Céu Obscuro

Luz no fim do túnel


Ele estava parado diante de seu colega de trabalho. Seu oposto estava com os olhos fechados, evidenciando a palidez na sua face e as olheiras de cansaço. O pegou em seus braços carregando pelas escadas altas da mansão até a cama localizada no quarto do chefe da família. O cobriu até o peito e sentou-se ao seu lado. Pegou o braço esquerdo do Lado da luz e observou os dois símbolos dos anciões pulsantes em seu braço, se perguntando até quando os escudos funcionariam. Se as coisas continuassem no mesmo ritmo, sabia que um dia seu colega não acordaria, entrando em um coma permanente.

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Ele se pôs diante a escada que levava até o andar térreo da mansão e a observou. Ela parecia ruir a cada dia, havia buracos na parede, folhas secas e muito pó. O sol lá fora era fraco e frio, além do vento áspero. A mansão antes cheia de amor agora estava inóspita.

Uma luz azul veio do quarto do chefe e ele correu vê-la. Ao chegar perto do seu colega, percebeu um terceiro sinal de escudo dado pelos anciões.

***

-Aqui está. Mais um escudo para ajudá-lo. – disse o ancião.

-E quanto a ele? -perguntou Tsuna enquanto Gokudera e Fabricio carregavam Yamamoto nos ombros.

-Dormirá por algumas horas. Mantenha-o por perto. A energia que fluiu dele ajudará a mantê-lo na linha.

-Obrigado.

-É bom tê-lo novamente na Vongola Tsuna. –dizia Reborn.

-Reborn. Vamos!

-Não acredito que você fez isso. Vai se arrepender no futuro quando eles o deixarem.

-Tenho consciência de minha decisão Kenjiro-kun.

—Se afaste para retornarmos.

-Não obedeço traidores, Fabricio! Se quiser que eu saia, terá que me eliminar! –ele ativou sua arma.

-Kenjiro-kun, deixe-nos passar! –disse Tsuna calmamente.

O rapaz cerrou os dentes e apertou a mão na espada. Ele olhou profundamente nos olhos de Tsuna movendo-se para o lado. Quando Gokudera chegou perto dele, Kenjiro se pôs a sua frente. –Até aqui você consegue manipula-lo.

-Chéh. Sai da frente pirralho. –Kenjiro o encara e Tsuna faz sinal para que obedeça, ele sai se colocando ao lado de Tsuna. –Como vamos abrir o portal agora?

-Kenjiro pode. Ele tem a chama da chuva.

-Hum...Então ele não é quem eu pensava.

-Ele é como você. Controla mais de uma chama, até agora sabe usar duas.

-Então ele é...

Fabricio apenas sorri.

-Esse deve ser o final da caverna Tsuna.

-Kenjiro-kun, abra por favor.

-Não pode me obrigar Tsuna-kun.

-Não seja por isso. – O portal se abre. –Estou de saída também. –Responde o ancião.

A saída dava para o outro lado da luta entre as famílias. Tsuna chegou junto a Kenjiro cessando os ataques, o retorno do futuro chefe fez os membros da Vongola gritarem em vitória.

-Epifania, a partir de hoje quebro qualquer laço da Vongola com vocês. Peço que retornem ao seu lugar de origem.

-Ele foi eleito? –cochichou Rafael.

—Não!

—O que você fez Kenjiro?

-Aqueles imbecis da Vongola do nosso tempo arruinaram nossos planos alterando a história.

-Como?

-Fabricio está entre eles. Gokudera deve estar influenciando sua versão mais jovem. Aquele cara... Não basta ter tomado o lugar de chefe da Vongola e agora quer destruí-lo.

-O General vai nos matar.

-Vamos reagrupar e ver o que podemos fazer. Por ora, deixe eles retornarem para o Japão.

***

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Gokudera andava tenso pelos corredores do hotel até o quarto no qual fora chamado para uma reunião. Seus passos rígidos e sua garganta seca o acompanharam por todo o caminho. Ele respirou fundo quando teve que girar a maçaneta para adentrar no aposento.

-Senhor Gokudera, seja bem vindo. Por gentileza se acomode. –falou Masao.

Gokudera sem dar muito ouvidos, apenas balançou a cabeça afirmativamente e seguiu para a mesa onde estava sua versão mais velha, sentando-se na cadeira a frente.

-Queria me ver?

-Sim. –Respondeu por fim, enquanto digitava algo em seu computador. –Pois bem, meu sobrinho disse que a missão foi bem sucedida.

Gokudera permaneceu em silêncio.

-Nosso próximo passo agora é encontrar a ancião da luz.

-Não sei se o Décimo aguenta até lá.

-Ele está em péssimas condições, mas Fabricio afirmou que o mesmo está se sentindo melhor perto do ancião da água.

-Certeza que foi o ancião da água que o quebrou?

-O Décimo nesse tempo está em piores condições de quando ele foi eleito no meu tempo. Ainda dúvida?

-E o que fazemos então!? Sei lá quanto tempo vamos demorar para encontrar essa anciã.

-Eu sei! Eu estava desesperançoso até Lavina levantar uma observação. Esses dias ela olhou para o mapa mundi e disse que talvez a Anciã estivesse no continente da América do Sul.

-Como ela chegou a essa conclusão?

-Os poderes adquiridos de quando é eleito é hereditário. Ela sempre foi muito esperta que a maioria das crianças. Ela deve ter lido nos arabescos.

-Que seja. A América do Sul é enorme.

-Eu sei. Mas aí eu lembrei das histórias de pessoas que faziam milagres naquele continente e pesquisando, eu cheguei no norte do continente. Acredito que ela possa estar na Floresta Amazônica. Faria muito sentido, já que a mesma é de extremo grau de importância para o mundo.

-Como pretende achar essa anciã?

-Estarei indo para lá amanhã. Proteja Tsuna com todas as suas forças, pois não sabemos o que a Epifania irá fazer.

-Com certeza Nono vai mandar levarmos ele para Itália. O Japão é perigoso com a Giustizia lá.

-Eles não farão nada. Consegui uma trégua. Mas concordo que a Mansão Vongola seria mais segura.

Gokudera desvia o olhar para o chão pensativo. -Aquele pirralho...O tal de Kenjiro...Ele por acaso é...

-Terminamos por hoje. -Ele se levanta e abre outra porta que dava para o seu quarto. -As repostas que você quer estão a sua frente, Hayato. -e a porta se fecha.

Hayato observa a porta por segundos e logo desvia para Masao que estava parado de forma estática o observando. O jovem rapaz lê as gravuras invisíveis a qualquer outro par de olhos e é tomado pela surpresa e um sorriso sarcástico ilumina o seu rosto robusto -Suponho que você tem algumas coisas a me contar, Kazumi Ichiro.

-Apenas se você souber como me convencer a revelar algo, meu irmão. -responde Masao sentando-se ao lado dele.