Couples Day's

A irrefutável busca do Deus lôbrego


We laugh until we think we'll die
Barefoot on a summer night
Nothin' new is sweeter than with you



— A grande vencedora do concurso de cosplay da Ccxp é… - O locutor faz uma pausa dramática, todos os cosplayers ansiosos aguardando enquanto o rapaz franzino com seu crachá de Staff faz graça. — Deu empate com as duas cosplayers de Roxas.

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Sasha e Emiko se encaram por alguns segundos, um sorriso no rosto de cada uma. Mesmo com o passar dos anos, as duas ainda possuíam talento o suficiente para que não chegassem em uma escolha precisa.

Sasha agradeceu ao lado da amiga, pegando o kit com quadrinhos, mangás, pôsteres, broches e Emiko quase deu um grito quando descobriu que o criador do personagem e o dublador autografaram seus pôsteres de Roxas.

Era o personagem favorito da garota, Sasha havia descoberto isso enquanto as duas estavam sentadas em seu quarto. De milhões de personas, o que Emiko se sentia mais confortável era daquele em específico. Então às duas apostaram em quem venceria o concurso da comic-con, Emiko estava confiante, rindo de cada prova de maquiagem da amiga.

E lá estavam elas dançando no quarto de Sasha após terem ganhado, a alegria e a adrenalina da competição eram irrefutável, não existia ninguém naquele momento que pudesse se sentir mais bem-aventuradas do que elas. Emiko pulou sobre a cama atingindo Sasha com o travesseiro de maneira infantil, algumas penas voando para todo o lado e a peruca de Sasha até então fixa ficando torta para o lado esquerdo.

— Por isso acho que você comprou o prêmio pra dar empate. - Ela debocha com um sorriso de orelha a orelha. — Olha sua peruca caindo, eu não me prestaria a esse papel.

— Não prestaria é? Sua boboca cabeça de mirtilo. - Gritou no meio de uma risada a atingindo com o travesseiro também., sua almofada estourando e centenas de penas flutuavam sobre elas até atingir o chão.

Sasha lançou-se sobre a outra cosplayer que ainda ria, ambas caindo sobre o colchão macio, envolveu o corpo da garota com cócegas, de maneira infantil. Desde que conhecera a mulher ruiva, que descobriu a sua história, se sentiu tão atraída por ela assim como se sentiu por Aiko.

— Eu vou ir fazer chocolate quente, você quer? - Perguntou parando de fazê-la rir, a peruca de Emiko caindo sobre a cama e Sasha fingiu não notar.

— Eu preciso voltar para casa, Hiro está lá com as crianças. - Ela responde se apoiando sobre os cotovelos.

— Tem marshmallows e biscoitinhos, tem certeza que quer ir pra casa agora? - Sasha instigou a encarando enquanto mordia o lábio, observando a amiga obviamente pensando no que fazer.

— Eu acho que quero uma xícara sim, com muitos pedaços e depois eu vou pra casa. - Emiko diz com um sorriso fofo, seus olhos brilhando em expectativa.

— Pode deixar, eu já volto. Seu cabelo tá caindo também, boboca. - Debochou jogando a própria peruca na cama e saiu do quarto. Deixando uma Emiko corada e sem graça em cima de sua cama.

I'll follow you into the park
Through the jungle through the dark
Girl I never loved one like you



A necessidade da luz de Ísis havia o guiado para um lugar diferente, agora, era uma casa enfeitada demais com detalhes exagerados e com crianças explodindo por todos os lados. Existiam vários focos de luz ali, ele precisava sugar todos, unir todos eles e depois recompor o que havia perdido.

Existiam diversos pontos espalhados, Isis era esperta, ela não colocou tudo em um lugar só, contudo ele precisava recuperar a maior parte, a vida dela dependia disso, e aquela era uma promessa que ele não deixaria de cumprir mesmo sem saber o motivo pelo qual ela tinha feito tudo aquilo.

Kaius nunca desconfiaria dela, nunca dela, não da sua Isis.

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O acordo entre os dois era simples, ela queria ser humana e ele não. Não desistiria da sua divindade, de tudo que fazia ele ser um Deus, de tudo que fazia ele ser ele mesmo. Não pra ser como aqueles humanos descartáveis e voláteis, que eram movidos por emoções fúteis. Ele sabia muito bem disso, afinal Kaius era a primeira sombra a surgir no universo, o pai de todas as abominações, de tudo o que era obscuro e ruim. Ele sabia identificar uma raça podre porque ele era podre, mas ela viu algo bom ali, algo bom o suficiente para querer ser um deles.

Ela ia desistir de tudo para ter filhos, envelhecer e depois morreria partindo para sempre. Os humanos acreditam em céu e inferno, não tem porra nenhuma lá.

Depois que uma deusa morre, ela some para sempre, ela o deixaria sozinho em sua escuridão para toda a eternidade. Só podia ser um teste bobo de Ísis, um teste para lhe mostrar algo que ele ainda não entendia, mas queria com sofreguidão.


Na forma de um corvo, pousou em uma janela, haviam duas garotas sorrindo, estavam felizes, felizes demais. Kaius odiava todo aquele sentimento dava desgosto, raiva, tristeza e saudade. Todo esse misto de emoções faziam com que ele quisesse arrancar seus corações ao mesmo tempo, até que eles parassem de pulsar com a luz de sua amada. Elas não mereciam aquilo, não mereciam a vida dela, da mesma forma que seu coração lôbrego não merecia, mas queria e ansiava por sentir seu calor novamente.

Por alguns minutos, perdeu-se espiando as garotas mais atentamente estavam prazerosamente exultantes em sua felicidade, como ele costumava ser com sua esposa, talvez só talvez, ali não fosse o lugar mais importante. Apesar de serem similares a Isis, não passavam nem perto de seu esplendor os focos de luz ali eram baixos, quase inexistentes. Por alguns segundos, Kaius sentiu piedade daquelas mulheres que mal sabiam que estavam a um fio de morrer pelas suas mãos.

Antes que pudesse se arrepender de sua decisão de deixá-las vivas em sua insignificância, decidiu voar para longe, ainda tinha trabalho para fazer.


home, let me go home