Olá, meus amores. Um novo capítulo pra vocês. Se cuidem s2

Era uma tarde de sol quente, quando Estevão desceu de seu carro, todo vestido de social. Já abrindo sua carteira, caminhando ele ia em direção a uma banca de revistas e jornais.

Ele suspirou vendo o senhor vendedor que já o esperava ansioso, seu maior comprador.

Que então assim, ele disse sério.

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—Estevão: Boa tarde. Quero as de sempre.

Ele tirou mais de uma nota de dinheiro da carteira e o senhor dono da banca tirou todas as revistas do mês que ainda tinha para vender, o entregando.

Estevão puxou o ar de uma vez vendo as capas da revista amontoadas sobre a banca. Maria, sua Maria estampava elas. Sentada em uma cadeira de praia, vestida em um vestido vermelho de pano transparente e ombros de fora, ela tinha as pernas torneadas amostra, enquanto seus cabelos morenos no clique da foto, voavam. Estava linda, uma deusa. E ele bufou mais uma vez lembrando de Pepino no dia que a deixou pronta para aquelas fotos, de muitas outras, logo aquela que para ele mostravam mais o que deveria, ele havia feito a capa daquela revista que para ele parecia que minava como água nas bancas desde de seu lançamento.

Por trás da imagem de Maria, trazia uma mensagem para mulheres como ela, que eram mães e também empreendedoras. Mas para Estevão só trazia para todos o quanto tinha uma mulher que poderia despertar interesse de homens que não era ele.

E assim estava sendo essa sua rotina desde que aquelas revistas tinham sido lançadas, ele passava nas bancas mais próxima e comprava todas, escondendo de Maria o efeito e guardando rancores de Victoria, sua querida cunhada que a tinha metido naquilo.

Então, depois dele pagar as revistas e pegá-las, deixando-as dentro do porta malas do carro junto com mais outras, ele fechou com força, deu a volta no carro e entrou nele, batendo a porta e dirigindo de volta para delegacia em qual trabalhava.

Um pouco mais tarde.

Do outro lado da cidade. Victoria estava com Maria em sua casa de moda. Iam almoçar juntas, por isso Maria havia aparecido para buscar sua irmã mais velha para irem a um restaurante mais próximos de suas empresas.

Maria olhou em seu relógio de pulso a hora. Se Victoria não se apressasse, almoçariam na hora do café da tarde.

Ela então descruzou uma de suas pernas, alternando elas e suspirou impaciente.

Victoria notando como ela estava e ajeitava suas coisas em pé na mesa dela, disse.

—Victoria: Maria, a impaciente aqui sou eu, lembra?

Maria puxou o ar do peito e se levantou largando sua bolsa na mesa de vidro de Victoria.

—Maria: Desculpe, não quero te apressar. Só estou um pouco impaciente esses dias, Victoria.

Ela passou as mãos em um lado de seus cabelos morenos e que ela levava soltos.

Victoria então a encarou e jogou sua bolsa no ombro e também pegou uma pasta de desenho que tinha em sua mesa. Enquanto almoçariam, ela gostaria de compartir com Maria sua nova coleção que apresentaria na nova viagem que planejava para New York, mas que dessa vez ela iria com sua equipe. E assim depois, saíram juntas da sala.

Já no restaurante. Maria e Victoria já haviam feito seus pedidos, que assim enquanto esperavam bebiam de uma bebida gelada sem álcool e conversavam. Maria deitou a pasta na mesa depois de folhear os desenhos que Victoria exibiria. Que depois sorrindo ela disse.

—Maria: Estão lindos, Victoria. Perfeitos!

Ela pegou sua bebida e tomou mais um gole, enquanto Victoria deixando a dela também na mesa depois de tomar, disse.

—Victoria: Obrigada, Maria. Mas sei que você também já está planejando sua nova coleção, não é assim?

Maria suspirou entregando a pasta a Victoria. Era certo, estava já fazendo um esboço de novos desenhos de mais uma linha de joias. Queria lança-las em breve, o que a fazia pensar no marketing que teria que contratar para que suas novas criações fizessem sucesso e despertasse interesse em grandes nomes por trás de grandes lojas que trabalhava com joias e obras primas em prata. O trabalho seria dobrado daquela vez, todo o suor dela e sua equipe ia ser dado nessa nova coleção. Uma meta de vendas, era isso que Maria tinha e precisava bate-la por seguir tentando reerguer sua empresa.

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Que então assim, ela respondeu Victoria.

—Maria: Sim, Victoria. Estou há semanas levando trabalho para casa e até para minha cama com Estevão por conta dessa nova coleção que vamos preparar. Há tantas coisas para fazermos.

Ela levou as mãos nas têmporas alisando. E Victoria fez um sinal negativo com a cabeça e disse.

—Victoria: Concordo que não deve descuidar dos seus negócios, Maria, mas também não pode descuidar de seus negócios na cama, hum. Levar negócios para nossa cama que não é nós e nossos maridos nus sobre ela, é muito perigoso.

Dois garçons chegaram na mesa trazendo o pedido das duas. Maria intercedeu por dentro para que eles não tivessem escutado as últimas palavras de Victoria. E depois de alguns minutos eles deixando elas novamente a sós, Maria disse, depois que limpou sua boca com o guardanapo.

—Maria: Tem razão, Victoria. Mas Estevão também está voltando chegar tarde em casa. Então ou levo trabalho para nossa cama ou durmo antes que ele chegue.

Victoria engoliu o que comia e depois tomou um gole de água para lhe limpar a garganta, para depois responde-la.

—Victoria: Então está explicado sua irritação. Está sem fazer sexo, Maria.

Maria juntou as mãos pensativa. Era aquilo mesmo que passava. Excesso de trabalho, falta de tempo, falta de sexo, falta do homem que amava junto com suas carícias estavam fazendo os dias dela mais longos e mais irritantes.

Que assim, desejando desabafar como já fazia, ela disse.

—Maria: Estevão e eu estamos com nossos dias tão corridos que para termos uma conversa estamos precisando marcar hora, Victoria. Então não fazemos amor há bastante tempo.

Victoria analisou a expressão de Maria, fazendo um bico torto. O que parecia estar sendo um problema para Maria a falta de sexo com Estevão, para ela o excesso dele com Heriberto, a estava colocando em alerta. Que então depois de comer mais um pouco, deixando ambas em silêncio, Victoria resolveu desabafar também.

—Victoria: Bom, já que entramos nesse assunto, devo dizer que também estou tendo problemas com Heriberto em relação ao nosso sexo, Maria. Mas não por falta dele, mas pelo excesso.

Maria a olhou confusa pensando que Victoria poderia só estar brincando, enquanto a via chamando o garçom com um sinal de mão. Victoria sentiu que ambas precisavam mais do que duas bebidas geladas para seguirem aquele almoço e a conversa que levariam. Precisavam de álcool, de um bom vinho doce e caro.

Longe dali.

Heriberto no hospital tinha as mãos dentro do tórax de um paciente. Operava no automático. Sabia o que deveria fazer todos os dias. Sabia seu dever naquele hospital escola, que era salvar vidas e ensinar jovens médicos a fazer o mesmo.

A cirurgia terminou deixando o paciente estável para ser transferido ao um quarto. Depois de descartar a máscara, luvas e a capa que usou sobre seu pijama de médico e lavar as mãos, ele saiu do lavabo.

O dia estava passando rápido. Estava há mais de 16 horas trabalhando para chegar no final do dia ir para casa e passar a noite em família para dormir ao lado de Victoria aquela noite.

Ele caminhou entre os corredores, visando a recepção na área dos leitos dos pacientes para ver os prontuários, que foi dado um em sua mão por uma enfermeira. Ele folheou, quando por trás dele ele sentiu que alguém o abraçava.

Ele então sorriu, conhecia aquele perfume e ele olhou para baixo vendo o braço que levava uma pulseira conhecida o que fez ele largar o prontuário sobre o balcão a sua frente e se virar, dizendo.

—Heriberto: Filha, que bom vê-la aqui, querida.

Elisa sorriu para o pai que a pegou no rosto e a beijou na testa.

Ela fechou os olhos com o gesto carinhoso e disse depois.

—Elisa: Não falta muito para que eu vire de vez uma interna, papai. Assim nos veremos o dia todo no seu trabalho.

Heriberto assentiu. Elisa como interna seguiria aprendendo ao lado dele e outros médicos que já passaram pela fase que ela ainda ia começar e Heitor já começava concluí-la. Que assim cheio de orgulho ele disse.

—Heriberto: Você sempre me encheu de orgulho filha desde que era como Bella.

Elisa agora se afastou devagar dele e disse.

—Elisa: Sei que vai voltar para casa ao final do dia por isso estou aqui, para voltarmos juntos.

Heitor os vendo ali, depois de falar com uma enfermeira foi até eles. Heriberto o viu e o olhou com preocupação. Heitor tinha olheiras e a expressão abatida. Ele estava mais horas no hospital só passando de um cochilo quando podia, mas sem dormir por uma noite inteira há 3 dias.

Que então assim, ele disse quando viu o sobrinho.

—Heriberto: Deveria ir para casa também, filho. Vamos os três juntos, te deixamos em casa, hum.

Heitor enfiou as mãos dentro de seu jaleco e os olhou e depois respondeu.

—Heitor: Estou indo para casa agora, tio. Mas não para ter uma noite de descanso e sim para sair. Max me convidou para uma festa.

Heriberto respirou fundo e disse.

—Heriberto: Hoje é quarta-feira, onde Maximiliano arruma tantas festas para ir?

Elisa deu de ombros sabendo qual festa seu irmão ia mas não querendo falar, enquanto Heitor coçou a cabeça também não querendo dizer, o que fez ele olhar a prima de lado. Heriberto viu as trocas de olhares entre os primos e disse, cruzando os braços.

—Heriberto: Tenho uma leve sensação que querem me esconder onde será essa festa. Estou enganado?

Heitor suspirou. Só aceitou aquele convite depois de Maximiliano convidá-lo mais de uma vez para acompanha-lo. O que na verdade ele sabia que precisava por já estar dias sem saber de Vivian e seu paradeiro depois dela deixa-lo sem explicação alguma.

A noite caiu.

Longe dali, em Guadalajara.

Maria Desamparada tomava sopa que Vivian havia feito a ela. Agora moravam em um apartamento mais simples. Pegaram as economias que tinham junto ao dinheiro da venda do carro que Maria Desamparada havia comprado com o dinheiro que começou ganhar trabalhando na casa de moda e se foram sem dizer nada a ninguém onde iam. Vivian como ela, também pegou o dinheiro que ganhou trabalhando com Maria e seguiu a amiga, deixando seu amor para trás. Maria Desamparada era a família de Vivian assim Maria também a considerava. Como irmãs, mais que amigas era assim que se tratavam que por isso, mesmo que Maria havia decidido deixar a capital sozinha, Vivian não havia permitido. Não com sua amiga grávida. Não deixaria ela sozinha nessa condição.

Maria Desamparada soprou a sopa, vendo Vivian sentar á frente dela na mesa e disse.

—Maria Desamparada: Toda vez que te olho me sinto culpada de saber que está aqui comigo. Tinha um conto de fadas com Heitor e o deixou por mim, Vivian.

Maria Desamparada suspirou com pesar e Vivian alisou uma das mãos dela dizendo.

—Vivian: Eu amei Heitor. Ainda o amo, mas não poderia abandoná-la no momento que mais precisava de mim, Maria. Conheci Heitor há quase um ano, enquanto você, desde de menina, você é minha família.

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Maria Desamparada, que sempre havia se sentido a mais durona entre elas, limpou as lágrimas que desceu com o falar de Vivian. Havia dito a si mesma ao terminar tudo com Maximiliano, que jamais deixaria sua carreira que começava decolar por um homem, mas as coisas haviam mudado e ela se descobrindo grávida teve uma escolha, por ser órfã, abandonada pelos pais, não podia nem sequer pensar que geraria um filho indesejado também, nem que poderia fazer o mesmo que fizeram a ela, o abandonando ao nascer. Não. Por um filho sim ela largaria tudo, até seus sonhos que começou alcançar. Havia deixado tudo para trás, escondendo sua gravidez de Max e principalmente de sua chefe que seria a avó daquele bebê.

Ela levou a mão abaixo na barriga que já denunciava que era uma gestante. Sabia como Victoria havia tratado todas as outras modelos que fingiam uma gravidez ou a paternidade de filhos que juravam que eram de Maximiliano. E definitivamente ela não queria ser como mais uma delas, não queria ser vista como uma oportunista caça fortunas, quando descobrissem de sua gravidez. Ela tomou sozinha a responsabilidade de seu deslize e agora cuidaria do filho sendo mãe solteira.

Na capital.

Bella, vinha pulando para dentro de casa com uma revista na mão. Ela fazia caça palavras infantis. Que assim ela parou no meio da sala depois de achar mais uma palavra e depois voltou pular para subir as escadas.

Os cabelos dela batendo com os movimentos lembrava a mãe, que foi então Victoria descendo de robe e já sem maquiagem, viu como ela pulava e disse.

—Victoria: Você vai cair, filha.

Ela apertou o laço do robe e esperou a menina chegar até ela para beijá-la.

Que assim depois que fez, Bella disse.

—Isabela: Papai está demorando.

Victoria suspirou concordando com sua filha caçula. Acreditava que Heriberto chegaria cedo em casa, mas já passava das 9 da noite e ele não havia chegado e nem respondia as chamadas dela.

Que assim ela disse, com uma cara não muito boa.

—Victoria: Tem razão, minha querida. Mas já está se fazendo tarde para espera-lo fora da cama. Amanhã tem aula cedo.

Bella fez um bico e a respondeu.

—Bella: Se eu for para minha cama vou acabar dormindo e não vou vê-lo de novo, mamãe.

Victoria levou a mão na cintura. Isabela não via o pai quase 2 dias por Heriberto estar em mais um plantão, que o fazia sair cedo sem ainda a menina ter acordado e chegar tarde com ela já dormindo, o que parecia que aquela noite seria igual. Mas que tendo uma ideia, ela disse.

—Victoria: Vá para o quarto da mamãe, assim quando ele chegar você saberá meu amor.

Isabela deu um largo sorriso, sabendo que acabaria dormindo no meio da cama dos pais e subiu animada para pôr o pijama e escovar os dentes antes de ir ao quarto deles.

Victoria suspirou quando ficou sozinha e voltou descer as escadas até que ela ouviu a porta se abrir e viu Max passar por ela.

Que então ela disse brava.

— Victoria: De onde está vindo, Max? Por acaso não viu seu pai? Ele não me atende.

Ela caminhou até ele com uma cara nada boa e ele disse.

—Max: Estava tomando um ar fresco no jardim. Mas qual pai se refere? Agora tenho dois.

Victoria fechou mais a cara e Max gargalhou passando o braço em volta do pescoço dela, fazendo ela ir até um dos sofás da sala com ela.

—Max: Que cara feia é essa, rainha. Eu estava brincando.

Victoria revirou os olhos com Max beijando a cabeça dela. Que ela o afastando disse.

—Victoria: Não, nem venha me bajular, Maximiliano. É certo que tem dois pais, mais o mesmo DNA, não transforma um homem em pai.

Max concordou com ela e disse.

—Maximiliano: Essa tarde quando vi Osvaldo, disse o mesmo a ele.

Victoria suspirou percebendo que Max via cada vez mais Osvaldo e disse.

—Victoria: Está cada vez mais em contato com ele, não é? Gosta dele?

Maximiliano deu de ombro e disse.

—Maximiliano: O cara só quer ser meu pai também. E eu me considero sortudo mãe. Ter dois pais não é para todo mundo.

Ele riu de novo e Victoria séria o respondeu se levantando.

—Victoria: O que considera sorte, eu considero azar. Não queria que Osvaldo fosse seu pai. Mas não posso mudar o passado e mesmo se eu mudasse, não seria você meu filho, querido.

Ela o tocou no rosto com carinho e Max agora deu um sorriso de amor e pegou nas mãos dela dizendo.

—Maximiliano: Eu te amo, minha rainha. E já faz meses que sabemos da verdade, poderia fazê-la mais leve como faço, não é?

Victoria se afastou dele cruzando os braços e disse.

—Victoria: Queria que fosse fácil, mas não é.

Maximiliano suspirou. Apesar de conseguir tirar o lado bom daquilo sabia que aquela verdade tinha mudado o que acreditavam durantes anos. Era pesado saber que não era filho de um homem que acreditou ser por toda uma vida, mas Max sabia que tinha duas opções, não aceitar aquela nova realidade e sofrer, ou aceitar e aprender a conviver com ela. O que era o que ele fazia.

Momentos depois, Victoria sozinha na sala depois de Max dizer que se arrumaria para ir em uma festa, se viu colocando uísque em um copo para esperar Heriberto chegar.

Na bananal.

Cristina estava exausta. Estava sentada em cima da cama. Tinha as pernas estiradas e pés com travesseiros em baixo deles enquanto nas costas tinha outros dois. Candelária arrumava eles para ela ficar mais confortável.

Que assim depois que fez, Cristina disse, descontente.

—Cristina: Por que, Frederico ainda não chegou? Já é tarde.

Ela suspirou. Com o momento do parto se aproximando, ela tinha mais dores nas costas e os pés já inchados.

Cristina então alisou a barriga, já tinha se acostumado com os movimentos cada vez mais intensos de Maria do Carmo em sua barriga, mas não podia negar que a queria desesperadamente já fora dela. Já que Cristina sentia que a qualquer momento poderia explodir por ter a sensação que Maria do Carmo era muito maior do que o espaço que lhe cabia dentro dela.

Candelária sabia onde Frederico estava. Ele havia ido até Raquela junto a um médico, por ela não estar se sentindo bem. Mas havia ido porque teve que buscar o médico na vila Hermosa por já ser tarde da noite e ele não poder deixar que seu capataz a levasse até o hospital. Feito no qual, Cristina não sabia.

Que desconfiada, ela voltou a perguntar para senhora.

—Cristina: Te fiz uma pergunta, Candelária. Não cubra Frederico. Porque seu silêncio vai me fazer pensar que ele se foi com Raquela. Aquela estupida.

Cristina se moveu inquieta e a senhora indo até ela.

—Candelária: É melhor que sossegue Cristina. Frederico vai voltar logo.

Cristina bufou, sabendo que até que Frederico não tivesse a prova de paternidade que precisava, ele não seria capaz de deixar Raquela a própria sorte. O que também ela no fundo concordava que ele não podia fazer isso e se concordava era apenas pelo inocente que ela também gerava.

Que assim ela disse.

—Cristina: Se o filho que Raquela espera não ser de Frederico, quando ele nascer terei um acerto de contas com ela só por ela ter tirado meu marido tantas vezes de mim.

Ela bufou virando o rosto e Candelária sorriu. Cristina e Frederico ainda não eram casado, mas era certo que se casariam assim que Maria do Carmo nascesse. Estava cada vez mais certo para ela, que ela não veria mais Cristina fugindo do amor que ela sentia de Frederico e que nem o veria mais sofrer pela ausência dela.

Cristina viu seu celular mostrar uma mensagem que recebia vindo da clínica. Quando recebiam casos de emergência, abriam em particular e ela estava sendo avisada que naquele momento estava tendo um atendimento a uma cliente que levou seu pequeno cachorro para uma urgente consulta.

Cristina suspirou sabendo que um de seus profissionais fariam com excelência esse atendimento sem a presença dela. O que poderiam seguir fazendo, com ela estando nas 32º semanas, completando 8 meses de gestação, a deixava assim, incapaz de seguir com o mesmo ritmo de trabalho que estava tendo.

Na capital.

Heriberto enfim chegou. Na sala, de luz apagada ele só viu um abajur ao lado de um sofá aceso, e uma cabeça que era de Victoria sentada de costa para a visão dele.

Sem precisar olhar para o lado da porta, Victoria sabia que era Heriberto que chegava que por isso, ela disse, mexendo com seu terceiro copo de uísque na mão.

—Victoria: Se não estivéssemos fazendo tanto sexo em todos esses dias, Heriberto, diria que está me traindo.

Ela colocou o copo na mesinha e ficou de pé. Heriberto a olhou sério quando a ouviu. Sua demora tinha sido proposital, sim, tinha. Quando fez Heitor e Elisa dizerem qual festa Maximiliano ia aquela noite, tinha perdido totalmente suas ganas de estar cedo em casa. Max iria em uma festa que quem daria era a emissora que Osvaldo trabalhava, alguma besteira como o dia do ator que o tinham explicado, reuniriam os funcionários artistas para uma confraternização. Osvaldo era um simples ator. E ele era um médico que salvava vidas. E quantas vezes Maximiliano havia o prestigiado em um seminário? Já havia sim estado em alguns mais ainda sendo um moleque ao lado de Victoria e as irmãs, depois não mais. E isso o tinha aborrecido. O enciumado.

Que então assim ele disse.

—Heriberto: Não diga besteiras, Victoria, só tenho olhos para você e sabe muito bem.

Ela ergueu a cabeça o encarando. E ele foi até o bar de bebida para buscar uma também.

Que assim ela disse.

—Victoria: Se não tem um amante por aí, porque não veio para o jantar como o combinado? Isabela não te vê quase dois dias, Heriberto.

Heriberto de costa para Victoria, respirou fundo, depois de encher o copo dele e beber um pouco, que em seguida, se virando para ela, ele disse.

—Heriberto: Sou um médico e não um atorzinho de quinta, Victoria. Salvo vidas, por tanto sabe que me pode ocorrer emergências a qualquer momento. Por isso não vim como o previsto.

Ele bebeu mais da bebida dele agora com o rosto mais sério, o corpo todo tenso que Victoria pôde sentir de onde estava. Ela então ficou tensa como ele, por entender muito bem o porquê ele tinha comparado sua profissão com a de um ator. Estava sendo assim aqueles meses passados. Pequenas palavras e atitudes dele em relação ao passado e a realidade que agora viviam, fazia ela entender que ainda tinham problemas para seguirem ser o casal que eram.

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Que assim, disposta a não ficar naquela conversa e grosseria de Heriberto, ela disse.

—Victoria: Vou subir. Não estou disposta aturar suas grosserias, Heriberto. Boa noite.

Ele largou o copo rápido ao lado do dela na mesinha, e disse já arrependido pela forma que falou.

—Heriberto: Não vai, Victoria. Vamos ficar um pouco aqui, só nós dois, hum.

Ele a trouxe para os braços dele e lhe cheirou o pescoço dando beijos em seguida. Victoria suspirou se rendendo fácil. Apesar de ter o marido quase 24 horas fora de casa e dentro de um hospital, ele cheirava bem, afinal da mesma forma que médicos como ele em plantão tinham onde se alimentar e até dormir em meio as suas horas de descansos, tinham chuveiros em banheiros.

Heriberto fez ela sentar no sofá e sentou também. Com o ambiente a meio luz era ali mesmo que ele estava desejando fazer amor com ela.

Que assim que já tinha o corpo completamente deitado no sofá e Heriberto por cima dela, Victoria disse com ele ofegante e abrindo o robe dela.

—Victoria: Heriberto, eu deixei Isabela em nosso quarto a sua espera. Ela pode descer e nos pegar.

Heriberto que não deixava de tocá-la nem de beija-lá, quando a mirou no rosto ele a respondeu.

—Heriberto: Já é tarde. Ela já deve ter dormido, meu amor.

Ele voltou tomar a boca dela em um longo beijo, que quando se desfez e ele desceu a cabeça para o decote da camisola que esteve por baixo do robe dela, ela disse de olhos fechados.

—Victoria: Ela estava ansiosa para vê-lo, pode estar acordada, querido.

Heriberto quando a ouviu parou pensando que poderia mesmo acontecer o que ela dizia, se afastou e mirou outra porta que era do escritório dele e que ele podia fechar e disse.

—Heriberto: Vamos ao escritório e depois subimos para ficarmos com ela, hum.

Ele não abriria mão de fazer amor com ela naquele momento ainda que fosse rápido. Que então assim, a puxou pela mão e levou para o escritório.

Enquanto mais tarde, na mansão San Roman.

Maria acabou dormindo sentada no sofá do escritório de Estevão.

Havia documentos, um notebook ligado, canetas e pastas sobre a mesinha a frente dela.

Estevão chegou de pijama na porta e a olhou. Maria tinha levado trabalho para casa de novo e dormido de novo no meio deles, já que não era a primeira vez que ele pegava ela daquela maneira. Ele então entrou devagar para tirá-la dali e leva-la para cama.

Ele olhou então as coisas dela espalhadas, o notebook dela ligado na parte dos e-mails e ele só fechou a tela e em seguida a chamou.

—Estevão: Maria, meu amor, dormiu aqui de novo.

Ela vestia pijama. Calça e blusa da cor branca. Estevão a observou. Tinha saudade de vê-la dentro de sexys camisolas para ele tirá-la no meio da noite e fazerem amor.

Ele então tocou no rosto dela. A verdade era, que ela era linda até dormindo toda torta no sofá e dentro daquele pijama que trazia um lembrete de não me toque.

Ele sorriu vendo ela resmungar e a beijou na boca. Um beijo rápido e depois voltou a falar.

—Estevão: Maria, acorde, minha vida.

Maria então sonhando com trabalho chamou um nome.

—Maria: Não, não Luciano, não será assim. Não será...

Estevão arregalou os olhos como que se fosse saltar, seu rosto ficou vermelho e seu coração acelerou que dando um salto ele disse em pé e de voz grossa.

—Estevão: Está sonhando com Luciano, Maria!

Maria com o susto da voz alta de Estevão acordou desnorteada. Por segundos não sabia onde estava nem o que acontecia para Estevão lhe gritar como havia feito.