A noite estava tranquila, não fazia muito calor em Nova Iorque, o que era algo totalmente atípico em pleno verão. As pessoas estavam mais dispostas a sair de suas casas naquela noite, as ruas estavam completamente congestionadas de veículos e pedestres.

Steve estava com Estellise, acompanhando-a até um bar indicado por Tony Stark. O bilionário havia dito algo sobre liberar um pouco o stress para Rogers, e apesar de estar totalmente desinteressado, aceitou o convite sem pestanejar. Havia aceitado apenas porque teria que acompanhar a jovem.

Muito tempo devia ter se passado desde seu último encontro, aliás, a data do encontro. Steve havia marcado com uma garota há algum tempo, mas certos problemas impediram que comparecesse e dançasse com ela; até hoje, Steve sentia-se culpado por tal e evitava ao máximo sair com outras garotas ou companheiros, não queria se lembrar da promessa falha.

Não era de quebrá-las, apenas não teve como. As palavras de Nick Fury ainda ecoavam em sua cabeça, quando acordou em pleno século XXI, seu compromisso em salvar o mundo acabou resultando no sono de quase 70 anos.

Peggy Carter. Visitava-a sempre que podia, sentia-se no dever de visitar a pessoa que havia amado e desejado ter uma família, mas lamentava toda vez que encontrava uma senhora sem as memórias dos tempos de juventude.

Estar com Estellise na rua, casualmente, como se estivesse em um encontro, trouxe à tona todas as lembranças com Peggy e a culpa. Não era justo sair com uma garota qualquer enquanto Peggy havia ficado esperando por ele.

– Então teve essa vez que eu e Quill tivemos que fugir, porque Yondu havia arranjado briga com os donos do bar em Knowhere. – Estellise falava animadamente. – Eu te juro, nunca corremos tanto! Duas crianças escapando dos piores Krees e...

Steve deu um sorriso discreto, não conseguia prestar atenção na conversa, tinha uma batalha mental a travar.

Durante sua caminhada com Natasha, tinha discutido sobre a possibilidade de deixar o passado aonde este deveria estar de fato, para trás.

A agente russa havia trabalhado com ele em diversas missões desde que havia despertado do sono e, por alguma razão, achava que ele deveria sair com alguém. Já havia indicado dezenas de funcionárias da S.H.I.E.L.D, do governo americano e até a filha do Presidente! Mas Steve sempre recusou educadamente cada dica, cada convite; e justamente por causa desses conselhos, ele acabou recorrendo a Natasha quando percebeu que começava a se sentir atraído por alguém que não fosse Peggy.

– E qual o problema disso? É até saudável. – Natasha havia lhe dito na corrida em torno dos quarteirões da torre.

– Digamos apenas que para você e o mundo, se passaram 70 anos, mas para mim, marquei esse encontro semana passada. – Steve justificou. – Não se esquece duma pessoa do dia para a noite.

– Eu me esqueço como quem sequer lembra-se do que comeu no dia anterior, brincadeira. – Natasha suspirou. – Escuta Rogers, dê uma chance a si mesmo, pode acabar se surpreendendo.

– Não vai acontecer tão cedo.

– Ou eu simplesmente posso começar a vê-lo complexado com o Soldado Invernal, pense bem, amor não correspondido.

– Ah, qual é?

Natasha havia parado de correr e agora olhava para Steve, ofegava por causa da corrida e estava suada.

– Eu direi isso apena uma vez: A única pessoa que deve se lamentar pelo que aconteceu, não é você e sim a Carter que perdeu uma pessoa incrível, você estava cumprindo o dever de salvar muito mais do que uma nação. Acredite um pouco em si e saia dessa fossa, não vai ter mais 70 anos para pensar nela e fazer algo a respeito.

– Dizem que o soro pode aumentar a longevid-

– Você me entendeu.

– Não sei se me sinto preparado para esquecer a Peggy.

– Ninguém está, Steve.

De fato, ninguém esquece o primeiro amor; Steve devia ter lido isso em algum lugar enquanto se atualizava com o mundo.

Talvez ele devesse dar uma chance. Talvez.

– E foi a primeira vez que aconteceu comigo. – Estelle parecia bastante envergonhada com o que acabara de contar. – Ah, devo ser muito chata.

– Ahn? – Steve voltou sua atenção para ela.

– Eu estava falando da época em que tinha 10 anos e como, bem... não importa. – Ela sorriu com um tom de tristeza. – Não precisa se incomodar em fazer companhia para mim, Steve.

– Não é incômodo, me desculpa. Eu estou com muita coisa na cabeça. – O Capitão explicou.

O primeiro Vingador parou de andar e estendeu a mão para Estelle, estavam diante de um prédio de poucos andares completamente revestido por vidros espelhados; o letreiro luminoso e elegante ostentava o nome do estabelecimento Star Lounge.

Havia vários seguranças na entrada do bar, alguns com aparência bem intimidadora. Muitos paparazzi aguardavam do lado de fora, o que acabou assustado Steve; o Capitão cobriu Estelle instintivamente enquanto caminhavam até a entrada do local.

– Hey, é o Capitão América! – Uma repórter exclamou.

Várias pessoas se aproximaram do herói e impediram sua passagem.

– É verdade que Tony Stark fará uma coletiva com todos os Vingadores, senhor Rogers? - A mulher questionou.

– E-Eu não faço ideia, senhorita. – Ele respondeu, ainda confuso. Sentiu o corpo de Estelle ser apertado contra o seu e segurou o máximo que pôde para não ficar vermelho ou dar qualquer vexame.

– Vimos que alguns membros dos Vingadores estão aí dentro, o Star Lounge é conhecido por ser exclusivo da alta sociedade nova iorquina, pode nos dizer o que vai ocorrer?

– Uma confraternização entre amigos.

Steve olhou para trás e viu Natasha responder com tenacidade para a repórter. Ela estava com calça preta colada ao corpo e jaqueta de couro de mesma tonalidade, com straps colados por toda a área do ombro, os cabelos lisos e escorridos.

– Reservamos uma parte do bar para relaxar, somos humanos e precisamos disso. – Natasha puxou Steve e Estelle pelos braços e passou pelo segurança sem dizer uma palavra.

O Capitão América sentiu-se aliviado ao escapar da mídia e sua falta de discrição, agradeceu a Natasha mentalmente pela escapada.

Adentraram o luxuoso bar e deram de cara com Thor, vestido casualmente com casaco e calça social, segurando um copo com cerveja espumante.

– Se não são meus companheiros! – O deus nórdico exclamou em tom festeiro. – Bem vindos, bem vindos!

– Como localizaram... ? – Natasha abriu a boca desacreditada, mas Tony Stark surgiu por detrás do homem e as duvidas foram sanadas. – Ah.

Thor estendeu as mãos e abraçou fortemente Steve e Natasha, como um urso – pensou Cap. Seu olhar então pousou em Estelle que parecia maravilhada com a figura loura a sua frente, o que acabou incomodando Steve.

– Stark falou de você. – Thor disse. – Veio das estrelas, hm?

–Thor como o Thor de Asgard? – Estellise perguntou.

– Em carne e osso, minha senhorita. – Ele sorriu. – Já ouviu falar de mim?

– Sim, mas não tinha o visto pessoalmente! Mas a fama o precede. – Estellise se voltou para Steve - Eles costumam frequentar alguns planetas, mais especificamente a senhorita Sif.

– Ah, sim. – O deus confirmou consigo mesmo. – Sif é praticamente uma emissária de nosso mundo.

Tony estava vestido elegantemente, de óculos ligeiramente escuros, com os braços estendidos na direção do grupo.

– Pensei que tivessem desistido da festinha para fazer uma particular. – Falou.

– Quê?! – Steve e Estelle falaram em uníssono.

– O que é todo aquele estardalhaço lá fora, Stark? – Natasha questionou, desviando o assunto.

– Ah, eu avisei a eles que daria uma notícia que iria fazer o mundo deles girar. Informarei que a partir de hoje, os Vingadores irão proteger não somente a Terra, mas todo o espaço. – Tony respondeu casualmente. – Lançarei satélites para monitorar o espaço da Terra e da Lua, futuramente irei expandir para os outros planetas. Também deixarei vazar a informação de que, talvez, podemos ser atacados por alienígenas.

– Não acredito. – Steve contraiu a face inteira. – Vai expor a todos o que estamos fazendo!

– Proteger a Terra nunca foi um segredo, eu acho.

– Vai admitir que existem mais alienígenas doidos para destruir nosso planeta. – Natasha retrucou.

– Temos isso, mas não muda o fato de que farei a coletiva... agora. – Ele acenou graciosamente para o grupo e saiu porta afora, para receber os flashes e repórteres.

Steve xingou baixo o bilionário e não notou o riso de Estelle quando o fez.

– Esse Tony Stark é uma figura. – Ela se divertiu.

– Quando não está causando o caos, ele até que é uma boa pessoa. – Rogers admitiu ainda incomodado. – Mas não conte a ele que disse isso – apressou-se.

– Tendo resolvido isso, vamos beber, amigos? – Thor estendeu os braços.

O grupo se reuniu ao redor do bar que havia sido esvaziado a pedido de Tony, todos se serviam à vontade e bebida era o que não faltava ali.

Houve um momento em que Thor decidiu realizar um campeonato para verificar quem conseguia virar mais canecas de cerveja sem passar mal, a disputa havia ficado acirrada.

– Não imaginava esse lado de uma dama. – Natasha riu ao levar um copo de uísque à boca.

– É o soro do Extremis. – Steve Rogers explicou desconcertado. – Se for similar ao que usei, não se consegue ficar bêbado.

– Um soro que não permite ter ressaca no dia seguinte, estou na fila para receber. – Uma voz surgiu por detrás do grupo.

Steve e Natasha se viraram. O amigo do Capitão estava com um sorriso no rosto, enquanto caminhava na direção deles.

– Hey! Tony o convidou também? - Steve estendeu os braços e cumprimentou o amigo com um abraço singelo.

Sam Wilson assentiu com a cabeça.

– Stark consegue ser bem persuasivo em seus convites. Tive que vir. – Explicou.

– A festa então acabou ficando mais divertida. – Natasha disse.

Nesse mesmo instante, Thor arrebentou uma caneca de vidro no chão enquanto limpava o rosto da espuma. Estellise olhava incrédula para o deus, enquanto mantinha metade de sua caneca com a cerveja.

– Impossível! – Ela protestou.

– Anos de prática, humana. – O deus nórdico riu alto. – Mais uma?

– Aprendi a beber para ganhar essas competições, desta vez não irei perder. Uma rodada com o melhor uísque de vocês! - Ela esbravejou.

Os dois voltaram a se digladiar com as bebidas sob os olhares atentos e decepcionados de Bruce, Clint e Tony Stark.

– Quem é aquela? – Sam questionou.

– Ela é Est—

– A nova namorada do Capitão Rogers. – Natasha interveio com um sorriso malicioso.

Steve a fuzilou com os olhos e tentou corrigi-la, mas apenas sílabas saíram de sua boca sem qualquer conexão. O Falcão admirou o colega enquanto tentava esconder um riso abafado.

– Nenhuma palavra! – Steve retrucou, franzindo as sobrancelhas tentando parecer o mais sério o possível.

– Você está vermelho, não é uma gracinha? – Natasha riu.

– Certamente. – Sam concordou.

Maldita hora em que havia acordado no século XXI e escolhido ter amigos tão idiotas. Podia ter ficado congelado por mais uma década se possível.

O herói de guerra respirou fundo, conversou internamente e garantiu que não iria ficar incomodado com os comentários maldosos dos companheiros de equipe, não tinha por que. Esfregou ligeiramente a nuca e abriu a boca.

– Acho que poderíamos pegar algo para beber, não?

– Claro. – Sam e Natasha concordaram.

Steve lhes deu as costas e partiu em direção à Estelle e os demais que estavam na disputa. Mas pôde ouvir os dois companheiros dizerem:

– Ele totalmente desviou do assunto.

– Totalmente.

O Capitão não queria se irritar com os comentários, mas precisava admitir que não era exatamente uma pessoa fechada; todos podiam ver o que ele sentia sem nem ao mesmo precisar falar, era transparente demais. Uma qualidade que muitos admiravam, mas que para ele era o pior defeito a existir.

Qualquer inimigo saberia de suas fraquezas imediatamente e isso não era bom para um soldado. Não seria bom para Estellise, uma mulher frágil e que havia sido experimentada com um soro perigoso.

Somente a ideia de pensar em protegê-la o fez tremer, tinha que afastar esse pensamento antes que tomasse formas mais concretas.

Ele se aproximou de Estellise que ria com Thor e os demais companheiros, Steve parou por um instante enquanto admirava a beleza natural da moça que em nada parecia com as mulheres da atualidade.

Que tolice, nem teria como ela ser igual. Não vivia entre eles, não saberia como se vestir ou portar com os costumes. Ela era tão deslocada quanto ele.

– Na próxima vez que celebrarmos a vitória contra algum inimigo, você irá comemorar conosco, senhorita. – Thor disse animadamente. – Tem o sangue de um guerreiro e bebe como tal.

– Deixemos a parte que me faz parecer um homem. – Ela disse.

– E a parte que te fez parecer uma alcoólatra extraterrestre. – Tony completou.

– Hey. – Steve interrompeu a conversa.

Estelle o encarou com surpresa e escondeu instintivamente a caneca com cerveja atrás de suas costas. Ela sorriu acanhadamente.

– Hey, Steve. Estávamos...

– Se divertindo, eu acho. – Ele respondeu por Estelle. Steve percebeu que a jovem havia ficado envergonhada com o comportamento pouco educado.

– E contando histórias. – Thor disse.

– Péssimas histórias. – Bruce interveio. – Para minha sorte, as bebidas são boas.

Steve pegou alguns copos e os encheu com as bebidas. Tentou não olhar para Estelle, mas sentia que ela o encarava por trás e isso lhe deixava desconfortável.

– Acho que bebi demais. – Estellise disse. – Onde fica o banheiro?

– Ali do lado. – Tony apontou.

A jovem se ergueu do banco e caminhou até o local, mas um barulho a fez parar no meio do objetivo. Ela se virou para a entrada do bar, gritos e explosões eram ouvidos do lado externo.

– O que foi isso? – Bruce se ergueu assustado.

– Calma, grandão. – Tony mostrou a palma de sua mão para o amigo. – Deve ter sido alguma batida de carro.

– Com explosão? – Steve questionou. Olhou em volta e não viu nada que poderia usar para o caso de alguma luta, fez uma careta. – Não acho que seja isso, melhor todo mundo sai-.

A porta da entrada arrebentou e fez com que todos ficassem paralisados. Os repórteres estavam em sua grande maioria, caídos e feridos, vários civis corriam enquanto uma figura adentrava o estabelecimento.

– Foi difícil achar o lugar em que estava, mas graças a uma coisa chamada Tony Stark, aqui estou eu. – A voz mecanizada riu.

Steve olhou incrédulo para a figura a sua frente. Uma mulher de pele azulada vestindo roupas de couro, ao que parecia, caminhava na direção deles enquanto segurava pela cabeça um segurança sem qualquer dificuldade.

Ela jogou o homem para longe e estendeu duas espadas afiadas e as segurou em suas mãos.

– E aí, como foi a vida de terráquea?

– Nebula. – Estelle disse boquiaberta.

Steve voltou sua atenção para Estelle, que estava paralisada com a presença da mulher.

– Imagino que sejam amigas. – Tony indagou.

– Não exatamente. – Nebula caminhou, agora mais rápido, em direção de Estelle. – Vim aqui para matá-la mesmo.

A mulher saltou e acertou um golpe no ombro de Estelle que rolou pelo chão. Estelle gemeu com o corte que surgiu no corpo, mas se ergueu e revidou com um chute, afastando Nebula.

Ela correu até o bar e lançou uma garrafa de bebida na direção da assassina, mas esta sequer parecia se ferir com os estilhaços. Então Estelle pegou uma tigela de aço e se defendeu dos demais golpes desferidos por Nebula.

– É. Tão. Difícil. Aceitar. Morrer. – A mulher dizia entre os ataques.

Estelle desviou de um soco e retribuiu com outro, fazendo com que Nebula perdesse o equilíbrio, ela deu alguns passos em falso para trás.

– Eu já disse, não estou com a Manopla. – Estelle gritou.

– Não tenho que duvidar, as ordens mudaram. Graças a você, tenho tempo para matar. No caso, matar você. – Ela resmungou ao limpar um pequeno fiapo de sangue na boca. Os olhos escuros se fixaram nela. – Não tem o Quill para lhe proteger e nem seu querido papai que, ah, como pude me esquecer...

– Não se atreva. – Estellise parecia nervosa.

Steve esticou o corpo para ajudá-la, mas sentiu a mão de Natasha em seu ombro impedindo-o de prosseguir.

Estellise estava com as costas ligeiramente arqueadas e uma grande mancha de sangue no ombro esquerdo, apesar do Extremis, a ferida não cicatrizava em segundos.

– Seu papai não poderá te proteger.

– Por culpa de vocês.

– Acho que a culpa foi dele em exclusivo, afinal, quem iria bater de frente com Ronan? – Nebula falou com rancor e voltou a atacar. – Você vai encontrá-lo daqui a pouco.

E acertou outro soco, no estômago de Estelle, seguindo de diversos golpes com a espada, mas algo a derrubou com violência no mesmo instante. A armadura de Tony havia chegado e se chocado violentamente com as duas mulheres, abalando os ataques de Nebula e fazendo-a recuar.

A armadura desmanchou em pedaços enquanto Tony arqueava uma sobrancelha por desdém.

– É sério, de novo? – O inventor resmungou.

Steve correu até Estellise e segurou sem braço.

– Você está bem?

– Tirando algumas costelas quebradas e um corte que irá deixar cicatriz, estou ótima. – Ela murmurou, estava cabisbaixa.

Nebula rolou lentamente no chão e se ergueu com a mesma velocidade, estalou o pescoço sonoramente.

– Eu não me preocuparia com Ronan, sabe? Meu pai tem planos para a Terra, se eu fosse você, fugiria o quanto antes. – Ela disse. – Mas por um acaso do destino, irei mat---!

Um martelo voou em sua direção e a arremessou contra a parede, afundando seu corpo na estrutura do prédio. Thor olhava de maneira ameaçadora quando todos o encararam surpresos.

Ouviu-se o gemido de Nebula e em seguida, o silêncio. Devia ter desmaiado.

– O que?

– Sem nenhuma piedade. – Natasha observou.

Estellise se apoiou em Steve para se aproximar dos Vingadores.

– Quem é ela? – Steve murmurou para Estelle.

– Nebula, ela é uma assassina. Trabalha ao lado de Ronan. – A jovem explicou. Ela não olhou para Steve e sim para o homem de frente a eles. – Tony, a Genova precisa ficar pronta hoje.

– Por quê?

– Eu achei que Ronan era nosso maior problema, mas Thanos quer ver a Terra destruída. Preciso de ajuda de fora, vocês não conseguirão enfrentar isso sozinhos. – Ela contraiu os olhos ao dar um passo e sentir os ferimentos. – Preciso encontrar com meus amigos.

– Não pode fazer isso sozinha, está ferida. – Steve retrucou.

– Estou sozinha desde que nasci. – Ela disse firmemente. – Não posso ver o único planeta ao qual tenho relação ser destruído pelo pior inimigo das galáxias, preciso avisar a todos. Trarei ajuda.

– Mas Estellise— Steve começou.

– Precisamos sair daqui, se Nebula acordar e nos ver, ela irá destruir ainda mais e matar o restante dos repórteres. Vamos.

– Preciso contatar o Fury, ele precisa saber disso. – Natasha lhes deu as costas.

– Steve... – Estellise murmurou. – Por favor.

E nesse momento, uma pontada no peito de Steve o fez entender: Estellise Maats não precisava de proteção e talvez, nem de ajuda. Quem precisava era Steve Rogers, que havia se apaixonado por outra mulher independente.

A vida era cheia de ironias.