Corações ao Mar
Capítulo 27
Quando bateram à porta da cabine, Phillippe estava escondido atrás de seus jornais e documentos, com um charuto teatral entre os dedos.
– Entre.
Um petiz de Lorde Gunther estava à soleira, hesitante.
– Pois não – Phillippe pôs o jornal de lado, apoiando os braços na mesa do capitão. – Tem um recado para mim?
– Tenho uma pessoa, senhor – o garoto baixou os olhos quando uma mão o puxou pelo ombro.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Certamente, você pode me dar alguns minutos a sós com Lorde Harrison – matreiro como sempre, Nathaniel escorregou uma moeda para a mão do menino e o despachou apressado.
Phillippe levantou-se num impulso, mas não teve forças para permanecer de pé. Desabou em sua cadeira com os membros bambos e o rosto travado numa expressão de pura perplexidade.
Nathaniel tinha os cabelos presos numa bola de fogo, uma espada curva no cinto e uma cicatriz que lhe atravessa o rosto desde a sobrancelha direta até sua bochecha esquerda. Seus olhos eram um mar de cansaço e ansiedade. Trazia um cordão de ouro com um pingente em formato de flecha no pescoço. Tinha qualquer coisa de senhorial e triste.
O peito de Phillippe apertou-se dolorosamente e uma lágrima, tão agridoce quanto seu pirata, escorreu.
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