Na manhã seguinte a floresta parecia um campo de guerra culinário com os jovens guerreiros esparramados no chão.

Azrael coçava a cabeça suando sem graça lamentando a situação.

– E foi isso o que aconteceu Aza-chan. – Yue explica.

– Ai, ai... Eu não posso tirar um cochilo que a casa cai...

– Correção, você foi nocauteado, desmaiar não conta como dormir. – Saitou brinca.

– Aliás, o que foi que me atingiu? Minha cabeça continua doendo até agora. – Azrael massageia a cabeça.

– Sua namorada não gostou do seu comentário para a Hime. – Yue fala brincando.

Uma veia salta da testa de Azrael.

– Ela não é minha namorada Yue e não entendo qual é o problema com aquela implicância toda dela para o meu lado. – Ele tenta se justificar pegando suas coisas.

– Desculpa, mas é que a gente se diverte vendo vocês dois. – Ela responde.

– Que seja... – Ele olha para ela levantando uma sobrancelha. – Mas se fosse esse o caso você e o Saitou são iguais.

Os dois coram e viram o rosto, Saitou tosse disfarçadamente e Yue coça a cabeça sem graça.

– Do... Do que está falando Aza-chan eu e o Saitou–kun somos apenas amigos! – Ela tenta explicar.

– Azrael você não deveria estar acordando os outros? – Saitou lembra.

– Sei, sei, sei... – Ele ri fazendo o que Saitou sugere.

Aos poucos todos começam a acordar se espreguiçando e olham em direção aos outros que primeiro acordavam.

– Ohayo, minna. – Yue cumprimenta.

– Ohayo... – Sony parecia uma atriz famosa com tantas frutas na cabeça.

Bea acorda tonta se apoiando nas árvores e sem querer se apoia em Azrael que a segura.

– Oh... Azrael... Você dormiu bem? – Ela pergunta com um sorriso amarelo.

–... Maravilhosamente bem obrigado. – Ele responde com uma sobrancelha levantada.

Os amigos se levantam e se arrumam para sair.

– Falta pouco para chegarmos até a caverna, mas vamos nos atrasar um pouco, pois precisaremos de novas provisões. – Ele diz olhando para os outros que ficam com o olhar de crianças malcriadas que sabiam ter feito algo errado.

Tirando o inconveniente os amigos voltam a caminhar conversando animadamente durante o caminho, se divertindo bastante e implicando um com os outros, como provisões pegam frutas e alguns animais menores abatidos por Tifa, Yuki e Michiyo que eram excelentes rastreadores e caçadores.

– Aza-chan, ainda falta muito para chegarmos à caverna? – Michiyo pergunta.

– Não, em algumas horas chegaremos à colina onde a caverna se encontra. – Ele responde andando na frente.

Como previsto, algumas horas depois eles chegam à uma grande cachoeira.

– Que cachoeira linda! – Hime exclama. – Vamos fazer uma pausa aqui? – Ela pergunta ao líder.

– Não, nós já chegamos. – Ele responde.

– Já? Mas cadê a caverna? Não estou vendo nenhuma entrada! – Yue olha de um lado para o outro.

– Ela está atrás da cachoeira, basta atravessarmos a queda d’água que encontraremos a entrada.

– Nyahhh! Eu não quero me molhar. – Michiyo resmunga chorosa.

– Mas não temos escolha. – Sony olha para Azrael. – Alguma coisa importante que deveríamos saber antes de entrar?

– Sim, esse lugar está cheio de armadilhas e foi um milagre eu ter saído vivo a maioria eu nem lembro mais onde estão por isso sejam cautelosos quando estivermos lá dentro, não toquem em nada por mais que estejam curiosos e tentem não se afastar muito do grupo. – Essa última parte ele fala olhando para Kimmi, mas ela só faz virar o rosto.

– Sim senhor! – Os jovens batem continência.

Azrael suspira baixando a cabeça com a brincadeira.

– Certo, vamos nessa pessoal. – Azrael é primeiro a pular atravessando a cachoeira.

Todos entram na caverna e ela é úmida e escura, Yuuki conjura uma esfera brilhante para iluminar o lugar, Kimmi mais atrás faz o mesmo, porém com uma chama discreta só para si.

– Esse lugar é imenso! – Hime é a primeira a notar.

– Não só imenso, escorregadio, escuro, úmido e assustador. – Michiyo queria chorar.

Ao dizer escuro Yuuki treme sozinha.

– Yuuki-chan, não me diga que você... – Sony falava.

– Eu morro de medo de escuro por que acha que eu estou fazendo uma magia desse tamanho?! – Ela fala ainda trêmula.

– A escuridão só costuma dar medo quando estamos sozinhos, mas enquanto estivermos juntos não há com o que se preocupar.

– É eu sei tá, mas tem certas coisas que não importa...

Yuuki pisa em alguma coisa e o chão afunda.

– Yuuki cuidado! – Azrael grita, mas o chão onde estavam se abre e todos caem em um buraco escuro.

– Ahhh!!! – Eles gritam caindo sem conseguir ver o fim do abismo.

Michiyo tenta se segurar, mas as paredes eram muito lisas e ela acaba batendo as costas na parede perdendo a consciência.

– Michiyo! – Yuki grita desesperado e com um impulso na parede pula pegando-a no ar.

Os guerreiros caem no chão e Yuki sacrifica o corpo para impedir que Michiyo acabasse morrendo na queda, mas ele mesmo se machuca gravemente.

– Droga. – Azrael cospe sangue. – Pessoal! – Ele chama incansável.

– Eu estou bem... – Sony segura o braço que exibia um corte profundo. – Mas meu braço requer cuidado agora.

Bea tinha caído de mau jeito e quebrado a cabeça, ela gemia exprimindo toda a dor que sentia.

– Bea, Bea! – Azrael se aproxima segurando-a. – Ei Bea aguente firme!

– Minha cabeça... Que dor... – Ela sussurra com o corpo mole.

Yue tinha torcido o tornozelo e Saitou a carregava.

– Alguém olha a Michiyo e o Yuki eles não estão nada bem! – Saitou alerta ao ver os dois companheiros inconscientes.

– Oh Não! – Tifa se aproxima dos dois, ela verifica rapidamente a condição do casal. – Eles sofreram uma forte concussão, mas o Yuki–kun bateu a cabeça com muita força, eu vou cuidar dele agora mesmo. – Alerta abrindo sua sacola e tirando um vidrinho com um líquido verde.

– Eu vou ver os outros então! – Yuuki fala indo até Bea. – Maldição eu me odeio por ter ficado com medo e não usar nenhuma magia do ar para aparar nossa queda. – Ela morde os lábios.

– Não foi culpa sua, eu disse que esse lugar estava cheio de armadilhas, eu deveria ter mais cuidado enquanto os guiava. – Azrael lamenta. – Mas não adianta pensarmos nisso agora, sabíamos que seria uma jornada perigosa, vamos cuidar de nossos amigos, eles são os mais importantes no momento.

– Certo! – Yuuki concorda.

– Você está bem Kimmi? – Sony pergunta com uma tipoia no braço.

Ela não parecia com mais que algumas escoriações no corpo.

– Como se eu fosse idiota para me machucar em uma armadilha óbvia dessas. – Ela responde com arrogância.

Sony fica irritado.

– Bom para você então. – Ele a ignora e volta para ajudar os outros.

Os guardiões acabam tendo que ficar durante um tempo naquele lugar para se recuperar dos ferimentos, com a ajuda de Tifa e Yuuki os ferimentos são curados e algum tempo depois Michiyo abre os olhos.

– Bem vinda de volta Michiyo–chan! – Hime a abraça.

– O... O que houve gente? – Ela ainda parecia confusa.

– Nós caímos em uma armadilha, você ficou inconsciente, mas o Yuki-kun salvou você. – Tifa diz.

– Yuki-kun? – Ela olha para ele que parecia aliviado em vê-la bem, ela sorri com ternura para ele. – Obrigada Yuki-kun.

Ele apenas assente sorrindo.

– E agora, por onde devemos ir Azrael-kun? – Yue pergunta.

– Vamos continuar seguindo em frente por essa passagem subterrânea, ela nos levará para uma área mais ampla da caverna, lá poderemos encontrar nosso caminho outra vez. – Ele aponta para uma área escura.

– Outro lugar escuro... – Yuuki não gosta nem um pouco.

Mas eles não tinham escolha e por isso precisam seguir em frente, eles caminham com mais cautela e consegue evitar muitas armadilhas, Sony vai fazendo um mapa e marcando as áreas perigosas por onde passam guiando-se sempre com uma bússola para marcar o local onde andavam, finalmente chegam a área ampla que Azrael havia comentado.

– Ah que bom respirar um ar menos úmido. – Hime agradece falando sozinha.

– Esse lugar é diferente, ele é mais iluminado que as demais áreas da caverna não é? – Yue comenta.

– Sim, por que estamos chegando perto do fragmento, este brilho que começa a ser emitido dentro da caverna é dele. – Azrael explica.

– Sério? Então quando chegarmos perto ficaremos cegos! – Bea exclama.

– Isso você só vai descobrir quando chegarmos lá. – Azrael volta a andar.

Seus amigos o seguem e começam a enxergar uma pequena esfera de luz brilhando no final da caverna.

– Ei, por acaso aquilo é?! – Yue aponta.

Azrael assente.

– O fragmento do artefato.

– Yay! Nós conseguimos! – Eles vibram em conjunto.

Eles se aproximam do pequeno objeto brilhante e ele era muito lindo, parecia uma pequena peça de quebra-cabeça esculpida em um bloco dourado.

Azrael toca no ombro de Yue.

– Agora é com você minha amiga, pegue o fragmento e vamos embora.

– Azrael, o que acontece se alguém que não for a Yue pegar o fragmento? – Sony pergunta.

– Eu não sei, quando vi o fragmento pela primeira vez e me aproximei eu tive a sensação que era errado pegá-lo, como se eu estivesse roubando algo que não me pertencia, por isso não o toquei, mas tive a sensação que Yue realmente pode pegá-lo assim que chegamos aqui. – Ele explica.

– É? Então se eu tocar o que pode acontecer? – Michiyo já estava com a mão praticamente no fragmento.

Azrael que explicava para o grupo não nota quando a moça já estava perto demais do artefato, ao ouvir a voz da lupina ele fica perplexo.

– MICHIYO NÃO! – Ele grita tarde demais.

Mas a curiosidade extrema da lupina fala mais alto e ela coloca a mão no fragmento e o puxa para si, assim que o faz a luz que o cercava apaga como ele tivesse deixado de ter vida.

– Ué?! Não aconteceu nada Azrael-kun, você se preocupou a toa. – Michiyo ri.

– Sua tonta e o que você faria se acontecesse!? – Bea grita.

– Nada. – A lupina começa a rir sem graça.

Mas seu sorriso apaga quando o lugar onde estavam faz um barulho perturbador.

– O... O que foi isso!? – Saitou olhava em alerta para todos os lados.

As orelhas de Yue e Yuki estavam em alerta.

Sony parecia assustado, suas orelhas se mexem rapidamente e seus instintos o fazem olhar para cima, ele olha surpreso e grita a todo pulmão:

– EM CIMA DE NÓS!

Seus companheiros olham para cima onde ele apontava e só conseguem ver um enorme teto de pedra cair sobre eles que no instinto e sem chances de fugir erguem os braços fazendo toda a força que podiam para evitar serem esmagados.

– Gah! Nós vamos morrer esmagados! – Tifa grita em desespero.

– Maldição! – Saitou suava fazendo uma força descomunal

– Me perdoem, me perdoem! – Michiyo chorava.

– Sua cadela miserável, não ouviu quando disseram para não tocar em nada!? - Kimmi braveja com os olhos vermelhos.

– Ah! Brigar entre nós agora não nos salvará! – Os braços de Yue tremiam.

Azrael! Essa armadilha deve ter alguma alavanca por perto, se nós a encontrarmos poderemos travar a armadilha! – Sony grita para o líder deles.

– TSC! – Azrael também acreditava nisso e tentava procurar ou pelo menos deduzir onde poderia estar tal trava, longe de onde estavam ele enxerga uma pedra esculpida diferente na parede ao fundo da lateral da caverna. – Achei!

Seus amigos olham para a mesma direção que ele.

– Droga, mas como nós vamos chegar lá? Se alguém sair daqui ou sequer tirar as mãos para conjurar alguma coisa o peso vai cair de uma vez em cima de nós! – Bea já estava usando a cabeça para fazer força para cima.

Bea, você não consegue fazer algum pilar de gelo com seu sopro gélido? – Yuuki pergunta.

– Não dá! Se eu fizer isso vou gastar muito fôlego e vou ficar sem forçar para segurar a pedra! – Ela responde parecendo já ter pensado nisso.

– Droga! Tem que haver algum jeito! – A cabeça de Sony fervia tentando encontrar alguma solução.

Kimmi! - Azrael chama a vampira. – Eu vou usar minha habilidade especial para compensar a sua força, enquanto aguento o peso da armadilha você corre até a alavanca e puxa ela para travar a armadilha!

– Eh?! – O grupo exclama em uníssono.

Kimmi olha surpresa para ele.

– Você perdeu a cabeça Azrael?! Ela não é confiável, com tanta gente aqui você foi escolher justo ela!? – Bea braveja.

Azrael a ignorava.

– Kimmi, eu acredito em você.

– Tem certeza que vai querer confiar em mim? Eu posso simplesmente deixa-los morrer e ir embora sabia? – Ela sorri cinicamente.

Azrael sorri.

– É você pode... – Azrael fecha os olhos e começa a emanar poder mágico, seus braços ficam mais musculosos e uma armadura recobre seus braços dos ombros às mãos. – Agora Kimmi!

Assim que dá o sinal a vampira faz careta, mas corre rasteira até a alavanca, Azrael cai de joelhos e seus olhos começam a sangrar, sua armadura racha.

Kimmi chega até a alavanca e não puxa, ela sorri cinicamente e se vira para o grupo cruzando os braços.

– Estava pensando que na verdade eu não preciso fazer isso, se eu deixá-los morrer aqui posso simplesmente voltar para casa e dizer ao Shibuya-sensei que vocês foram atacados e morreram.

– Sua vadia, puxa logo a droga dessa alavanca! – Bea grita cheia de furor.

– Por quê? – Ela retruca.

– Sua miserável o Azrael confiou em você e é assim que você retribui o gesto dele!? – Yue já começa a se apoiar com os joelhos.

– Ele confiou em mim por que ele quis, eu avisei que não precisava da simpatia de vocês e muito menos da amizade ou uma coisa medíocre como confiança.

– Sua desgraçada se eu sair vivo daqui juro que vou te matar Kimmi! – Fagulhas elétricas começam a sair do corpo de Sony.

Kimmi ri.

A armadura de Azrael quebra ainda mais e ele apoia a grande parede com as costas fazendo força para ficam em pé outra vez.

– Shibuya-san confiou em você para estar aqui por um motivo e eu também acredito no julgamento dele. – O rapaz suava bastante tentando ficar em pé.

– Azrael seu grande tolo, você nunca deveria tentar ser bom comigo, sua simpatia não funciona com todo mundo, por que diz que confia em mim com tanta certeza nesse maldito olhar!? – Ela braveja com a voz cheia de revolta.

– Por que eu sou seu amigo. – Ele responde simplesmente.

Kimmi olha surpresa e fica calada, seu corpo treme e ela olha com furor para ele outra vez.

– Eu não preciso de nenhum de vocês, nunca precisei, eu odeio o Shibuya por ter me ordenado vir com vocês, eu odeio você ter confiado em mim para fazer isso.

– Você poderia ter desistido desta missão a hora que quisesse e ainda pode, mas se você não fugiu até agora é por que não quer ficar sozinha, mas você não está mais Kimmi, mesmo que você feche seu coração e não queira acreditar no que eu digo no fundo você sabe que é verdade.

Ela sorri cinicamente.

– E quem te iludiu para fazê-lo acreditar que eu não quero ficar sozinha?

– Você não foi embora até agora não é? – Ele responde com uma pergunta.

A expressão de Kimmi treme enquanto veias ficam à mostra.

– Você é definitivamente a pessoa mais irritante que eu já conheci.

Ela puxa a alavanca e a parede pára de ceder voltando para cima, eles ouvem um clique e a trava fecha a armadilha outra vez.

Os guerreiros respiram aliviados e Azrael cai de joelhos no chão sangrando.

– Aza-chan! – Tifa vai até ele.

– Azrael! – Seus amigos se aproximam.

– Aquela foi a coisa mais idiota que você fez até agora, seu líder idiota! – Bea briga, mas repentinamente o abraça.

Seus amigos sorriem menos Sony que pega Kimmi pelo colarinho levantando-a no ar e encarando-a com um olhar matador.

– Ei sua palhaça, está achando que todo mundo aqui é bonzinho que nem o Azrael é?

– Não, mas o que pretende fazer agora que percebeu como eu sou? – Ela sorria em deboche.

– Sua...! – Sony concentra uma esfera elétrica na mão.

– Chega.

A voz de Azrael não é alta nem intimidadora, mas o suficiente para fazer Sony deixar Kimmi outra vez no chão.

– Mas Azrael, essa maldita queria matar a gente?! – Ele braveja.

– Mas não matou não é mesmo? Acho que poderíamos agradecê-la por isso. – Ele responde sorrindo para Kimmi.

Ela ignora e dá as costas ao grupo.

– Tsc! – Sony volta resmungando para perto dos outros.

– Entãããããão! – Hime fala arrastado olhando para Michiyo. – Agora eu tenho certeza que alguém sabe por que não deve tocar nos fragmentos não é mesmo querida Michiyo?!

Ela baixa a cabeça e suas orelhas.

– Me perdoem pessoal!

Yue. – Saitou a chama. – Acho que é a sua vez de tocar no fragmento.

– Ha... Hai! – Ela parecia meio tensa.

– Vá em frente Yue. – Azrael a encoraja.

A jovem Okami se aproxima do artefato jogado no chão e o pega, assim que o toca ele volta a acender com antes, porém ele emite um brilho pulsante maior que cobre o grupo pego de surpresa pela luz, Azrael sente algo estranho e leva as mãos à cabeça um feixe de luz entra no coração de Yue e uma esfera dourada na cabeça de Azrael.

Yue olha para as mãos e para o grupo.

– Yue? O que aconteceu? – Bea pergunta.

– Eu estou me perguntando o mesmo, ela começa a inspecionar as roupas e o corpo.

– Yue no seu peito! – Hime aponta.

Todos olham e percebem um pequeno pingente pendurado em seu pescoço.

– Oah! É o fragmento! – Ela exclama surpresa.

– Ele virou um pingente no peito na Yue! – Tifa fala.

– Pingente tarado! – Kaito comenta e leva um cascudo de Hime.

– Parece que terminamos o que viemos fazer aqui, agora como fazemos para sair? – Bea pergunta.

– Eu fiz um mapa do caminho que pegamos. – Sony mostra aos companheiros.

– Boa Sony, assim a gente não precisa se preocupar em ficar perdidos né Azrael–kun?! – Yue olha para ele, mas... – Azrael-kun?! – Ela exclama.

Seus amigos viram para trás e enxergam o rapaz com as mãos na cabeça encostando-a no chão, ele tremia e tinha um olhar desesperador.

Os amigos, preocupados, correm para ver o que estava acontecendo.

– Aza-kun! Você esta bem? – Yue pergunta preocupada colocando a mão sobre as costas dele.

– Azrael! Hey! O que está acontecendo? – Bea vai até o garoto, preocupada também – Responde!

– Aza-chan! – Agora era Tifa, que logo começa a concentrar uma grande quantidade de energia sobre sua mão para curar a dor de Azrael, mas quando relou no garoto a magia é cancelada. – Mas o que...

– Droga! Precisamos fazer algo! – Kaito diz preocupado com o amigo.

De longe Kimmi apenas assistia a cena sem entender, ela descruza os braços se aproximando.

(- O que foi que deu nele...?). – Pensa parecendo se preocupar sem perceber.

Yuuki faz alguma coisa! – Hime sacode a fada.

– Hai! – Ela conjura uma magia de cura e quando encosta nele a mesma coisa acontece. – Mas por que minha magia está sendo anulada?

– Azrael!? Azrael! – Bea o chamava.

O rapaz pára de tremer e se levanta em silêncio.

– Azrael? – Yue o chama.

– Eu estou bem... Aliás... Eu estou ótimo e tenho uma novidade para vocês. – Ele se vira para o grupo com olhar sério. – Eu sei onde está o segundo fragmento.

– Sério?! – Hime e Yue exclamam.

– Sim... Aquela luz que entrou na minha cabeça me mostrou onde o segundo fragmento está como se fosse um mapa na minha cabeça... Eu não sei o que está acontecendo, mas eu tenho certeza do que eu vi. – Ele explica mais ainda um pouco confuso com o que tinha acontecido consigo.

– Então o que estamos esperando? Vamos encontra-lo! – Yue anima o grupo.

– Sim! Eles respondem em um urro.

Azrael olhava sério para frente que agora tinha Sony guiando o grupo com um mapa, Bea percebe que ele estava estranhamente calado.

– Azrael... Você está se sentindo bem?

– Eh? – Ele fica um pouco surpreso parecendo estar com os pensamentos distantes. – Oh, sim, claro não se preocupe. – Mostra um sorriso amarelo.

– Tem certeza Aza–kun? – Michiyo pergunta, querendo ter a certeza do bem estar de seu amigo.

Ele apenas assente.

– Vamos em frente galera! Ainda temos muitos fragmentos a cole... – Azrael não consegue terminar a frase.

A caverna inteira começa a tremer e as rochas a cair,

– Minna! Vamos correr rápido! – Saitou grita.

Todos começam a correr, desviando-se e atacando as rochas no caminho que iriam atingi-los até saírem da caverna pulando pela cachoeira e caindo no rio muito ofegantes devido à corrida.

– Ufa... Conseguimos... – Sony, que foi um dos primeiros a recuperar o folego diz.

– Verdade... – Yuki Atsuya concorda também já recuperado.

– Acho que nunca corri tanto em toda a minha vida. – Yue comenta ainda não recuperada totalmente da corrida.

– Eu também Yue-chan. – Michiyo.

– Oh... Pessoal... Quem é que queria entrar o rio mesmo? – Hime lembra.

Eles riem e do nada começam a jogar agua um nos outros, porém Kimmi sai o mais rápido possível do rio.

– Crianças... – Resmunga começando a se secar.

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– Você estava certa, Strauss. – O encapuzado com voz de serpente comenta.

– E eu já errei alguma vez meu querido? – Lillyth diz em tom debochado.

– É só esperarmos mais alguns meses no máximo ou até menos para eles conseguirem encontrar o Artefato. Depois é só pegar a chave e nosso mestre estará livre. – Uma das encapuzadas diz, dando um sorriso macabro.

– Sim... Logo, logo nosso senhor vagará mais uma vez sobre a terra. – O lupino comenta.

Longe de qualquer suspeita Yue e seus amigos brincavam no rio sem ter idéia que olhos sinistros os observavam...

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Continua...

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