Corazón De Angel

Capítulo 29 Crazier


Ta, eu e minha melhor amiga ficamos fazendo as roupas de natal das garotas e do bebe, vou postar antes do capitulo comecar!

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Boa Leitura!

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-Vamos vovó, eu quero ir logo!- Falei na porta de casa já totalmente pronta para pegarmos o voo e chegarmos pela manha na casa de meus pais.

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-Estou indo – Gritou vovó do andar de cima.

-Argh – Reclamei.

-Acostume-se querida, sua vó é assim – Disse vovô me abraçando pelo ombro

-É nesse ano percebi isso.

-Gostou de ficar conosco?

O abracei.

-E isso é pergunta que se faça? Eu amei, adoro ficar aqui com você e conheci muita gente, e eu adoro isso.

-E como você está em relação a tudo?

-Vou continuar com os remédios, para evitar pesadelos. Mas eu me sinto bem, muito bem.

-Que bom, querida.

-Graças a vocês, obrigada.

-Não por isso. Estamos aqui para ajudar.

-Estou pronta! –Disse vovó aparecendo com sua ‘mini’ mala para passar o natal e o ano novo conosco.

Eu estava ansiosa demais, meu irmão havia nascido há uma semana e meia, eu estava louca para conhecê-lo. O natal seria novamente lá em casa, vovó Bianca e vovô Carlos iriam estar lá, papai, mamãe, Henry, Taylor, minhas tias, Sr.Cole, e agora haveria mais gente, os pais de Luiza e Luiza e Sr.Dare... E Lucas.

Eu queria tanto vê-lo, mas como me portar diante dele, como estariam as coisas? Com ele, e entre nós? Eu estava tão nervosa, ansiosa, eu queria tanto falar com ele, beijá-lo, mas não sei se haveria coragem, pela primeira vez não me sinto tão confiante.

Quando dei por mim já estávamos no avião, claro que eu preferia ir voando, mas vovó e vovô nem desconfiavam que eu pudesse, faz tanto tempo que não voo, queria libertar minhas asas, ficaram por tanto tempo presas.

Havíamos acordado muito cedo, sete horas, para ficarmos prontos a tempo suficiente para apanharmos o voo na hora certa, sem atrasos, ou adiantamentos, pontuais como os britânicos. Fiquei com meu mp3 ligado tocando todas as músicas que eu tinha preferência, fazendo-me cantar junto, sussurrando, fazendo me lembrar de momentos. Cuidei por tanto tempo as nuvens imaginando como seria voar e tocá-las que acabei dormindo e sonhando com isso.

-Emy, querida, chegamos – Ouvi meu vô me sacudindo levemente.

Quando processei tudo o que ele havia dito eu pulei da poltrona do avião e bati minha cabeça.

-Ai – Reclamei, mas agora isso não importava muito. –Vamos logo! Que horas são?

Eu já estava com a bagagem de mão já na fila para sair do avião arrastando meus avós.

-São duas e meia –Falou vovó –Temos tempo. Quer que a deixemos em casa ou quer ir conosco ao hotel?

-Ah, vovó vamos para casa, por favor! Quero rever todos e quero conhecer Thomas.

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Eles riram.

-Bem, também queremos e estamos com saudade de todos –Constatou vovó –Então vamos logo!

Vovô riu.

-Tal vó tal neta.

Rimos.

Vovó e vovô alugaram um carro para poderem andar pela cidade sem se desgastar. Vovô dirigiu até a rua que eu passei minha vida inteira, eu estava tão ansiosa, não sabia se o melhor era olhar para fora e matar as saudades, lembrar tudo que pensei quando sai daqui, ou se o melhor era permanecer calma. Dividi-me entre as duas alternativas. Ora eu olhava para fora, ora encarava o chão do carro com cheiro de novo, o que me fazia torcer o nariz com nojo.

Quando paramos em frente a casa, eu mal podia acreditar que já havia voltado, agora, pensando bem, havia passado tudo tão rápido, tudo estava melhorando, aliás tudo já estava melhor.

Vovô e vovó saíram do carro antes de mim, minha mão já estava na porta do carro, mas eu não me sentia preparada, eu fechei os olhos e respirei fundo.

Finalmente eu havia voltado.

Abri a porta e sai para o encontro de meus avós que já estavam a bater na porta, fiquei atrás deles e não pude deixar de sorrir quando papai atendeu a porta.

-Senhor e senhora Price! –Falou papai os cumprimentado.

-Olá Daniel – Disse vovô

-Olá, Daniel querido – Disse vovó já entrando seguida por vovô.

Então sobrou eu, papai sorriu para mim, e eu sorri também, convidativo ele abriu os braços e eu me joguei contra seu abraço, segurando-me em seu colo o fazendo cambalear e entrar em casa.

-Que saudade, que saudade que saudade! –Falei o abraçando muito forte, muito forte mesmo.

Ele riu e beijou minha face.

-Eu também, filha, muitas, muitas saudades mesmo –Ele se afastou para me ver melhor, era impossível parar de sorrir –Como você esta?

-Bem, ótima, perfeita! E vocês?

-Melhor agora.

Ele puxou meus braços e eu já sabia o que viria, eu não me importei, não havia mais nada a esconder, eu sorria orgulhosa de minha melhora. Ele afastou as mangas e apenas encontrou algumas pequenas cicatrizes do ano passado, elas ficariam ali, não para me lembrar duma queda, mas para exibir minha vitória.

Ele encontrou meus olhos e sorriu orgulhoso, depois me puxou para mais um abraço e beijou minha testa.

-Estou orgulhoso de você, Emy, muito orgulhoso.

-Obrigada, papai. – Ficamos assim por um tempo, eu apenas sentindo ele, matando a saudades, até eu me lembrar de Taylor, de mamãe, de Henry e de Thomas –Cadê todos?! Eu quero vê-los!

-Sua mãe...

-Eu ouvi bem? –Ouvi a voz de mamãe, e em seguida seus passos na escada –Mãe! Pai! –Ela já devia ter encontrado vovó e vovô.

-Querida –Os dois disseram.

-Onde ela esta?! Onde está Emily?

Sorri para papai e corri para o som da voz de minha mãe que estava com o roupão por cima do pijama, devia estar descansando... Nem sei como foi o parto de meu irmão e como minha mãe passou.

-Mamãe! –Gritei e corri para abraçá-la.

Não sei quem abraçou mais forte, se eu ou se ela.

-Filha! Que saudades! Deus! –Falou beijando toda minha face e acariciando meus cabelos.

-Eu também mãe, muitas e muitas saudades – Abracei-a com mais força.

-Como está? Correu tudo bem? Está melhor agora? Ah, meu deus! –Ela me abraçou de novo.

-Estou bem mamãe, ótima. Continuo com os remédios para evitar os pesadelos, mas acho que sem ele eu estaria bem ainda. Cadê Tay?

-Está dormindo.

-Eu vou lá.

Subi a escada de dois em dois degraus e entrei no quarto de minha irmã caçula. Ela dormia feito um anjinho que certamente era, então eu corri e pulei na cama dela. Ela acordou assustada.

-Olá, Tay – Falei

Ela sorriu.

-Manha! –E me abraçou – Você volto! Volto!

-Sim! Como está? Tudo bem? Ah, eu tenho algo para você, está na minha mala.

-O que?! O que?!

-Vai descobrir depois! Anda vou arrumar você, já passou da hora de acordar.

-Eu já to arrumada! Eu só dumi!

-Ah, que bom então, ei, vovô e vovó estão lá embaixo.

-Ebaaaaaaaaaaaa!

Ela levantou e correu até o andar de baixo, mamãe surgiu na porta do quarto dela.

-Ei, mãe.

-Ei, quer conhecer Thomas Vincent Grigori?

-Ta brincando?! É claro!


-Shh! Ele está dormindo

-Ah, desculpa. Eu quero. –Sussurrei.

Ela me puxou para o corredor e abriu uma porta do lado do quarto de Tay, um quarto verde e simples tomou formato, com aquelas coisas de bebês que eu não via há seis anos, não tinha como não me derreter.

Mamãe caminhou até o berço e pegou com todo o cuidado um bebê adormecido que se remexia em seu colo, as pálpebras tremendo, o que significava que ele sonhava ou que... Ele abriu os olhos, castanhos avelãs, tão lindos quanto os de mamãe, Tay ou Henry. Ele me encarou curioso e eu sorri para ele, ele retribuiu o sorriso, um sorriso sem dentes, puro e tão inocente quanto poderia ser.

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-

-Mãe, posso...?

-Claro

Ela passou o bebê para meu colo e eu o balancei com cuidado.

-Oi Thomas, oi, eu sou sua maninha mais velha e mais bonita.

Ele riu e mamãe também. Eu amava a risada de um bebê era tão pura.

-Então fui a última a conhecê-lo é? –Perguntei para mamãe.

-Pois é, até Jasmine e Dawn já o conheceram.

-Hunf, injusto, eu sou a irmã. Eu.

-Ciumenta. Você não vai ser a última, vamos lá embaixo mostra-lo para seus avós.

-Eu levo!

Thomas mordia a mão e olhava ao redor curioso com os olhos avelãs piscando, parecia que os olhos violetas seriam apenas meus, eu poderia sobreviver.

Desci com maior cuidado as escadas, sem parar de mimar meu novo irmãozinho.

-Vó? Vô? –Chamei, eles se viraram então eu peguei a mãozinha de Thomas e acenei –Eu sou o Tommy, prazer!

Vovô e vovó se derreteram.

-Ah, deixe-me pegá-lo! –Pediu vovó.

-Na, na nina, não!

-Então eu – Disse vovô

-Você está com Tay no colo.

-É vovô! Não troca eu!

-Ah, desculpe meu tesouro!

-Dê-me logo ele aqui – Pediu vovó.

-Eu estou segurando ele!

-Você vai morar com ele.

-Ah, droga, tome! – O passei para o colo de vovó. Ele não gostou muito, começou a protestar com sons e mamãe ficou receante dando passos para frente e para trás, sem querer tirar o neto de vovó, mas ele logo se acalmou. O que foi uma pena, queria pegá-lo de novo.

-E cadê Henry? –Perguntei.

-Logo chega –Falou papai- Está com Jake e Steven.

-Ah, falaram que eu ia voltar?

-Não -Falou papai.

-Devíamos ter falado, ele está tão tristonho. Está com saudades suas. Mas seu pai achou que você ia querer fazer uma surpresa, então...

-Ah! Papai me conhece! Vou para o quarto dele.

Subi pulando as escadas novamente e então entrei no quarto dele e me joguei em sua cama, peguei sua bolinha e fiquei brincando com ela por um longo tempo.

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Até que ouvi o som dele cumprimentando vovô e vovó, e a todos que estavam na sala, ouvi Jake e Steven também e ouvi os passos deles subindo até o quarto, abri minhas asas tendo uma ideia em mente e...

-Cara eu já disse, aquele passe foi justo, eu podia fazer isso no basquete! Quem é o capitão? Vocês não entendem nada! –Disse meu irmão sem olhar para frente olhando para os garotos que me olhavam de boca aberta – O que?

-Henry...

-Olhe...

Fiz um sinal de silêncio e sem me manifestar voei até o teto e me prendi lá.

-O que?

-Sua irmã! –Disse Steven. Jake o cutucou, rolei os olhos. Mané.

-O que? Tay está lá embaixo.

-Não, a outra! –Continuou insistindo Steven

- Cala a boca Mané, que tu ta falando? –Disse Jake. Um cérebro nisso tudo.

-O que tem Emily?! –Perguntou meu irmão com uma sobrancelha arqueada.

Steven e Jake se entreolharam.

-Nada, o Steven é idiota – Disse Jake

-Não sou não

-É.

-Não, ela tava ali!

-Ali onde? –Perguntou meu irmão se irritando. Ri sem manifestar som.

-Em nenhum lugar! –Disse Jake –Ele está louco. Precisa de um psiquiatra.

Steven ia se manifestar, mas “discretamente” Jake pisou em seu pé.

Henry bufou e sentou na cama olhando para o chão.

-Era para ela ter vindo junto, para o natal hoje, mas disseram que ela ficou internada. Queria pelo menos visitá-la. Ou quem sabe vê-la um pouco. Saber se ela esta bem. E vocês ficam fazendo brincadeiras com isso? Por favor... –Ele já estava vermelho de raiva.

Ok, chega de brincar.

Desci com cuidado e parei atrás dele.

-Henry Grigori estresse causa rugas! –Falei recolhendo as asas e tentando parecer séria, fracassando.

Ele se virou assustado e o vermelho de raiva se tornou um vermelho envergonhado e ai sumiu.

-Emily!

Abraçamo-nos mais forte do que o abraço de meu pai, mãe e Taylor junto.

-Senti sua falta! –Falamos juntos e rimos.

Depois olhei para Steven e Jake.

-Steven, você é um idiota. –Falei.

-Ah, desculpe – Ele coçou a cabeça.

-O Sr. Nada Discreto, obrigada por tentar.

Jake deu de ombros.

-Henry é lerdo, nem percebeu.

-É, que ótimo, Jakizynho.

-Ah, você voltou- Falou desanimado.

-Com tudo e mais um pouco – Falei pulando na cama.

Henry me derrubou e eu acabei caindo eu seu colo.

-Idiota – Falei.

-Mala! –Ele disse e começou a me fazer cosquinhas.

-Para! Para! Chega! – Disse.

-Está bem! O que comprou de natal para mim?

-A pergunta é: O que você comprou para mim?

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-Tudo pronto mãe? Falta algo? –Referi-me a noite de natal, admirei a sala, completamente enfeitada com todos os enfeiteis natalinos convidando o espírito familiar a se tornar mais forte.

Todos prontos e arrumados para o natal, eu já havia revisto todas minhas tias que já estavam aqui, meus avós, os ambos, estavam aqui, Penn a melhor amiga da mamãe estava aqui com os gêmeos (http://weheartit.com/entry/30949153/via/sweetua) após seu casamento não ter dado certo ela foi bem vinda a passar novamente o natal conosco. Também estava aqui Luiza, minha melhor amiga e namorada de meu irmão e seus pais estavam aqui... Só faltava Lucas.

Papai desceu as escadas com Thomas no colo e eu não pude deixar de me derreter com a cena, meu pai era tão fofo! Ele segurava Thomas e o balançava em ritmo, ele o mimaria o máximo que podia.

-Ei, papai coruja, posso pegar meu irmãozinho?

Ele rolou os olhos e me passou Thomas que sorriu em me ver.

-Oi, Tommy, voltei!

Ele riu.

Fui até a sala com ele e mostrei-o o pinheiro de natal, ele esticou a mão para uma bolinha dourada que eu dei para ele brincar, ele a chacoalhou e tentou morde-la, mas eu tirei de sua boca.

-Não pode, Tommy, sujo.

Ele fez uma careta e soltou a bolinha no chão, voltando a chupar sua mão.

-Ah, deixe-me segurá-lo! –Pediu vovó Bianca

-Claro vovó.

Passei para ela e na mesma hora a campainha tocou.

-Deixa comigo – Falei indo abrir a porta.

I've never gone with the wind
Just let it flow
Let it take me where it wants to go
Till you open the door
There's so much more
I've never seen it before

Quando a porta foi aberta, não por mim, mas pela pessoa do outro lado da porta, ansiosa demais para esperar alguém vir abrir, tomei uma lufada de ar, meus olhos brilharam os dele faiscaram , correram por mim e pararam em minha boca. Foi uma sensação tão estranha, pois meus olhos também pousaram na dele. Procurei tantas palavras, mas eu simplesmente me esqueci delas. Dei um passo a frente e ele também.

I was trying to fly
But I couldn't find wings
But you came along
And you changed everything

-Lucas eu...

-Shh... Finalmente –Ele pousou a mão em minha nuca e a puxou para perto de si, senti seu hálito de hortelã em minha boca, senti sua respiração misturar-se com a minha e não pude deixar de sorri, os olhos dele se fecharam antecipadamente, mas os meus ficaram abertos apenas para observá-lo até o momento em que seus lábios tocaram os meus, sua outra mão escorregou até minha cintura e eu fui prensada a ele, meus braços voaram a sua nuca quando a outra mão dele também caiu até a minha cintura.

You lift my feet off the ground
You spin me around
You make me crazier, crazier
Feels like I'm falling and I'm
Lost in your eyes
You make me crazier, crazier, crazier

Foi simplesmente mais perfeito que antes. Eu me sentia girar, como se estivéssemos voando e não fosse eu a ter asas, fosse ele, e eu estivesse caindo, caindo em seus braços. Perdendo-me neles.

Eu até podia rir, pelo fato de que em cima de nós havia um visco, ironicamente. Sabe, até esqueci o pessoal atrás de nós, do pai de Lucas que devia ter passado pelo canto da porta, afinal havíamos empacado ali.

Eu poderia pensar em tudo isso, mas nesse momento, agora que tudo acabou. Agora que meu pesadelo passou e agora que eu oportunizei a mim mesma a felicidade eu pude me libertar e pensar em nós dois.

Percebi como toda essa distância entre ambos nós dois me ajudou, ajudou-me a perceber que meus sentimentos por ele eram os mais forte que eu já havia sentido por algum garoto, por alguém. Percebi que ele teve sua vida aqui, em um ano inteiro, ele deixou de viver esperando por mim... Se eu não acreditasse que a vida continua mesmo sem alguém para acompanhar-te eu nunca me perdoaria por deixá-lo. Queria saber como ele se sentiu e como ele fazia tudo o que eu sinto não ser apenas uma própria música, nem um livro ou filme, como ele fez isso ser real?

I watched from a distance as you
Made life your own
Every sky was your own kind of blue
And I wanted to know
How that would feel
And you made it so real

Simplesmente agora me permiti perceber que toda essa força que tive para ir em frente, que tudo isso que eu fiz, toda essa minha fé e minha vontade em melhorar não foi apenas pelos meus pais, ou pela minha família, nem mesmo por mim. A maior parte da forca tirei dele, no interior de meu coração eu havia prometido que eu lutaria por ele e que eu não faria como antes, pois agora lutaria para pelo menos dessa vez dar certo, e eu sentia que daria. Simplesmente porque ele me permitiu outro meio de vida, e mesmo que eu não houvesse percebido isso antes foi por ele que abri os olhos e acreditei, mesmo que fosse contra meu protocolo.

You showed me something
That I couldn't see
You opened my eyes
And you made me believe

Novamente ele tirava meu chão de mim e me girava sem eu perceber, só quando estava tonta e sem saber se fosse pelo oxigênio que me faltava ou pelo meu cérebro que nos imaginava em outras situações.

You lift my feet off the ground
You spin me around
You make me crazier, crazier
Feels like I'm falling and I'm
Lost in your eyes
You make me crazier, crazier, crazier


Agora eu não precisava mais esconder nada dele e nem de ninguém, afinal agora eu não tinha o que esconder, porque virei um livro aberto pronto para ser lido. Não por qualquer um, mas por quem sabe a senha para os segredos que ele guarda.


Baby you showed me what living is for
I don't wanna hide anymore

Finalmente, para os outros, e infelizmente, para nós, nos soltamos. Sorri para ele e o abracei.

-Obrigada –Sussurrei em seu ouvido.

-Pelo o quê?

-Por tudo. Você foi meu melhor amigo...

Ele fez uma careta e eu lhe dei um selinho.

-E agora eu quero que seja mais.

-Isso é um pedido?

-Tem de vir de você?

-Namora comigo?

-Precisava pedir?

-Você que mandou!

-Não me obedeça sempre!

Ele riu e nós nos permitimos mais um beijo, era incrível como ele simplesmente me deixava louca.

You lift my feet off the ground
You spin me around
You make me crazier, crazier
Feels like I'm falling and I'm
Lost in your eyes
You make me crazier, crazier,crazier

Então eu percebi como todos nos olhavam e alguns aplaudiam, sorri envergonhada e Henry torceu o nariz.

-Henry Grigori- Repreendeu Luiza- Pode deixar a garota ser feliz?

-Ah, Luiza, cala a boca

-Cale ela pra mim.

-Agora

Ele puxou Luiza pela cintura e aproveitou o clima para beijá-la tal como Lucas me beijou, mas com o sentimento dele.

-Ok, chega de tantos beijos! –Disse minha mãe.

-Quando foi a Emily você não fez nada -Disse papai emburrado.

Mamãe deu um beijo na bochecha dele.

-Meu ciumento –Ela falou –Vamos todos para mesa, antes que haja casamento.

-Não é má ideia – Disse Henry apavorando nossos pais, os pais de Luiza e a própria –Eu to brincando. Não ainda.

Rimos.

-Você não toma jeito –Disse tia Gabbe.

-Por isso sou seu sobrinho favorito.

-Eu sou –Eu disse.

-Não, eu! –Ele discutiu.

-Crianças! –Disse mamãe.

-Desculpa –pedimos arrancando mais risadas.

-Ei, -Chamou-me Lucas antes de sentarmos a mesa

-O quê? –Perguntei piscando meus olhos violetas para ele, ele afastou uma mexa minha.

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-Posso te dizer uma coisa?

Sorri.

-Claro.

Ele se aproximou e afastou novamente a mesma mexa para poder sussurrar no meu ouvido, deixando me arrepiada.

-Te amo, Emily Elizabeth Grigori.

-Também te amo Lucas Michael Dare.