Dark Nightingale

Capítulo 11 — Ultron


Capítulo 11 — Ultron

A parede gélida já não deixava mais seu corpo arrepiado, porém quase nada estava importando. A garota dos cabelos castanhos havia aguentado o máximo que seu corpo lhe permitira ficar acordada, mas o corte em sua barriga não parava de sangrar e ela já sentia a inconsciência querendo levá-la. Samuel Wilson tentava estancar o sangue com as mãos e já havia tirado seu casaco para aquecer Skye, mas ela mal conseguia enxergar o homem moreno a sua frente e os barulhos que ouvia já eram baixos, e não foi à toa que ela quase não notou quando a porta de vibranium da cela foi aberta. Wilson se posicionou de costas para a moça, privando-a da visão que ele estava tendo.

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— Fique longe dela. — Sam rosnou, encarando Pietro Maximoff com os olhos semicerrados. — Já a machucaram o suficiente.

— Minha irmã não tinha se livrado de você? — Pietro questionou, mas ao ver Skye naquele estado deplorável, voltou a seu objetivo. — Quer saber? Não importa. Levem-no. — o Maximoff falou e dois agentes entraram na cela, pegando Wilson pelos braços e o levando, ainda que com muitos berros e protestos do moreno. Pietro encarou a garota e correu para ela, abaixando-se ao lado da garota.

— Ei, está me ouvindo? — ela apenas concordou lentamente com a cabeça. — Bom.

O veloz encaixou Skye em torno de seus braços e se levantou a tendo em seu colo, e correu o mais rápido que lhe era permitido até a enfermaria da Hydra. Bastou piscar para a 0-8-4 estar sendo colocada em uma maca branca por Pietro Maximoff, e conseguiu ver-se cercada de enfermeiros, os quais começaram a puxar a maca para algum lugar desconhecido. A garota usou suas últimas forças para esticar a cabeça e ver, de forma um pouco embaçada, o Maximoff lhe observando de braços cruzados e com um olhar preocupado. Como se sua vida o importasse de alguma forma.

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Rogers observou a mesa redonda de vidro sem encarar nos olhos dos demais presentes, apenas se dirigiu a uma cadeira livre entre Barton e Hill e se sentou. Natasha fez o mesmo, sentando-se entre Bruce e Thor, e Melinda ocupou a cadeira ao lado de Coulson. Com todos ali presentes, Tony Stark, Bruce Banner e América Hervey se colocaram em pé e se posicionaram na frente de todos, atrás de uma grande projeção. A imagem projetada atrás de ambos mostrava rabiscos e rascunhos de um projeto da dupla.

— Bom, acreditamos que, depois dos acontecimentos do último dia, já está mais do que na hora de apresentar esse projeto para vocês. — Banner introduziu a todos.

Um simples movimento da mão de Stark fez com que a imagem mudasse e, assim, eles vissem o rascunho oficial daquela obra. Setas apontavam para as estruturas do corpo e continham descrições de cada parte.

— Apresentamos a vocês o projeto ULTRON, o androide de uma nova geração. — falou Tony, no exato momento em que a mesma máquina dos rascunhos entrou na sala, dando passos leves até que parou ao lado dos criadores.

— Androide Ultron se apresentando e pronto para receber ordens. — o robô de metal se apresentou, encarando todos na sala. Natasha não sentiu uma boa sensação ao olhar nos olhos mecânicos de Ultron.

— Como ele funciona? — Fitz interviu. — Digo, ele é comandado por vocês de qual forma?

— É aí que está o segredo, caro Fitz. — Banner falou. — Ele não é comandado por nós, mas por sua própria consciência. — todos encararam uns aos outros assustados e América continuou a fala do cientista.

— Ultron foi programado com todas as informações necessárias para desenvolvimento de pensamentos próprios, e com o auxílio do cetro de Loki, pudemos fazê-lo concluir o processo de pensar por conta própria e, assim, ser um androide mais capacitado para fazer o bem.

— Ou o mal. — Romanoff interviu e todos a encararam. — Não quero ofender o projeto, mas como podem ter certeza de que Ultron pode criar outros... Tipos de pensamento?

— Fui criado às ordens de meus criadores, senhorita Romanoff. — Ultron respondeu por si mesmo. — Devo admiração a eles por me transformar no que sou, e apenas quero estar agradecendo frequentemente por isso.

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A ruiva suspirou e assentiu ainda insegura. Máquinas foram feitas para seguir comandos, e não para terem vontade própria, era a voz de uma pessoa antiga ecoando por entre seus pensamentos, e ela logo os afastou. Depois de mais um pouco de conversa sobre o androide, a qual ela não prestou atenção, todos foram liberados da sala de reuniões e tomaram seus rumos. Romanoff estava pronta para tomar o seu quando encarou os únicos olhos azuis que ainda não tinham saído da sala.

Os olhos azuis de Steve Rogers.

— Escute Nat. — Rogers falou e ela encarou-o. — Você tem algo para fazer agora? — Natasha negou com a cabeça e ele deu um meio sorriso. — ‘Tá afim de ir treinar um pouco?

Ela sorriu.

— Claro.

**

— Ah, Steve, qual é! — a ruiva desviou de outro golpe e riu. — Não precisa pegar leve comigo!

Ambos estavam suados enquanto lutavam na arena de treinos de Stark, os rostos brilhando com a luz acesa da sala, mas os olhos brilhando de pura diversão e otimismo. Steve investiu outro soco e ela se defendeu com o cotovelo, fazendo ele se distanciar alguns passos. Ele não estava pegando totalmente leve com ela, mas ela não precisava saber disso.

— Não quero te machucar. — ele arfou sorrindo.

— Se você não vai pelo menos tentar, quem vai tentar sou eu. — ela desafiou-o, encarando seus brilhantes olhos em busca de algo como “desafio aceito”. Mas não demorou muito para que ela fosse surpreendida por ele.

Rogers investiu um soco certeiro, seguido por um chute na lateral do joelho, o que a fez cambalear, e uma chave de braço bem encaixada. A mesma sorriu e revidou, se soltando rapidamente da chave de braço e montando em cima do soldado, prensando seus braços e pernas contra o chão.

— Está melhorando, mas ainda está fraco. — Romanoff provocou.

O mesmo investiu uma cabeçada que a fez vacilar, dando espaço para ele se levantar antes dela. Natasha tentou acertar um chute na face do americano, mas o mesmo segurou o pé da ruiva e a encarou. Os olhos verdes dela pediam para que ele fosse com tudo e finalizasse o golpe, mas seu bom ego dizia para não fazê-lo. Ignorando seus conceitos pessoais, jogou com força a perna da russa contra ela, fazendo com que ela caísse de costas no chão.

Ela demorou alguns segundos para se levantar, mas não por sentir dor, e sim por querer brincar um pouco com Steve Rogers. Ficou em pé e o chamou com uma das mãos. Uma série de movimentos começou entre ambos, seguindo uma luta rápida e sincronizada como se fosse uma dança. Em meio aos diversos golpes sincronizados, Rogers tropeçou no pé de Romanoff e, ao perceber que iria cair, segurou no pulso da ruiva e a levou para a queda com ele.

Ambos caíram contra o tatame, fazendo Natasha ficar por cima do corpo bem definido de Steve. A dupla ria de forma desgovernada e acelerada, dando altas gargalhadas que ecoavam pela arena, enquanto a ruiva continuava em cima do corpo do loiro.

Ainda rindo, Romanoff olhou nos olhos de Rogers e se perdeu em meio aquele mar azul, enquanto o mesmo se perdia na imensidão verde e misteriosa que era os olhos de Natasha. Sutilmente, a mão de Steve – a qual ainda estava no pulso da moça – deslizou por todo o braço da ruiva até chegar ao ombro, onde ele deu uma leve hesitada. Porém, vendo que Romanoff também o encarava fixamente e sequer se incomodara com seu toque, Steve continuou o trajeto e repousou uma de suas mãos no pescoço na mesma. O suor de sua mão se misturou com o da nuca da ruiva e ele a puxou para mais perto.

Natasha reparou na proximidade de seus rostos e respirou de modo profundo, inalando o cheiro de suor de guerra que emanava dos dois. Um cheiro agradável as suas narinas, afinal, era o aroma do combate, mas não era só esse o odor que sentia. O suor era misturado com o aroma de canela, certamente ganho com chicletes, que vinha dos lábios de Steve. Um pequeno impulso dizia para que ela investisse e provasse o sabor.

Antes que qualquer um dos dois reagisse, a ruiva escutou passos vindos do corredor, os quais certamente caminhavam para a arena de treinamento. Agindo rápido, Romanoff encaixou uma chave de braço no americano a tempo de ver Thor parar na porta da sala, com um sorriso branco e brilhante.

— Parece que estão dando duro, amigos! — o asgardiano exclamou feliz. — Será que eu poderia treinar também?

— Pode ficar com o Capitão, Thor, não me deu trabalho nenhum. — a ruiva brincou, disfarçando e se soltando de Rogers. Levantou e sorriu, mexendo um pouco nas mechas ruivas. — Preciso de uma ducha.

Antes de sair, Rogers levantou a cabeça e encarou os olhos de Romanoff por alguns segundos,e logo depois ela se virou e deu um leve tapa no ombro de Thor, passando por ele e saindo da sala. Steve deixou a cabeça cair no tatame e passou uma das mãos no rosto. “O que foi isso, Natasha?” ele pensou, sorrindo.

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Seus olhos emanavam adrenalina, mas seu corpo já estava cansado de se debater. Por mais que tentasse, os agentes não soltavam seus braços, já marcados pelos dedos dos homens que a carregavam pela agência. Agora já não havia meios para fugir, o erro já havia sido cometido e ela não podia fazer nada para consertá-lo. Os homens arrastavam-na pelos corredores, mas a cabeça dela estava baixa e seus cabelos estavam sobre seu rosto. Seus ouvidos conseguiam ouvir claramente as pessoas comentando sobre “os gêmeos milagrosos” que Strucker havia criado. Não havia nada mais assustador do que lembrar-se das horas de tortura e as injeções seguidas que levara, mas Wanda Maximoff permanecera firme até aquele momento, quando receberiam sua recompensa.

O que era para ser dinheiro, morada e informações sobre a tribo cigana onde viveram se transformou em um cativeiro e na separação dela e de seu irmão, Pietro Maximoff. Os comentários sempre se referiam aos gêmeos, mas alguns eram específicos sobre ela, “a garota dos olhos de Strucker”. Mal eles sabiam que suas habilidades já existiam, apenas tinham sido aprimoradas pelo homem. Mas eles acreditariam no que quisessem e no que lhes fosse contado. Mas uma voz em meio às pessoas lhe chamou a atenção.

Um grito masculino ecoou em seus ouvidos, o que a fez levantar a cabeça e observar o lugar para onde era levada. Em meio a um corredor vazio, encarou sua direita e viu, pela janela de vidro, um homem de corpo musculoso e suor escorrendo dos fios perto dos ombros. Seus braços e pernas estavam presos por correntes nas paredes, e ele levava chicotadas de alguém que estava atrás dele. Urrou novamente de dor e levantou a cabeça, fazendo os cabelos se afastarem da face. Foi quando ela o reconheceu.

— Soldado Invernal? — ela falou e usou suas forças para grudar no vidro e olhar fundo nos olhos do homem. O mesmo a olhou, porém sem reconhecê-la. Os lábios dele sussurraram algo como “Quem é você?” antes dela ser arrastada a força pelos agentes.

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Piscou para levar a lembrança embora quando a porta do quarto foi aberta. Encarou-a e viu Pietro, observando-a com um ar preocupado.

— Camille chega hoje. — o Maximoff falou, fazendo Wanda abaixar a cabeça em um ato triste.

A mesma se levantou da cama onde estava sentada e caminhou na direção da porta, enquanto ele entrou e fechou a porta. Wanda envolveu seus braços em torno do irmão e o apertou com força, sentindo dele o mesmo toque desesperado. Camille Pierce chegaria, e quando ela chegasse, eles talvez demorassem um bom tempo para ver-se novamente.

Eu não posso te perder novamente, Wanda pensou enquanto sentia a culpa em seus ombros. O fato de ter feito Pietro aceitar a proposta da Hydra, o momento em que ela deixou-o ser levado pelos capachos de Camille. O instante em que o orgulho tornou-a fraca. Ela queria ficar naquele abraço para todo o sempre, queria dormir nos braços de seu irmão e nunca mais acordar.

Mas havia uma vida lá fora, esperando por eles. Havia um mundo cruel oferecendo-lhes um convite ao pecado e a dor, mas havia um mundo bom onde eles poderiam viver e ser quem queriam ser. Bastava crer e lutar pela vida, o único e verdadeiro direito que lhes fora concedido no momento em que a luz foi-lhes dada.

— Eu não quero perder você. — a Maximoff falou ao se soltar do irmão.

— Não vai. — ele respondeu e acariciou a bochecha da garota, que tinha um ar triste e melancólico. — As pessoas vão tentar, vão tentar fazer o possível para lhe tirar de mim. Mas, enquanto eu viver, eu não deixarei que os monstros nos separem. Os monstros são as próprias pessoas; elas não se escondem por debaixo das camas e nem rastejam no escuro, mas ficam visíveis usando nosso mesmo formato para espalhar a dor. Porém, monstros são lendas que não morrem, mas as pessoas sempre irão morrer um dia, pois a morte é a única certeza que temos nessa vida. Nada é infinito, mas as pessoas podem fazer de suas vidas um infinito para ser lembrado. E eu farei de nossas vidas um infinito, irmã, pois estaremos juntos. Se estivermos juntos, nada poderá nos parar, e eu me certificarei de ficar ao seu lado durante todo o nosso infinito. Somos Maximoff’s, talvez os últimos, mas somos infinitos.

— Você é o melhor gêmeo do mundo, sabia? — ela sorriu e ele jogou os cabelos prateados para o lado.

— Eu sabia, sim.

Ambos riram e se abraçaram novamente.

— Eu te amo, irmão. — ela falou em meio a um suspiro.

— Também lhe amo, irmã. — Pietro respondeu Wanda enquanto afagava os cabelos dela, feliz por ter a amada irmã em seus braços.

De repente, a porta foi aberta. Com a agilidade aprimorada que lhe fora concedida, Pietro se posicionou na frente da irmã, enquanto a mesma apoiava as mãos no ombro do irmão.

— Amor entre irmãos é algo tão lindo. — Edgar riu. — É uma pena que ele esteja prestes a acabar. Minha querida irmã, Camille, chega amanhã ao cair da noite. Aproveitem o tempo que lhes resta, pois não é muito.

O Pierce fechou a porta e Pietro encarou Wanda. A mesma o abraçou forte e sentiu lágrimas de raiva querendo escorrer, mas ela as controlou. A vingança é um prato que se come frio.

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América e Bruce faziam alguns ajustes no sistema interno da nave dos Vingadores enquanto os outros heróis se preparavam para a viagem que iriam fazer amanhã até Sovena.

— Doutor Banner, tem certeza que está mexendo na fiação certa? — a loira perguntou ao cientista, que sorriu sem se desconcentrar do que fazia.

— Já falei para me chamar só de Bruce, América — ele falou e pegou o alicate. — E tenho certeza do que estou fazendo; é só cortar o cabo vermelho e o sistema dessa nave vai parecer novo!

Dito isso, o cientista encostou o alicate no cabo e se arrependeu amargamente ao levar um pequeno choque, o fazendo largar o alicate e chacoalhar a mão. A loira riu e pegou o alicate, cortando o fio azul e devolvendo o instrumento para Banner.

— Não precisa agradecer Bruce. — ela disse e sorriu, saindo da nave e deixando o homem surpreso.

Enquanto isso, Rogers observava de longe Romanoff. A mesma tinha uma conversa com Barton enquanto escolhiam as armas para levar na batalha. Os fios ruivos dela estavam molhados, e ela certamente havia tomado a ducha que tivera comentado na sala de treinamento. Ele conseguia se lembrar do toque da ruiva, da proximidade de seus rostos e de quando ela teve de ir embora. Foi tirado de seus pensamentos quando a mão suave de Sharon Carter tocou seu ombro.

— Capitão. — ela falou e ele assentiu sorrindo. — Sinto muito por terem deixado Wilson e Skye na Hydra.

— Infelizmente não tivemos escolha. — Steve falou nostálgico e encarou Romanoff novamente. — Mas uma pessoa me disse algo que não posso negar; eles ficarão bem. São fortes, irão aguentar. O que me preocupa é Bucky Barnes.

Os olhos de Sharon se arregalaram quando Steve citou o nome do soldado e ela logo prestou mais atenção no americano.

— Eu o vi na Hydra, ele nos ajudou a escapar. Mas não entendo... Ele conhecia Wanda Maximoff. Como? De onde? — ele questionou e ela suspirou. Encarou o relógio e viu que eram exatas oito da noite, o que a fez se lembrar do que devia fazer.

— Boa sorte para descobrir então, Capitão. Agora, se me der licença... Preciso fazer algo.

Sharon saiu rapidamente da presença de Rogers e correu para dentro da torre. Pegou o elevador, que por sorte estava vazio, e subiu para o andar de hóspedes. Entrou no primeiro banheiro que viu e trancou a porta, pegando o celular a tempo de ver quando o número desconhecido começou a lhe ligar.

— Você está louco? — Carter falou quando atendeu. — Bucky, estávamos trabalhando em uma aproximação lenta de vocês, e você simplesmente aparece na frente de Rogers?

Relaxe, Sharon. — ele respondeu. — Faz parte do plano.

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A Maximoff observava a tempestade que ocorria do lado de fora enquanto pensava profundamente sobre os próximos dias. Ela sabia que os Vingadores viriam, e sabia que estava na hora de colocar seu plano especial em ação. Ela escutou mais um trovão e seguiu com um dos dedos o caminho que uma gota de chuva fazia pela janela. O vento balançava as árvores em volta da sede e o céu estava negro.

Sua consciência sabia que os inimigos estavam chegando e seu coração sabia que a hora da vingança vinha junto deles. Mas não a vingança daqueles que vingam a humanidade, mas sua vingança. Ela não deixaria barato, não depois do que Stark havia feito em sua vida. Não depois do que a S.H.I.E.L.D. havia feito.

Não implorem por minha misericórdia, há muita dor para vir.