Passaram-se então dois dias, nenhum sinal dos meus filhos eu estava a sentir-me tão culpada, tinha sido tudo culpa minha, eles podiam estar mortos por minha causa!

Estamos todos aqui no apartamento, estamos à espera de novidades, de um telefonema, nada, nenhum sinal das crianças. De súbito tocam à campainha, eu vou a correr abrir, mas como é óbvio, não eram os raptores a entregar-me os bebés, ao invés disso era alguém que eu esperava que mais tarde ou mais cedo viesse falar comigo.

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—Posso entrar? - perguntou-me e eu assenti dando-lhe passagem. - Podemos falar... a sós?

—Estava à espera que quisesses falar comigo, só não percebi porque apareceste agora! - sentei-me no braço do sofá e pronunciei-me assim que todos saíram da sala e que fechei a porta.

—Eu não te liguei, não vim falar contigo porque não sabia o que te dizer - justificou-se.

—E agora já sabes? - cruzei os braços.

—Lamento por tudo, mas tenho boas notícias para ti, e são sobre os teus filhos - mal ele acaba eu senti os meus olhos brilharem, a esperança estava reacesa.

—O que é que sabes? - questionei bastante interessada e desesperada.

—O Beetee e a Wiress estão a rastreá-los, eu não posso fazer muito, mas eles estão infiltrados no conselho, muito provavelmente em pouco tempo saberemos para onde levaram o bebé, o que se sabe em concreto até agora é que ambos estão vivos, foram levados para uma casa onde colocam as mulheres traficadas, os bebés estão lá, em segurança - eu sorri ao saber isso, o Beetee e a Wiress sempre foram os meus professores preferidos, mas agora a minha admiração, a minha "paixão" e o meu favoritismo por eles só cresceu e tornou-se mais evidente que nunca.

—Isso é excelente, obrigada por me informares! - sorri.

—De nada, docinho. Sei que nunca me vais considerar teu pai, mas quem sabe não consigamos ser amigos um dia - ele tocou NO assunto, aquele que eu estava a tentar evitar e que me perturbava desde o momento em que abri a porta e dei de caras com ele.

—Eu estou disposta a tentar incluir-te um bocadinho na minha vida, mas aos poucos, não digo que não é uma situação esquisita, mas ainda assim tens muito para me contar, não te prometo que te vá considerar meu pai, mas espero que se a Riley e o Josh voltarem te conheçam como avô deles - confessei e ele abraçou-me, eu retribuí, ainda que meia constrangida.

—Eu vou indo, obrigada pela tua abertura, sei que nunca foste muito minha fã - sorri e levei-o à porta e quando reparei tinha uma plateia a ver.

—Pai, quero que saibas que vais sempre ser o meu pai, apesar de tudo, apesar de tudo, foste tu quem estiveste comigo, não sempre, mas foste tu quem me sustentou e que me tem apoiado, não quero que fiques chateado comigo! - esclareci e el abraçou-me.

—Eu sei Katniss, mas eu também sou da opinião que deves realmente conhecer o Haymitch, ele merece uma oportunidade, ele não teve culpa nenhuma nesta história toda! - sorri fraco porque estava triste, e nesse momento recebo um e-mail do Beetee, abro-o imediatamente e recebo a localização. Dei-a aos policiais que se encontravam na sala connosco e logo fomos todos atrás dos bebés, invadiram o edifício, era lamentável a situação em que as mulheres viviam, procuramos os bebés e nada, até que entramos numa sala de onde vinham dois choros.

—Cala-te coisa irritante! - gritava a mulher que imediatamente reconheci, Alma Coin. Os policiais prenderam-na e tiraram-lhe os bebés dando-os a mim e ao Peeta, saímos de lá rapidamente encerrando o local e trazendo connosco as mulheres e os criminosos que lá residiam. Eu e o Peeta fomos logo para o hospital com os nossos amigos, os bebés ficaram em observação, mas felizmente eles estavam bem, apenas com fome e sede, nada que não se resolvesse.

Finalmente, eles estavam em segurança, comigo ali com eles, aqueles olhos brilhavam ao ver-me, e isso deixava-me aliviada e feliz, sendo que eles já não tinham o pavor presente no olhar. Agora restava ter cuidado, muito cuidado!

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