Ficaria na estalagem no centro até encontrar alguma casa que me agradasse. A senhoria, uma mulher gordinha de sorriso largo, recebeu-me como se fosse seu filho. Na verdade, era seu sobrinho. A irmã do meu pai nunca deixou o interior mineiro e sua alegria quando soube que viria ficara óbvia na ligação recebida num dos três únicos aparelhos da cidade.

Me escondi sob a camuflagem de médico. De profissional respeitável. Mesmo assim, minha tia ainda via o menino que a fazia rir nas ceias de Natal. Me abraçou apertado antes de me levar ao quarto onde passaria os próximos meses.