Dark Angel

Capítulo 34


No capitulo anterior...

- Hermione Granger, espero que você saiba que você sempre foi e sempre será meu único amor. Você é a única pessoa no mundo capaz de me fazer sorrir verdadeiramente, a única pessoa que realmente me entende. Sem você minha vida não faz mais sentido. Não foi apenas você que morreu e está sendo enterrada, pois a partir de hoje, Tom Riddle também está morto. A joia em seu pescoço guarda a parte boa e humana da minha alma e esta apenas será despertada novamente quando eu puder sentir você em meus braços e seus lábios quentes nos meus. A partir de hoje apenas Lord Voldemort existirá em mim, mas eu prometo uma coisa. Resistirei ao céu e ao inferno, atravessarei o mar e moverei montanhas, mas prometo que só descansarei quando conseguir te trazer de volta, pois nem a morte vai me impedir de ficar ao seu lado. – terminei e peguei discretamente a sua varinha sem que ninguém percebesse, antes de fechar o caixão e jogar um punhado de terra em cima deste. Levantei-me, e sem olhar para trás segui para minha nova vida.

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Capitulo 34

P.O.V. Severus Snape

Eu estava começando a ficar realmente preocupado. Há dois dias eu havia recebido um
recado de Alvo para eu ir vê-lo o mais rápido possível; ontem houve uma reunião que o Lorde das Trevas havia convocado há uma semana, e todos fomos surpreendidos pela raiva que ele emanava, coisa que não acontecia há aproximadamente dois meses; e agora eu recebo outro recado de Alvo, praticamente me intimando a encontrar-me com ele ainda hoje. É o que farei daqui a pouco, mas antes tenho que resolver algo para os Carrow não me procurarem enquanto eu estiver fora.

Vesti uma capa negra como de costume, e estava preste a sair da sala do diretor quando uma fumaça começou a se formar do nada. Aos poucos a sala se encheu com uma neblina esverdeada. Isso só podia significar uma coisa. Hermione estava de volta.

Quando a neblina se dissipou, deparei-me com Hermione agachada no chão atrás da mesa do diretor, perto de uma estante de livros. Surpreendi-me com seus olhos vermelhos
e o rosto manchado por lagrimas. Uma forte preocupação me tomou, é eu realmente havia me afeiçoado à garota.

- Hermione! O que aconteceu? Eu não esperava vê-la tão cedo. Você está bem? – perguntei enquanto me aproximava dela e a ajudava a se levantar.

- Ah Severus! – ela exclamou tristemente e para meu espanto me abraçou. – Eu não queria voltar... Eu queria continuar lá para sempre... Mas eu não podia... Eu estou tão preocupada... Com tanto medo!

O que ela dizia não fazia nenhum sentido a mim, mas qualquer um podia ver claramente que ela não estava em seu melhor estado já que sua pele estava pálida e ela estava mais magra que o normal. Arrastei-a até uma cadeira, fiz com que se sentasse e
conjurei um copo de água que ela bebeu em uma segundo.

- O que aconteceu? – ela ficou em silencio antes de responder.

- Você se importa se eu falar para você e Alvo junto? Não quero ter que ficar lembrando
várias vezes.

- Tudo bem. Você consegue fazer um feitiço de invisibilidade?

- Conseguir eu consigo, mas não estou com minha varinha.

- E onde ela está?

- Em 1944.

- 1944? Como você deixou sua varinha lá?!

- Eu não podia trazê-la. Prometo explicar assim que encontrarmos com Alvo.

- Eu preciso falar com os Carrow, em seguida podemos ir. – parei um pouco antes de chamar uma coruja e enviar uma nota a Amico e Aleto para eles virem me encontrar. –
Atrás daquela estante tem uma escada que leva a um quarto. Espere lá enquanto converso com os gêmeos.

Hermione subiu as escadas e em seguida os Carrow chegaram. Eles ficaram reclamando dos alunos, dos grifinórios, praticamente de tudo, e apenas pareceram satisfeitos quando os autorizei a patrulharem os corredores durante esta noite, e eles mesmos aplicarem detenções nos alunos que pegarem.

Chamei Hermione de volta e a guiei para fora do castelo, até a floresta proibida, onde
segurei seu braço e fiz uma aparatação conjunta até a casa onde Alvo estava, parando na sala de estar. Ao meu lado, Hermione havia adquirido uma tonalidade ainda mais pálida. Ela murmurou algo que entendi como sendo ‘banheiro’, então apontei para uma porta que havia ali. No instante em que ela fechou a porta, Alvo desceu as escadas.

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- Oh Severus! Que bom que está aqui. Tenho uma péssima noticia a dar. Sente-se. – Sentei-me em uma poltrona, e Alvo sentou à minha frente. Antes que eu pudesse dizer
qualquer coisa, Alvo disse – Hermione morreu.

- O que? Não é possível!

-Eu também custei a acreditar, mas eu presenciei seu enterro em 1944.

- Ela não pode estar morta Alvo. Ela está bem ali! – disse apontando para o banheiro –
Hermione apareceu em Hogwarts alguns instantes antes de eu vir para cá. Ela não está bem, mas está viva.

- Desculpe-me por ter feito você pensar que eu estava morta Alvo, mas tudo aconteceu tão rápido... Eu fiquei desesperada. – Disse a garota enquanto saia do banheiro e vinha em
nossa direção a passos lentos.

- Oh Hermione! Você não sabe quão preocupado eu fiquei! – exclamou Alvo – Você está parecendo tão cansada. Suba as escadas, na segunda porta a direita tem um quarto com as
suas coisas, e a porta ao lado é o banheiro. Relaxe um pouco enquanto eu converso com Severus, e depois você pode nos contar o que aconteceu.

Ela apenas se virou e subiu as escadas. Alvo me contou tudo o que havia acontecido no passado desde a ultima vez que nos encontramos. Ele me contou sobre Avery, sobre o
coma, sobre a morte encefálica que até então ele pensava que Hermione havia sofrido, e sobre o enterro. Depois ficamos em silencio, mergulhados em nossos próprios ensamentos, até que passos fracos nos despertaram.

P.O.V. Hermione Granger

Deixei que a banheira enchesse enquanto me despia. Os movimentos que eu fazia eram quase mecânicos. Enquanto terminava de tirar a roupa e prendia o cabelo, meus pensamentos estavam voltados exclusivamente para Tom e os momentos perfeitos que
compartilhamos.

Entrei na água e fechei os olhos, permitindo-me devanear. Se eu me arrependia de ter espremido aquela perola e voltado ao que agora era o meu tempo presente? Não. Pelo menos não completamente. Desde que tomei a minha decisão, uma voz passou a sussurrar
em minha mente que esta era a única opção segura que eu tinha, mas só de pensar em Tom, meu coração já batia mais rápido. Era como se a cada movimento que eu fazia e a cada passo que eu dava, eu me perdesse mais. A única coisa que eu sabia, era que eu teria que ser forte e continuar seguindo em frente.

P.O.V. Severus Snape

Hermione veio até onde estávamos em completo silencio. Minha mente ainda estava embaralhada com tudo que Alvo havia me dito. Como Hermione podia estar em nossa frente agora, se toda Hogwarts havia presenciado sua morte há 50 anos? O que realmente
havia acontecido?

Antes que eu ou Alvo pudéssemos dizer qualquer coisa, Hermione levantou o rosto nos
encarando por um minuto antes de dizer com a voz firme e fria.

- Sei que vocês devem estar curiosos sobre o que aconteceu. Irei dizer-lhes, apenas peço que não perguntem por mais detalhes. Na hora em que acordei a lembrança do que
havia acontecido me atingiu. Quando madame Braun foi me ver, ela fez alguns feitiços para saber se estava tudo certo, e acabou por descobrir algo que estava escondido antes. Ela descobriu que eu estava grávida. Depois de mais alguns exames, Ângela descobriu que, assim que Avery me atacou, o bebe fez uma magia involuntária, criando uma barreira protetora a sua volta. Quando ele criou essa barreira, consumiu muita energia minha, fazendo com que eu entrasse em coma e só voltasse agora, quando meu corpo se recuperou.

“Quando a fixa caiu, e eu entendi que tinha uma criança dentro de mim, uma felicidade enorme me tomou, mas esta foi logo seguida pelo medo e pela incerteza. Eu não podia imaginar a reação que Tom teria, e eu temi que ele me fizesse perder o bebe, coisa que eu não permitiria que acontecesse, então minha única opção foi fazer com que todos penassem que eu estava morta, enquanto eu voltava para cá.”

“Peço que me desculpe Alvo, o plano acabou indo por água abaixo. Eu não descobri nada que já não soubéssemos sobre Tom, e ainda por cima me apaixonei e carrego o herdeiro do Lorde das Trevas.”

- Não peça desculpas por isso. Não é nenhum crime em se apaixonar, e uma criança é sempre uma benção, não importa quem sejam seus progenitores. Você ficará aqui comigo
por algum tempo, até que saibamos ser seguro você voltar para a Toca, se você quiser. Agora eu recomendo que você vá descansar. Viagens no tempo tendem a serem um tanto cansativas. – Disse Alvo calmamente.

- Claro. Apenas gostaria de pedir-lhe um favor Severus.

- Diga.

- Assim que descobriu que eu estava grávida, Madame Braun disse que me recomendaria algumas poções fortificantes, de vitaminas...

- Espere um instante. – Disse assim que entendi o que ela quis dizer, e desci até uma sala onde guardo minhas poções. Peguei algumas que a ajudariam a se recuperar, e
voltei para a sala. – Aqui estão. Beba uma colher de cada, de seis em seis horas.

- Obrigado. Boa noite Severus, Alvo.

- Bem, essa noticia realmente foi uma surpresa. Eu não imaginava que o relacionamento deles havia chego a esse ponto, mas também, nunca tive curiosidade o suficiente para entrar no salão de Slytherin – Disse Alvo quando teve certeza que Hermione não ouviria, e fazendo com que eu risse.

- Realmente não é muito comum ouvir que alguém se apaixonou pelo Lorde das Trevas, mesmo sendo quando ele tinha 17 anos.

- Sim Severus, mas agora vamos ao que realmente importa. Tom já marcou a data da próxima reunião?

- Não.

- Fique atento. Antes de você ir, preciso que você consiga outra varinha para Hermione.

- Falarei com Olivaras amanha cedo. Agora preciso ir antes que os Carrow deem por minha falta.

- Boa noite Severus.

P.O.V. Autora

Aquele era o terceiro dia de Hermione no presente. Aos poucos ela recuperava sua energia e voltava a ser – fisicamente – o que era antes.

O dia havia amanhecido escuro e chuvoso, nada de anormal para quem viveu toda a vida em Londres. O que era um tanto anormal era a onda de tristeza e desanimo que
assolava a todos, mas principalmente aos trouxas, pois estes não tinham como se defender, afinal eles não sabiam o mal que os dementadores representavam.

Em uma rua residencial, um pouco esquecida e nem tanto movimentada, havia uma casa de um verde desbotado, invisível a todos. Era nesta casa em que Alvo Dumbledore e
Hermione Granger se encontravam. Ele sentado em uma mesa, rodeado por livros e pergaminhos, tentando ao máximo descobrir uma forma alternativa de matar aquele que não deve ser nomeado. Ela testava a varinha recém-adquirida por Severus. A varinha era boa, mas Hermione ainda preferia a sua, que, com pesar, havia deixado no passado.

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Não passava das três horas da tarde quando os dois ouviram um barulho típico de aparatação e interromperam o que faziam para avistar um Snape visivelmente nervoso, e mais pálido que o normal. Então ele proferiu as palavras que os outros dois mais temiam ouvir no momento:

- Ele sabe. O lorde das Trevas sabe que Hermione está viva e que ela é deste tempo.