Desentendimentos

Capítulo 3


Carlisle levou Alice e eu até o quarto que Edward estava.

Quando entramos, todos estavam ali, Emmett, Rosalie, Jasper e Esme, que estava sentada na cadeira ao lado da cama em que Edward estava deitado.

Vê-lo ali, inconsciente, rodeado de tantos aparelhos, com tantos tubos ligando seu corpo perfeito, era quase tão doloroso quanto vê-lo no chão de minha casa, baleado.

Minhas mãos taparam minha boca e as lágrimas escorreram pelo meu rosto, fiquei imóvel por alguns segundos, Esme se levantou de onde estava e veio me abraçar.

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-Eu sei que impressiona querida, mas ele está bem.

Confirmei com a cabeça, e me aproximei da maca, observei-o por um longo momento então, com muito cuidado e com a mão boa, eu acariciei sua face tão perfeita.

-Bella, existem alguns detalhes que é bom você estar ciente. – Carlisle disse se aproximando.

-Modificamos alguns aparelhos aqui, os batimentos cardíacos dele, como são medidos ali, - ele apontou para um dos aparelhos – esta na verdade medindo a respiração dele; a intravenosa esta dando-lhe soro com morfina, portanto, mesmo que ele acorde, ele se sentirá sonolento. Eu irei arrumar sangue para ele se alimentar e Edward passar todo o tempo deitado, levantando-se apenas para ir tomar banho. Os enfermeiros entraram sempre, então todo cuidado é pouco.

Eu concordei com a cabeça e ele prosseguiu.

-Ele precisará estar tomando remédios constantemente, e a única coisa que vou colocar na medicação é morfina. Se ele passar todos os dias sem comer nada, os enfermeiros irão perceber, portanto Edward terá que comer de vez em quando.

-Certo... Eu acho que peguei tudo. – sorri.

-Não se preocupe, Bella, só falei para você estar a par da situação, mas estaremos aqui também. – Carlisle sorriu.

-Carlisle, Esme; - comecei a falar cuidadosamente. – Eu gostaria muito de poder ficar aqui com ele, o tempo todo, até ele sair do hospital.

-Não, nem pensar! – foi Alice quem respondeu – Eu prometi a Edward que cuidaria de você. E eu vou cumprir.

-Alice... – Eu supliquei – Não vou ficar tranqüila se não estiver aqui com ele, fora que...Não quero ver Charlie.

-Você vai precisar conversar com ele algum dia, querida – Esme disse com uma voz de veludo.

-Eu sei, mas realmente não quero vê-lo agora...

Houve um silêncio pesado no quarto, então logo veio aquela sensação de alivio e paz no ar, Jasper estava agindo.

-Se quiser mesmo Bella, acho que podemos resolver isso. – Carlisle disse calmamente.

-Durante o dia Esme pode ficar vindo aqui com freqüência, e eu estarei pelo hospital, e durante a noite, Alice, Jasper, Emmett e Rosalie podem revezar para ficar aqui com você, assim você não sairá do lado de Edward e pode dormir em paz porque um de nós estará tomando conta dele. – ele sorriu.

-Obrigado Carlisle. – eu sorri agradecida.

-É o mínimo que podemos fazer, para retribuir-lhe. – Ele sorriu.

O restante da tarde, ficamos todos ali no quarto, observando Edward, quando a noite caiu todos voltaram para casa; Alice fez questão de passar aquela noite comigo, ela ainda não tinha aceitado muito bem a idéia deu ficar todos os dias e noites no hospital com Edward, Alice foi até a lanchonete do hospital e comprou um lanche para mim e um suco, eu comi à mesa do quarto, assim que terminei, voltei a me sentar ao lado de Edward. Já eram quase oito horas da noite quando Alice se levantou que estava e declarou:

-Bella, acho que vai querer ficar sozinha um pouco, vou ali fora tomar um ar, daqui a pouco eu volto. – então ela saiu do quarto.

Nem dois minutos depois, Edward começou a se mexer, eu fiquei ansiosa e me aproximei mais do corpo dele. Edward começou a abrir os olhos.

Abri um largo sorriso ao ver aqueles olhos dourados abertos de novo.

-Como se sente, amor?

-Estou bem... – Ele respondeu e levou a mão até o nariz, para retirar o tubo de oxigênio. Eu segurei sua mão, detendo-o.

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-Não...Não pode... – eu sorri de leve.

Ele ficou confuso e olhou em volta tentando entender.

-Você está no hospital. – eu esclareci.

-Mas, o que aconteceu, afinal? – Ele perguntou tentando se lembrar como fora parar naquele quarto.

Eu respirei fundo e comecei a contar.

-Charlie atirou em você, então para sustentar a história você passou por uma cirurgia, e agora esta no quarto, e ficará aqui se recuperando por algumas semanas. – eu falei cautelosa.

Ele me olhou sem acreditar.

-Vou precisar fingir que estou mal por algumas semanas?

-Sim, eu vou ficar aqui com você.

Ele semi-serrou os olhos.

-Mas não vai mesmo!

Revirei os olhos.

-Você não está em posição de escolher, aqui. – eu disse calmamente – Você pode concordar por bem ou por mal. – dei-lhe um sorriso triunfante.

-O que quer dizer com isso?

-Se você for começar a discutir vou chamar o enfermeiro para sedar você de novo. – sorri maliciosamente.

-Sabe muito bem que eu não durmo, Bella! – ele disse calmo.

-Eu sei, mas como você acha que não se lembra de ter vindo parar nesse quarto? – perguntei olhando para o quarto.

Ele não respondeu, então eu continuei.

-Carlisle descobriu que se aplicar uma grande quantidade de morfina num vampiro, você consegue sedá-lo... – eu disse casualmente. – Foi assim que você veio parar aqui, inconsciente.

Ele ficou incrédulo e não respondeu, apenas me encarou.

-Agora, se não quiser voltar a dormir, - eu o ameacei – é bom se comportar – sorri de canto.

Ele fez careta e mostrou a língua para mim, eu ri da atitude dele e me aproximei para beijá-lo.

-Tive tanto medo de que aquela bala tivesse mesmo te machucado... – sussurrei, em seguida beijei-o.

Ele me abraçou, tomando o cuidado de não deixar que nenhum fio nem tubo se soltasse e correspondeu meu beijo.

-Desculpe ter, preocupado-a. Mas você sabe que não tinha com que se preocupar! – Ele acariciou meu rosto.

-Eu que peço desculpas pela atitude do meu p..., Charlie. – falei agora com muita raiva. – Nunca vou perdoá-lo por isso.

-Se acalme, Bella. – ele falou gentil. – Foi apenas um surto, foi insciente...

-Podia tê-lo matado!

-Mas não matou... – ele me calou colocando gentilmente seus dedos sobre a minha boca. – Eu não morro tão facilmente, querida! – Edward deu aquele sorriso torto que eu amo.

O abracei forte, ele me puxou para seu colo, me deitando ao seu lado na maca, ele acariciou meus cabelos e foi beijando minha testa.

-Eu amo você, Bella, não vou abandoná-la.

-É bom ouvir isso. – eu disse e o beijei. Edward correspondeu ao meu beijo e logo se separou.

-Levante-se, o enfermeiro está vindo.

Eu me levantei rapidamente e me sentei a beira da cama, logo em seguida um moço de aproximadamente uns vinte anos, alto, moreno de olhos azuis esverdeados, vestido todo de branco, entrou no quarto.

-Olha quem acordou! – ele deu um sorriso perfeito ao ver Edward não pareceu gostar muito do tal moço, mas confirmou com a cabeça.

-Como se sente, Edward? – perguntou o enfermeiro, - Estavam todos muito preocupados com você, sabia? – ele sorriu e começou a avaliar o soro e alguns aparelhos.

-Estou bem. – Edward respondeu.

-Que bom, - moço disse sorridente. – Você teve muita sorte, uma bala daquele poderia ter lhe causado seqüelas.

-Eu estou bem. – garantiu Edward.

-Está pronto para mais analgésicos?

-Não!Não quero analgésico... Eu estou bem.

-Tem certeza? – o enfermeiro não ficou muito convencido. – Não precisa se mostrar forte, você tem um bom motivo para ficar descansando... – ele sorriu – Tenho certeza de que sua amiga, entenderá. – ele olhou para mim pela primeira vez.

-Noiva! – corrigiu Edward de mal grado. – E eu estou bem.

O enfermeiro deu os ombros.

-Tudo bem então, - ele se virou para mim – sou Peter, qualquer coisa é só me chamar pelo interfone.

-Obrigada, Peter. – eu sorri e Peter retribuiu o sorriso e saiu também.

Olhei para Edward e ele estava nitidamente bravo.

-O que foi? – perguntei.

-Não gostei disso... – ele disse sério.

-Não gostou do que? – perguntei me sentando novamente a beira da cama.

-Ele achou que você fosse minha AMIGA...

Eu suspirei e me deitei sobre o peito dele.

-Você fica muito lindo quando esta com ciúmes. – eu ri baixinho.

Edward fez careta e começou a acariciar meus cabelos.

-Não estou com ciúmes.

-Claro que não esta. – eu disse rindo e olhei nos olhos dele – E não se preocupe, eu sou sua! E de mais ninguém, foi com VOCÊ que eu aceitei CASAR. – abri um largo sorriso e mostrei a aliança em meu dedo.

Edward pegou minha mão e beijo a aliança em seguida sorriu.

-Você nem engasgou para falar em casamento, eu perdi alguma coisa enquanto estive dormindo? – ele perguntou rindo.

-Eu achei que fosse perder você, e eu percebi que não posso viver sem você. – falei calma apertando mais os braços ao redor dele. – Percebi que o que eu mais quero é passar o resto da eternidade ao seu lado, que eu quero que todos vejam como eu tive sorte de ser tua esposa. O que eu mais quero agora Edward. – eu olhei fundo nos olhos dele – É me casar com você, ser sua e de mais ninguém por toda a abriu um sorriso encantador, sua felicidade era visível para qualquer um e eu tive a impressão de que se ele pudesse chorar ele estaria chorando naquele momento.

-Isabella Swan, - ele começou a dizer segurando meu queixo para que eu olhasse diretamente para ele – Você acaba de me fazer, o homem mais feliz desse mundo. – e então ele me beijou.

-Eu te amo. – ele sussurrou no meu ouvido.

-Eu também te amo.

Levantei a mão esquerda e comecei a acariciar o rosto de Edward, não levou mais que meio segundo para Edward perceber o meu pulso enfaixado e então ele se lembrou.

-Seu pulso... – ele pegou meu braço com muito cuidado e começou a desenfaixá-lo. – Quais foram os danos?

-Quase nenhum, - eu menti – peguei uma veia só.

Ele arqueou uma das sobrancelhas e perguntou desconfiado:

-Ah, é? Então por que Carlisle deu sete pontos no seu pulso?

-Por precaução... – dei os ombros – Ele me conhece Edward, normalmente eu já não tomo muito cuidado, no hospital me preocupando com você então... Quase nem vou lembrar do pulso. – esperei ter sido convincente o suficiente.

-Sei. – Edward estava desconfiado – Acho que você esta me escondendo alguma coisa.

Revirei os olhos.

-Vou mandar sedá-lo de novo Edward, você esta incoerente. – fui até o interfone.

-Não! – ele protestou, mas eu o ignorei, estava prestes a apertar a campainha quando Alice entrou no quarto.

-EDWARD! Você acordou – ela disse feliz.

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Edward revirou os olhos.

-Como se você não soubesse quando eu iria acordar.

Ela o ignorou e se virou para mim.

-Trouxe sua janta, Bella. – ela levantou a sacola de plástico que segurava.

-Eu acabei de comer, Alice. – suspirei.

-Não importa, você precisa jantar!Tem que se alimentar bem, já não basta um hospitalizado, dois é demais! – ela me entregou a sacola e voltou a olhar Edward. -Você viu como Bella esta linda. – ela me fez dar uma voltinha, eu fiquei vermelha com aquilo.

-Realmente, esta de parabéns Alice, ela esta mais linda do que nunca. – Edward falou sorrindo – E eu que pensei que isso não fosse possível.

Alice e eu reviramos os olhos.

-Alice, - Edward começou – qual foi o veredicto de Carlisle para o braço de Bella?

Eu olhei para Alice e ela me olhou de volta, em seguida prosseguiu:

-Nada que não seja contornável. – Ela disse sorrindo.

Edward olhou de Alice para mim mais desconfiado do que nunca.

-Vocês estão me escondendo alguma coisa!E eu quero saber o que é! – ele disse e começou a tentar se levantar.

Alice estava ao lado dele no mesmo instante, e o segurou.

-Me solte Alice! – Edward ordenou

-Já chega Edward! – eu disse séria. – perdeu sua chance, vou mandar sedá-lo.

Fui até o interfone e apertei-o:

-Sim? – a voz de Peter saiu do aparelho.

-Peter, creio que Edward está pronto para mais analgésicos.

-Não estou não!Vamos conversar agora dona Isabella! – Edward gritou e tentou se soltar de Alice, mas ela manteve-o preso.

Peter pareceu assustado com a gritaria de Edward.

-Já estou indo.

-Obrigada. – eu disse calmamente e me voltei para Edward. - Edward se acalme, por favor.

-Não vou me acalmar!Eu exijo que vocês me digam o que realmente aconteceu! – Ele gritou.

Peter entrou no quarto carregando uma bandeja com uma seringa, um pouco de algodão e um vidrinho.

-Hora de se acalmar, Edward. – Peter disse começando a fechar o soro para poder colocar o analgésico.

-Não vou me acalmar! – Edward gritou – Você me deve uma explicação Isabella Swan!

Peter começou a injetar o analgésico no tubo da intravenosa, mas

Edward arrancou o tubo de seu braço com tudo.

-JÁ DISSE QUE NÃO QUERO NENHUM ANALGÉSICO! – gruiu ele.

Peter não acreditou no que Edward fizera:

-Vou chamar outros enfermeiros para segura-lo e vamos aplicar-lhe uma injeção.

-Não precisa, - Alice declarou – Eu consigo segura-lo.

-Tem certeza? Ele parece forte, e está muito agitado. – Peter pareceu inseguro.

Alice revirou os olhos e afirmou.

-Me diga apenas a onde vai aplicar e eu seguro ele.

-ISABELLA MARIE SWAN! – Edward gritou novamente.

-Edward pare de agir assim! – eu disse firme.

Peter se organizou rapidamente e preparou a injeção.

-Consegue vira-lo para podermos aplicar a injeção no bumbum?É o lugar onde o analgésico fará efeito mais rápido.

Alice rapidamente levantou Edward.

-Bella me ajude aqui, fique de frente para ele, assim ele não tentará se soltar. – Alice deitou Edward em seu colo, mesmo com a resistência dele.

-ME SOLTE ALICE!ISSO É RIDICULO!

Fiquei de frente para o rosto de Edward e segurei suas mãos, como Alice previra, ele parou de tentar se soltar, mas continuou me encarando.

-Ridículo está sendo você Edward, deveria se envergonhar do fato de Bella, estar vendo-o agir feito um bebê. – Alice rebateu.

Edward a ignorou.

-Bella, o que aconteceu com você? – ele perguntou sério.

Enquanto Edward estava distraído comigo Peter agiu rapidamente, levantou a camisola que Edward vestia e aplicou a injeção na bunda dele.

Eu nunca tinha visto a bunda de Edward antes. Era realmente perfeita, como todo o restante do seu corpo, eu diria ser um crime perfurar aquela pele tão perfeita.

Fiquei corada por estar vendo-o, mas ele nem pareceu notar.

Não demorou muito os olhos dele começaram a ficar pesados e Edward adormeceu.

-Pronto, ele esta dormindo. – Peter declarou.

Alice arrumou a camisola de Edward e eu ajudei-a a virar Edward e deitá-lo na maca novamente.

Peter começou a reinstalar todos os equipamentos.

-Seu noivo é um pouco temperamental. – Peter declarou.

-Sim, Edward não gosta de não estar a par de tudo que acontece comigo ou com a família dele. – Eu suspirei.

Peter se virou para Alice.

-Preciso avisar seu pai sobre o surto do seu irmão.

-Pode deixar que eu mesmo aviso, estou para ligar para ele mesmo.

-Tem certeza?

-Sim, fique tranqüilo.

-Tudo bem então, se precisarem, é só chamar. – e então ele saiu do quarto.