Capítulo 6 Garotos são todos iguais.

POV EMILY

Acordei com o maldito despertador, bati nele para ele parar e me levantei, com a maior preguiça possível e com um único pensamento:

“Primeiro dia de castigo, ação”.

Bem, eu nunca fico realmente de castigo. Para os meus pais claro que sim, afinal enganar eles não é tão difícil. Bem, certo que na noite passado fomos pegos, mas bem, foi culpa de Henry, ele não sabe ser discreto.

Mas eu, há! Sou craque nisso. Duas vezes eu fugindo? Não, várias, diversas. Quase todas as noites.

E se Henry tentar me entregar, eu o entrego.

Eu não aprendi ser travesso sozinha, Henry teve grande influencia, eu me lembro de que quando eu era pequena eu o ouvia fugindo com Steven e Jake, papai e mamãe nem desconfiam, bem, eles vão adorar saber.

Em fim, tenho minhas armas.

Levantei feito zumbi e me dirigi ao banheiro para um banho demorado, logo mamãe aparecia para me acordar, mas eu não sou Henry eu ouço o despertador.

Não precisei lavar o cabelo, já que na noite passada já havia o feito. Eu apenas passei uma boa água quente em meu corpo a deixando escorrer e parecendo que ela varria todas as irritações.

Sai direto para meu armário escolhendo uma roupa para ir a escola.

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Depois de me vestir a minha mãe apareceu no quarto.

–Bom dia, anjinha – ela disse.

–Bom Dia mamãe – falei sorrindo.

–Achei que estaria zangada.

–Não mamãe, você está certa, foi errado mesmo. E o Henry é um cabeça dura. Nunca mais fujo pra festas com ele.

Viu? Com ele.

Ela riu.

–Deixe-me te ajudar com o colar.

–Ok.

Ela ajustou o colar em mim.

–Mama! Manha! – Taylor entrou no quarto com seu bichinho de pelúcia da vez [http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=54126475 ]

–Hey, Tay! – Falei - O que você faz acordada?

Mamãe a pegou no colo e deu um beijo exagerado na bochecha dela.

–Ela acordou mais cedo, pra da tchau pros maninhos, né Tay?

–Sim! Vamo lá come, mama!

–Vamos sim, onde está seu pai?

–Papai dolmindo mama! Papai pleguiçoso!

–é mesmo – Falei e baguncei os cabelos dela.

–Ai manha! Meu belo!

–Ai sua vaidosa! – Falei

–Ok, vamos tomar café – Falou mamãe.

–E Henry?

–Já deve ter descido.

–Ah não mãe ele vai pegar as panquecas.

Sai correndo e desci pelo corrimão.

–Emily! Vai dar ideia a sua irmã! - Falou mamãe.

–Tay também qué mama! Pode? Pode?

–Não, Tay!

Mamãe se juntou a mesma com nós e Tay também.

Comemos em silencio até mamãe quebrar o silêncio:

–Henry?

–Hm?

–Duas semanas.

–O que?

–Duas semanas de castigo.

–Mais duas? Por que?

–O seu burro! Jegue! Ela tirou uma semana! – Falei.

–Ah! Valeu mãe! – Ele falou feliz.

–Não acostuma Henry – Falei – Papai não vai fazer seus lados pra sempre.

–E o seus vai?

–Eu sou a princesa dele. Esqueceu?

–Não! Tay é plincesa de papai!

–Nós duas somos queridinha – Falei.

–Eba! So plincesa que nem a manha,viu mama?

–Vi sim! E vocês duas são minhas anjinhas – Falou minha mãe pegando Taylor no colo.

–Ok, ok estamos atrasados e estamos indo antes que as anjinhos criem asas! – Disse Henry.

–Quem dera – Reclamei

Mamãe fuzilou Henry o que me fez imaginar que ela escondia algo de mim, mas minha mãe não é dessas. Eu acho.

Nós saímos e novamente pegamos o ônibus eu ia sentar com Lucas, mas Henry me puxou para o mesmo banco de ontem. O que esse guri quer agora cara?

–O que foi Henry? Que droga!

–Eu só tenho uma pergunta.

–Desembucha!

–A Luiza foi embora mais cedo da festa.

–Isso foi uma afirmação.

–Por?

–Porque ela quis. Vai ver não te aguento por muito tempo. Ela com certeza não gosta de guri que sai no pau com o outro. Ta Henry eu vou sentar com o Lucas.

Afe, irmãos mais velhos.

Sentei-me ao lado de Lucas.

–Oi – Falei sorrindo

–Hey Emy. – Ele falou.

–E ai como tava o resto da festa?

–Tava trizinho os 5 minutos depois que você saiu.

–Como assim?

–Eu fui embora ué. Alias onde você se meteu?No meio da festa saiu.

–Ah, sentei um pouco nas pedras e admirei o mar, daí apareceu um garoto e nós conversamos.

–Conversaram?

–Sim Henry 2.

Ele riu.

–O que deu com seu irmão?

–Ah, aquela ruiva patricinha partiu pra um beijo em cima dele, daí o Brad acusou ele de ter beijado ela e chamou meu irmão de filho da égua meu irmão defendeu nossa mãe e daí eles saíram na briga.

–WOW. Esse Brad é um escroto, por favor.

–Pode crer.

Fizemos mais duas paradas antes de sair em Shoreline e entrar no colégio, meu irmão cumprimentou Jake e Steven e avistou Brad com Lilith, percebi a troca de olhar mortal e ri.

Eu e Lucas nos juntamos a Dawn, Jasmine e Luiza.

–E ai – Falou Lucas.

–Lucas –Falaram

–Hey – Eu disse.

–Hey – Responderam.

Encostei-me na arvore ao lado de Luli.

–Hey porque foi embora mais cedo da festa? - Perguntei

Ela jogou um olhar enjoado para Henry.

–É eu sei que meu irmão da nojo.

Ela riu e continuou escrevendo a musica.

–É que... Parecia que ele tava dando em cima de mim sabe? Eu pareço uma básica iludida, mas parecia que sei lá ele gostava de mim.

–É eu sei. Todo mundo percebeu.

–E daí ele vai lá e beija aquela vaca azeda.

–Ela beijou ele.

–E você acredita? Garotos são sempre assim, amargos e chatos. Mentirosos.

–Valeu – Disse Lucas que estava ouvindo.

–Você não conta como garoto Lucas – Falei.

–Por que não?

–Porque anda com um bando de garotas – Falou Luiza

–Digo não é que você não conte – Continuei – É que para nós não entende?

–Ah – Ele disse e rimos.

–Luli, meu irmão é um idiota, e simples assim. Sei lá pode ficar brava com ele o quanto quiser. Se não fosse por ele eu não estaria duas semanas de castigo.

–Como assim? – Perguntou Lucas.

–Dois problemas: Mãe e Pai.

Eles riram.

–Sem ofensa Emy, mas seu irmão é um idiota. E ainda se mete nessas merda de briga cara, odeio homem que se mete em briga.

–É eu sei, ele é um merda. Deixa em of. – Falei e nós rimos.

–Eu... Eu vou até a sala de música. –Falou ela se levantando.

–Qualquer coisa, Luli,pode contar comigo viu? Ele é meu irmão, mas é escroto – Falei e ela riu.

–Ok, vo me lembrar disso.

Ela saiu indo até dentro do prédio onde havia a sala de musicas.

–Acha que ela gosta mesmo dele? – Perguntei

–Claro que não. Se conhecem a um dia – Disse Lucas.

Dei de ombros, então vi Henry indo atrás de Luiza.

Eu corri até ele e parei na frente dele.

–Onde pensa que vai? – Perguntei.

–Atrás dela, quero perguntar se ta tudo.

–Não, não está. Esquece, ela te acha um idiota, ela acha todos os garotos idiotas. E falou que foi ridícula aquela briga. Agora pare de encher o saco dela.

–Mas eu quero explicar.

–Para de magoar a garota! Eu não te quero perto dela!

–Emily, tenho que explicar.

–NÃO HENRY! QUE MERDA! SAI DE PERTO DELA ENTENDEU? – Ele se assustou com minha atitude e se retirou.

POV LUIZA.

Cheguei a sala de musica e me tranquei lá, respirei fundo e fui até meu piano?

O que estava acontecendo comigo?

Fiquei tão chateada por causa de um guri que eu conheci há um dia?

Não pode ser.

Olhei para meu caderno de música.

Quando cheguei da festa noite passada eu havia composto:

Nada mais faz sentido

Eu mal me lembro quem eu era antes de você

Agora nem me reconheço mais

Eu não era de me magoar

Nada me atingia

Meu coração? Uma pedra fria

E você o descongelou, mas sem intenção de aquecer

Eu sou uma garota crescida

Não devia me apaixonar tão facilmente

Mas você faz isso ser difícil

Você despertar o pior em mim

Não gosto de mim perto de você

Tão pouco gosto de mim longe de você.

O que é isso que sinto?

O que é isso que você me faz sentir?

Isso é ódio ou amor?

Me diga

Pois eu não sei mais o que pensar.

Você me impossibilitou de pensar.

Eu sou uma garota crescida

Não devia me apaixonar tão facilmente

Mas você faz isso ser difícil

Você despertar o pior em mim

Não gosto de mim perto de você

Tão pouco gosto de mim longe de você.

É o que você faz comigo

É o que você provoca em mim

Teria nossa confusão amorosa um final feliz?

Não havia rimas, havia verdades.

E eu não sei o porquê. Era estranho pensar nisso.

Comecei a criar uma melodia para ela no piano.

–Na... Nana... Nana na...Nada mais faz sentido... Na... Nana. Na nana...Eu mal me lembro quem eu era antes de você...

Logo ouvi batidas na porta, e vi Henry. Ah, eu sei que ele é irmão de uma amiga minha, mas ele é ridículo, não aguentava mais esse guri.

Levantei e peguei meus cadernos juntamente a minha bolsa.

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Caminhei até a porta a destranquei.

–Pode usar, já estava de saída mesmo.

–Espera vir aqui para falar com você – Ele falou.

–Ops que pena, eu tenho mais coisa para fazer.

–Espera ai Luli, você entendeu errado.

–O que eu entendi está no meu entendimento não é? E não no seu, agora me da licença que eu tenho aula e não vou ficar brigando por ai.

–Eu não... Olha... Não fui eu que comecei é que ele...

–Eu não quero saber, Henry! Me deixa em paz!

Desprendi-me de seu aperto e corri até a sala de aula, chegando muito adiantada, mas não tendo que falar com o infeliz briguento que se acha de mais do Henry Grigori.

Ninguém sabe a raiva que eu estou dele.

E isso mal tem motivo. Porque nem eu entendo o que sinto ou o que acontece.

Eu sei que eu me senti magoada, que eu me senti traída. Que ver eles se beijando doeu, e eu não queria ver de novo.

Eu não queria mais o ver.

Mudar para a Shoreline pareceu uma boa ideia, mas agora é uma péssima!

Calma, Luiza. Ele vai se formar, você nunca mais vai o ver!

Bem, eu sou amiga da Emily e não quero cortar nossa amizade então eu vou o ver, mas...

O que é isso Luiza Charllot Drew? Você com medo de falar com um garoto?

São só pessoas que nem eu, mas com um pau no meio das pernas e daí?

Afe, sem problemas.

São seres imaturos.

Não preciso me preocupar com isso não é?

Quando menos vi, a sala já tava cheia e logo Dawn e Jasmine estavam em minha frente Lucas e Emily atrás de mim, e a garota castanha de sempre ao meu lado.

Tratei de prestar atenção e parar de ser avoada pensando em quem não merecia.