a derrotarem os Lordes das Trevas com KingEtemon, KingChessmon, ChaosMetalSeadramon, Raijinmon, Vikemon, Ornismon, Lotusmon e liderados por Lilithmon. Ao unirem as suas forças eles conseguiram vencer Lilithmon, mas permitiram que o demônio chamado Daemon se libertasse.

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— Essa é a minha última técnica. É a junção de todos os poderes dos oito lordes reunidos concentrados em só um raio de energia. Vai ter que segurar, senão todo o digimundo explodirá. E todos vão morrer, inclusive eu, mas eu não to nem aí. Como eu disse, não tenho nada a perder.

— O quê? Ela vai destruir o digimundo inteiro com aquele ataque? — perguntou Mia apreensiva.

— Isso só pode ser brincadeira — disse Leomon.

— Ahhhh eu não quero morrer! — bradava Rose.

— Ahhhh nós também não — bradavam os duques e os pais de Ruan.

— Eu vou morrer antes de receber meu salário. Que destino cruel — dizia Conceição já chorando.

— Blefe.

— O que disse, ChaosDukemon? — perguntou BlackWargreymon.

— Ela está blefando. Não tem poder suficiente pra destruir o digimundo. Pode ter pra destruir uma vasta região, mas não todo o mundo — respondeu.

— TOMEM ISTO E VÃO PARA O INFERNO!

Com todo o seu poder ela lança um poderoso raio de energia na direção de Dyansmon. O ataque foi tão poderoso e rápido que ultrapassou a velocidade do som e destruiu todas as janelas de vidro do prédio. Os humanos e seus digimons ficaram apavorados com a visão.

— Ahhhh vai ser o nosso fim. Não pode ser — disse Paulo fechando os olhos.

— AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA E ENTÃO O QUE VAI FAZER, MEU BEM? HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

— Absorverei toda essa energia — ele estendeu as mãos para o alto a fim de segurar o raio e absorvê-lo.

O raio foi em cheio na direção de Dynasmon, mas foi parado por ele. Assim ele começou a absorver todo o ataque de Lilithmon. Os digiescolhidos ficaram boquiabertos vendo ele ter força suficiente para parar um ataque daquele. Enfim ele absorveu a energia completamente.

— Não... pode ser... — disse a vilã já esgotada.

— Agora chegou a sua hora de ser exterminada da face deste planeta. Adeus, Lilithmon — ele voou até onde ela tava. A vilã estava muito cansada e não se mexia. Então ele a segurou e perguntou — Quais são as suas últimas palavras?

— Vá pro inferno.

— As palavras erradas. Quem vai é você — ele a lançou em direção do prédio. Ela entrou com tudo para a cobertura e lançou-se contra uma parede sendo coberta pelos escombros.

Dynasmon preparou-se para lhe aplicar sua maior técnica, o Hálito de Dragão. Ele se concentrou. Uma aura começou a surgir ao redor dele em forma de um imenso, coloca imenso nisso, dragão de cor branca. Logo em seguida ele lança esse ataque na direção do prédio.

— RAY, EU TE ODEIO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

O ataque atingiu em cheio todo o prédio causando uma grande explosão nele todo. Lilithmon foi completamente destruída e virada em dados no mesmo segundo. O prédio das trevas foi destruído do topo até a base. Desmoronou completamente.

— Depois corremos riscos com aquele Daemon — continuou Fujitora. — Ele foi um dos grandes imperadores que atuavam no Digimundo na antiguidade daquele planeta. Por causa da sua crueldade, foi exilado na parede de fogo juntamente com Apocalymon e outros, mas quando Apocalymon fugiu, ele também o fez. Quando os Mestres das Trevas, Apocalymon e Imperador Digimon foram derrotados, ele se viu no direito de atacar o Digimundo mais uma vez, porém quis a semente das trevas no corpo do antigo imperador e invadiu a Terra. Os antigos digiescolhidos foram capazes de aprisioná-lo no mar das trevas por mais de uma década. Nesse meio tempo ele organizou um plano de libertação mirabolante: criou três espectros, um deles matou os pais do mesmo homem que era o Shadowlord e com a ajuda dele tentou dominar o mundo dos digimons ao mesmo tempo que construía a torre negra que serviu de passagem para Daemon e os seus espectros. Os quatro invadiram a Terra e banharam-na em trevas, porém ChaosPiedmon, BlackWargreymon e ChaosDukemon foram derrotados. Sobrou apenas Daemon que também foi derrotado.

— Daemon! Por favor, não faça isso. Por que quer tanto matá-la? Eu me rendo, pode me matar, mas deixe-a em paz — implorou Lucemon ao ver a menina urrar de dor.

— Não adianta nem me implorar de joelhos. Estou destinado a acabar com a vida dessa garota no momento em que eu perdi a minha forma de imperador das trevas. O que vai fazer agora, Lucemon? Hã? — ele balançava a menina torturando-a ainda mais. — Está impotente, não pode fazer nada, não pode mudar o meu destino. Você verá a sua parceira ser morta de qualquer jeito. Ou você pode me atacar e atacá-la junto comigo.

Lucemon chorava por estar numa situação desesperadora. MagnaAngemon se preparava para assassinar Lúcia quando um raio de luz atinge as suas costas. Ele se virou e viu Lin brilhar intensamente como se ela fosse um gerador de luz. Era a parceira de LadyAngewomon. Logo a mulher passou tudo o que tinha de luz como num raio para o corpo do algoz. Ele soltou Lúcia e sentiu o seu corpo queimar com tanta energia sagrada. Lucemon imediatamente ficou por trás de Magna e deu mata-leão. O vilão, enfraquecido com excesso de luz que recebeu não tinha forças para se soltar.

— Não... não pode ser... como eu posso ser derrotado dessa forma? Eu não acredito, eu não acredito nisso — mesmo quase sendo estrangulado, ele teve forças para caminhar na direção da Lúcia. A menina ainda encolhida no chão viu o vilão se aproximar mesmo com Lucemon colocando muita força. — Lucemon, mesmo que eu morra, vou levar... a sua parceira junto.

— Merda! Para com essa droga. Por que você não morre logo?!

— Porque... é o meu propósito... a minha existência. Foram anos de planejamento... anos manipulando tudo e todos... para terminar assim? Eu me recuso! Me recuso perder tudo para uma criança!

— Morre! Morre! MORRE LOGO! — Lucemon voltou a perder forças.

— E mesmo que... eu morra vocês nunca ficarão... livres das trevas. Sabe por quê? Porque essa luz não poderá ficar livre das trevas. Pois onde há luz há trevas.

MagnaAngemon, mesmo sendo estrangulado, se aproximou de Lúcia e estava preparado a pisar em sua cabeça. Lucemon tirou tanta força vital que conseguiu no último instante ter forças para quebrar o pescoço do vilão, acabando assim com a sua vida definitivamente. O anjo caído apenas caiu no chão, sem vida.

— Nesse dia utilizamos os nossos aparelhos para nos livrarmos daquele poder devastador de Daemon. Bilhões de humanos desmaiaram naquele dia e só me lembro que a minha família toda, exceto eu, desmaiaram — falou Maria Butina Paseka Parker.

— Realmente dessa vez os digiescolhidos trabalharam indiretamente para nós. Não que isso vá fazer diferença alguma entre nós e eles, mas aquele digimon realmente nos deu um susto — concluiu Carlos Santos Almagro.

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— Continuando — disse Takeo Fujitora. — Passaram-se três anos de paz e prosperidade. Passamos esse tempo trabalhando atrás das cortinas. A ONU nem tem ideia de que a gente existe, melhor assim. Quando um jovem californiano chamado Fredderick Johnson e o seu parceiro Gokuwmon conheceram os atuais digiescolhidos. Mas esse encontro foi frustrado por um monstro que foi solto da prisão chamado Astamon. Não temos informações sobre essa criatura, nem sabemos de onde veio. Ele foi contratado por Barbamon e a Liga Negra para matar os adolescentes. Com a ajuda desse tal Freddy ele prendeu o líder dos humanos e quase matou todos eles, principalmente Beelzebumon. Foi derrotado por esse.

Astamon não acreditou que o seu plano deu errado. Ele quis provar para todos que o companheirismo entre humanos e digimons era impossível. Que não existiria amor ou parceria nisso. Todavia quebrou a cara, pois ele testemunhou uma das maiores provas de afeto entre humano e digimon.

— Eu não acredito nisso. Isso é impossível! Como o garoto conseguiu escapar do controle mental? Não pode ser. Ah mas isso não vai ficar assim. Eu matarei os seus amigos mesmo assim — ele pegou o detonador e apertou alguns botões.

— Vamos lá, parceiro. Vamos acabar com ele — disse Paulo segurando o digivice e o pondo no pulso. O aparelho brilhou — pronto agora é hora de acabar com isso.

— Astamon a sua hora chegou. Agora que eu reencontrei o meu parceiro posso garantir que não perderei — seu braço direito brilhava até ficar na forma de um canhão de energia — Eu nunca vou perder a esperança, nunca vou desistir. E também não deixarei que faça mal aos meus amigos. Rajada do Caos!

Ele cria um pentagrama e com muito esforço dispara seu maior poder. Os raios entram no pentagrama criando um único poder grandioso e poderoso. Astamon ficou sem reação até ser colhido em cheio pelo poder. Sua Oro Salmón e o detonador foram transformados em dados instantaneamente, mas o vilão se defendeu com os dois braços protegendo o seu peito. Não, ainda não era o suficiente para vencê-lo, por isso Beelzebumon colocou uma força ainda maior, causando uma rajada maior. Finalmente Astamon foi arrastado para vários metros de distância até se chocar contra um rochedo. Ocorreu uma explosão e o digimau foi engolido pelas pedras.

— E por fim temos Barbamon. Ele ajudou os digiescolhidos na reconstrução do continente Servidor pós-Lordes das Trevas. Mas a sua ambição falou mais alto a ponto de criar uma máfia de digimons chamada Liga Negra. A Liga praticamente foi dizimada por Astamon e ele se viu desmascarado. Quase morreu, mas retornou ao se fundir com o núcleo das trevas de Lilithmon. Ele destruiu cerca de quatro pedras sagradas e quase conseguiu destruir a última. Esse caso também foi parecido com o caso de Daemon em que os digiescolhidos indiretamente trabalharam para nós. Foi recentemente derrotado por um arcanjo macaco chamado Édenmon. Esse digimon era um digimon ancestral celestial, mas que Gokuwmon sequer se lembra dessa vida passada.

— HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA... Por que estão comemorando uma falsa vitória?

Os digiescolhidos observaram no céu um portal se abrir. Inacreditavelmente era o mar de Dagomon que foi aberto. Todos ficaram boquiabertos quando viram Barbamon surgir na sua forma normal.

— Isso é impossível! Eu selei o portal! - Gennai estava atônito.

Não só Gennai, mas os demais que ali estavam. Era algo inacreditável até mesmo para Édenmon.

— Acharam mesmo que se livrariam de mim assim, fácil?

— Como conseguiu sair do mar das trevas selado e com essa facilidade?

— Acho que quando eu possuí o garoto criei novas habilidades. Voltei a minha forma normal assim que eu entrei lá. Conseguiu abrir este portal de volta. E agora eu vou destruir todo o digimundo com uma mega explosão.

Os ali presentes ficaram espantados.

— Já que eu não vou conseguir vencê-los lutando, pelo menos me autodestruindo. Explosão Barbatos! - Barbamon começou a inchar.

— Ah, é um monstro. Ele vai acabar com todos nós - disse Linx. Os outros membros do conselho ficaram sem palavras.

— Não se eu puder fazer algo - Édenmon olhou para Freddy e entregou o seu bastão. - Escuta, chegou o momento. Você precisa ser forte. Eu vou impedir que ele se destrua.

— Não Édenmon, por favor...

— Freddy, confie em mim. Eu disse que te protegeria arriscando até minha própria vida. Chegou o momento, o momento de acabar logo com isso.

Édenmon chegou perto do velho e o agarrou por trás.

— O que está fazendo?

— Impedindo que você faça isso. Não entendeu ainda que já foi derrotado?

Édenmon soltou a sua aura dourada que logo os envolveu. Olhou o seu parceiro pela última vez.

— Adeus Freddy, continue sendo essa pessoa maravilhosa que é hoje. Confio em você.

O menino chorava, mas compreendia que aquele sacrifício não seria em vão.

Édenmon intensificou cada vez mais o seu poder.

— Idiota, vai nos destruir com esse ataque suicida.

— Prefiro me suicidar levando você do que assistir a destruição do digimundo. Prepare-se!

— Ahhhhhhh!

— Segura velho!

Os dois subiram aos céus numa aura dourada. As pessoas que estavam embaixo viram nitidamente a ascensão deles como se fossem uma estrela. Por fim uma explosão dourada que se espalhou por todo o digimundo. O céu voltou ao normal e não houve mais tempestades, apenas uma aurora no céu.

— Esse foi o resumo do que houve nesses três últimos anos para cá.

— Obrigado, senhor Takeo Fujitora. Mas não posso admitir mais que fiquemos dependentes daqueles garotos. Eles são naturalmente os nossos inimigos e, por mais que os seus inimigos até agora tenham sido fracos, temo que chegará um dia que precisaremos eliminá-los.

— Hehehe. Neo, você está se precipitando. Aqueles jovens não passam de insignificantes diante do nosso poder. Nem a ONU é párea para nós, imagine um bando de crianças que vivem em suas casinhas de classe média — desdenhou Andreas Okoboré Ndayishimiye.

— Neo tem toda a razão. Precisamos sempre estar um passo a frente. Encararmos certas "crianças que vivem em suas casinhas de classe média" como inimigas não é algo para se espantar — rechaçou George Zion Moros, o único judeu do grupo.

— Não podemos desperdiçar mais tempo. Levamos mais de trinta anos para chegarmos aonde chegamos. Entretanto ainda temos mais uma pedra no nosso sapato: Ryuu Matsunaga. Aquele traidor se rebelou contra nós e saiu do grupo dos Senhores do Século. Agora parece que possui a suas próprias ambições. Eu não estranho, ele é um homem com visões napoleônicas, mas eu também sou um Napoleão. Matsunaga me desobedeceu, testou a minha paciência e se enveredou por um caminho que não tem volta. Suas ações são muito estranhas, por isso devemos reunir todos os Senhores do Século num encontro nos próximos meses.

— Chamar todos eles é uma tarefa árdua. Como são criaturas extremamente poderosas, são egoístas. Levará muito tempo para reuni-los — disse o general Ryan Kelly.

— Kelly, eu quero que você se encarregue de pedir que apenas um dos Senhores do Século atue como espião no caso Matsunaga. É muito importante. Tantos os digiescolhidos quanto Matsunaga não podem agir como bem entendem. Somos a força motriz dos dois mundos e permaneceremos assim até o retorno de Yggdrasil.

A conferência entre os Dez Anciãos e Neo terminou. O que acontecerá com os digiescolhidos e com o digimundo a partir de agora?

...

Arquipélago Firewall

Por meio de um espião, Adrien King soube do reencontro entre os Dez Anciãos. Há três anos que todos eles não se reuniam. As atitudes dos digiescolhidos e dos digimons que enfrentaram despertou um sinal amarelo nos velhos. O mais curioso era que nenhum sabia dos seus planos e ações. A Aranha estava um passo a frente dos anciãos.

— Huhuhuhuhu... bando de velhacos. Mal sabem dos meus planos. A minha sorte é que o Matsunaga chamou a atenção de Neo. Posso ficar despreocupado.

— O senhor já sabe o que vai fazer a partir de agora? O Digimundo mudou o tempo desde que as pedras foram destruídas.

— Sacerdote, meu bom e velho sacerdote. Aquele Barbamon me deu um presente que jamais vou esquecer. Agora tenho tempo suficiente para reformar o exército negro, escolher um outro Shadowlord e ir atrás daqueles artefatos.

Laboratório Secreto de Weiz

Dracmon e Darc'mon jogavam xadrez na ausência do seu chefe. Ouviram uma nave se aproximar e foram ver na varanda o objeto pousar no topo da montanha. Correram para o elevador e ficaram esperando o homem. Weiz fez cara de poucos amigos assim que viu os seus subordinados. Ambos se aproximaram dele e agradeceram por fazer parte daqueles que ajudaram a salvar o mundo.

— Parem com essa melação toda. Eu tive que ir, afinal ainda faço parte do conselho. Se eu me rebelasse agora provavelmente não teria chance contra Gennai e os seus protegidos.

— E o tempo passou depressa desde que os garotos saíram daqui. Eles ainda estão poucos minutos desde que voltaram para a Terra, mas aqui já se passaram duas semanas. Ué? O que o senhor fazia em duas semanas?

— É mesmo, Darc'mon. Nosso chefe devia nos explicar o porquê ficou ausente esse tempo todo.

Weiz deu um cascudo nos dois que deixou um galo em cada um. Ele não gostava de ser importunado por reles digimons subordinados. Mas antes de ir para o seu quarto perguntou sobre o paradeiro de Cyberdramon.

— Aquele lá vive mais fora do que aqui. Sabe como ele tem esse senso de independência. Não gosto desse tipinho — resmungou a mulher.

— Vocês têm inveja dele pois são um bando de inúteis. Cyberdramon é um soldado perfeito. Foi muita sorte tê-lo conhecido antes dos digiescolhidos. Tudo bem, deixe-o à vontade. Não quero um aliado meu me vendo como um inconveniente.

A figura de um Cyberdramon, um digimon ciborgue dragão, apareceu caminhando entre outros digimons numa feira livre de um reino distante. Ele estava acompanhado por uma criatura muito parecida com o Peter Pan. Eles caminharam sem nenhum problema. Compraram uma sacola gigante somente de frutas, colocaram numa carroça e foram para uma vila destruída. Os digimons agradeceram a generosidade, apesar de Cyber trabalhar para Weiz.

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— Agradeçam ao meu amigo Cyberdramon também. Ele não admite, mas é uma boa pessoa.

— Não sou boa pessoa e não precisam me agradecer. Petermon, gosto muito de ti, mas dessa vez eu tenho muitas missões a cumprir. Fique em paz — ele saiu voando.

Os moradores continuaram a agradecer Petermon. Este ficou triste com a ida do seu amigo. Conhecia muito bem o caráter dele, que era um manipulado por Weiz.

...

Japão

Durante o jantar em família, o silêncio dominou boa parte. Não havia muito o que falar desde que voltaram do Digimundo. Márcia castigou os filhos e Lucas permanecia indiferente com Beelzebumon. O loiro ficou assim desde que descobriu que aquele digimon era o pai de Lúcia e Paulo e que enganava os dois por não falar a verdade.

— Estão calados, digam alguma coisa. Eu sei que estão de castigo, mas vocês mereceram. Se envolveram em encrencas e por isso ficarão muito tempo sem pisar no Digimundo — disse Márcia. Tanto Paulo quanto Lúcia ficaram indiferentes.

— Esse não é o problema. Já esperava por isso. Acontece que eu ainda não me dei por satisfeito mesmo com a derrota do Barbamon. Parece até que o mal não foi totalmente dizimado — ponderou Paulo terminando o jantar. Retirou-se da mesa.

Ray e Márcia foram os últimos a saírem e prepararam uma festa surpresa para o menino. Enquanto Paulo permanecia deitado na cama e mexendo no celular, todos prepararam o aniversário surpresa dele. Foi por volta das dezessete horas que Lúcia chamou o irmão para a sala. O jovem andou até o recinto e se assustou quando todos deram a surpresa. Era o aniversário de 15 anos de Paulo Victor.

Alguns familiares de Ray foram convidados. Os pais de Márcia, contudo, não puderam ir pessoalmente. Eles ainda programavam irem ao Japão, mas não para o aniversário do neto. Fizeram contato via skype. Todos ficaram felizes, inclusive Paulo. Foi uma grande surpresa depois que Barbamon foi derrotado.

Impmon ficou brincando com Kira e Lúcia. Mas Lucas não fez questão de chegar perto do outro digimon. Ainda sentia a mente pesada por saber a verdade sobre o pai daqueles adolescentes.

Realmente o futuro era incerto para todos, sobretudo Beelzebumon. Desde quando foi transformado em digimon até agora... tudo era um segredo que foi escondido à sete chaves. Ele tinha uma dívida muito grande com o filho. Anos antes ele usurpou o lugar do verdadeiro parceiro do seu filho.

Por isso essa história, esse arco, a partir de agora não segue para frente. Precisamos entender quem era o parceiro perdido de Paulo Victor, por isso vamos voltar no tempo alguns anos atrás.

Quem é o digimon de Paulo?

Como ele anda atualmente?

Será que ainda está vivo?

Todas essas perguntas serão respondidas com uma passagem do tempo para o passado.

Ilha Arquivo

Antes dos acontecimentos atuais envolvendo Barbamon, a ilha continuava como o centro do Digimundo. Era o local onde os digimons renasciam, onde os primeiros digiescolhidos surgiram, onde Devimon atacou a mando dos Mestres das Trevas. Essa é a história da ilha mais importante antes de ser destruída.

Mas há um acontecimento que marcou Arquivo para sempre. As digitamas dos atuais digimons parceiros foram preparadas. No entanto, uma foi roubada por um ser que mais parecia um motoqueiro. Ele era grande bastante para segurar o ovo com apenas uma mão. Deixou-o escorado perto de uma árvore e foi embora. Aquele ovo era do parceiro de Paulo Victor, ou seja, tal acontecimento foi em 2011, no mesmo ano em que Paulo conheceu o seu falso parceiro, Impmon.

Mas aquela digitama ficou na Ilha Arquivo por tanto tempo sem chocar que não chamou a atenção de ninguém. Por dias sofreu com sol e chuva e nada daquilo chocar.

Na ilha havia um digimon babá. Ele cuidava dos bebês que nasciam. Devido à crise com os Lordes das Trevas, muitos digimons renasceram e assim lotaram a Cidade do Princípio. Foi um tumulto para o pequeno Elecmon cuidar de tantas ovos e tantos bebês.

DIGIMON: ELECMON

ATRIBUTO: DADOS

NÍVEL: CRIANÇA

TIPO: MAMÁLIA

FAMÍLIA: NATURE SPIRITS

NPD: 6.000

O jovem digimon era encarregado de cuidar de todos os bebês, mas de vez em quando recebia ajuda dos outros nessa árdua tarefa. Sempre saía para pescar peixes e buscar frutas para a alimentação dos bebês. Nessas andanças viu uma digitama perdida perto do rio. Ela rolou até chegar lá.

— Ainda bem que não rachou. O que será que essa digitama faz aqui? Não lembro de ser uma das minhas — chacoalhou. — Não vou deixar junto com os outros na cidade. Colocarei em minha casa e talvez choque por lá.

Elecmon colocou o ovo na parte dos fundos da sua casa. Mal sabia ele que ali era um poderoso digimon digiescolhido que foi impedido de nascer.