Deep End

Uma visão e tanto


P.O.V. Kelly.

Eu ouvi o que acontecia dentro do bar, garrafas quebrando, pessoas gritando, tiros sendo disparados então, eu chamei a polícia.

A garota que conheci ontem no bar foi a única sobrevivente.

—Precisamos fazer algumas perguntas.

—Tudo bem.

—Qual é o seu nome?

—É Hope.

—Sobrenome?

—Voltan.

—Pode dizer o que aconteceu?

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—Foi uma briga. Um cara trombou no outro e ai garrafas quebrando, tiros disparando, eles começaram a se matar. Eu tentei sair, mas não dava, eu não conseguia, ninguém conseguia.

Eu olhei para ela e vi... vi os olhos dela. As íris, as escleras. Todo o olho. Mas, não tinha pelos, não tinha forma de animal, nem nada. Só, os olhos.

Olhos de lobo e veias negras grossas. Foi uma fração de segundo, mas eu nunca vi nenhum Wesen com aquela forma.

E imaginem só, ela mora no meu prédio. Um andar abaixo do meu.

—O que tá te incomodando filho?

—Já viu algum Wesen assim?

Mostrei para o meu pai o desenho.

—Não nunca.

—Os olhos, são olhos de lobo. Amarelos e brilhantes, as veias saindo das escleras, da parte branca dos olhos. Mas, fora isso... nada. Nada de pelos, orelhas pontudas, nada.

—Podia perguntar para a tia Rosalee.

—Tem razão.

Quando mostrei para a tia Rosalee o desenho ela fez uma cara.

—Meu Deus! Pensei que estavam extintos.

—O que ela é? Que tipo de Wesen ela é?

—Ela não é Wesen. A garota é uma licantropa. Lobisomem.

—Lobisomem?

—Sim. A lua cheia, tudo isso.

—Pois é amor, mas se ela é uma lincantropa, não conseguiria mudar assim. Eles apenas mudam na lua cheia. E a metamorfose seria total. Ela se transformaria numa loba.

—E qual é a das veias? Nunca vi nada assim antes.

—Oh, e tem isso.

Mostrei o brasão para a tia Rosalee e ela ficou... branca que nem um papel.

—O que foi?

—Volturi.

—Não. O sobrenome dela é Voltan.

—Não. Volturi.

—Ih, cara... ela é encrenca.

—Acha que ela é uma híbrida? Como Alec e Jane?

—Talvez. Nunca soube se eles podiam fazer outros. Mas, acho que é possível.

—Híbrido?

a tia Rosalee respirou fundo.

—Existem dois mundos, dentro do mundo. Na verdade, são três mundos. O mundo humano, o mundo Wesen e o mundo sobrenatural. A garota não é Wesen, mas ela não é humana.

—O que os tais Volturi são?

—Eles são Vampier. Vampiros.

—Vampiros?

—Sim. Seres imortais, super-força, super-velocidade e ás vezes habilidades extra-especiais.

—Como ser um lobisomem?

—Não. Telepatia, vidência, entre outras coisas.

—Esses licantropos são afetados por prata?

—Eu não sei. O mito diz que sim, mas eu não sei. Nunca vi um e se eu vi eu não percebi. Lobisomens não Woga.

E eu verifiquei, procurei tudo o que podia sobre lobisomens. E sobre esses tais Volturi. Sobre vampiros, mas não sei o que é mito e o que é real.

Vou tentar me aproximar dela e ver o que descubro.

P.O.V. Hope.

A minha vizinha enxerida veio me acordar de noite, eu estava tendo um pesadelo e quando entrei em pânico ela foi atingida por uma onda de magia. Mas, ela não morreu. Eu só a compeli a esquecer. Ela tropeçou e caiu. Ponto.

Ai, alguém ouviu o barulho, deu aquele quiprocó e chamaram a polícia.

Fui parar na delegacia.

—Eu sou o Detetive Burkhart e esse é o detetive Griffin.

—Muito prazer. Hope Voltan.

Eles me interrogaram e eu fui o mais sucinta quanto possível.

P.O.V. Renesmee.

Eu tenho um buraco na minha memória e eu não gosto. Tenho fotos de mim com este bebê, esta criança, uma mulher. Acho que... acho que tive uma filha. Então comecei a fuçar. Fui á delegacia deixei uma foto dela a que imagino ser a mais atual. Deixei o meu telefone para contato.

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E um rapaz apareceu na minha porta.

—Posso ajudar?

—Estava prestes a te fazer a mesma pergunta.

—Você a viu. Desembucha.

Ele falou que a viu fazer magia, que ela tinha habilidades de vampiro. Uma herege.

—Sabe pra onde ela foi?

—Temo que não. Mas, ela me ajudou a conseguir sangue. Me indicou a sua Escola.

—Sim. Eu criei essa escola mas, não me lembro porque. Acho que agora eu sei.

Tenho que encontrá-la. Preciso saber se está bem, se está viva.

—Você sabe o nome dela?

—Ela disse que o nome dela era Hope.

Hope. Já é alguma coisa. Eu procurei e havia registro do nascimento dela, mas claro que não num hospital. Fui até o cartório e lá estava.

—Hope Genevieve Cullen Volturi.

Data de nascimento dia dois de maio de 2012, ela teria dezessete anos humanos, mas nossas crianças crescem mais rápido do que uma criança humana e ela parece ter uns vinte e poucos.

Filha de Renesmee Carlie Cullen que sou eu e Alec Volturi.

—Mas, o Alec é parte lobisomem!

Fucei no meu celular e encontrei o contato. Estava registrado como Hope.

Tentei ligar.

P.O.V. Hope.

Meu celular começou a tocar e eu reconheci o toque logo de cara. Respirei fundo, encarei a tela com a foto da minha mãe por alguns minutos e atendi.

—Alô?

—Alô. Você é a Hope?

—Sou.

—É minha filha não é?

Respirei fundo sentindo as lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

—Sou.

—Me diga onde você está. Vou te pegar e vai me explicar porque eu tenho um buraco na minha memória. Vai me explicar como eu posso ter me esquecido da minha própria filha.

Ela tava chorando também. Cara, isso vai soar criancice, mas... quero a minha mãe.

Então, eu passei o meu endereço. Ela provavelmente vai trazer o papai com ela.