Dias de Maroto - 1ª Temporada

Season Finale - Até Setembro


~ James P.O.V ON

ENTÃO FORA SIRIUS? ERA ISSO MESMO? COMO ELE TIVERA A CORAGEM E A CARA DE PAU DE FAZER ISSO? Bem, era isso o que eu ia descobrir. Lily não mentira, eu tinha certeza. Deixo Lily no corredor e vou para o Grande Salão a passos largos e com minha varinha na mão. Ele iria se ver comigo dessa vez.

~ James P.O.V OFF

~ Sirius P.O.V ON

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O frango assado estava realmente maravilhoso essa noite. Remo estava sentado ao meu lado e me observava eventualmente enquanto eu devorava a comida. Eu estava faminto.

Contar à Lily não fora fácil, mas sei que poderia ter sido mais difícil. Eu fiquei feliz em saber que ela nos perdoara e que tudo estava bem. Marlene também parecia feliz. Ela e Dorcas não paravam de rir e eu podia ver Alice tentando entender o que estava acontecendo com as duas. Eu nunca consegui descobrir.

Já terminando de comer o meu primeiro prato e completamente despreocupado, começo a me servir de mais frango e torta, mas sou interrompido por um grito.

— SIRIUS BLACK!

Todos ficam em silêncio. James estava na porta do Grande Salão. Ele caminha até mim tão rápido que nem me dou conta do que está acontecendo. Todos olhavam para nós dois, inclusive os professores.

Ele para em minha frente e me levanta pela camisa. Me põe de pé e me dá um soco. Ouço a surpresa de todos. Eu caio no chão e antes que eu possa me levantar ele sacode sua varinha e eu voo longe. Caio novamente e sinto uma dor intensa no quadril.

— COMO SE ATREVE? – ele gritava – ANDA, BLACK! RESPONDA!

Minha visão estava turva. Muitas pessoas gritavam por James, inclusive Lupin, mas ele parecia não escutar. Vi apenas um borrão correr para cima de mim e logo ele já voltara a me bater e agitava a varinha de novo e me sacudia. Depois do que me pareceu uma eternidade, alguém interviu e nos separou.

— Para a minha sala, agora – era Dumbledore. Estávamos completamente ferrados – E guarde sua varinha, James. Não vai precisar dela.

Levanto-me com extrema dificuldade e vejo James enfiar a varinha por entro da meia. Seguimos o diretor em silêncio e todos nos encaravam.

É. Não ia sobrar um dedo da gente pra contar história.

~ Sirius P.O.V OFF

~ James P.O.V ON

Enquanto seguíamos para a sala do Dumbledore, não ouso mexer em minha varinha, por mais que a tentação fosse grande. Ficamos os três quietos durante o caminho todo. Só o que Dumbledore disse antes de chegarmos à sua sala, fora a senha.

Quando chegamos, ele se sentou em sua cadeira. Como sempre, seus olhos azuis eram calmos e, dessa vez, me deram raiva.

— Expliquem-se – ele pede.

— FOI ELE, DIRETOR! – eu grito apontando pra Sirius, que apenas se encolheu – ELE!

Dumbledore apenas me encara.

— ELE QUE CAUSOU TUDO ISSO! – eu explodo e, com a raiva borbulhando dentro de mim, avanço para Sirius. Dumbledore me imobiliza com um feitiço enquanto Sirius se afasta e quando ele me solta eu sinto algo como labaredas em minhas entranhas. Uma raiva tão grande que eu não conseguia conter.

— Eu sei como está se sentindo – Dumbledore diz, calmo.

Fora a gota d’água. Derrubo tudo o que estava e sua mesa.

— O senhor não sabe – digo – ELE – aponto para Sirius- ELE ARRUINOU QUALQUER CHANCE QUE EU TINHA.

— Também não é assim – diz Almofadinhas.

— CALA A BOCA, SEU CACHORRO – grito para ele.

— A boca, James... – Dumbledore diz.

— Me desculpe, senhor. Mas o senhor sabe do que eu estou falando!

— Sei – ele responde.

— Então deixe-me acertar as coisas com ele.

— Isso eu não permitirei – ele falava sério – Eu compreendo sua raiva – ele continua e pude notar que agora ele não repetiu que sabia o que eu sentia – mas não posso permitir violência aqui na escola.

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Os quadros nos assistiam cobertos de interesse. Fineus, que tinha parentesco com Sirius, apenas o observava. Dumbledore se vira para Sirius.

— Foi ideia sua de dar a poção à senhorita Evans?

— Sim, senhor – Almofadinhas responde.

— E mais alguém está envolvido?

— Não, senhor – ele mente e Dumbledore percebe, mas não se adentra na questão.

— E qual o motivo disso?

– Bem, senhor... Todos sabemos que o Pontas aqui é completamente apaixonado pela Lily. Eu só queria dar uma mãozinha pros dois e fazer Lily entender que eles ficam bem juntos e combinam. Acelerar um pouco as coisas, entende?

Dumbledore o olha em silêncio. Depois me olha e começa:

— Os dois tem que entender que as atitudes foram extremamente graves. Não só a de dar à senhorita Evans a poção do amor, mas também a de utilizar a varinha num duelo no meio do jantar. Preciso que os dois entendam isso.

— Nós entendemos – eu e Sirius dizemos ao mesmo tempo.

— Muito bem – fala o diretor – Agora, James, imagino que Sirius queria te falar uma coisa.

— Me desculpe – pede Sirius.

— Como é que é? - eu estava indignado.

— Isso mesmo, cara – ele continua – me desculpa.

— Você espera que depois de toda essa confusão eu te desculpe e tudo volta a ser como antes? – pergunto.

— Sim – ele diz, sorrindo.

– Espere sentado então – falo com rispidez.

— Que?

— Isso mesmo. – digo.

— James, por pior que tenham sido as atitudes de Sirius, eu recomendo que o desculpe – Dumbledore interfere.

— Senhor?

— Sabe, ele teve boas intenções apesar de tudo.

— O SENHOR ESTÁ DE QUE LADO? – eu me descontrolo mais uma vez.

— Dos dois e de nenhum. Sabe, James, a amizade de vocês não deve ser jogada fora por causa de um incidente assim, por mais complicado que ele tenha sido – ele diz.

— Mesmo assim – eu teimo.

— Vamos, Pontas – Sirius insiste – somos quase irmãos!

Os dois me olham e Sirius faz aquela cara de cachorrinho abandonado. Penso um pouco e vejo que Dumbledore tem razão.

— Tudo bem – digo.

— Muito bem! – fala o diretor – Antes de irem, quero dizer uma coisa para você, James.

— Senhor?

— Muito bons os feitiços não verbais – ela fala – vejo que já dominou a técnica.

— Sim, senhor – digo sorrindo.

— Muito bons mesmo.

— Obrigado, senhor.

— Verdade, Pontas! Apesar de você quase me matar, foi legal.

— Não enche – digo e, por pior que eu estivesse, consegui sorrir. E até vejo Dumbledore dar um risinho.

— Podem ir agora – ele diz – e, por favor, não voltem ao Grande Salão. Não quero mais confusões hoje.

— Tudo bem, senhor - eu e Almofadinhas dizemos em uníssono.

E então, nós dois saímos da sala do diretor e tomamos caminho para o Salão Comunal. Sirius é quem quebra o silêncio:

— Foi mal mesmo, cara.

— Tudo bem.

— Mesmo?

— Mesmo – afirmo – mas agora você me deve uma. E eu vou cobrar.

Ele sorriu. Quando chegamos ao dormitório fomos direto dormir.

~ James P.O.V OFF

~ Lily P.O.V ON

Eu não fora jantar, para variar um pouco. Tinha bastante coisa para estudar. Volto para o salão comunal e fico lendo uns livros que eu tinha pegado na biblioteca. Quando o sono bate, vou me deitar. As meninas não falam comigo e eu agradeço. Eu já estava esgotada e só queria dormir. É na manhã seguinte que elas me contam tudo.

— É, foi assustador! – diz Alice enquanto secava o cabelo curtinho com a toalha.

— Mas me expliquem direito! – imploro.

— Bem, o James chegou no Grande Salão furioso! Ele foi pra cima do Sirius e deu um soco nele! Ainda não sei como ele não quebrou a mão.

— Exatamente- diz Marlene.

— E depois - continua Alice – ele jogou o Sirius do outro lado do salão e bateu mais nele. Ele nem parecia com o James que estamos acostumadas...

— Realmente... – Dorcas concorda.

— É... E depois o Dumbledore interrompeu os dois e os levou pra sala dele – diz Marlene.

— Sim... Depois não os vimos mais – completa Alice.

— Ah... Será que eles estão encrencados? – pergunto.

— Bem, pelo jeito sim... – diz Alice.

— É... Eu ainda não suporto o James, mas agora acho que gosto mais dele do que antes.

Elas apenas me olham.

— É isso mesmo. Ainda o acho um arrogante metido – digo.

Elas se olham e retomam suas atividades. Quando desço as escadas, encontro James.

— Posso falar com você um minuto? – ele pede.

— Claro... – digo.

Vamos até o sofá mais próximo e nos sentamos.

— Eu queria saber como estamos agora...

— Como assim? – pergunto.

— Você sabe...

— Bem, eu ainda te acho imaturo e arrogante, mas agora sei que, apesar de tudo, você não faz isso por mal. Mas não sei se vamos ser amigos, James – falo e noto os nós de seus dedos, que estavam vermelhos e roxos por causa do soco.

— Ah... Eu entendo – ele diz.

— Eu sinto muito. E, por favor, me chame de Evans. Eu já te pedi isso algumas vezes e, bem... – eu sorrio e ele também.

— Tudo bem, Evans. Melhor assim?

— Sim – digo.

— E me desculpe mais uma vez.

— Certo.

— Até logo – ele diz se levantando e saindo para o café da manhã.

Pela primeira vez ele entendeu o que eu queria.

~ Lily P.O.V OFF

~ James P.O.V ON

Apesar do que Lily me dissera no dia seguinte a minha briga com Sirius, eu não fiquei chateado. Essa história toda me fez perceber que eu era realmente imaturo e que ela tinha razão por não gostar tanto assim de mim. Eu não ia forçá-la a nada.

É claro que eu ainda gostava dela, mas eu tinha que dar tempo ao tempo.

Por isso, passada a semana de provas e tudo mais, apenas falo com ela no Expresso de Hogwarts, voltando para Londres.

— Até setembro – eu disse.

— Até setembro – ela respondeu.

E mesmo que eu não a tivesse por perto, eu estava feliz por ela estar feliz. Quem sabe no ano seguinte as coisas finalmente mudassem.

~ James P.O.V OFF

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.