A HABENA marca o fim da Contagem Regressiva

COM UM CANETÃO em mãos, observou pela última vez o calendário de cavalo que estava preso na parede de seu quarto, analisando a habena que circundava seu corpo e, sem hesitar, fez um grande X no dia 31 de dezembro.

Tinha sobrevivido.

Sua Contagem Regressiva havia chegado ao final.

As memórias nostálgicas tomaram conta da sua mente, enquanto ela lembrava-se do caminho vivido com o Uchiha: do início inocente do namoro quando eles tinham 15 anos às brigas, os problemas com o álcool, a reconciliação depois de assistirem “Os Ferrados”, o medo ao enfrentarem um Itachi furioso pelo TCC ter virado cinzas e o drama de seus pais quando receberam a notícia.

Estava feliz por Sasuke ter começado a amadurecer, atendendo até mesmo seu apelo de ir num psicólogo. A relação deles finalmente progredia e o número sete transformara-se em um borrão, nada ameaçador.

Deixando o quarto para trás, encontrou-o na sala de sua casa.

— Vamos? — Perguntou, oferecendo-a o braço — O Naruto vai pirar se nos atrasarmos para a festa.

Sakura o puxou para um beijo necessitado e sussurrou:

— Eu te amo muito, meu inseguro arrogante.

Sasuke arqueou as sobrancelhas, mas sorriu.

— Aposto que não mais que eu, minha irritante.