Cotidiano

Em prol dos direitos para nadar nu


Depois de se refrescar no lago onde os dois costumavam treinar juntos, Kiba largou-se ao lado do namorado que lia um livro tranquilamente abaixo da árvore. Akamaru, que havia se recuperado do surto de alguns dias atrás, permanecia sob a supervisão de Hana, apenas para mais alguns testes que o liberariam para a próxima missão.

− Sinto tanta falta de nadar sem roupa aqui. – Kiba fez um muxoxo, chateado.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

− Sabe que a culpa é sua por não poder mais fazer isso, não é? – Shino pontuou. – Desde que aquelas mulheres te viram balançando suas partes íntimas como se fossem uma pistola d’água.

− Isso tudo é uma bobagem, Shino! Eu não era o único a nadar sem roupas aqui! – exclamou, indignado. – Kakashi-sensei também nadava!

Shino não queria imaginar a cena de Kakashi nadando nu no lago. Mas ainda se lembrava daquele dia, quando pegara Kiba nadando nu... e, uau, nunca havia se sentido tão excitado em toda sua vida.

Era impressão sua, ou estava mais calor ali?

Kiba continuou falando a respeito daquilo. De como achava absurdo que não pudesse mais nada sem roupas, em como Hinata nunca havia se importado, então por que aquelas mulheres fizeram pouco caso? Até parece que nunca tinham visto algo assim! Bem, Kiba prosseguia, talvez não um tão grande quanto o seu! É, deveria ser isso. Provavelmente – não, certamente! – era isso. Não tinha outra conclusão, afinal, era natural, não é? As pessoas deviam poder serem naturais! Porque, bem, se Akamaru podia nadar nu em pelos, ele também deveria poder! Será que as pessoas não tinham noção de como aquilo era libertador?! Bem, se não tinham deveriam ter. E Kiba achava que Shino deveria experimentar também! Estava um calor dos infernos e ele continuava ali, com aquele casaco de gola alta, como se estivessem em uma missão nas fronteiras do País da Água! Sim, definitivamente, Shino deveria se refrescar também. E Kiba poderia contar nos dedos as vezes em que o namorado já havia entrado consigo no lago banhado pela cachoeira! Nossa! Shino precisava disso sim, e...

− Shino? Oe! Eu to falando com você, maldito! Tá me ouvindo?! – Kiba parou diante do namorado, encarando-o. O assunto do livro havia ficado para trás. Tudo o que Shino conseguia imaginar, era a pele morena de Kiba, e ele fazendo brincadeirinhas aquele dia na cachoeira.

− Shiu, calado. – Shino o segurou pela nuca, puxando-o para encaixar-se entre suas pernas. Kiba soltou uma exclamação de surpresa, até sentir que algo em Shino parecia bastante animadinho. Deu um sorriso safado.

Vem calar.— sussurrou em seu ouvido, provocante, mordiscando o lóbulo de sua orelha. Ultimamente, as coisas entre eles vinham avançando, e dessa vez Kiba não se sentia mais nervoso. Parecia simplesmente natural, como Shino disse que seria. Aquela pressão ia se amainando aos poucos, deixando espaço apenas para o desejo adolescente.

Shino não pensou duas vezes antes de calar Kiba com um beijo de tirar o fôlego enquanto imaginava... bem, outras coisas que não poderia expressar em palavras.