Cor de Rosa

Ecomenda Perfeita


Cheguei em casa exausta naquela manhã, no entanto eu estava animada como em muito tempo eu não ficava, guardei as compras que tinha feito a pouco no mercado e fui para o banheiro, tomei um banho não muito demorado lavei meu cabelo e sai direto para o meu quarto a fim de dormir praticamente o dia todo, e foi exatamente o que eu fiz, mas naquele dia eu não dormi do jeito que eu costumava dormir nos últimos tempos, eu estava descansando e eu até sonhei, não me lembro bem do sonho mas havia uma linda menininha de cabelos pretos envolvida.
Quando acordei por volta das 18:00 horas eu estava ótima, descansada e inspirada, tanto que fui para a cozinha cantarolando, fiz meu curry e quando me sentei para come-lo comecei a matutar sobre minha ideia.
Se somente a possibilidade de me tornar mãe me deixava daquele jeito imagina se eu realmente conseguir o que eu quero, pois bem, a primeira coisa que eu tinha que conseguir era um pai, não poderia ser nenhum dos seus amigos, isso não dava nem pra imaginar, fora que a maioria deles era casado agora, com exceção de Kiba e Lee, mas eu não queria nenhum dos dois, Shino também não era uma possibilidade, também não poderia ser nenhum dos caras com que já tinha saído, primeiro porque eles eram conhecidos e eu não os via como pais em potencial e segundo que, eles estariam perto demais de mim e do meu filho e eu não queria que um quase desconhecido ficasse palpitando na minha relação com meu filho.
E se fosse um inseminação artificial? eu poderia escolher algumas características do pai e nem eu nem ele nos conheceríamos, claro, isso seria perfeito para a minha situação e a porca iria me ajudar nessa.
Assim que terminei meu jantar mandei um recado para Ino, convidando-a para almoçar comigo no dia seguinte, avisei a ela que tinha uma novidade e que ela iria me ajudar, recebi uma resposta dela mais cedo do que esperava, ela disse que nos encontraríamos ao meio dia, no nosso restaurante favorito e que ela também tinha novidades para contar.
Assim no dia seguinte pontualmente as 12:00 lá estava eu sentada na minha mesa favorita do meu restaurante favorito, eu e as meninas sempre íamos ali para uma reunião das garotas, aquele lugar tinha muitas histórias, boas e ruins, eu estava muito ansiosa para me encontrar com Ino, sei que ela acharia loucura no inicio mas eu sabia que sempre poderia contar com ela pra qualquer coisa.
Olhei no relógio 12:03, Ino estava atrasada que coisa logo hoje, que eu ia contar a decisão da minha vida a porquinha atrasa, tudo bem eram três minutos, mas eu precisava compartilhar minha ideia com alguém ou ficaria louca, 12:05 Ino apontou na porta do restaurante, ela se sentou na mesa em que eu estava.
– Porque demorou tanto? – eu disse a ela.
– Calma testuda, foram só cinco minutos – eu dei um suspiro de cansaço – Então qual é a boa? – ela disse revirando os olhos.
– Eu vou ser mãe. – eu respondi, vendo a loira fazer a cara mais confusa que ela já fizera em sua vida.
– Hein?
– Bem tecnicamente – eu comecei – eu não estou grávida, ainda.
– E onde você vai encontrar o pai, porque pelo que eu sei você tem passado bem longe de homens.
– Ora Porca, eu não preciso de um homem – a loira fez uma cara ainda mais confusa, se é que isso era possível – pelo menos não de um homem inteiro, só uma parte dele.
Então seu semblante se normalizou, e ela pareceu esclarecer as coisas mentalmente.
– Tá, então deixa eu ver se adivinho, você quer fazer uma inseminação artificial e quer minha ajuda, é isso?
– Leu meus pensamentos, Porca.
– Tudo bem. – Ino respondeu somente, como se recebesse um pedido daqueles todos os dias, esperava que ela fosse me chamar de louca e me dar algumas lições de moral, e eu vim com argumentos realmente fortes para convence-la, mas ela simplesmente concordou.
– Tudo bem? – eu repeti a frase incrédula.
– Sakura, eu sou sua amiga, já faz muito tempo que eu não te vejo alegre ou animada com alguma coisa, e se isso te faz feliz pode contar comigo, farei o que estiver ao meu alcance.
– Obrigada Ino – foi o que consegui dizer, porque meus olhos já estavam marejados.
– Então, pare com essa melação, e vamos ao que interessa, como quer o papai? – o garçom trouxe nossa comida, tinha pedido um dos maiores pratos do local eu estava muito animada, e quando estava animada comia muito, Ino sabia disso.
– Bem, eu não pensei em nenhuma característica especifica, mas sei lá, alto e bonito?
– Parece bom – Ino deu uma garfada em sua comida e fez uma cara estranha – não se preocupe testuda, eu tenho acesso a todo material genético do hospital, vou selecionar o melhor espécime para você, vou olhar isso o quanto antes e quando achar o perfeito vou deixar separado pra você.
– Perfeito – Respondi já na metade do meu prato que aliás estava ótimo.
– A propósito Ino, você disse que também tinha uma novidade, qual é?
– É mesmo testuda – Ino tinha revirado a comida toda e não parecia muito animada com o prato de massa que havia pedido – Eu e Sai estamos grávidos.
– Jura? – eu disse em meio a um gritinho histérico.
– É, e parece que estamos tendo um surto de fertilidade em Konoha porque ontem, me encontrei com Karui e Temari e elas também vão ter bebês.
– Hinata também está gravida e daqui a pouco eu entro no time com vocês.
– Isso vai ser interessante – Ino falou desistindo de vez de comer sua comida, ela provavelmente estava enjoada.

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Depois que sai do restaurante, fui fazer as compras que minha casa precisava, Ino disse que tinha plantão a noite e precisava descansar então não foi comigo, ela também disse que iria separar minha encomenda então tinha de se concentrar, tudo bem eu estava mesmo de folga e iria aproveitar meu bom humor para limpar meu apartamento que estava precisando, fui ao mercado fiz minhas compras e quando cheguei em casa fiquei o dia inteiro dando limpeza no local, parecia que tinha um ano desde a última vez que tinha feito uma boa faxina.
Quando terminei já era noite então comecei a preparar meu jantar, enquanto o fazia comecei a calcular meu ciclo, peguei minha agenda onde tinha tudo anotado e me dei conta que minha ovulação aconteceria nos dias de amanhã e depois.
Bem Ino tinha de ser rápida na separação do meu material, pois eu faria a inseminação em mim mesma amanhã pouco antes do meu plantão, ligaria para Ino caso precisasse, pois se não estava enganada ela estaria de folga durante seu plantão.
Quando acabei de cozinhar comi meu jantar e fui tomar banho não era muito tarde, mas eu faria um plantão de 24 horas e tinha que preparar.
Acordei no dia seguinte com o despertador tocando as 6 da manhã, fui ao banheiro e tomei meu banho, as 7 em ponto eu estava no hospital, meu turno começava as 8, mas eu mesma tinha marcado um tempo pra mim, era como uma consulta mas como eu era medica e tinha autonomia para me tratar sozinha, marquei meu horário.
Cheguei ao hospital e fui até a recepção, a moça me recebeu e me entregou um crachá para que eu pudesse ter acesso a todas áreas do hospital desse modo eu poderia fazer meu próprio tratamento, entrei e esperava encontrar Ino no final de seu expediente, mas ela já havia ido embora, então parti em direção a ala de fertilidade e fui para a geladeira onde ficava armazenado o material genético, quando entrei no local vi um tubo muito grande onde tinham vários potinhos pendurados em volta, cada um com uma etiquetinha branca, com números e letras impressas que eu teria de verificar no sistema para saber do que se tratava, haviam também alguns outros potinhos em um suporte que cabiam vários deles e alguns espalhados pelas mesas, nenhum deles parecia diferenciado ou separado, maldita porca, eu pensei, não separou nada para mim, foi quando olhei para um armário embutido na parede lá tinha somente um único potinho, era ele, só podia ser, a porca deixou ele pra mim, somente Ino mexia naquela sala então aquilo definitivamente era meu.
Me aproximei do armário e peguei o potinho, nele havia uma etiqueta diferente das outras que estavam pregadas nos outros potinhos daquela sala, a etiqueta era rosa e só estava escrito M1-U.S. com a letra da própria Ino, M1 eu sabia que significava amostra um, ou seja primeira amostra do doador e U.S. deveria ser algum código de controle da porca, mas o fato de estar separado dos outros e de estar escrito com a letra dela me deram a certeza de que aquela era minha encomenda.
Tudo bem, rumei a sala de operações e realizei o procedimento em mim mesma, faltavam vinte minutos para as oito da manhã, e eu precisava ficar trinta minutos de repouso, e não faria mal se eu me atrasasse dez minutos apenas.
Quando eram oito e dez eu me levantei e fui para meu consultório, trabalhei normalmente durante as vinte e quatro horas consecutivas, tinha sido um plantão meio parado e as horas demoraram a passar, tentava inutilmente não pensar no procedimento que havia feito a pouco tempo, mas ficava terrivelmente ansiosa quando pensava no assunto, assim os minutos foram se arrastando, quando foi oito e dez do dia seguinte eu estava liberada, seguia em direção a minha casa quando fui abordada por um ANBU.
– O Hokage quer vê-la.
– Hai – eu respondi, vendo o mascarado sumir em uma nuvem de fumaça.
Ao invés de ir para casa rumei ao prédio do Hokage, onde Naruto me esperava.
– Sakura-chan tenho uma missão para você.
– Pode dizer – Eu o respondi.
– Existem ninjas médicos em Suna precisando de treinamento, o Kazegake me pediu uma equipe medica para iniciar a missão e você irá liderar a equipe.
– Hai.
– O tempo estimado de conclusão é de quarenta dias, e eu mandarei as devidas instruções em um pergaminho com um ANBU, vocês irão partir nesta madrugada.
– Hai.
Eu estava indo em direção a minha casa a fim de descansar um pouco para minha próxima missão, quando vi Ino Sentada na varanda de sua casa, ela me chamou e eu não tive escolha se não ir até lá.
– Oi Porca o que está fazendo?
– Descansando Sakura, tenho ficado muito enjoada.
– Bem então é melhor descansar mesmo. – não estava muito animada só estava a fim de dormir, mas antes de me retirar me lembrei – ah! Obrigada Ino.
– Pelo que?
– Como assim pelo que? Você deixou minha encomenda separada no armário da sala de fertilidade.
– Sakura, eu estava muito enjoada e não fui trabalhar, a última vez que estive naquela sala foi para guardar o.... – ela ficou estática, e eu comecei a ficar preocupada – Sakura diga que você ainda não fez o procedimento.
– Claro que eu já fiz, ontem de manhã.
– O que tinha escrito no pote? – Ela me perguntou.
– M1-U.S. eu acho.
– Merda – ela disse
– Ino o que foi?
– Sakura aquele não era um pote de doador – que merda era aquela que Ino estava falando como assim não era um pote de doador?
– Como assim Ino? estava separado no armário, com a sua letra, a etiqueta era rosa, como assim não era um doador, parecia a encomenda perfeita para mim.
– É talvez fosse mesmo, só que...
– Só que, o que?
– Sakura, preciso que escute com atenção e preciso que mantenha a calma.
– Prossiga – eu estava quase segurando a respiração.
– Aquilo não era um pote de doador – ela suspirou – agora acompanhe meu raciocínio, aquilo era a primeira amostra de U.S.,Uchiha Sasuke.
Minha respiração falhou, minha visão escureceu, droga eu ia desmaiar.

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