Girl let me make up for the things you lack

'Cause you're burnin' up I gotta get it fast!

Estavam no meio de Julho e tudo parecia queimar. Era tarde e a luz alaranjada iluminava todo o apartamento. O clima era abafado e seco em Nova Jersey.

House estava esparramado no sofá, derretendo ante o calor do verão e ignorando o seu paciente que morria sem que ele tivesse alguma ideia do porque. Estava levemente estressado com isso, mas o que via no momento despertava algumas outras sensações.

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Wilson cozinhava. Isso era algo costumeiro, já que House era preguiçoso demais para cozinhar algo por si mesmo, mas todo aquele calor parecia ter mexido com seu cérebro.

O moreno misturava algo em uma tigela, o corpo bem desenhado virado de costas para o grisalho, o braço se mexia com intensidade e o movimento fazia seus quadris balançarem levemente. A visão fez House sorrir de maneira satisfeita. Wilson podia não saber, mas ele era muito sensual.

Cada pequeno detalhe em Wilson o deixava em chamas. Sua pele parda, que ele mordia e beijava com afinco, seus olhos, escuros e sedutores, a boca, vermelha e bem desenhada, todo o corpo que ele adorava apertar e sentir sobre seus dedos finos. Wilson era quente e excitante.

E aquela visão, um tanto erótica em sua mente criativa, havia feito a tarde ficar ainda mais afogueada. Wilson usava um avental branco que balançava conforme seus quadris mexiam em um ritmo instigante. A calça de moletom, que usava pra ficar em casa, marcando as nádegas cheias e bem desenhadas que o moreno possuía. Sorriu ante a ideia sacana que lhe surgira na cabeça.

House esqueceu da cerveja na mesa de centro e forçou o corpo para cima, levantando-se. Mancou até a cozinha, cortando a distância entre os corpos de forma devagar. E quando estava perto o suficiente do moreno envolveu sua cintura com os braços, num aperto quente. Sorriu com o sobressalto do moreno, mas não o soltou.

–House, que droga, quer me matar do coração?! - Wilson reclamou, mas não afastou o corpo do grisalho. - Está quente, por que está me agarrando?

–Não resisti - disse de forma simples. - te ver metido nesse avental me da algumas ideias interessantes.

–Isso é tão clichê - zombou o moreno. - Fantasias com aventais não combinam com você.

–Qualquer coisa que envolva sexo combina comigo.

House virou o corpo de Wilson, o fazendo ficar de frente pra si. Sorriu com o olhar do mais novo. Ele também parecia estar pegando fogo. Se olharam e trocaram esse desejo em olhares repletos de cumplicidade, mas isso não durou tanto.

O grisalho tirou a tigela das mãos de Wilson, a largando em algum ponto da pia. Apertou a cintura do moreno com os dedos e a empurrou contra o balcão, atritando seu próprio quadril contra o do menor. Sorriu com o suspiro do outro e levou a boca até a orelha de Wilson, arranhando a barba ali.

Wilson arqueou o corpo com a sensação e suas mãos foram parar no peito do grisalho. House desceu uma das mãos pela curva de suas costas até uma das nádegas, a apertando com vontade, enquanto a outra puxava os cabelos de Wilson de forma leve, inclinando sua cabeça pra trás. Lambeu, chupou e mordeu a região com desejo, se deliciando com cada reação de Wilson.

Wilson procurou seus lábios para um beijo urgente, mordendo a boca de House de forma sensual.

Ambos se tocavam com urgência. Com desejo e ansiedade. Todas as vezes eram como se fosse a primeira e ambos sempre tinham algo pra descobrir sobre o corpo alheio. Pontos sensíveis ao toque, reações diferentes e cheiros e gostos novos para se sentir.

O calor e o contato das peles se atritando faziam os corpos suarem, mas isso apenas deixava as coisas ainda mais intensas. A movimentação, os sons, os cheiros, tudo era ainda mais quente com o moreno. E House era quase levado a loucura com aquele corpo.

E o que se começou na cozinha abafada foi parar no quarto, sobre a cama de lençóis quase fumegantes, ou eram eles quem queimavam? As roupas foram espalhadas pelo chão e travesseiros escorregaram da cama, tão ansiosos estavam um pelo outro.

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Peles que se colavam e corpos apressados em busca de um contato que nunca parecia ser cessado. Mãos que se tocavam, bocas que beijavam e mordiam, olhos que conversavam e almas misturadas sobre a cama.

Eram um só, e isso ninguém nunca poderia tirar deles. Eram amantes, melhores amigos e únicas certezas nas vidas um do outro. Aquilo nunca mudaria. Não se pudessem impedir.

Dormir com Wilson era bom. House podia sentir, naqueles momentos, que o moreno realmente pertencia a si. Porque ele sabia que nenhuma outra pessoa poderia fazer Wilson sentir o que ele o proporcionava. Era possessivo ao extremo em relação àquilo e gostava de pensar em Wilson como seu, apenas seu.

Quando terminaram aquela dança frenética e quente, estavam exaustos e satisfeitos. Jogados contra os lençóis de forma relaxada e casual, como se ambos tivessem se conhecido num bar qualquer.

–Como diabos você consegue ser tão sensual? - Wilson perguntou sem folego.

House sorriu com a frase dita, lembrando-se dos pensamentos que rondavam sua mente momentos antes de toda aquela brincadeira, e olhou para os olhos castanhos numa mistura de ternura e zombaria.

–Esse, meu caro, é um segredo que eu nunca poderia revelar - disse de forma sarcástica em meio a um sorriso torto.