Corazón De Angel

Capítulo 14 Tudo dando certo... Tudo errado.


POV EMILY

Ah bosta! Eu precisava treinar mais meus poderes, acho que vou recorrer as Titias, se isso acontecer de novo eu perco a vida! Cara como eu amo o Henry, sério eu estou criando meio que um pavor de água, é uma coisa desesperadora quando você fica presa com um pé do outro lado e começa a se afogar. Bem, há poucas probabilidades disso acontecer com vocês, mas em fim!

Agora o pai super protetor estava me levando para meu quarto, ele insistiu em me levar no colo até o quarto, pelo fato de eu ainda estar grogue.

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Fizeram um exame de sangue em mim e com certeza captaram o álcool, bem, se for isso, mamãe viu e não contou á papai. Graças a Deus. Mas acho que ela foi dura com o Henry por isso, ele salvou minha vida, mais alguns segundos e foi!

Papai me deitou na cama, percebi que a lua já estava no céu, e imaginei quanto tempo demoraria para Cam chegar.

Papai me tapou e eu continuei olhando para a janela, ele passou a mão em meu cabelo e me deu um beijo na testa.

–Quer me contar agora a verdade sobre como se afogou? – Ele perguntou.

Sorri.

–Você não deixa passar uma.

–Nem sua mãe. Bem, acho que foi meio que culpa minha ela descobrir.

–Ah, pai! – Eu ri- Estávamos brincando, fui fazer uma pegadinha com Henry, achei que conseguiria já que da outra vez deu certo – Fiz uma pausa e olhei para seu rosto, ele estava calmo, porém, com o cenho franzido. – E então usei meus poderes...

–Com Luiza lá?!

–Eu usei de baixo da água, impossível de perceber. E então, como não me permitem treinar meus poderes eles são fracos e meu pé ficou preso do outro lado, fiquei tentando soltá-lo, mas isso só contribuiu para meu oxigênio acabar mais rápido.

Ele botou minha cabeça em seu colo e mexeu em meu cabelo, era um daqueles momentos pai e filha no qual ele não estava com ciúme de nenhum garoto.

–Acho melhor você começar a treinar – Ele falou.

–Ah, jura? Eu ia começar de qualquer jeito, apenas não ia contar.

–Emily Ellizabeth Grigori!

–Desculpe. Mas é justo que eu treine! Henry treinou desde... Desde sempre!

–Naquela época havia perigo nos ameaçando.

–Agora pode ter também... Que perigo?

–Eu já lhe falei que há anjos e demônios. Alguns demônios queriam sua mãe e Henry. Como acha que sua mãe virou imortal?

–Quem era o demônio?

–Era...

–Daniel... – Minha mãe chegou ao quarto – Pare com essas histórias.

–Mãe, eu queria saber – Falei.

–Quando você for maior. Nem Henry sabe querida, ele nem se lembra.

Conformei-me.

Meu pai me deu um beijo na testa e eu o abracei.

–Eu te amo pai.

–Também te amo princesa.

Ele parou na porta para falar com minha mãe.

–Não quer contar á Henry, mas quer contar á ela? – Ela sussurrou crente de que eu não ouvia.

–Ela não presenciou.

–Ela tem quinze anos! Falamos depois.

Meu pai saiu do quarto e minha mãe tomou seu lugar.

–E agora, o que houve para você se afogar.

–Eu já falei ao papai, ele te conta.

–Não. Eu quero que você me conte.

–Usei meus poderes uma vez, deu certo, usei outra, me excedi, meu pé ficou preso e eu me afoguei, Henry me salvou. Resumi bem.

–Emily! Você não deveria usar seus poderes!

–Mãe! Eu vou precisar! Um dia eu vou estar sozinha! E não vou poder usa-los porque você não me deixa treinar! Eu vou acabar morrendo!

–Se usar também!

–A reação do papai foi bem diferente. Ele apoio. Além de que Henry treinou desde sempre.

–Henry é um garoto.

–E eu uma garota! Eu vou treinar e não é uma pergunta mãe, eu estou de contando que vou treina-los!

Minha mãe suspirou.

–Tudo bem. Prefiro que faça isso á minha frente do que ás minhas costas.

–Obrigada.

–Agora durma um pouco querida. – Ela beijou minha bochecha. –Eu te amo.

–Também te amo mãe. Ah, não seja tão dura com Henry.

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–Não fui. Ah, você também está de castigo.

–Hm?

–Vodka.

–Ah, foi mal mãe.

Ela sorriu e fechou a porta.

Voltei meu olhar de novo para a janela. Eu estava com sono devido aos medicamentos, mas não queria dormir, queria esperar meu anjo de asas douradas vir até mim.

Mas minha força de vontade perdeu para meu sono, eu oscilei algumas vezes e acabei dormindo enquanto olhava a lua cheia.

POV LUCE

Seu tempo está acabando.”

“Preciso de mais”

“Está apaixonado por ela?”

“É claro que não”

“Você tem um prazo, e sabe disso. O cumpra!”

“Eu vou cumprir”.

Acordei ofegante. Aqueles sonhos não paravam. Eu tinha medo do que aconteceria. Receava pelos meus filhos mais do que pro qualquer um.

Percebi que Daniel ainda dormia. Deitei-me de novo ao seu lado e logo percebi suas mãos envolvendo minha cintura e seus lábios em meu pescoço.

–Não quis te acordar – Falei.

–Foi outro sonho? – Ele perguntou com a voz rouca de sono, sei que não é hora pra isso, mas essa voz me levava a loucura.

–Foi.

–O que dizia? – Ele me apertou mais contra ele.

–O prazo está acabando.

–O prazo?

–É. Eram as mesmas vozes. A voz do chefe que era o que dizia que o prazo estava acabando, e que o outro devia cumpri-lo. E o outro falou que o faria.

–O que acha que significa?

–Que está chegando perto. Temos que estar preparados.

–Emily começara a treinar seus poderes. Fique tranquila. Durma, amanhã resolvemos isso ok?

–Ok. – Concordei.

Ele me deu um beijo e manteve o contato em nossos corpos, tento seus braços ao redor de meu, fazendo-me sentir protegida.

POV EMILY.

Alguém mexia em meus cabelos e acariciava meu rosto, meus olhos tremeram e abriram.

Tive a visão perfeita. Cam estava ali e tinha minha cabeça em seu colo acariciando meus cabelos, enrolando os em seus dedos deixando os escorregar.

–Cam?

–Hey – Ele sussurrou – Tudo bem com você?

–‘To bem. E você?

–Melhor agora. Fiquei preocupado, soube sobre você.

–Como?

–Acha que eu não cuido você?

Eu o abracei.

–Sei que cuida.

–Eu só não vim ajudar porque eles descobririam.

–Eu entendo.

–Mas você me deu um susto, pequena.

Eu ri.

–Eu vou começar a treinar, ai isso não acontecera tão frequentemente.

–Nunca mais use seus poderes na água, por favor.

Eu ri de sua preocupação.

–Você é a coisa mais fofa do mundo preocupado, sabia?

–Você é fofa de qualquer jeito.

–Até de cabelo bagunçado e cara de sono?

–Fica linda assim.

Eu puxei seus lábios para os meus e beijamo-nos urgentemente, eu já estava em seu colo quando nos separamos em busca de ar.

–Eu preciso ir, não posso ficar muito tempo – Ele disse.

–Mas você ficou tão pouco.

–Engano seu, eu fico horas lhe vendo dormir.

–Devia me acordar. Não vale eu estar inconsciente em nossos encontros.

Rimos.

–Eu volto todas as noites. Segunda, em Shoreline, vai a praia?

–Estamos proibidos.

–Ótimo... – Ele sorriu malicioso- Proibido é mais legal.

–Se descobrirem...

–Falou bem... Se.

–Ok, eu vou depois do treino. Vou mais tarde. Tenho que ganhar confiança, fingir que sou comportada. E então te encontro lá.

–Eu contarei os segundos e os minutos.

–Não será o único.

Ele riu e me botou na cama de novo e me deu um beijo na testa.

–Parece meu pai – Eu ri.

–Eu e seu pai temos muito em comum – Ele riu.

–Você o conhece?

–Quem não conhece Daniel Grigori?

Ele beijou meus lábios de novo e saiu.

Virei para o outro lado e dormi.

~*~

Acordei elétrica com vontade de sair, sabendo que minha mãe não deixaria isso me deprimia, fui tomar um banho gelado e rápido.

[http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=55262324]

Botei uma roupa confortável, cara eu sei que quase morri afogada ontem, mas to afim de sair. Sei que no final da tarde vou ir treinar com as tias então vou chamar o Lucas para sair e matar um tempo.

Desci pelo corrimão e peguei uma maçã para comer, lá embaixo estava Taylor brincando com sua boneca, papai e mamãe.

Com certeza Henry ainda dormia.

–Bom dia! – Falei.

–Olá anjinha – Falou mamãe dando um beijo em minha bochecha. – Está melhor?

–Estou sim, muito melhor. Vou chamar o Lucas pra sair feito?

–Emily fica um pouco em casa- Pediu mamãe.

–Mas eu fiquei, ontem o dia todo e a noite toda.

Ela riu.

–Ok, pode ir.

Dei um beijo na bochecha dela e fui até a sala para cumprimentar papai com um abraço.

–Bom Dia pai.

–Bom dia querida.

–Oi Tay – Falei.

–Emy! – Ela me abraçou.

Eu ri.

–Eu vou sair com o Lucas ta? Beijos fui.

Sai pela porta da frente e atravessei a rua, parando em frente a casa de Lucas.

Papai e mamãe contaram que quando eles se mudaram não haviam muitas pessoas morando aqui, era mais deserto.

[http://oqueeh.com.br/wp-content/uploads/2011/11/Fachadas-de-Casas.jpg]

Bati na porta e esperei alguém abrir. O pai de Lucas abriu.

–Olá Sr.Dare.

–Olá Emily, como está querida? Lucas falou que você se afogou.

–Eu estou ótima. WOW como ele sabe?

–Entre, entre. Foi buscar Clara lá ontem.

–Ah! Ele está em casa?

–Está sim, de um momento vou chama-lo.

–Ok – Sorri simpática.

O pai de Lucas subiu as escadas.

–Lucas? – Ouvi-o dizer – Emily está aqui.

Em segundos Lucas estava ali embaixo.

–Hey Lucas – Falei sorrindo.

–Hey Emily! – Ele me abraçou – Você está bem? Eu pensei em te ligar, mas presumi que estivesse dormindo.

Ri.

–Eu estou ótima e você?

–Bem.

–Ta afim de sair? Não aguento mais lá em casa.

–Feito, vou pegar meus sapatos, porque só de meia não da pra sair.

–Ok – eu ri –Eu vou esperar aqui.

–Volto em um minuto.

Dito e feito, em um minuto ele estava de volta.

–Pronta? –Perguntou.

–Eu que pergunto.

Rimos.

–Vamos?

–Aham, pega teu skate eu pego o do meu mano e nós damos umas volta.

–Sabe andar de skate?

Ajeitei meu chapéu.

–É um segredinho meu.

Ele riu e eu o puxei para fora.

Ele pegou o skate que estava a porta e eu fui até os fundos da casa pegar o skate do mano.

[skate do Lucas: http://www.evom.com.br/wp-content/uploads/2010/10/Skate-Lost-Round-Nose-Fish.jpg Skate do Henry –que a Emily pegou- http://www.evom.com.br/wp-content/uploads/2010/09/Skate-Roxy.jpg ]

Eu logo subi no skate e só ouvi Lucas atrás de mim, eu impulsionei o skate.

–Para onde vamos? – Ele perguntou.

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–Para o meu refugio. – Falei sorrindo desviando de um poste.

–Hey, e onde é isso?

–Você verá, é longe daqui e é perfeito pra se esconder de tudo e de todos.

–Por que não me contou antes do refugio?

–Porque ele é meu.

–Mas tá mostrando pra mim.

–Considere-se especial –Vir-me-ei ao falar isso.

–Emily o banco!

Eu pulei e deixei o skate passar por baixo do banco e parando em cima dele exatamente quando ele saiu de baixo.

–Aprenda comigo – Falei rindo.

–WOW

–Vamos perdedor, vai deixar a anjinha te ganhar?

–Ah, nem a pau.

Chegamos ao meu refugio um tempo depois.

[http://www.oliberalnet.com.br/App_Files/Noticia/757C4166BA6/galeria/thumb/757C4166BA6.jpg]

Era uma pista abandonada de skate. Ninguém sabia dela, era bem velha.

Eu acelerei com o skate e aproveitei a pista até parar no topo de uma e esperar Lucas fazer o mesmo.

–E então? – Ele perguntou me oferecendo aquelas balas azedinhas – Como achou esse lugar?

Eu ri.

–Ah, eu nunca fui santa...

–Sério?! OMG – Ele falou sarcástico

–Ah, cala a boca seu merda.

–Eita

Eu ri.

–Ok, Eu fugia de casa algumas vezes, uma vez fugi com o skate do Henry, eu havia me irritado porque ele despenteou a Shelby.

–Shelby?

–Era minha boneca favorita.

Ele se jogou para trás de tanto rir.

–Seu filho da égua quer ouvir a história ou não? – Falei rindo também.

–Ok... Mas... Você... Brincando de boneca…

Rolei os olhos.

–Então eu corri com o skate na mão para longe, bem longe, até achar aqui. Achei que fosse um parque. Eu peguei o skate e comecei a brincar. Eu levei vários tombos, mas eu nunca chorei, é desperdício de água, então eu fugia todos os dias praticava todos os dias. Quando todos dormiam eu ia até o quarto de Henry pegava DVDs de skate para assistir e aprender. Sempre adorei isso, e cara, posso dizer que sou melhor que Henry. E depois de todas as praticas e cicatrizes – Mostrei para ele meus arranhões. – Eu vinha aqui para pensar. Naquela época que parece que estão todos contra ti sabe? Aqui era meu refugio, ficava horas aqui, eu amo aqui. É um lugar simplesmente meu, entende? Nunca mostrei a ninguém.

Ele estendeu a mão.

–Prazer, Ninguém.

Apertei a mão dele.

–Prazer. Isso é uma prova de que você é especial viu?

Ele riu, mas foi breve.

–E seu anjo?

–Não posso esconder nada dele. Ele é anjo sabe tudo, sabe onde estou, sabe com quem estou, sabe de tudo sobre mim. Ele disse que me cuida o tempo inteiro. – Sorri.

–Mas não mostrou esse lugar á ele. E ele não estava com você ontem quando se afogou.

–Você também não estava, meus pais estavam, meu irmão estava, ele não pode se mostrar a minha família, é segredo.

–Eu não estava porque só descobri depois.

–Tanto faz, não vou discutir.

–Feito então;

–Está com ciuminho Lucas? – Perguntei rindo.

–O que?! Não! Ah, vai a merda – Ele riu também.

Desci com o skate da rampa.

–Então levante-se perdedor, vamos aproveitar um pouco.

Ele levantou-se e desceu na rampa e quando parou fez um Ollie.

~*~

–Acorda Henry Grigori! – Ouvi mamãe lá embaixo.

Já era segunda. Eu estava exausta do fim de semana eu treinei no fim de sábado e em todo o domingo, virei a noite treinando meus poderes que agora estavam melhor. Das primeiras vezes eu desmaiei de fraqueza por me esforçar de mais, mas em fim estou melhor e só preciso de mais treino para lutar em uma batalha de verdade.

Acabei de sair do banho e estou me arrumando para escola, escolhendo uma boa roupa porque depois verei Cam, meu doce Cam, lindo perfeito, ah, posso continuar.

[http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=55381298]

Depois de pronta arrumei meu cabelo e desci, novamente e como de costume pelo corrimão, sentei na mesa e comi duas panquecas depois tomei um suco e já levantei.

–Não vai esperar seu irmão? – Perguntou meu pai

Dei um beijo na bochecha dele.

–Nem a pau, quando ele chegar aqui eu já vou estar formada.

Meu pai riu.

–Tchau mãe! – Gritei já que ela estava lá em cima.

–Emily a Taylor está dormindo! – Gritou de volta.

–Então não grita – Gritei.

Eu e meu pai rimos.

Ela desceu.

–Como você é engraçada.

Eu ri.

–Tchau mãe, beijos.

–Boa aula anjinha.

Sorri e sai de casa, o Henry iria se atrasar e eu tava nem ai.

Entrei no ônibus e sentei ao lado de Lucas. Seguimos para Shoreline conversando sobre meus treinos.

~*~

POV HENRY

–Henry Grigori você está muito atrasado! – Falou mamãe depois de eu tomar um gole do suco de laranja.

–Desculpa não dormi direito.

–Vou tirar aquele videogame de você.

–Eu não fiquei jogando.

–Ficou fazendo o que?

–Pensando. Falo ai, to atrasado.

Eu sai correndo, o ônibus tinha passado, o pai tinha ido pro trabalho, a mãe tava atrasada e tava levando a Tay pra escolinha, peguei o skate e me mandei.

Shoreline não era tão longe assim.

Quando cheguei corri para dentro, com a mochila quase caindo, pretendendo implorar para entrar na aula da professora Tanya, mas algo me impediu.

Aquele som de piano que eu conhecia muito bem, não porque eu espiava, eu não fazia isso, de jeito algum. Só passo aqui por conhecidencia toda vez que ela toca.

–Não foi apenas como um filme, a chuva não encharcou minha roupa para baixo da pele. –Ouvi aquela voz que sexta feira havia me reconfortado. E eu já não a odiava tanto.

[http://www.vagalume.com.br/taylor-swift/one-thing.html]

Entrei na sala sem me importar com as aulas, já havia perdido uma parte das aulas mesmo.

Percebi que ela estava passando o som, estava com fones nos ouvidos enquanto cantava no microfone olhando atentamente para a letra no caderno.

–Hey – Falei alto o suficiente para ela ouvir.

Ela levantou em um susto e fechou os cadernos.

–Hey, Henry – Falou – Emily está melhor, pelo o que pude ver.

Fui me aproximando.

–É está... Obrigado por sexta.

–Não por isso. – Falou juntando os cadernos.

Ela foi dando passos para trás e eu para frente.

Eu não sabia o que fazia, só que estávamos sozinhos, e que aquela garota não era mais meu ódio.

–Então, eu tenho aula e tenho que ir – Disse quando bateu na parede.

Ela tentou ir, mas eu a parei, com meus braços na parede e ela presa entre eles.

–Já? Perdeu uma parte da aula, o que custa perder outra?

Ela não desmanchou a compostura.

–Custa nota.

–Você é inteligente, recupera.

–E eu faria o que nesse tempo?

–Algo comigo.

–Há, o que eu iria querer fazer com você, Grigori?

–Não precisa mais fingir

–Eu nunca fingi nada, se você fingiu não tenho nada haver com iss... – Eu a calei, de repente meus lábios estão contra os dela se movimentando igualmente.

Ela me empurrou para trás deixando seus materiais caírem.

–O que pensa que está fazendo?! – Falou esfregando a boca e tirando os fones.

Sorri para ela e peguei seu rosto com a mão aproximando-a de novo, ela não protestou, apenas alternou o olhar entre meus olhos e meus lábios, me aproximei dela e respirávamos dentro do outro, minha boca se selou a dela, nossas línguas se uniram em uma dança que ambos clamávamos em nosso ódio.

Ela me empurrou de novo e saiu correndo dali, eu a segui. E não gostei de sua direção. Ela ia para praia, exatamente onde fomos proibidos de ir. Mas foda-se, aquela garota tinha algo especial para eu não querer apenas uma ficada dela, e se a praia fosse o destino eu iria pra lá.

–Luiza – Chamei.

–Henry será que pode me deixar em paz?! – Ela berrou quase chorando.

–Luiza não... Desculpa eu...

–Cala a boca! É por isso que eu te odeio!

–Por que te beijar? – Eu ri.

–Não! Por ter esse efeito em mim. Porra Grigori! Eu jurei nunca me envolver novamente assim! Você está tornando tudo muito difícil!

–Tem medo de se envolver? –Perguntei provocante.

–Tenho medo de me magoar.

–Eu não vou te magoar.

–Já magoo uma vez, pode magoar de novo. Eu quero distancia, saia daqui!

Eu não sai, eu me aproximei dela e acariciei seu rosto com lágrimas, ela tirou minha mão do seu rosto.

–Sai – Sussurrou. – Eu não quero te ver de novo.

–Luiza.

Ela deu um tapa em minha cara.

–Saia, Henry Grigori, e não volte a se aproximar de mim.

Esfreguei o rosto e sai.

–Você está apaixonada – Falei.

–Cala a boca, eu não me apaixono, não mais! Saia, e me deixe.

–Se não está apaixonada por mim por que quer que eu saia?

–Porque... Porque não quero você apaixonado por mim.

–Há! – Ri e a peguei no colo.

–Henry o que você está fazendo? – Ela esperneou – Solta-me.

–Não.

Sorri e corri para o mar com ela, onde a joguei na água.

–Desgraçado, idiota! – Ela berrou.

–Não grite, vão nos achar aqui.

–Vão mesmo, eu vou sair daqui e você não vai atrás de mim.

Ela começou a sair mais peguei em seu pulso e a puxei para mim.

–Pare de se fingir de difícil Luiza. –Sussurrei em seu ouvido.

Depois disso ela tomou a iniciativa, ela me beijou, eu a colei em meu corpo e a puxei para cima, para ela enlaçar as pernas em minha cintura, era um tanto clichê um beijo na praia, dentro do mar.

Eu a levei para a areia atrás da rocha, eu a escorei lá e continuamos a nos beijar.

Eu levantei a blusa dela e ela nem se importou, terminou de tira-la e depois tirou a minha.

Parecia que a santinha não era tão santa assim.

–Achei que você fosse mais comportada – Falei ofegante.

–Por que acha que mudei de colégio? – Ela sorriu maliciosa e mordeu meu lábio inferior.

Tirei o short dela e ela meus jeans.

Ela ficou apenas com a lingerie dela (http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=55387663).

Olha o que eu to fazendo, eu tenho quase dezoito e ela quinze, era o mesmo que um cara fazer isso com minha irmã! Eu não podia fazer isso! Ela me jogou contra a pedra e continuou a provocar-me.

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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Ok, eu podia sim.

Voltei a prensa-la na parede e ela enlaçou suas pernas nas minhas a deitei na areia e ela me virou ficando e cima de mim.

A deverão iria começar e iríamos torcer para que ninguém nos achasse aqui.

Ela sorriu percebendo que eu estava preocupado.

–Eu não acredito que vou dizer isso – Ela disse – Mas você fica lindo preocupado.

–Você fica lindo confessando que me ama.

–Eu não disse isso.

–Mas vai.

–Faça-me dizer.

–Farei.

Voltei a beija-la e ela acariciou meus cabelos com suas unhas compridas fazendo-me estremecer.

~*~[n/a: eu não sou boa em descrever o que aconteceu gente, vocês imaginem ai] ~*~

–E agora? – Perguntei deitado na areia com Luiza ao meu lado.

–E agora o que, Grigori? – Perguntou ela sorrindo.

–Vai dizer que me ama?

–Nem se implorar.

–Mas você me ama.

–Amo quem me ama, odeio quem me odeia.

–Então me ama.

Ela riu.

–Ok Henry, perdemos dois períodos de aula, não quero perder o próximo.

–Vai para a aula com roupas molhadas?

–Ao contrario de você – Disse ela se virando para mim – Eu trouxe outra roupa.

–Eu uso a do treino.

Ela sorriu e levantou, percebi na luz do sol duas marcas brancas em suas costas, elas eram pequenas e ficavam abaixo dos ombros.

Eram... Eram iguais as minhas... Eram iguais as da Emily.

E ela faz fisioterapia, ela sente dor nas costas, peso nas costas.

Santo Deus.

Eram asas.

–Luli?

–Sim? – Falou ela juntando as coisas.

–O que são essas marcas em suas costas?

–Marcas de nascença.

–Sabe que isso não é comum né?

Ela bufou e seu sorriso tornou-se um expressão mau humorada. Ela pegou as roupas molhadas e as vestiu.

–Ok, Henry Grigori, elas não são comuns, são aberrações, nossa como você é hipócrita. Não tá em posição de me julgar por duas marcas nas costas.

Ela saiu batendo pé bufando.

Levantei e botei minhas calças botei a camisa e corri atrás dela.

–Calma, Luli, não quis...

–Eu falei pra não se aproximar de mim, agora que já teve o que queria de mim, pode me deixar em paz...

–Luli...

–Ah, Henry chega.

–Você está tirando a conclusão errada e precipitada.

–Problema meu, não confio em garotos.

Ela entrou na sala de música pegou suas coisas e saiu para o banheiro.

Que garota hein.