Alice p.o.v

— Agora você quer falar comigo? Depois de duas semanas inteiras sem dar um sinal de vida? – falei exasperada. Não sabia que estava tão chateada até esse momento, mas as palavras simplesmente saíram sem que eu pudesse controlar. Demetri pareceu surpreso com a minha reação, mas manteve sua postura. Ele deu dois passos em minha direção, preenchendo todo espaço entre nós com seu cheiro de maçã e canela.

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— Alice, por favor... Não faça assim comigo. A gente precisa conversar, aconteceu algo entre nós e não podemos fingir que não. – Sua voz era calma. Ergui a sobrancelha.

— Bom, você parece que fingiu muito bem que não. – falei entrando no quarto. Demetri fechou a porta atrás de si e respirou fundo.

— Isso não é verdade e você no fundo sabe bem disso. Alice, tudo o que fiz foi para tentar te proteger. Quando kalleed apareceu e ameaçou você daquela forma, eu não soube como reagir e o pior, eu falhei com você. Porque se ele tentasse algo eu não poderia impedir, Alice! – Demetri caminhava de um lado para o outro do quarto sem olhar para mim – Você mais do que ninguém sabe o quanto perder Celine acabou comigo, eu não quero ter que passar por isso outra vez, então resolvi me afastar de você, de nós e de qualquer coisa que pudesse dar a kalleed uma forma de me atingir. E também... – Seus olhos encontraram os meus por alguns segundos enquanto as palavras morriam em seus lábios.

— E também o que, Demetri?

— Quando Jasper apareceu e você foi junto com ele, eu percebi que talvez eu não devesse entrar no meio da história de vocês dois. Vocês tiveram uma vida inteira juntos, não quero ficar entre vocês, talvez ele tenha percebido o grande erro que cometeu indo embora, vocês eram uma família, você, ele, os Cullens, com sua forma única de viver e agora você tá aqui... – novamente Demetri deixou as palavras se perderem no ar. Senti quando Demetri se aproximou de mim levantando meu queixo com o dedo fazendo nossos olhos se encontrarem.

— ... Não é sua culpa eu estragar tudo, não é sua culpa que eu não sou o que você precisa, eu sou tudo que dizem que eu sou, eu vivo aqui, eu mato vampiros e humanos como se não fossem nada, eu nunca mais me prendi a nada e nem a ninguém, alguém como você não precisa de alguém como eu. – Demetri se afastou caminhando até a janela, ficando de costas para mim. O vento de inverno soprava forte pela janela, fazendo com que o cabelo de Demetri ficasse desalinhado e seu cheiro preenchesse todo o espaço do quarto. Eu conseguia observar o seu corpo tremer, os punhos cerrados mostraram todo o sofrimento que ele estava sentido naquele momento. Então ele se virou novamente para mim dessa vez com os olhos fixos nos meus.

— Eu achei que poderia ser alguém melhor com você, eu achei que por algum tempo que a existência finalmente encontraria algum sentido, mas anjos como você não podem voar para o inferno comigo.

Eu não consegui conter todos os sentimentos que preencheram a minha mente naquele momento, era tudo tão intenso, tão sincero. Meus olhos encheram de lágrimas e não consegui conter um choro silenciosos que começou. Quando eu vi Demetri nesse castelo a muitos anos atrás jamais imaginaria que o homem que agarrou o meu pescoço enquanto atacavam meu irmão, seria essa pessoa tão vulnerável a minha frente. Nunca imaginei que meu futuro poderia ser dessa forma. Corri até Demetri e o abracei, enterrando meu rosto em seu peito, seus braços me envolveram em um abraço apertado que pareceu durar muitos minutos. Eu sentia seu peito se encher de ar numa tentativa falha de manter a calma, enquanto suas mãos afagavam sutilmente meu cabelo enquanto eu ainda chorava. Me afastei só o suficiente para olha-lo.

— Para alguém que dias atrás estava preste a arrancar minha roupa, as coisas mudaram rápido. – tentei quebrar o clima pesado que nos rodeava e Demetri sorriu passando a mão no meu rosto, depositando um beijo na ponta do meu nariz.

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— Não é como se eu não quisesse.- Demetri suspirou e encostou sua testa na minha.

— Demetri, você pode ser totalmente diferente de mim, você pode ser um Volturi, você pode odiar o sangue animal, você pode ser o que for mas não muda a forma como você faz eu me sentir, desde que nós começamos a nos entender você tem me feito um bem enorme. Claro que não posso evitar o sentimento de confusão que a presença de Jasper me causou, mas isso não muda absolutamente nada. Não seja idiota, general, não tente sabotar as coisas boas que estão acontecendo na sua vida, eu estou aqui e não pretendo ir a lugar nenhum no momento. – Falei ficando na ponta do pé e lhe dando um selinho. Demetri envolveu as mãos na minha cintura e me puxou para mais perto do seu corpo. Com a boca perto da minha Demetri sussurrou

—Eu tive tanto medo de te perder aquele dia... – suas mãos faziam pressão na minha cintura como se ele tivesse medo que algo pudesse nos separar. Então eu envolvi seu pescoço com meus braços e colei nossos lábios, em um beijo lento, mas cheiro de carinho e ternura. Nossos lábios querendo explorar uns aos outros como se nossas vidas dependessem disso. O movimento logo se tornou urgente. Uma de suas mãos subiram até minha nuca e se emaranhou em meus cabelos puxando suavemente enquanto aprofundávamos o beijo.

Demetri. P.o.v

Beijar Alice era como o paraíso, ou pelo menos como eu acreditava que seria. O seu pequeno corpo junto ao meu me causava um frenesi tão intenso que era difícil manter a sanidade perto dela. Sua mão direita agarravam a minha camisa enquanto a outra deslizava o blazer para fora dos meus ombros até o chão. Dei um passo pra frente fazendo com que Alice esbarrasse na enorme cama do seu quarto e apesar de nunca entender o porquê de tê-las eu agradeci aos céus naquele momento. Deitei com Alice na cama e eu continuei os beijos agora deitado por cima dela. Naquele momento todos os meus pensamentos estavam focados nas sensações que nossos corpos emanavam um para o outro. Minha mão deslizou por sua coxa esquerda, agora descoberta pelo vestido que havia subido um pouco. Senti quando as mãos de Alice pararam nos botões da minha camisa e eu afastei meu rosto para olhar para ela. Suas pupilas dilatas indicavam o desejo crescente que nos cercava naquele momento. Eu sentia a minha pequena fada arfar em baixo de mim e aquilo me deixava ainda mais motivado. Deslizei minha mão para parte a interna da sua coxa e a apertei, Alice estremeceu, fechando os olhos em seguida.

— Você gosta que eu faça assim? – perguntei sussurrando em seu ouvido enquanto repetia o gesto em sua coxa. Alice balançou a cabeça concordando. – Olha pra mim, branca de neve, me deixe ver os seus lindos olhos dourados. – falei dando uma mordida em sua orelha. Alice abriu os olhos novamente e enquanto eu a encarava desci ainda mais minha mão em sua perna, tocando a barra da sua calcinha. A essa altura eu já não conseguia mais controlar a minha excitação e a minha ereção já estava visível através da minha calça. Pressionei meu corpo ao de Alice fazendo com que ela sentisse, no mesmo instante ela inclinou seu quadril fazendo com que mais contato ainda acontecesse entre nós e foi a minha vez de suspirar e fechar meus olhos. Suas mãos que antes era sutis puxaram minha camisa fazendo com que os botões se soltassem, deixando meu peitoral totalmente a mostra. Alice deslizou suas mãos pelo meu peito e em seguida pela minha barriga.

— Não consegue manter seus olhos em mim, general? – Suas mãos pousaram no meu cinto. Foi quando então ela parou e respirou fundo, encarei seu rosto sem entender o que havia acontecido até ouvir batidas na porta de seu quarto. Era Alec.

— Demetri eu sei que você está aí, eu não queria interromper seja lá o que vocês estejam fazendo, apesar que pelos suspiros que eu ouvi eu consiga imaginar. – Alec riu baixo. – Mas Aro mandou te procurar, ele deseja falar com você a respeito das investigações e você sabe como Aro é então se eu fosse você iria logo.

Ouvi os passos de Alec se afastarem da porta e sai de cima de Alice deitando na cama ao seu lado com a respiração ofegante. Eu nunca ia entender porque apesar de não precisar de ar o meu corpo sempre ficava assim perto dela.

—Isso ainda não acabou, branca de neve. – Falei sorrindo para ela e depositando um beijo em seus lábios. – Mais tarde eu volto para a gente ir caçar, ok?

— Tudo bem, mas só se você prometer bater no Alec por mim. – Alice riu, levantando e caminhando até a porta do quarto para abrir para mim. Fiquei parado alguns segundos olhando ela caminhar na minha frente.

— Prometo. – pisquei para ela e sai do quarto.

— Ah, Demetri! Pense em mim. Estarei de olho em você – Alice deu um sorriso malicioso e fechou a porta atrás de si

Corri para o meu quarto, afinal eu não poderia encontrar Aro no estado que eu estava. Com certeza eu precisava de um banho frio. Alice estava muito presente em meu ser, era incrível como ela dominava a minha mente e o meu corpo de todas as maneiras possíveis. Quando estávamos juntos eu simplesmente esquecia todo o resto e entrava na imensidão que era a minha pequena fada.

Entrando no quarto fui direto para o banho, liguei o chuveiro e deixei com que a água fria percorresse o meu corpo. As lembranças de minutos atrás encheram a minha mente fazendo com que toda a excitação voltasse. Então lembrei das palavras de Alice “pense em mim, estarei de olho em você” então ela havia previsto esse momento... Resolvi então tomar todas as decisões antes de fazê-las, afinal eu também poderia jogar esse jogo.

— Que tal eu descer minhas mãos assim... – Deslizei a mão pela minha barriga. Ouvi de longe o meu celular notificar, sorri – Agora eu envolvo minha mão assim... – Desci a mão até o meu membro que a essa altura já se encontrava latejando pelo desejo acumulado e novamente notificação. – Então eu começo a deslizar assim.. – Comecei a fazer movimentos de vai e vem enquanto as lembranças de Alice na cama comigo preenchiam a minha mente e a água quente percorria o meu corpo. Senti quando meu músculos de contraíram indicando o ápice a seguir. Outra notificação – Vou intensificar o movimento - Minhas mãos aumentaram seu ritmo e eu me sentir derramar sobre minhas mãos. Sai do banho totalmente anestesiado, sendo despertado pelo som de notificação no meu celular, peguei o aparelho e logo na tela as mensagens de Alice confirmavam minha teoria "Não ouse" seguida por "Demetri por favor... Isso vai me matar" e “golpe baixo, general :p “ sorri para mim mesmo sabendo que realmente Alice tinha visto. Coloquei minha roupa e corri rumo ao salão principal para as intermináveis horas de reunião.