– Quem não vai beber? Precisamos de duas pessoas para dirigir.- Marc gritou, provavelmente já um pouco alterado pelo álcool.

Depois que Jennifer sugeriu que parássemos para comer, eu resolvi desencanar da procura pelo Ryan e ela sugeriu que fossemos a uma lanchonete que tinha um karaokê, como se alguém fosse cantar.

Jason disse que por ele tudo bem já que Marc já o havia convidado para lá uma centenas de vezes e ele nunca pôde ir.

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Agora estávamos eu, Jason, Jennifer, Marc e Andrew (amigo de Marc) sentados numa mesa, discutindo quem iria dirigir ou não.

– Eu não bebo. - eu disse lembrando de uma promessa que fiz a mim mesma algum tempo depois de começar a namorar o Ryan.

– Eu bebo, mas não estou afim hoje - Andrew disse e Marc gargalhou.

– Não precisa fazer bonito para as mocinhas, Andy- Marc disse, Jason levantou a mão e voltamos nossos olhares para ele.

– Por que não fazemos assim? Eu e o Andrew dirigimos. Dois carros. Dois motoristas.

– Qual é, gente? A única corajosa que sabe curtir a vida aqui é a Jennifer? - Marc levantou uma sobrancelha para nós.

– Maricas, exceto você, Jessie. Você tem o direito de não beber, eles não.

– Marc, você já está tão bêbado que você nem se lembra que foi você mesmo que disse para duas pessoas não beberem porque tinham que dirigir. - Andrew disse e Jen riu exageradamente. Estou sentindo um clima talvez?

– Vocês são chatos, por isso vou dedicar uma música a vocês.- ele apontou para o mini palco que tinha no meio da lanchonete

– Lá em cima.

– Não, pelo amor de Deus, parece que você gosta de passar vergonha.-Jason colocou as mãos no rosto.

– Passar vergonha? Eu sou a reencarnação do Freddie Mercury.-ele levantou se gabando e se dirigiu ao palco.

– Que ele gosta de garotos, nós já sabíamos- Andrew disse e nós todos rimos.

Depois de muitas doses de bebidas, rodadas de sucos, muitas risadas e perfomances do Freddie Mercury e de The Rolling Stones (que até que não foram tão horríveis assim), eu já nem me perguntava mais onde Ryan poderia está.

Jennifer e Andrew tinham engatado uma conversa super interessante, Marc estava flertando a garçonete e eu e Jason estávamos sobrando ali no meio.

Alguém estava cantando algum desses clássicos do pop antigos, e o pessoal estava bem animado e bem sociável. Ou talvez fosse o álcool.

– O gato comeu sua língua?- Jason disse e eu me virei para ele.

– Não, só estou um pouco cansada. Tenho ensaiado muito esses últimos dias.

– Pelo menos o resultado foi o que você esperava, né?-ele perguntou sorrindo.

– É - eu suspirei e tomei um gole do meu suco.

– Foi sim.

Ele se aproximou de mim e uma sensação estranha passou por mim. Eu conseguia sentir o calor do seu corpo. Era a mesma sensação de quando ele me abraçou mais cedo.

– Eu sei que você não está assim só devido ao cansaço.- ele esperou um pouco

– Você está preocupada com ele, não é?

Eu estava olhei para minhas mãos no meu colo e voltei a olhar para ele.

– Uma hora ele volta pra casa. Em todos esses anos ele nunca esqueceu o caminho, certo?

– Olha, se você quiser que nós voltemos a procurá-lo é só falar. - por que ele estava se preocupando tanto para me ajudar?

– Obrigada, mas não precisa. -ele levantou uma sobrancelha- Sério.

Silêncio. Geralmente, eu amo o silêncio. Quando tinha silêncio entre mim e o Ryan, isso significava que mais uma batalha foi vencida e que estávamos em paz de novo.

Mas esse silêncio que pairava entre mim e Jason, nesse momento, não poderia ser mais perturbador. Chegava até a ser constrangedor.

– Não vai cantar hoje?- Jason disse mexendo no canudinho do seu copo.

– Eu não canto. Principalmente em público.

– Eu também não, tenho um contrato de fidelidade com o meu chuveiro. Porém, acho que eu deveria tentar um dia. Temos que enfrentar o nossos medos.

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– Com certeza, então é melhor que seja num bar cheio de bêbados que não vão lembrar o seu nome no dia seguinte.

– Então, você vai cantar?- esse garoto é muito insistente.

– Hoje, vou ficar te devendo essa.

– Se não te conhecesse bem, iria achar que você só vai cantar outro dia para eu sair com você de novo.- eu arregalei os olhos e dei um soco de leve no ombro dele.

– Você é ridículo.- nós começamos a rir muito. Olha que nem eram alcoólicas nossas bebidas.

– E aí você acha que vai rolar hoje?- Jason apontou a cabeça para Jen e Andrew, que estavam tão perto um do outro que se dois corpos ocupassem o mesmo lugar com certeza seriam os deles.

– Eu acho que hoje não, talvez na próxima. Jennifer não beija no primeiro encontro.- eu dei de ombros.

– Poderia apostar com você o contrário, mas sei que entre as mulheres têm esse negócio de conhecerem uma às outras inexplicavelmente, então...

Eu bocejei e apoiei a minha cabeça na minha mão para continuar olhando para Jason enquanto ele contava as vergonhas alheias que ele já sentiu com o Marc.

– Quer que eu te leve pra casa? Você parece realmente entediada com o meu papo.

– Não, claro que não. Eu estou com sono mesmo.

Jason era agradável, mas era irritante suas perguntas sobre se eu estava bem ou não.

Talvez não fossem irritantes, talvez eu apenas não estava acostumada a pessoas perguntando como eu estou, como se elas realmente se importassem com a resposta.

– Além do mais, acho que a Jen não está muito disposta a ir agora.- dei de ombros pela milésima vez no dia.

– Andrew vai levar ela e Marc, não tem problema eu levar você.- ele deu o último gole no seu suco

– A menos que você não queira que EU te leve.

– Deixe de ser um chato - eu mostrei a língua para ele. - Mas já que você insiste...

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