— Taichi... Quer mesmo falar disso?

— Quero – coço a cabeça nervosa.

— Eu nunca o esqueci, mas... Não sei o que sinto por ele também – ele dá uma risadinha. – O que foi?

— Se nunca esqueceu é porque gosta né Sora...

— A gente tem que falar disso mesmo? – que situação...

— Se não quer tudo bem. Eu não ligo Sora... Depois daquilo que você me disse ontem, eu só quero te ver feliz, não importa se não ficar comigo.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Hum... Acho que alguém amadureceu – rimos.

— Não, ainda sou o mesmo de antes. Você sujou a camisa? Aqui... – coloca o dedo na minha blusa, olho pra ela e ele passa o dedo na minha cara, argh! Odeio quando ele faz isso e o pior de tudo é que eu sempre caio nisso!

— Ah! Porcaria – ele ri de mim. Me rendi e ri também.

— A gente pode ser amigo como antes?

— Você não vai me agarrar em momento algum? – ele dá uma gargalhada.

— Te agarrei nesse tempo que estamos aqui? – fico pensativa.

— Não... – ele sorri. – Acho que pode ser melhor sermos amigos – digo sorrindo.

— Posso te dar um abraço então?

—... Pode... – ele levanta e me puxa pela mão pra levantar também, depois coloca as mãos na minha cintura e me puxa pra abraçá-lo.

— Eu espero que você fique bem... – diz fazendo carinho no meu cabelo agora. Ainda estávamos abraçados.

— Digo o mesmo pra você – ele se afasta de mim e fica me olhando. – Que foi? – ele morde o lábio inferior.

— Posso te dar um último beijo?

— Taichi...

— Um selinho então? – tive que rir.

— Somos amigos agora! Amigos não fazem isso!

— Ok, ok...

— Vou embora. Preciso descansar e ir pra faculdade daqui a pouco.

— Tudo bem – me aproximo e o abraço de novo, ele me abraça forte.

— Até – ele sorri. Ai, ai, me aproximo e dou o último beijo que ele pediu, mas só porque ele foi legal.

— Obrigado – diz sorrindo quando me afasto, dou uma risada e vou embora.

Descanso e depois vou pra faculdade. Volto e vou logo deitar na cama e começo a refletir, será que eu gosto do Yamato? Mas como vou saber? E pra que pensar nisso? Ele não vai falar comigo.

Fico uma boa parte de noite pensando nisso e logo adormeço.

No dia seguinte levanto sem ânimo de novo e vou trabalhar.
Estava com a mão apoiada no rosto viajando olhando o computador sem mesmo prestar qualquer atenção nele.

— Sora... – olho pra cima e fico surpresa.

— Takeru? O que você está fazendo aqui? – pergunto desconfiada.

— Hikari me contou que... Você terminou com o Taichi – fofoqueirinha de uma figa!

— Er... É...

— Vim aqui porque desde que você decidiu pelo Taichi... – desvio o olhar dele. – Que o Yamato não é mais o mesmo.

— Como assim?

— Ele ficou mais frio que quando nossos pais se divorciaram.

— Me desculpa Takeru.

— Para de me pedir desculpa Sora! – diz irritado. O olho assustada agora. – Vai lá e pede a ele! - ficamos nos encarando em silêncio. Droga.

— Mas... De que vai adiantar isso? Já pedi desculpa várias vezes e ele não merece lembrar de tudo que eu fiz.

— Sora... Ele te ama muito! – pisquei o olhando assustada. – Tenho certeza que você vai o surpreender – e agora o que faço?

— Quando ele vai?

— Hoje...

— Pra onde?

— França. No voo das 18horas. Se quiser, passa lá... – diz sorrindo e vai embora. O que eu faço? Nem consegui trabalhar depois disso. Fui pra casa delirando. Não posso ir lá. Ele não vai me querer de volta. Não tenho o direito de falar com ele.

Fiquei o dia comendo doce de novo. Ah! Meu corpo vai virar açúcar! Olhei o relógio, 17h20min. Pisquei e comecei a ficar apavorada. E agora? 17h35min.

Saí correndo de casa e peguei um taxi, o aeroporto era um pouco longe. Quando estava quase chegando, um transito infernal atrapalha meus planos. Droga! Percebi que não ia andar, olhei o relógio 17h50min! Peguei o dinheiro na minha bolsa joguei no carro e sai correndo desesperada pela rua. Cheguei no aeroporto toda suada e respirando ofegante. Estava procurando na tabela o voo pra França.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Sora? – me viro pra trás assustada. Graças a Deus! Ainda não foi! Não pude conter o sorriso. Ele me olhou confuso. Corro e o abraço.

— Me desculpa por tudo que te fiz Yama... – peço desesperada, ele fica quieto e não me abraça de volta. Me afasto depois que percebi que o abracei do nada e olho seu rosto, ele estava sério.

— O que você está fazendo aqui? – pergunta seco. Nesse momento desejei não ter o encontrado.

— Queria que você me desculpasse.

— Você já não pediu desculpas mil vezes? – nossa ele estava me assustando! Takeru tinha razão, quanta frieza...

— Pedi... Você me desculpou? – o olho nos olhos.

— De que adiantaria eu fazer isso?

— Naqueles tempos nada, mas agora...

— Agora o que? – ele estava tão frio que eu pensei em ir embora e deixar ele conversar com a frieza dele.

— Agora... Eu percebi a burrice que fiz... – digo olhando pro chão. Não queria o olhar nessa hora, porque sabia que o olhar dele seria frio. – Nunca poderia ter feito o que fiz com você. Eu sei que você tem todo o direito de me odiar e eu nenhum direito de estar aqui – silêncio. Olho o relógio, 18h10min. – Você perdeu seu voo? – o olho assustada agora.

— Não – diz seco, respiro fundo.

— Não era às 18 horas?

— Quem te disse isso?

— Seu irmão – ele suspira.

— Ele te enganou – fico chocada. – Só vou no das 19 horas.

— Não acredito nisso – digo baixo.

— Só isso que você queria me dizer? – ele está me irritando!

— Era! Boa viajem! – digo irritada. Ele vira pra ir embora. – Seu idiota! – Yamato vira pra mim de novo, droga! Não era pra ter ouvido!

— O que?

— Idiota! – digo o olhando nos olhos agora.

— Você está maluca? – ai meu Deus! Ainda bem que estamos em um lugar público. Se não acho que ele me matava! Que frio na barriga horroroso! Quero morrer! Nunca senti isso na vida!

— Você é um idiota Yamato – ele se aproxima me fazendo ficar sem ar. E sentir um frio maior ainda na barriga. Para na minha frente bem perto me olhando nos olhos.

— Você que faz um monte de besteira, me troca pelo meu melhor amigo e eu que sou idiota? – uau consegui sentir a raiva na voz dele e fiquei assustada.

— Não foi por isso que disse isso – digo olhando o chão. Na hora que ele ia me responder, foi cortado pelo anuncio do voo dele. Meu corpo gelou e eu o olhei com pavor. E ele... Me olhava frio.

— Eu tenho que ir, com licença – vira e vai andando rápido.