Desejo Oculto - TDA

《Capítulo trinta e sete》


— Victória...

— Papai, não insista! - o soltou e caminhou já saindo da sala. - Eu te amo e nos vemos amanhã!

Ele riu do jeito dela e saiu atrás dela, mais uma vez se abraçaram e eles foram pra casa, ele olhou para Julia que sorriu e sem demora a pegou nos braços e a levou para o quarto. Iriam comemorar muito a chegada de sua menina...

(...)

E O TEMPO SE FOI...

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Era quinta feira por volta das duas da tarde, Victória caminhava de cima para baixo de sua empresa, seu saltos batiam no chão anunciando sempre a sua chegada. Ela não podia mais usar salto, mas era teimosa e ali estava ela com sua barriga de cinco meses dando ordens a todo mundo.

Luci veio com suas vitaminas e uma garrafa de água e entregou a ela, Heriberto tinha deixado em sua responsabilidade porque sabia que ela esqueceria e tinha razão porque quando focava em seu trabalho se esquecia do mundo. Ela tomou e agradeceu a ela voltando ao trabalho, Luci até tentou falar mais alguma coisa para ela, mas Victória apenas saiu no tilintar de seus saltos.

— Victória...

Ela virou e nesse momento tropeçou no tapete e por pouco não foi ao chão se não fosse ele segurá-la, Victória ficou branca no mesmo momento e segurou forte nos braços dele. Foi como se um filme passasse diante de seus olhos com ela no chão gemendo de dor pelo tombo, mas graças a ele ou infelizmente está de pé. Osvaldo sorriu para ela que o olhou nos olhos e ela se tremeu por completo com aquela ousadia dele de estar ali depois do que tinha feito, tratou de se recompor e se soltou dele dando dois passos para trás levando às mãos a barriga que estava dura pelo susto.

— O que faz aqui? - a voz saiu num gaguejo e ela respirou fundo.

— Vim rever o meu melhor amigo e a minha ex-noiva! - sorriu sarcástico e desceu os olhos para a barriga dela. - Esse filho pode ser meu?!

— Não se atreva seu desgraçado! - trincou os dentes para não perder o controle de seus atos. - Saia da minha empresa, não sei como tem coragem de aparecer por aqui depois do que me fez!

Ele sorriu sem se preocupar com as palavras dela e colocou as duas mãos dentro do bolso da calça.

— Eu não posso ir já que foi você quem me chamou! - ela elevou a sobrancelha e ele continuou vendo que ela não iria dizer nada. - Temos um contrato em vigor e acho que nenhum de nós dois quer pagar a multa!

— Eu não tenho contrato nenhum com um porco como você! - falou mais alto não o querendo ali.

— Não fique assim que pode fazer mal ao bebê! - mantinha uma serenidade no olhar que a irritava e ao mesmo tempo a fazia sentir medo. - Não quero que minha chefe tenha que se ausentar por causa de algo...

Um enigma no meio das palavras que ela foi capaz de entender e olhou para os lados buscando alguém, mas como estavam no corredor não tinha ninguém ali para ajudá-la. Osvaldo deu mais um passo a frente, ficou a olhando por um longo minuto e tirando uma mão do bolso ele passou o dedo sobre a barriga dela que se afastou novamente encontrando a parede atrás de si.

— Tem certeza que não é meu? Essa barriga está muito grande pra tão pouco tempo de gravidez! - mostrou que sabia tudo sobre ela.

— Saia daqui que eu vou pagar o que for preciso na quebra desse contrato, mas na minha empresa você não fica! - ofegou. - Você tem uma ordem de restrição de não se aproximar de mim e se continuar a me olhar desse modo, eu vou direto na delegacia! - o ameaçou.

— Foi você quem me chamou de volta, amor! - sorriu. - Mas não se preocupe que estou aqui em paz! - se afastou. - Parabéns pela gravidez, mas ouvi dizer que muitas mulheres perdem o bebê até o sexto mês! - piscou para ela.

— Saia daqui! - gritou com os olhos cheios de lágrimas por aquelas palavras maldosas. - Some da minha empresa e da minha vida! - abraçou sua barriga sentindo uma dor terrível e um líquido escorreu por suas pernas e ela se apavorou.

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Gritou por ajuda e Luci apareceu no mesmo momento mais nada fez e apenas sorriu para o desespero de Victória e os dois a sua frente começaram a se beijar enquanto ela sangrava ali na frente dele. Os gritos pareciam não ser ouvidos por ninguém e ela olhou para as mãos molhadas de sangue e gritou mais ainda com os dois gargalhando daquela desgraça que acontecia com ela e tudo ficou escuro.

Victória saltou em sua cama gritando e acordando Heriberto que ascendeu a luz rapidamente e a olhou, ela gemeu tocando a barriga e chorava desesperadamente com a dor aguda em seu ventre. Heriberto tocou o rosto dela e fez com que ela olhasse para ele, mas ela estava tão fora se si com aquela dor que não conseguia raciocinar.

— Meu amor, calma! - tentou manter a calma para não piorar as coisas. - O que está sentindo? Respira!

— Aí! Aí... - sofreu gemendo e ele tocou a barriga dela sentindo o quanto estava dura pelo modo como ela estava. - Heriberto... - abaixou o olhar. - Eu estou sangrando...

Heriberto no mesmo momento olhou para e arrancou o lençol das pernas dela e viu sangue, ele saiu da cama no mesmo momento e a pegou nos braços e saiu do quarto, desceu e foi direto para o carro e dali correu para o hospital. Victória tentou respirar com calma como ele pedia, mas estava com contração e o medo tomava conta dela não a deixando pensar direito e ele dirigiu o mais rápido que pode e parou na emergência e pulou do carro gritando pelos médicos.

Victória foi colocada na maca e eles correram com ela para a sala de exames, Heriberto ia ser impedido de entrar, mas exigiu seus direitos como esposo dela e médico daquele hospital e eles não se negaram. Ela foi examinada ali rapidamente e perceberam que ela estava em trabalho de parto que Heriberto negou no mesmo momento já que ela estava pra chegar aos sete meses ainda e pediu que fosse feito algo para retardar aquele quadro e sua amiga obstetra adentrou a sala e de imediato pediu que lhe aplicassem uma medicação e que a levassem para a sala de cirurgia.

— Você terá que esperar aqui! - falou assim que ela foi levada e ele quis ir atrás.

— Eu não posso deixá-la. - passou a mão no cabelo.

— Você como médico lá dentro só vai atrapalhar e eu preciso impedir que seu bebê venha tão prematuro.

Ele encheu os olhos de lágrimas e levou à mão a boca.

— Ela acordou assim desesperada... - quase nem conseguia respirar, estava sem camisa e descalço tamanho o seu desespero.

— Vai ficar tudo bem! - tocou o ombro dele. - Eu volto assim que puder pra te dar notícias.

Ele assentiu e ela saiu para cuidar de tudo que ele mais amava em sua vida e ele ficou ali com seus pensamentos, não entendia o que tinha se passado para ela acordar daquele modo, andou de um lado a outro com seu coração na mão e um aperto no peito por estar impossibilitado de ajudar naquele momento...