Dear Diary

23 - feliz aniversário!


–Surpresaaaaaa!! - gritaram todos eles, enquanto eu entrava na casa.


E que supresa! Eu não esperava encontrar todos ali, e quando a ficha realmente caiu saí correndo para abraçar meus amigos.


–O que vocês estão fazendo aqui? - perguntei no meio dos abraços.


–Você acha mesmo que te deixariamos ir embora de novo sem dar tchau? - respondeu Joe, abraçando-me e fazendo-me sorrir - já aconteceu uma vez, não deixaríamos acontecer tudo de novo.


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Tom se aproximou de mim, sorrindo:


–Além do mais, amor - ele me abraçou - hoje é seu aniversário, e nosso casamento é daqui a três semanas, seus amigos não perderiam isso.


Eu estava radiante. Mostrei a casa meus amigos, tiramos as malas do carro, nos arrumamos e saímos para comemorarmos meu aniversário. Chegamos a uma boate que já haviamos ido algumas vezes e que gostávamos muito.


Entramos, pegamos nossas bebidas e fomos dançar.


–Essa noite é sua - disse Tom no meu ouvido, com uma voz que me deixou arrepiada - você pode fazer o que quiser comigo.


Sorri, maliciosa.


Continuei dançando, mas uma ideia começava a se formar em minha mente. Puxei Tom para dançar uma de minhas musicas favoritas comigo.



"Sem saída quando eu começar Uma vez que estou dentro, seu coração me pertence Não tem jeito de tocar o alarme Então, espere até acabar"


Dançávamos juntos com os corpos colados e girando pelo salão de um jeio envolvente. Nossos olhos estavam grudados um no outro, como se só estivéssemos os dois naquele lugar.


Tom sorriu, prestando atençao na letra da musica e cantando-a baixinho em meu ouvido


"Oh, você sabe no que você se meteu?

Pode aguentar o que estou prestes a fazer?

Porque a coisa vai ficar feia para o seu lado

Eu estou aqui para o seu entretenimento"

Olhávamos fixamente nos olhos um do outro e dançávamos com os corpos colados no ritmo da música, como se só estivéssemos nós dois naquele lugar.


A musica logo acabou, Tom me puxou, me deu um beijo e olhamos para os lados, onde vimos nossos amigos olhando para nós, meio chocados. Comecei a rir, puxei Georg para um abraço e murmurei:


–Dança comigo? - ele sorriu daquele jeito lindo dele e me puxou para a pista de dança. Estava tocando uma musica um pouco mais lenta, mas mesmo assim muito boa de se dançar.


Abracei-o e começamos a girar com elegância pelo salão. Ele dançava melhor do que eu pensava, e sorri ao perceber o quanto ele era bonito. No meio da dança ele sorriu pra mim e falou;


–Sabia que já fui muito afim de você? - olhei-o, surpresa. Ele riu - quando te vi, achei que teria chance, mas então vi que a coisa entre você e o Tom era séria; mas foi melhor, você faz o Tom feliz, e agora tenho uma melhor amiga.


Sorri.


–Obrigada - sorri - você também é um dos meus melhores amigos, e... também já fui a fim de você - ele sorriu e me abraçou.


A música acabou e voltamos para o bar. Olhei para o Bill, que sorria pra mim; a Chris havia ido ao banheiro. Aproximei-me dele, abracei-o e falei:


–Tem algo errado?


–Não, é que... - ele sorriu - faz assim: dança comigo, e eu te conto, tá? - sorri, deixei que ele me puxasse até a pista de dança e deixei-o me abraçar. Começou a tocar uma musica lenta, e iamos girando pelo salão com calma e elegância.


Olhávamos de um para o outro hipnotizados. Não diziamos nada, mas um sabia exatamente o que o outro pensava. Ele segurou meu rosto delicadamente e eu sorri, lembrando da primeira vez que nos vimos, que foi exatamente assim.


–Eu te amo - sussurrou ele, sorrindo com lágrimas nos olhos.


–Eu também te amo, Bill - sequei uma de suas lágrimas. Eu o amava mais que a um amigo e isso era recíproco, mas não era o suficiente para mudar nada. Era apenas o suficiente para magoar a nós dois.


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–Desculpe, eu preciso fazer isso - disse ele de repente, puxando-me para um canto mais afastado da festa e me beijando. Tentei resistir, mas no fundo eu sabia que queria isso tanto quanto ele, então comecei a corresponder.


Ele me beijou, segurando-me com força contra si até o ar se fazer necessário, então nos separamos, ofegantes. Ele sorriu pra mim, e eu sorri de volta. Dei-lhe um selinho demorado e falei:


–Você sempre vai ser meu melhor amigo, entendeu? Isso ninguem vai mudar. Será que isso basta para nós? - balancei a cabeça e deixei cair uma lagrima, que ele enxugou - eu te amo muito, isso basta?


Ele sorriu e beijou o alto de minha cabeça, respondendo:


–Basta. Basta pra sempre.


Voltamos para onde estávamos nossos amigos; olhei para o Tom e para a Chris. Eles nos amavam, e eu os amava demais. Apertei a mão do Bill antes de soltá-la e dancei com mais pessoas, mas no fim acabei de novo nos braços de Tom.


Dei um abraço em cada um de meus amigos, agradecendo novamente por estarem ali e puxei Tom para fora.


–Aonde vamos? - perguntou ele, entrando no carro.


–Surpresa - sorri, e ele me olhou como se eu fosse louca. - você disse que a noite era minha e que eu poderia fazer o que quisesse com você, então estou te raptando - expliquei.


Ele me lançou um sorriso malicioso.


Dei a partida no carro e nos levei até o hotel do meu tio. Quando chegamos e Tom viu aonde estávamos, sorriu.


–Quarto 483 - Tom disse enquanto abria a porta. Ele me pegou no colo e me levou até o sofá da sala da suíte.


–Foi aqui que tudo começou, lembra? - disse ele.


–Lembro. Principalmente da parte que você tentou me agarrar - fiz uma careta e sorri.


–Você gostou que eu sei - dei-lhe um tapa, que ele devolveu com um puxão de cabelo. Começamos a brigar e fazer guerra com as almofadas.


Tom me jogou no sofá, me sufocando até que eu desisti de gritar e me debater. Ele me olhou sério; corei e desviei o rosto.


–Devo estar linda, com o cabelo bagunçado e a cara amassada.


–Está sim - respondeu ele, afagando meu rosto - sempre está.


Ele se aproximou lentamente, como se estivesse com medo de me assustar e, exatamente como na primeira vez, ele me tomou em seus braços e me beijou. Ele encostou seus labios com leveza nos meus, e todos os meus medos, incertezas e inseguranças se esvaíram no momento que seus lábios tocaram os meus. Sorri e puxei-o mais para perto, querendo acabar com a pouco distancia que existia entre nossos corpos.


Tom sentou-se de repente, deixando-me confusa e assustada.


–Como, despois de tanto tempo, você ainda pode ter esse efeito contra mim? Você ainda vai me enlouquecer, sabia? - comecei a rir e olhei ao redor.


–O que foi? - ele perguntou.


–Eu só estava lembrando de quando a gente se conheceu, de que eu te odiei desde a primeira vez que você falou. Lembro que te achei lindo, sexy e convencido - ele riu - e me perguntei qual era o seu problema, tocando guitarra de madrugada.


Começamos a rir e ele me deu um beijo estalado na bochecha.


–Quando te vi na porta, vestida daquele jeito, pensei que você era algum tipo de fã maluca - ele riu - te achei irritante, mas muito gostosa. Eu queria te ter no momento que te vi, mas depois vi que você não era assim. Tinha alguma coisa diferente em você... tinha algo nos seus olhos que me fazia querer te proteger. - ele me abraçou mais forte - e quando você contou sua historia, eu simplesmente soube que não podia te deixar.


–Lembro de que fiquei com medo de estar apaixonada por você, e de que achei engraçado quando você ficou com ciume do Ian.


–Eu não estava com ciume - disse ele, mau-humorado - só não gostei de que você não me beijava, mas você ficava se agarrando com ele, quase se comendo no corredor.


–Eu não estava me agarrando! - olhei-o chocada, que claramente se divertia - você deveria saber melhor que eu a diferença entre um beijo e sexo.


–Isso foi alguma indireta?


–Entenda como quiser - murmurei. Ele segurou-me, obrigando-me a olhar para ele e começou a falar, enquanto distribuía beijos pelo meu rosto e pescoço.


–Ei, já fiz sexo muitas vezes, com muitas mulheres dierentes, mas isso não importa. Não importa mais - ele me olhou - a primeira vez que você disse que me amava, nosso primeiro beijo, a primeira vez que fizemos amor... foram coisas que nunca vou conseguir esquecer. - ele sorriu - e foram a partir desses dias que eu percebi que não queria ninguém além de você. E ainda tenho certeza disso.


Fitei-o, com os olhos marejados. Ele sorriu, enxugou uma de minhas lágrimas e me beijou.


E então eu tive o melhor presente de aniversário da minha vida.