— Eu deveria ter protegido você!

Charlie sussurrava me apertando em seus braços após ouvir tudo que eu havia contado a ele sobre meus dias na faculdade, mesmo com meu coração tão rasgado quanto a carta da minha mãe o olhei dando um sorriso fraco.

— Não é sua culpa! Sussurrei saindo de seus braços.

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Sue entrava no quarto com um xicara com chá, mesmo não gostando da bebida agradeci recebendo de suas mãos – Vai se sentir bem melhor! Ela falava me incentivando a tomar o liquido quente amarelado.

Dei um gole no chá fazendo uma careta, enquanto Charlie atendia uma ligação em seu celular, Sue sentou ao meu lado passando a mão em meus cabelos falando que tudo ficaria bem.

— Houve um incidente em Forks, preciso ir até o local, quando eu voltar vamos conversar sobre algumas providencias que vou tomar para saber quem anda fazendo isso com você, está bem? Charlie falava após desligar o celular.

Concordei com a cabeça e ele se aproximou dando um beijo em minha testa saindo do quarto em seguida.

Sue ficou mais alguns minutos comigo e após insistir que eu deveria descansar acabei cedendo e deitando em minha cama, fechei os olhos pensando nos dias antes de minha mãe falecer, de como ela me incentivava a realizar meus sonhos e sentia que esses mesmos sonhos haviam sido enterrados junto com ela.

Acho que acabei adormecendo, quando abri meus olhos já estava anoitecendo, sai do quarto indo para a cozinha procurando por Sue, mas ela não estava, voltei para o meu quarto e sentei na cama pegando minha bolsa e retirando os pedaços de papel, peguei uma folha de caderno e cacei na gaveta um bastão de cola, então comecei unir os pedaços enquanto lagrimas rolavam em meu rosto.

— Me perdoe mamãe! Sussurrei em meio as lagrimas ao ver a carta emendada, a dobrei com cuidado dando um beijo na mesma e devolvi para o lugar de onde não deveria ter saído, a caixinha de música que havia sido dela.

Respirei fundo e abri o meu guarda-roupa, retirei algumas peças de roupa e peguei uma mochila colocando dentro junto com alguns documentos e um envelope com dinheiro, era minhas economias junto com a primeira mesada que havia ganho de Charlie, após arrumar tudo troquei de roupa e escrevi uma carta que ao sair deixei presa na geladeira por um imã.

Charlie.

Eu sei que fez de tudo para que eu ficasse bem, mas isso não depende apenas de você, eu sinto que aqui não é o meu lugar por isso decidi voltar para Angers, peço que não se preocupe eu aviso quando chegar, mas no momento eu preciso me sentir mais próxima dela, me perdoe por isso, eu te amo.

Nessie.

Por mais que Charlie estivesse se saindo bem como pai tudo que havia acontecido nos últimos dias fazia eu sentir que em Forks não era o meu lugar, sentia falta de Angers a cidade a qual havia nascido e crescido na França, e o principal sentia falta da minha mãe.

Pedi um taxi e enquanto aguardava olhei pela última vez para a casa, por tantos anos eu havia sonhado em como seria viver com meu pai, e agora que eu vivia estava indo embora, a dor que eu sentia só aumentava, finalmente o taxi chegava e eu entrava no veículo olhando pela janela a casa ficar cada vez mais distante.

— Para onde deseja ir senhorita? O motorista perguntava olhando pelo retrovisor.

— Aeroporto de Seattle! Respondi enxugando as lagrimas.

— Eu só posso leva-la até Port Angeles, se quiser a deixo em um ponto de Taxi ou até ônibus para seguir a Seattle.

— Tudo bem! Respondi olhando novamente para a janela.

Uma hora depois finalmente chegávamos, como prometido o motorista me deixou em um ponto fixo de taxis, paguei o agradecendo e assim que sai do veículo me dirigi até um pequeno quiosque esperando por algum taxi pois não havia nenhum disponível naquele momento.

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Abri a mochila para pegar o celular, mas não o encontrei – Droga! Sussurrei, com certeza havia esquecido sobre a cama, um homem passou ao meu lado me olhando me deixando um pouco desconfiada, decidi sair daquele lugar e procurar um taxi em outro lugar mais movimentado.

Caminhei rapidamente olhando para os lados, passei por uma praça um onde algumas pessoas conversavam e respirei mais aliviada, seguindo por uma rua onde alguns carros trafegavam, com certeza algum taxi passaria a qualquer momento, dois rapazes surgiam de uma rua vindo em minha direção.

— Oi gatinha, está sozinha!

Ignorei os olhando e dei as costas retornando acelerando meus passos.

—Espera ai, vamos conversar! Um deles falou alto, olhei para trás e vi que eles me seguiam então comecei a correr.

Tentava encontrar novamente a praça, mas eu havia me perdido, gritei quando senti o puxar da minha mochila me fazendo parar, um dos rapazes me alcançava me segurando com força.

— Me solta! Falei alto tentando empurra-lo.

— Calma princesa não vamos machucar você! Um deles respondia passando a mão no meu cabelo.

Dei uma joelhada bem naquele lugar do rapaz que me segurava e o mesmo gritou- CADELA! Tentando correr, mas minutos depois o outro me derrubava no chão ficando em cima de mim.

— NÃO, ME SOLTA! Comecei a gritar e me debater tentando soca-lo, mas ele me segurava me levantando enquanto o que eu havia chutado vinha em minha direção me dando um soco fazendo com que eu caísse novamente no chão.

—Vadia! Ele falava vindo para cima de mim.

—NÃOOO! POR FAVOR ! Gritei desesperada, ouvi cantar de pneus de carro e alguém o tirava de cima de mim.

— Você está bem? O homem perguntava me levantando enquanto o outro rapaz que havia me atacado pegava uma faca, olhei para o lado e vi o outro rapaz levantando olhando assustado para ele – Entra no carro Renesmee! O homem falava os encarando.

— Como sabe...

—Depois respondo o que você quiser, mas entre no carro.

Concordei com a cabeça juntando minha mochila do chão e então entrei no luxuoso carro que estava parado com a porta aberta, de início achei que os bandidos iriam ataca-lo, mas eles correram e então ele entrava no carro.

—Como veio parar aqui? Ele perguntou colocando o cinto de segurança em mim, apenas o olhei sem entender porque ele estava fazendo aquilo, ele era um homem muito bonito, aparentava ter no máximo 20 anos, seus olhos era meio dourados, mas depois pareciam pretos, a luz deveria estar mudando a cor, os cabelos acobreados e a pele era branca como mármore, desviei o olhar assim que ele percebeu que eu o olhava.

— Me perdi! Respondi nervosa, na verdade eu estava com medo.

— Não se preocupe, vou leva-la para casa, sou Edward Cullen, marido da sua irmã! Ele falava como se estivesse lendo minha mente, acho que estava tão claro o que eu queria saber que qualquer pessoa saberia até mesmo ele.

— Bella? Sussurrei.

Edward pegava seu celular e realizava uma ligação, apenas me encolhi no banco olhando pela janela, eu havia me colocado numa situação arriscada, mas estava tão perdida que não sabia o que fazer.

— Você é igual a ela, adora se colocar em perigo! Ele falava novamente como se estivesse dentro da minha cabeça.

Eu estava ficando louca.

— Oi amor ela está comigo, avise Charlie, sim ela está bem só creio que não está em condições de falar, também te amo! Ele encerrava a ligação.

Fiquei em silencio durante toda a viagem, Edward parecia não se incomodar com isso, comecei a chorar em imaginar o que teria acontecido comigo se ele não tivesse me encontrado, ele me olhou com o canto dos olhos voltando a atenção para a estrada.

— Algumas vezes coisas ruins acontecem em nossas vidas para nos colocar na direção das melhores coisas que poderíamos viver! Ele falou dando um sorriso.

Edward era estranho, parecia que ele sabia tudo que estava se passando em minha mente, quando finalmente chegamos em casa Charlie me esperava diante da casa acompanhado de Sue, Seth, Embry, Paul e uma garota.

— Renesmee! Charlie falou me puxando para seus braços assim que sai do carro- Você quer me matar de preocupação?

—Me desculpa! Sussurrei chorando e senti seus lábios tocando minha cabeça.

— Nunca mais faça isso comigo, entendeu? Ele falou me olhando sério, mas pude ver que seus olhos se encheram de lagrimas.

Concordei com a cabeça e então minha atenção se voltou para a garota que sorriu dando um beijo em Edward, meu coração acelerou em meu peito, ele disse que era casado com minha irmã então ela era...

Ao perceber que eu a olhava ela se aproximou dando um leve sorriso, como ela era linda, tinha a pele totalmente branca como uma Deusa mitológica, pela primeira vez em minha vida eu me sentia o patinho feio.

— Oi, então você é Renesmee!

Concordei com a cabeça saindo dos braços de Charlie – Sim! Respondi constrangida.

— Parece que somos irmãs! Ela falou tentando descontrair.

— Tenho certeza disso se parecem até em me dar dor de cabeça! Charlie falava fazendo todos rirem.

Olhei para Seth que estava ao lado de Sue e então caminhei até ele o abraçando –Porque fez isso? Ele sussurrou me apertando em seus braços em seguida olhou para mim – Quem machucou você?

— Tentaram me assaltar!

— Venha querida precisa tomar um banho, comer algo e ai vamos cuidar disso! Sue falava me puxando pela mão, Seth tentou me acompanhar, mas Edward o chamava.

—Seth, precisamos conversar!

Olhei para Seth e ele sorriu- Daqui a pouco eu entro está bem? Ele falava de forma carinhosa tocando meu rosto.

—Está bem! Respondi entrando com Sue, Charlie também ficava com eles me deixando um pouco desconfiada.

Enquanto fui para o banho Sue preparou um lanche para mim, quando sai do banheiro ela me esperava no quarto, assim que terminei de comer ela fez um curativo em meu rosto então Seth aparecia no meu quarto.

— Então aqui é o aposento de uma fugitiva?

Comecei a rir junto com Sue que saiu do quarto nos deixando a sós, Seth se aproximou da cama se sentando e me puxando para seu peito.

— Quase morri de preocupação essa noite, te procurei por todos os cantos de Forks.

— Me desculpa, eu só queria desaparecer depois do que fizeram...

— Eu sei! Ele me interrompia –Mas não se preocupe, não vão mais perseguir você na faculdade.

—Como pode ter certeza disso?

— Porque ele não vai mais fazer, eu prometo!

Sai dos braços de Seth e o olhei – Você disse ele? Então é um garoto, sabe quem é?

Seth respirou fundo – Nessie, deixa para lá!

— Como posso deixar para lá Seth? Essa pessoa rasgou a carta da minha mãe, você sabe o quanto aquela carta significa para mim?

— O que? Ele me olhou surpreso – Eu não sabia disso, Charlie apenas disse que você chegou molhada e chorando.

Levantei da cama pegando a caixinha de música de dentro da minha mochila e retirei a carta emendada mostrando a ele, novamente eu começava a chorar.

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— Nessie, eu sinto muito! Ele falou me puxando novamente para seus braços.

— Me diz quem fez isso por favor?

— Jacob Black!

Olhei para Seth sem compreender, porque o seu amigo estava sendo tão cruel comigo? O que eu havia feito a ele?

— Porque? Perguntei chorando.

— Porque é um idiota, eu vou contar a você, mas por favor não chora.

— Esta bem! Concordei com a cabeça e então ele começava a me explicar, quanto mais eu ouvia o que Seth me dizia mais raiva eu sentia, após ouvir a história deitei com a cabeça no peito e Seth e fechei os olhos, ele tinha razão, eu precisava dormir e acordar bem no dia seguinte, mas meus motivos eram outros, eu tinha que ter forças para quebrar o nariz de Jacob Black.