Céu Obscuro

A mansão dos segredos


Fabricio observava as nuvens de chuva pela janela. Masao estava sentado a sua frente na poltrona do jato folheando uma revista. Desviando seu olhar para a direito, viu os guardiões do Nono o observando incrédulos, fazendo o jovem garoto voltar seu olhar para as nuvens.

—Não sinta-se pressionado. –disse Nono colocando uma das mãos no ombro do garoto ao sentar-se ao seu lado.

—Nunca consegui me acostumar a isso.

—Como está lidando com toda esta situação?

—Meu pai me treinou muito bem.

—Já ouvi falar dos treinos dele.

—Acho que é pior quando você é o pupilo. Acredite. São traumatizantes. –ambos riem.

—Como fará para encontrar pistas dos anciões que resolverão o problema?

—Temos algumas informações “privilegiadas” . Rezar para que nos digam algo.

Japão à noite... Tsuna andava de um lado para o outro no templo que acontecia os festivais. Kenjiro chega correndo pelas escadas repentinamente, saudando Tsuna com um largo sorriso.

—Porque demorou tanto!? –disse o futuro chefe rispidamente, fazendo Kenjiro assumir uma postura de culpa.

—Perdoe-me por não ser tão rápido. O que houve de tão urgente!?

—Vongola proibiu a viagem para encontrar o ancião. O que eles querem!? Desistiram-me de ter-me como chefe!?

—Merda... “Com certeza obra de Fabricio.”. Eles sabem as consequências, certo? Se sua alma não for purificada logo...

—CLARO QUE SABEM! NÃO SÃO IDIOTAS! Me querem fora! É isso! Acabam com a minha vida tranquila e agora que não posso proporcionar o que querem, vão me jogar fora.

—Acalme-se. Creio que não seja isso. Acho... Acho que falta algo para confiarem plenamente na Epifania.

—O que?

—Eu não sei. Mas podemos conversar.

—Não basta eu confiar em vocês?

—Com certeza.

—Então me levem. Irei sem a Vongola!

Os olhos de Kenjiro brilham. –Mostraremos a eles que estavam errados este tempo todo.

—Quando podemos partir?

—No máximo em dois dias acredito. Teremos que dar um jeito de sair sem que a Vongola nos veja.

—Dois dias? Está maluco!? Acha que tenho tudo isso!?

—Precisamos resolver um pequeno problema para que não aja interferências. Acredite em mim.

—Estou confiando minha alma a você. – Tsuna coloca sua Vongola Gear e sai voando.

—Não vou decepciona-lo Tsuna-kun.- disse o garoto ao vento.

Pela tarde, Gokudera andava com a namorada pelas ruas de Nanimori para refrescar a memória. Seus músculos andavam cansados de tanto ler e ficar horas e mais horas na biblioteca.

—Gokudera-kun está se sentindo melhor?

—Com certeza. –disse sorrindo. –Estou pensando se deixamos algo escapar.

—Nada que uma noite bem dormida e uma caminhada agora não traga resultados.

Um espécie de tremor seguido de uma explosão que levantou uma alta fumaça os assusta repentinamente.

—Hahi! O que foi isso!?

—Está vindo de lá. É para os lados que a Lavina mora. -Gokudera começa a correr. – Volte para casa Haru.

—Haru irá com Gokudera-kun. –ela corria atrás dele.

—Não seja teimosa.

—Haru não vai a lugar algum, não importa o que Gokudera-kun diga.

Ele responde com um sorriso.

Nos arredores da Mansão, as ruas estavam rachadas, haviam árvores caídas e carros destruídos.

—Merda! As bombas não fizeram nada na casa.

—Está protegida por um escudo. –concluiu Kenjiro. -Vamos perdedores. Saiam dessa casa. Estão rodeados pelos membros da Epifania. Ataque com mais bombas.

No interior...

—Estamos sendo atacados.

—Saia de perto da janela Lavina. –Sakura a pegou no colo.

—Masao-kun, Fabricio-kun, onde vocês estão agora?

—Boa pergunta. Já faz algumas horas que o avião pousou no Japão. Precisamos deles.- Disse Charlotte.

—Rezar para que o escudo aguente. Ou teremos que cair na pancadaria.

—Meus deus. Estão atacando a casa da Lavina-chan. –disse Haru escondida em uma moita.

—Todos eles são membros da Epifania. –disse Gokudera observando os membros.

—Ei irmão, o que está acontecendo? –disse Kazumi aparecendo repentinamente ao lado de Gokudera.

— O que faz aqui!?

—Ouvi as explosões. Vim correndo ver se não era alguém que conhecia.

—Hahi! As pessoas normalmente não correm das explosões?

—A propósito está é minha namora, Haru. Haru esse é Kazumi.

—Prazer!

—Prazer! Caprichou em irmão.

—Gokudera-kun, o escudo caiu!

—Merda!

—Quem está lá?

—Uma garotinha e outras crianças, com alguns empregados!

—Bosta! Temos que fazer algo.

Gokudera coloca sua Vongola Gear, deixando Kazumi impressionado.

—Irmão, que que é isso aí!?

—Te explico depois. Ajude Haru a tirar as pessoas daquela mansão. Vou distraí-los.

Gokudera lança dinamites e manda Uri atacar outros membros silenciosamente. Quando Kenjiro o avistou, sorriu vitorioso com a possibilidade de elimina-lo.

—Continuem os ataques! Você é meu! –ativou sua espada.- Meu chefe ficará tão orgulhoso!!! –e investe em Gokudera.

—Venha seu merdinha, to a fim de acabar com você a muito tempo.

—Gokudera-kun... –diz Haru aflita.

—Vamos irmã. Ele está se sacrificando. Precisamos fazer a nossa parte.

—Sabe, eu sempre quis enfrenta-lo cara a cara, mas nunca me foi permitido.

—Vai perder pirralho.

—Duvido muito! – ele ri. –E quando te derrotar, vou acabar com esses vermes da mansão.

—Só por cima do meu cadáver. – Gokudera lança mais dinamites, Kenjiro as derrota facilmente.

Kenjiro ria. –Suas habilidades são uma bosta e ainda quer se tornar o braço direito do seu querido décimo!? Piada.

—Uri bomb!!!

Kenjiro é jogada para trás com o ataque surpresa, mas consegue absorver muito impacto. – Esse é o seu melhor?

“Mas que bosta!”

Gokudera escutou um longo suspirar em sua mente.

O que eu faço com esse meu eleito?

“Scarlet”

Quantas vezes terei que lhe dizer para usar as habilidades concedidas?

Gokudera concentrou-se rapidamente para ver os arabescos e as informações que poderia obter sobre aquele garoto. Em uma delas, ele leu atacar com fogo.

“Fogo? Como atacarei com fogo?”- Ele começou a olhar ao seu entorno algo para explodiu e criar chamas.

Acho que esqueci de dizer que não foi apenas o poder do conhecimento que lhe concedi. – ela passa a mão em seus braços e surgem arabescos. Neles, estavam escritos fogo para machucar como pode curar.

Gokudera sem pensar duas vezes, correu em direção ao Kenjiro e soltas chamas ardentes no mesmo. Para a sua decepção seu inimigo não parecia surpreso e conseguiu se defender.

—Você... –O rapaz finalmente percebeu. –Você conhece todos os meus ataques, inclusive este.

Kenjiro sorri vencedor. –Eu o estudei muito, Gokudera-kun. Sei me defender de todos os seus ataques na forma que está. –Algo atravessa repentinamente o ombro de Kenjiro e o sangue logo começa a jorrar. Cerrando os dentes, o jovem olha para todos os lados.

—Fabricio, seu merda!!!! Saiaa de seu esconderijo!!!! –uma bala passa de raspão em sua bochecha abrindo uma ferida. –Está me provocando é? Você nunca erra uma bala.

—Você é meu Kenjiro. –dizia Fabricio no topo de uma árvore.

Kenjiro isso. –Só você e esse palerma do Gokudera para proteger a mansão? Só pode estar de brincadeira.

—Não estamos de brincadeira aqui. –Dizia Matt colocando uma adaga no pescoço de um capanga da Epifania. Logo Giustizia, rodeou os outros membros.

“Giustizia? Ajudando Fabricio!? Mas o que!? Eles eram nossos inimigos esses tempo todo!?”

Nem tudo é o que parece, Gokudera-kun. Não tire conclusões precipitadas. –disse Scarlet.

Na mansão...

—Onee-chan. – a menina corre para os seus braços. -Onee-chan, estou com medo!

—Lavina-chan não se preocupe! Haru vai proteger a Lavina-chan.

—Não deixem que me levem de volta. –dizia a menina tremendo de medo.

—Onde estão as outras crianças? –perguntou Kazumi.

—Estamos aqui! –disse Charlotte.

—Estou com medo. –dizia Hideo.

—Calma, estamos protegidos pelo escudo.

—Não por muito tempo. –disse Sakura vindo para Sala. – Ele está quase... O que!? –ela se assusta ao ver Kazumi, virando-se de costas rapidamente.

Kazumi sem perceber apenas checa se todos estão bem. – Acho precisamos sair desse lugar antes que eles a coloquem no chão.

—Sakura... –alguém sussurra. –Sakura...

A moça segue a voz até encontrar Masao escondido.

—Masao, ele está aqui!

—Eu sei. De qualquer forma, levem todos para o galpão do fundos, já aumentei a proteção do escudo para lá.

—Mas e se ele...

—Você mudou muito. Não se preocupe. –Sakura concorda com a cabeça. A casa começa a trepidar. –Rápido!!!

—Pessoal, vamos todos para o galpão! Agora! Corram!!!

Todos começam a correr, desviando de alguns objetos que caíam ao chão. Lavina ao se desviar de um vaso, acaba tropeçando e caindo. Haru a socorre imediatamente.

—Lavina-chan, está bem?

A garotinha começa a passar a mão em volta do pescoço. –Ah não!

—O que houve?

—O medalhão da Lavina-chan sumiu.

—Como ele é?

—Prata e redondo.

Haru olha aos arredores e avista algo brilhante entre alguns objetos quebrados. Ela se aproxima vagarosamente e consegue pega-lo, indo rapidamente ao encontro da garotinha, quando ela abre a sua mão para coloca-lo novamente ao seu lugar, ela fica perplexa ao observa-lo. Ao limpa-lo com uma das mãos, a inscrição nele fez seus olhos se arregalarem e alguma lágrimas escorrerem pelas bochechas.

—O que houve onee-chan? –disse Lavina a olhando.

Haru apenas sorri encantada e chorava. Alisou o rosto da menina com uma das mãos. Lavina surpresa apenas lhe diz.

–Ah não! Onee-chan descobriu!

—Sim, Haru sabe o segredo da Lavina-chan.