Crônicas Olimpianas

Missão Parte 5 - A ladra de corações


Narrado por Lusca do chale de Netuno:

Ela era linda.

Desde que a vi pela primeira vez me apaixonei, com seu sorriso, seu jeito de agir, sua forma de falar comigo, ela tinha arrancado meu coração... Eu estava apaixonado.

Decidimos que eu e Manu iriamos comprar a comida e íamos aproveitar para que ela pudesse falar com seus avós, o mercado ficava a umas 8 quadras dali por isso resolvemos ligar no caminho, e por precaução de acharmos algum monstro, peguei minha adaga e dei para Manu e o Edu me emprestou seu Anel Lança.

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Estávamos na 2 quadra já e Manu tinha terminado de falar com seus avós. Ela me devolveu o celular e seguimos mais meia quadra em silêncio até que ela decidiu quebrá-lo.

— Então... Como é lá no Acampamento Júpiter?

— Muito legal na verdade, não é tão livre como no Meio-Sangue, temos nossas Coortes e tudo mais, mas é bem legal já que eu, Feeh e Edu ficamos na mesma.

— Que show, meu sonho é ir até la, porém não tive a oportunidade ainda.

— Seria muito bem vinda, eu poderia te mostrar o lugar, é bem grande e não há nada como uma festa romana.

Rimos e seguimos caminho, conversando sobre as diferenças dos Acampamentos, ela me contou como era seu passado e sua história até chegar no Acampamento. Ela tinha sido criada pelo pai, um ator por quem Afrodite se apaixonará, porém o mesmo havia ficado louco de amor pela deusa, e esquecera completamente da filha. Ela fugiu de casa pois era criada apenas pelos empregados e encontrou ajuda de um sátiro que a levou para o Acampamento.

— E a sua, qual sua história? - perguntou ela.

— Bem... Tudo começou quando eu tinha uns 7 anos, eu estava saindo da escola quando dois caras mais velhos aparecem e começaram a correr atrás de mim, até então eu morava com minha mãe la no RS, então eles me encurralaram em um beco, e partiram pra cima de mim, mas então eu percebi que eles não eram pessoas normais, eram ciclopes, eu estava tão assustado. Quando ela apareceu, saltou por cima de mim vinda não faço ideia da onde, e atacou um dos ciclopes com uma espada brilhante, o ciclope revidou e tentou agarra-lá mas ela era mais rápida e passou pelo meio de suas pernas enfiando a espada nas suas costas e o transformando em pó. Porém ela esqueceu do segundo e o mesmo bateu com força nela e ela caiu no chão eu sem pensar suas vezes fui e me parei entre ele e ela, sabendo que não tinha o que fazer mas não ia deixar ele machucar a minha salvadora. Foi aí que uma flecha vindo de algum lugar a cima, acertou bem na fonte do ciclope e o transformou em pó diante dos meus olhos. Ao olhar pro telhado estava um menino parado com um arco na mão e uma cara de quem estava cogitando se devia atirar em mim também.

— Uau, que história. Deixa eu adivinhar: os dois eram a Feeh e o Edu? - perguntou a menina.

— Sim. Desde então somos uma equipe. Eles me salvaram naquele dia, a partir daí eu tento salvar eles sempre que posso para retribuir, e também porque o Edu e eu temos um Elo de Empatia.

— E você e a Feeh. Qual o elo de vocês?

Por sorte tínhamos chegado no mercado e eu não precisei responder, era um daqueles mercados 24 horas então não tinha muita coisa que pudéssemos comprar, mas era a única coisa que tínhamos, eu peguei um refrigerante e um suco, e Manu pegou uns salgadinhos e bolachinhas, era o que tínhamos, de manhã iríamos numa cafeteria que tínhamos passado tomar um café descente.

Estávamos voltando e eu estava falando de qualquer outra coisa para não precisar falar sobre o nosso assunto anterior. Quando ela reclama de dor no pé, pelo jeito ela tinha torcido quando fugia das górgonas e por ter andado muito deve ter piorado. Sentamos em um banco que tinha na rua para descansar. Ela estava com muita dor então ficamos sentados um bom tempo, com eu contando piadas sem graças para ela rir e esquecer da dor.

— Mas você é tão linda. Não tem nenhum namorado no Acampamento? - perguntei.

— Na verdade eu tinha alguém sim, mas a gente não tava dando certo, por isso eu resolvi dar um tempo de lá e vim passar o feriado com meus avós. - respondeu a menina.

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— Tendi.

— E você? Também é muito lindo.

— Kkk obrigado mas acho que você deve ta sem óculos agora, mas eu não tenho namorada não, eu ate gostava de uma menina ai mas... Não daria certo.

— Hum... Entendo. - disse ela e me encarou, ela tinha os olhos lindos. Ela começou a se aproximar de mim até que seus lábios tocaram os meus, ficamos nos beijando por um tempo, mas então, a menina que eu havia descrito acima veio a minha mente então eu me afastei.

— Ta tudo bem? Eu fiz algo errado? - perguntou ela confusa.

— Ahn... Desculpa eu só... Não acho que to muito no clima, eu estou nessa missão para encontrar meu irmãozinho e tudo mais. - menti.

— Ah... Ok, desculpa. - disse ela meio pra baixo.

— Acho que já ta bem tarde, devíamos voltar, como esta seu pé?

— Ta melhor vamos voltar.

Começamos a andar e eu passei meu braço em volta da sua cintura e ela passou o dela sobre meus ombros para se apoiar. Demoramos um pouco mais pra chegarmos mas chegamos, infelizmente tinha uma baixinha muito brava nos esperando na porta com cara de quem ia arrancar meus olhos, meu fígado e todos os meus órgãos, exceto meu coração, já que esse ela já tinha arrancado desde o dia em que nos conhecemos.