Quatro meses se passaram e Rachel já não via a hora de voltar ao trabalho, porém, ficar cuidando de Benjamin era tão maravilhoso quanto. Ele crescia forte, saudável e lindo, enchendo Sheldon e Rachel de orgulho e alegria. Ela então resolveu fazer uma visita ao laboratório levando Benjamin.

- Oi Adam. – disse Rachel entrando no laboratório.
- Oi, nossa! Oi Rachel e...olha só Benjamin, cara você está enorme! – dizia Adam se aproximando do bebê.
- É, ele cresceu mesmo e parece que gostou de você. Mas, Adam, onde está todo mundo?
- Foram até uma cena de crime, já devem estar voltando com mais trabalho, como se já não tivesse o suficiente.
- É, eu estou vendo mesmo, mas, não se preocupe eu te ajudo.
- Mas, você está de licença e o bebê...
- Não se preocupe com isso Adam, e o bebê vai ficar bem.

A cena do crime era em Bryant Park, a vítima Gary Thomas estava em um dos vários banquinhos espalhados pelo parque que é muito frequentado nos dias quentes, principalmente na hora do almoço. Gary foi encontrado por um guarda que passava pelo local e estranhou ver alguém deitado em um banco de um parque debaixo de um sol quente e nem se mexer, ao constatar que o homem estava morto ele chamou a polícia.

- Sem sinal de luta e nenhum ferimento. – disse Stella.
- Morte por causa natural? – perguntou Danny.
- Acho que não, olhe só aqui, irritação nos lábios e nos olhos sinais de desidratação. – disse Sheldon.
- Envenenamento. – disse Mac.
- Ei Mac, eu andei falando com algumas pessoas que disseram ter visto a nossa vítima com uma mulher pouco tempo antes de morrer, porém, a descrição não foi das melhores então sem retrato falado. – disse Flack.
- O que é isso? – disse Stella retirando um pequeno papel de dentro de uma das mãos da vítima.
- Parece uma embalagem de chocolate. – disse Danny.
- E pode ser o que o matou. – disse Sheldon.

Todas as evidências da cena foram recolhidas e levadas para o laboratório, e quando a equipe chegou, todos se surpreenderam com a presença de Rachel.

- Rachel! – disse Stella indo abraçar Rachel.
- Oi Stella! – respondeu Rachel ao abraço de Stella.
- E aí Rachel como está? E o meu afilhado? – perguntou Danny.
- Eu estou bem e o Benjamin, bem...você pode ver por si mesmo, ele está ali, olha. – disse Rachel apontando para uma sala fora do laboratório onde algumas pessoas mimavam o bebê.
- Deixa comigo. – disse Danny saindo para ver o bebê junto com Stella.
- Eu sabia que você não ia aguentar muito tempo. – disse Sheldon abraçando Rachel.
- Você me conhece. E então Mac, não vai dizer nada? – Rachel respondeu.
- O que você está fazendo aqui? E o Benjamin? – Mac perguntou.
- Mac, está tudo bem, eu posso conciliar o trabalho e o Benjamin, e esse laboratório precisa de mim, olha só para isso, o Adam precisa de uma ajudinha. – disse Rachel fazendo Mac sorrir.
- Tudo bem, bem vinda de volta.
- Obrigada chefe.

Sid realizou o exame na vítima para determinar a causa da morte.

- E então Sid? – perguntou Mac.
- Bem, a causa da morte foi ataque cardíaco, mas, posso confirmar que não foi natural, enviei o conteúdo estomacal e amostras de sangue e DNA para análise, assim, descobriremos o princípio ativo do veneno. Também encontrei uma marca de um tipo de gloss labial na bochecha, recolhi e mandei para o exame de DNA. – disse Sid.
- Tudo bem. – respondeu Mac.

Danny e Sheldon processavam as outras evidências recolhidas na cena do crime, sendo a mais importante delas o embrulho de chocolate encontrado na mão da vítima.

- Como está indo? – perguntou Sheldon.
- Ah, não muito bem, as únicas digitais que encontrei foram as da própria vítima, mas, isso é interessante, olhe só isso. – disse Danny.
- Uma perfuração.
- É, mas, uma perfuração minúscula que eu só pude ver com a lente de aumento. Uma perfuração que combina com?
- Uma agulha.
- Boom.
- E eu estou com o resultado do DNA de uma marca de gloss que o Sid encontrou na vítima e é feminino, mas, sem combinação nos bancos de dados.

Enquanto as evidências eram processadas, Stella e Flack foram até o apartamento da vítima.

- Tudo limpo aqui. – disse Flack.
- É, por aqui também, parece que nosso assassino não esteve aqui. – disse Stella.

Eles também conversaram com alguns vizinhos para saber se a vítima tinha algum inimigo ou alguém que poderia querer matá-lo. Todos disseram que ele era uma ótima pessoa e que ele se dava bem com todos, exceto com a ex-namorada. Ela aparecia por lá de vez em quando e os dois sempre discutiam, porém, ninguém soube dizer o nome dela.

Assim que voltou Stella foi até a sala de Mac contar o que havia descoberto, e um tempo depois Adam também entra para informar a origem do veneno que matou a vítima.

- Oi chefe, oi Stella. – disse Adam.
- Oi Adam. – respondeu Stella, encantada com jeitinho sempre tímido de Adam.
- O que tem para mim Adam? – perguntou Mac.
- Ah, claro, é isso, eu...eu analisei as amostras recolhidas da vítima e descobri que o veneno utilizado foi Oleandro, ou Espirradeira ou ainda Nerium Oleander, que tem como princípios ativos a neriatina e a oleandrina, substâncias altamente tóxicas e que causam um efeito devastador no coração. E a quantidade encontrada na vítima foi bem alta.
- Então esse veneno foi preparado e introduzido no chocolate que a vítima comeu por uma agulha. A pergunta é: por quem? – disse Mac.

Duas semanas se passaram desde a morte da vítima e nenhuma identificação de um possível suspeito foi descoberta. Porém, um novo corpo foi encontrado, desta vez em East Broadway Mall. A vítima estava caída no chão, novamente sem ferimentos aparentes e com irritação nos lábios e desidratação.

- Temos um serial killer? – perguntou Stella.
- É provável. Mesma forma de agir, mesmo tipo de vítima escolhida. – disse Mac.
- A vítima é Travor Blake, 26 anos, o shopping estava lotado quando ele começou a sentir mal e caiu desacordado, os funcionários ainda tentaram chamar uma ambulância, mas, não deu tempo. – disse Lindsay.
- Eu falei com algumas pessoas que disseram ter visto Travor conversando com uma mulher na praça de alimentação antes de morrer, e que ela lhe deu um chocolate. – disse Flack.
- O que acha Mac? – perguntou Stella.
- Temos uma assassina. Flack veja o que consegue com as câmeras de segurança do shopping. – Mac respondeu.
- Feito. – disse Flack.

No laboratório Adam tentava encontrar algo que pudesse ajudar nas gravações das câmeras.

- Atrapalho? – pergunta Stella ao entrar.
- Nunca. – responde Adam.
- Está tendo sorte? – pergunta Stella se aproximando e abraçando Adam por trás.
- Não muita. Um shopping bonito daquele jeito com umas câmeras tão ruins, a resolução é péssima, assim fica quase impossível identificar alguma coisa ou alguém.
- Você consegue, você é ótimo.
- Eu sou?
- Claro que sim.
- Oi casal, espero não estar atrapalhando nada. – diz Sheldon.
- Claro que está, mas, tudo bem. – respondeu Adam.
- Bem, o veneno que matou nossa vítima é o mesmo que matou a primeira, Nerium Oleander.
- Opa, acho que consegui alguma coisa. – diz Adam ao ouvir um som no computador.
- Vamos lá. – diz Stella.
- Eu usei um programa para melhorar a imagem das câmeras de segurança e foi isso que consegui. – diz Adam.

A imagem ainda era ruim, mas, já se dava para ter uma idéia do tipo físico e do rosto da suspeita. E com essa imagem na mão, Stella e Lindsay foram até as casas das vítimas ver se alguém conhecia a mulher da foto. E quando elas tiveram algumas respostas foram contar para Mac.

- Mac os vizinhos de ambas as vítimas disseram que ela é Celine Harper, ex-namorada de Gary Thomas e Travor Blake. – disse Stella.
- E disseram também que sempre que se encontravam eles discutiam. – disse Lindsay.
- Certo. Lindsay faça uma busca por Celine Harper, descubra tudo sobre ela, ela é nossa assassina. – disse Mac.
- Tudo bem.

Lindsay iniciou a pesquisa sobre Celine Harper, descobriu muitas coisas interessantes sobre ela e levou o que descobriu para Mac.

- Mac, Celine Harper é botânica. – disse Lindsay.
- Isso explica o envenenamento por Oleandro. – disse Mac.
- Sim, e eu tenho um endereço.
- Vamos lá.

O apartamento de Celine mais parecia um laboratório de pesquisa, com plantas para todos os lados e objetos para seu manuseio.

- Ela tinha tudo o que precisava para preparar o veneno. – disse Mac.
- E aqui a prova da ligação da assassina com as vítimas. – disse Lindsay mostrando fotos de Celine com ambas as vítimas.
- Sim, mas, parece que são três, olha isso. – disse Flack encontrando a foto de Celine com outro homem.
- Temos que encontrá-la antes que ela cometa o terceiro assassinato. – disse Mac.
- Feito. Vou procurar informações sobre esse homem, onde ele estiver ela também estará. – disse Flack.

Flack pesquisou em todos os bancos de dados e encontrou a identificação da possível vítima, Jared Davis e só foi possível encontrá-lo porque ele era professor e tinha registro no sistema. Flack contou a Mac tudo o que descobriu sobre Jared, incluindo o seu endereço, porém, quando chegaram lá ele não estava. Conversando com vizinhos eles descobriram que Jared saiu com uma mulher com as características de Celine em direção a um restaurante.

Quando a equipe chegou ao restaurante, Jared estava quase comendo o chocolate que tinha ganhado de Celine. Mac deu voz de prisão à Celine e a levou para o Departamento. Jared foi junto para tomar conhecimento da situação.

- Então Celine Harper o que tem a nos dizer? Por que matava seus ex-namorados? – perguntou Flack.
- Eu não sou uma assassina! – exclamou Celine.
- Ah, não? Então como você se define?
- Eu apenas fiz justiça. Gary, Travor e Jared, todos eles me traíram, me traíram da forma mais suja que existe. Você acha isso justo detetive? Eu não.
- E então você os envenenou para se vingar?
- Eles mereceram.

Lá fora Lindsay contava para Jared do que ele havia se livrado.

- Eu nunca pensei que Celine chegaria a esse ponto. – disse ele espantado.
- Eu sei, mas, esse tipo de atitude é sempre inesperado. – diz Lindsay.

Com o caso do doce veneno resolvido, os CSI’s tiveram um tempo para descansar e resolveram sair para comemorar o sucesso da investigação como às vezes faziam. Combinaram de sair para jantar naquela noite, no mesmo restaurante que tempos atrás eles comemoraram a prisão de Hollis Eckhart conhecido como “o assassino da bússola”.

Mac se sentou na ponta da mesa, de um lado estavam Rachel e Sheldon e Stella e Adam, e do outro lado Lindsay e Danny, Sid e Flack. Era um momento de comemoração, e todos faziam parte dela, afinal eles eram uma equipe, um time. Assim, Mac os chamou para um brinde.

- A essa brilhante equipe que trabalhando junta, faz essa cidade cada vez mais segura. – disse Mac antes do brinde.
- E para lembrar que essa vida é passageira e que nós devemos estar com as pessoas que amamos enquanto pudermos. – disse Stella brindando e depois dando um beijo em Adam.
- Eu estou tão feliz por estar de volta. – diz Rachel.
- E eu estou feliz por você estar de volta meu amor. – diz Sheldon beijando-a.
- Eu te amo. – disse Danny.
- Eu também te amo, muito. – respondeu Lindsay.
- É Sid, somos só nós. – disse Flack.
- Eu não vou te beijar Flack. – disse Sid.
- Eu conto com isso. – respondeu Flack fazendo todos rirem.

Foi uma noite agradável para todos eles, uma grande família lutando contra o crime.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!