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Missão: Apocalipse zumbi


Então, digamos que deixamos que isso se alastre, certo? –Perguntou um rapaz de cabelos loiros arrepiados -parecia que tinha levado um tremendo de um choque elétrico- com a tonalidade meio que apagada o que devam uma impressão de estarem esbranquiçados. Vestia um terno negro e uma gravata violeta (seu toque especial) enquanto o seu companheiro (ou parceiro), ao contrário, usava o terno sem detalhes extras, ou seja, estritamente seguindo o código de conduta de um bom ceifador e para somar ao visual ainda usava uns óculos escuros (mesmo que fosse noite).

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-Então, tecnicamente eles não seriam nossa jurisdição, não é mesmo? Afinal eles não estariam mortos e nem vivos! –O morto-vivo, em questão, vestia jaleco médico e se debatia tentando alcançar suas presas que o observavam com curiosidade do alto de um dos armários de medicamento, mal sabia ele que aquelas presas não eram nem um pouco humanas e tão pouco sua carne seria deliciosa –Isso significaria que estaríamos de férias, certo? Podíamos, tipo assim, abrir a porta e o deixar ir!

-Se o deixarmos escapar não ficaríamos só de férias.... Ficaríamos sem emprego, idiota. –Resmungou o companheiro.

O loiro suspirou, sem dúvida, ficar sem emprego seria um problema maior.

-Eu realmente queria umas férias... –Levantou a mão e um revolver em um tom metálico quase que cintilante se materializou, era a foice. Mirou no meia cabeça do suposto médico que , a pouco tempo, descobriu um potente vírus que podia trazer a vida aquilo que deveria estar morto, infelizmente, acabara por se contaminar antes mesmo que pudesse se vangloriar do fato e ali estava ele, preso dentro do seu laboratório, andando como um bêbado só pensando em sua próxima refeição.

-Tchauzinho. –Atirou, a bala emitida por uma foice não pode ser vista a olhos humanos, é uma emissão de pura energia espiritual visando ferir não a carne e sim a alma. O zumbi parecia não ter sofrido nenhum dano, mas um fio semitransparente e dourado fora cortado...O espirito choroso do médico que permanecia ligado ao seu corpo reanimado foi libertado.

O morto vivo, agora definitivamente morto, caiu ao chão.

-Quantas vezes já impedimos um apocalipse zumbi? Já perdi a conta...

-Acho que com esse, aquela vez no Japão...A outra na Alemanha... –Seu companheiro contou nos dedos.

-Não esqueça daquela vez na Rússia, com o lixo radiativo! Zumbis de plutônio! Super legal!

-Houve aquela vez no Estados Unidos também...

-Oh! Sim! O hambúrguer contaminado!

-E no Brasil.

-Realmente, não podemos esquecer da poção secreta do cacique de uma tribo em meio da floresta Amazônia.

–Também já perdi a conta. –Admitiu por fim seu companheiro.

O loiro deu os ombros.

-Que seja, vamos levar a alma para o submundo. –Indicou o médico-fantasma que parecia tentar pegar suas anotações na mesa de trabalho, coitado... Suas mãos atravessavam os objetos matérias –E depois terei minha folga! Estou a fim de ver mais um episódio de The Walking Dead!

-Humanos...E seu fascínio por zumbis. Criando essas séries fantasiosas... Parecem ansiar que algo assim aconteça.–Rolou os olhos, bem, não se podia ver devido os óculos escuros que usava, mas pela sua expressão, sem dúvida tinha feito esse movimento.

-Por isso eu disse que deveríamos ter deixado esse escapar, aposto que a humanidade iria se divertir!

-Somos pagos para recolher almas...

-E evitar o apocalipse zumbi, não esqueça deste extra.

-Exato. Se quer evitar trabalho extra, não deixe zumbis escaparem, ok?

O ceifador de cabelos espetados estirou a língua para o outro. Seu parceiro não era nada divertido!