Céu de Sangue

Capítulo 11 Confiavel?


- Não é possivel que você esteja assim só por causa de um seis em Matemática. - A voz zombeteira e animada de Tenten soou insuportavelmente chata aos meus ouvidos na Segunda feira.

- Levando em conta que a menor nota que a testuda tirava até "hoje" era nove. - Ino disse em um tom leve de irônia. - Sim, é motivo pra ela ficar emburrada. - Eu revirei os olhos, enquanto me sentava em umas das cadeiras que ficavam bem no fundo da Biblioteca.

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- É por isto que eu não aguento cdfs.

- Ei , eu não sou cdf. - Eu falei alto demais para Tenten, o que fez a srta Ryoko que era responsavel pela biblioteca me olhar feio. - É só que eu não gosto de tirar notas baixas. - Falei tentando me defender.

- Eu acho que já ouvi essa frase antes. - Ino disse tirando com a minha cara, e eu mostrei a língua pra ela.

- Nossa estamos no jardim de infância? Tenten perguntou irônica.

- Não seja chata. Ino falou e Tenten e eu sorrimos. - E não pense que você me engana testuda, eu sei que você não esta com esse mau humor todo por causa de uma nota baixa. - Eu parei de rir naquele momento, e a fitei desconfiada. - Eu não preciso ler a sua mente pra saber isso. - Ela completou. - Eu te conheço bem demais.

Ino tinha razão. Como sempre. Eu não estava de mau humor por causa da nota baixa em Matemática e sim por causa do ocorrido na Sexta feira, eu ainda estava preocupada com o Lee, eu não o havia tido noticias dele desde o ocorrido no Jardim e o Sasuke tambem não me dissera o que tinha feito a ele. A Ino tambem não sabia, se ela soubesse com certeza teria me dito. Alias que eu nem podia tocar no assunto de sexta feira com ela . Ino havia dado um ataque no Sabado quando eu contei a ela que tinha avançado no Sasuke. Ela dissera que eu era louca, que Sasuke poderia ter me matado, que não se deve provocar a ira de um sangue puro. E que se houvesse acontecido alguma coisa de ruin com o Lee, ele mesmo era o proprio culpado por ter tentado me morder. Mas apesar de todo o pouco caso que ela tentou mostrar em relação ao sumiço dele, eu sabia que ela tambem havia ficado preocupada.

- Não me diga que você esta "naqueles dias". -Tenten disse. - Deve ser por isso este mal humor todo.

- Não diga bobeiras. - Ino deu um leve tapinha em uns dos coques de Tenten. - Ela está preocupada com o que aconteceu na Sexta feira.

- Ah! Eu tambem ficaria preocupada se brigasse com o meu vampiro.

- Eu não estou preocupada com isso. " Tinha horas que eu queria matar a Tenten".

- Como não Sakura? - Já pensou se ele não voltar mais?

- Eu ficaria muito feliz. Disse sincera.

- Você sabe o que esta dizendo? Naquele momento Tenten ficou seria. - Se o seu vampiro sumir você vai ficar desprotegida, você vai estar mais exposta do que nunca a outros vampiros e a outros seres como demônios.

- Como você sabe disso? Ino perguntou a Tenten.

- Neji me levou a mansão dos Hyuuga no feriado e a prima dele, Hinata, me contou quase tudo sobre o mundo dos vampiros.

- Você teve contato com outro sangue puro? Ino perguntou abismada.

- Pra falar a verdade ela não me disse propriamente, eu... bem que... - Ela hesitou. - Meio.. que ouvi a conversa dela com o Neji.

- Isso é verdade? Eu perguntei a Ino antes que ela fizesse outra pergunta a tenten. - Existem outros seres sobrenaturais além desses malditos vampiros?

- Sakura eu tambem não sou humana. Ela disse parecendo ofendida. Eu ignorei a pontinha de culpa que senti.

- Quer dizer que mesmo que o Sasuke enjoe do meu sangue e desapareça, eu nunca mais vou ter sossego porque viram outros monstros atrás de mim. Eu estava quase histerica naquele momento.

- Sakura você tem que entender. Foi Tenten que falou naquele momento. - Vampiros de sangue puro são muitos poderosos, então qualquer coisa que interessa a eles mesmo que descartadas depois são um prato cheio para os inimigos que eles possuem, então isso inclui nos duas e tudo que tenham a ver conosco

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- Eu preciso ir. Foi a única coisa que eu disse ao sair da Biblioteca. Minha cabeça doia como se estivesse recebendo marteladas, a palavras de Tenten não saiam de minha cabeça. "isso inclui nos duas e tudo que tenham a ver conosco". Isso queria dizer que minha familia não estava segura mesmo que eu mantivesse Sasuke longe deles, existiam outros monstros que poderiam tentar fazer mal a eles.
Mesmo depois de ligar para minha casa e saber que eles estavam bem, eu não consegui deixar de ficar preocupada. Naquela noite adormeci com um peso no coração.
" O fogo se alastrava por toda a casa, eu estava do lado de fora . Eu queria entrar mas minhas pernas não se moviam, eu queria pedir por ajuda mas nenhum som saia da minha boca. Eu podia ouvi-los gritar por socorro, seus gemidos deseperados de dor. Eu não podia ajuda-los. Toda minha familia estava morrendo."
Eu nem sei bem que horas eram quando acordei com o som do meu proprio grito. "Eu nunca havia sentido tanto medo ao acorda de um pesadelo". Mãos frias me sacudiram, eu não sei se com gentileza ou brusquidão. Estava escuro eu não enxergava um palmo diante do meu nariz, até que as íris vermelhas brilharam na escuridão.

- Sakura o que foi? - Ao ouvir a voz fria dele, lagrimas sairam dos meus olhos e eu gritei.

- Eles estão queimando...

- Quem está queimando?

- Eles... minha familia, eles estão queimando. - Eu estava em prantos.

- Foi um pesadelo, não foi real. - Ele disse, mas sua voz fria, desprovida de emoções, não me deixava tranquila.

- Por favor ... - Eu implorei enquanto agarrava a camisa dele. - Não deixe que ninguem os machuque... por favor... Sasuke...

- Ninguem vai machuca-los. Ele disse, mas eu não dei atenção, eu estava apavorada com a ideia de que outros seres pudesse se aproximar da minha familia.

- Nem mesmo seus inimigos? Eu perguntei fitando seus olhos, eu precisava ver alguma emoção naquelas íris escarlates.

- O que sabe sobre meus inimigos? A voz fria dele ganhou um tom mais alto. Eu não respondi. E voltei a implorar.

- Não deixe ferirem minha familia... Eu estava histerica. - Por favor não deixe ninguem feri-los, eu não me importo se me machucarem, mas...

- Ninguem tocara em você. Seus olhos brilharam furiosos. - Você é minha... e ninguem vai machucar sua familia.

- Obrigada.. Sasuke. Ele não respondeu, mas seus olhos rubros me encararam com intensidade, quase me fazendo esquecer que o culpado do meu pesadelo era ele. Ele me pareceu confiavel naquele momento.

- É a primeira vez que fala meu nome Sakura. Ele falou com o tom sarcástico, que era proprio dele. E eu não soube o que dizer, apenas continuei o encarando. - Será que isso quer dizer que não me odeia tanto agora, só por que protegerei sua familia? - Ele me puxou para seu colo,me encaixando em seu quadril, eu prendi a respiração quando sentir suas mãos frias entrarem por baixo do meu blusão e agarrarem minha cintura. Seu nariz gelado estava no meu pescoço. Eu podia sentir seu alito puro e frio arrepiando minha pele.

- Sasuke...

- Hun... me deixou com sede. A voz dele estava anciosa.

- Sasuke eu...

- Não se negue para mim. Eu ja podia sentir a ponta de suas presas na minha pele. - Se você relaxar não vai doer tanto. Suas mãos subiram pelas minhas costas. Eu me encolhi. Ele respirou fundo e suas presas perfuraram minha pele lentamente, a dor se alastrou preguiçosa e eu cravei minhas unhas em seu ombro e fechei os olhos. A dor passou aos aos poucos e quando voltei a abrir os olhos ele me encarava com os rubis brilhantes.

- Durma. Eu não lutei contra o sono que tomou conta de mim e adormeci. em seus braços.