CHRISTIAN POV

_Oi, Anastásia. Te acordei? – Perguntei ao notar sua voz um pouco rouca e pausada.

_Não, pode falar. Aconteceu alguma coisa? Os meninos estão bem? – Perguntou preocupada.

_É a Emma, ela acordou perguntando por você. Chorou um pouco dizendo que queria a mãe dela, então achei melhor ligar pra você. – Ouvi ela suspirando do outro lado da linha.

_Então ela está bem? Não aconteceu nada? – Perguntou mais aliviada.

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_Não, ela já até parou de chorar, mas ainda está meio tristinha. – Disse fazendo um pouco de drama, já que Emma estava correndo e brincando com o irmão.

_Você quer eu vá pega-los? – Perguntou para meu azar. Eu não queria que ela os levasse, queria que ela ficasse aqui.

_Bom... eu já tinha planejado o dia com eles... na verdade eu queria saber se você queria passar o dia com a gente.

_Passar o dia com você?

_Sim, eu não queria que eles se fossem, mas como eles estão com saudades de você, achei uma boa ideia você vir pra cá e passar o dia com a gente. – Ana demorou em responder.

_Não sei se é uma boa ideia, Christian... – Disse insegura.

_Tudo bem, os meninos vão entender, tenho certeza que consigo distrai-los. – Sabia que isso era golpe baixa, mas um homem tinha que fazer o que um homem tinha que fazer.

_Tudo bem, fala pros meninos que eu chego em uma hora. – Disse se rendendo.

_Estaremos esperando. – Disse desligando o telefone.

Não consegui conter o sorriso enorme que apareceu no meu rosto, meu plano não tinha acontecido como planejei, na verdade foi bem melhor.

Eu tinha acordado descido a convencer Anastásia a vir pra cá, já tinha pensado em diversos plano, tinha plano A, B, C e D. Mas nem foram necessários. Assim que entrei no quarto dos meninos encontrei Emma sentada na cama chorando, me aproximei dela e apeguei no colo, ela escondeu a cabeça no meu pescoço e ficou assim por um tempo. Quando ela ficou mais calma, perguntei porque estava chorando e ela respondeu que estava com saudades da mãe e queria que ela estivesse aí com ela. No começo me senti um pouco mal por não ser o bastante pra minha filha, mas tirei essa ideia logo da minha cabeça, no final das contas ela era a mãe, é normal eles sentirem sua falta. Em vez de ficar me atormentando aproveite a situação e o excelente motivo que minha filha estava me dando, não pensei duas vezes de decidi ligar para Ana, eu sabia que ela faria tudo pelos filhos.

Assim que terminei de falar com Ana, corri até a cozinha para encontrar meus filhos. Os dois estavam quase enlouquecendo Gail enquanto corriam ao redor da mesa da cozinha, Sofia olhava, divertida, para os irmãos enquanto batia palmas.

_A gente já conversou sobre correr na cozinha, não? – Disse sério. Os dois pararam no mesmo instante e ficaram olhando pra mim. Me aproximei e me abaixei até a altura deles. _Vocês podem se machucar, a cozinha é cheia de coisas perigosas. – Os reprendi.

_Desculpa papai, responderam os dois.

_Tudo bem, agora vamos sentar e tomar café da manhã porque a mãe de vocês está vindo pra cá. – Disse sabendo que eles iriam ficar felizes.

_Selio? – Perguntou Emma.

_Sim, acabei de falar com ela e disse que em uma hora chegava, então é melhor tomar café da manhã e tomar banho para esperar a mamãe limpinhos. – Disse fazendo cócegas nos dois e logo colocando-os em suas cadeiras.

Os dois comeram rapidamente, pareciam ansiosos pela visita da mão. Assim que terminaram de comer os levei até o banheiro, Gail me ajudou de novo, os meninos estavam ainda mais agitados que no dia anterior. Realmente precisava contratar uma babá. Terminei de arrumar os meninos e descemos para esperar por Ana.

Não demorou muito pra ela chegar, assim que o porteiro me avisou de sua chegada, peguei Sofia no colo e fui com as crianças até a porta. Assim que Emma e Noah viram a mãe, correram na direção dela e grudaram em suas pernas. Anastásia se agachou e abraçou os filhos.

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_Eu estava morrendo de saudades de vocês! – Disse beijando os dois.

_A gente também, mamãe. – Disseram os dois.

Ana se levantou e ficou de pé na minha frente. Ela estava linda, ainda mais linda que o normal. Usava um vestido soltinho azul, minha cor favorita, levava o cabelo solto e não usava maquiagem, isso era algo que eu amava nela, diferente da maioria de mulheres, Ana era natural e ficava linda desse jeito.

_Oi, Christian. – Disse me tirando de meus pensamentos.

_Oi, Anastásia. Você está linda. – Disse sem me conter. Vi como ela ficou vermelha e fiquei feliz com isso, ainda conseguia deixa-la constrangida.

_Obrigada... – Disse incerta.

_Você cortou o cabelo? – Perguntei curioso, tinha algo diferente nela.

_Ah? Sim, eu cortei ontem. Kate me arrastou pra um spa. – Disse fazendo uma careta.

_Deve dizer que valeu a pena. – Ela corou ainda mais depois disso.

_Uhm... Então, o quem tem planejado para hoje? – Perguntou, ainda constrangida.

_Estava pensando em aproveitar o sol e passar o dia na piscina e fazer um churrasco. – Disse sorrindo.

_Piscina e churrasco? – Perguntou confusa. _Vamos para um clube?

_Não, vamos ficar aqui mesmo. – Respondi divertido, gostava de brincar com ela, era divertido vê-la confusa e curiosa.

_Aqui? No seu apartamento? – Perguntou mais uma vez.

_Isso mesmo. – Disse sorrindo e ela me olhou curiosa. _Vantagens de ter uma penthouse. – Ampliei meu sorrido. Ana apenas me olhou surpresa. _O que acham de ir pra piscina, crianças? – Perguntei aos meus filhos, que estavam distraídos.

_Sim!!!! – Gritaram os três pulando.

_Está decido, então! Gail deixou suas coisas arrumadas em cima da cama, vão lá pegar. – Assim que falei, os dois correram em direção as escadas. _Nada de correr nas escadas, vão com cuidado. – Disse, antes que um deles se machucasse.

_Suas coisas estão no quarto de hospedes, primeiro quarto à direita, naquele corredor. – Disse apontando a direção.

_Minhas coisas? – Perguntou confusa.

_Sim, bom eu esqueci de te avisar que passaríamos o dia na piscina, então pedi ao Taylor que comprasse algumas coisas pra você. Não sabia do que você gostava então pedi para comprar várias roupas de banho.

_Roupas de banho? Eu não vou entrar na piscina, então não vai ser necessário. – Respondeu.

_Tem certeza? As crianças vão querer que você entre e não podemos deixá-los sozinhos dentro da agua, eu vou estar ocupado com o churrasco. – Respondi tentando convence-la. – Anna pensou no que disse, respirou fundo e foi andando em direção ao quarto, eu apenas fiquei de pé rindo de sua reação.

_Se você rir mais uma vez eu te mato. – Disse antes de entrar no quarto, sem nem olhar pra mim.

_Sim, senhora. – Respondi controlando meu riso. Ela apenas fechou a porta, como um pouco mais de força que o necessário.

Subi para ver porque os meninos estavam demorando. Entrei no quarto, mas ele estava vazio, olhei para todos os lados e nada. Estava quase saindo do quarto quando ouvi barulhos vindo do banheiro. Fiquei surpreso com a cena na minha frente. Os dois tinham dado um jeito de entrar na banheira e abrir a torneira, estavam com suas roupas de banho pulando e batendo na agua. Antes de que pudesse dizer alguma coisa, Sofia se pronunciou.

_Quelo ,papai! – Disse querendo descer do meu colo. Aparentemente ela queria fazer parte da festa dos irmãos. Assim que ouviram a irmã, Noah e Emma olharam na minha direção.

_Olha, papai, estamos na piscina! – Disse Emma sorrindo e não consegui me conter, comecei a rir da inocência de meus filhos.

_Entla, papai. – Disse Noah.

_Acho que essa piscina vai ficar pequena para todos nós, filho. – Disse ainda rindo. _O que vocês acham de ir a uma piscina de verdade? – perguntei.

_Que nem aquelas glandonas dos filme? – Perguntou Noah.

_Exatamente, ela é enorme!

_Eu quelo! – Disse Emma feliz.

_Muito bem, então. Antes temos que sair daqui e encontrar com a mãe de vocês. – Disse botando Sofia no chão e ajudando meus filhos a sair da banheira.

_Christian!? Emma, Noah? – Ouvi Ana gritando do primeiro andar.

_Estamos aqui em cima? – Gritei de volta. Alguns segundos depois, Anastásia estava no banheiro.

_O que aconteceu aqui? – Perguntou ao ver o banheiro molhado.

_Eles estavam na piscina... – Disse olhando para os meus filhos.

_Piscina? – Perguntou rindo. _E nem esperaram a mamãe. – Disse brincando com eles.

_Desculpa mamãe. – Disse. _Mas o papai falou que tem uma piscina glandona, ai você pode entlar com a gente. – Disse sorrindo.

_É uma ótima ideia. – Disse Ana, pegando Emma no colo, sem se importar de estar molhada. _Vamos? – Disse pegando a mão de Noah e olhando pra mim.

_Vamos. – Respondi.

Chegamos ao terraço e já estava tudo arrumado, Gail tinha deixado a maior parte da comida pronta, só faltava botar a carne para assar. As cadeiras estavam em seu lugar, assim como brinquedos e flutuadores para as crianças.

_Belo lugar. – Disse Ana surpresa.

_Quase nunca uso, só subo aqui pra usar a academia.

_É uma pena, o lugar é incrível.

_Também acho, mas agora tenho mais motivos para vir aqui. – Disse sorrindo.

_Se depender das crianças, vocês não sai mais daqui. – Disse rindo de volta. Eu rindo vendo que ela tinha razão, as crianças pareciam muito emocionadas por entrar na piscina.

_Vai lápido, mamãe. – Disse Emma

_Já vou filha, mas não chegue perto da piscina sem a gente, OK? – Emma balançou a cabeça e esperou de pé ao lado do irmão. _Essa piscina não é muito funda pra eles? – Perguntou preocupada.

_Ela tem uma parte mais rasa, mas tem uma piscina para crianças do lado, eles podem brincar aí sem problemas.

_Ok, vou arruma-los e passar protetor solar neles.

_Anastásia? – Disse inseguro, ela olhou pra mim como se me pedisse para continuar. _Você poderia passar protetor na Sofia e cuidar dela pra mim um pouco, tenho que arrumar a churrasqueira.

_Claro, eu consigo cuidar dos três, pode ir. – Disse estendendo os braços para pegar minha filha. Sofia estranhou um pouco no começo, mas foi tranquila.

Fui até a churrasqueira ver se tinha tudo o que iria precisar. Tinha pedido à Gail e à Taylor para que deixassem tudo pronto, eles até se ofereceram para fazer o churrasco, mas eu queria fazer o resto, queria que fosse uma atividade de família, por isso dei o dia livre aos dois. A churrasqueira estava pronta só precisava ascender o fogo e colocar as carnes.

O que deveria demorar apenas alguns minutos, acabou de estendendo. Aparentemente, fazer um churrasco era mais difícil do que tinha imaginado. O fogo se recusava a ascender, tentei de tudo e mesmo assim, nada. Estava começando a ficar frustrado quando ouvi Ana me chamando.

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_Está precisando de ajuda? – Perguntou, mas eu não consegui responder. Estava ocupado demais admirando a maravilhosa visão na minha frente. Ana estava com um biquíni azul que se encaixava perfeitamente em seu corpo. Corpo que tinha mudado muito desde a última vez a vi, tinha ganhado curvas e parecia mais mulher. A maternidade lhe fez muito bem. Mas não foi isso o que mais me chamou a atenção, e sim o fato dela estar carregando Sofia no colo enquanto minha filha brincava com o cabelo dela. Sofia sempre foi muito tímida e o fata de estar tão à vontade com Ana era incrível.

Só voltei à realidade quando percebi que Anastásia vinha andando na minha direção.

_Não precisa, eu consigo. – Disse tentando impedir que ela viesse.

_Você está brigando com o fogo à uns 20 minutos. Seus filhos estão esperando você na piscina. Segure a Sofia e fique de olha nas crianças. – Disse me entregando a minha filha.

Ana pegou papel e um pouco de álcool, ficou observando seus movimentos, intercalando olhares aos meus filhos. Ana conseguiu ascender o fago facilmente me deixando muito impressionado. Como ela conseguiu fazer isso?

_Meu pai adorava fazer churrascos, eu sempre ajudava, acabei aprendendo algumas coisas. – Disse um pouco triste. Eu sabia que ainda machucava o fato de ter sido rejeitada pelo próprio pai. _Pronto, ainda vai demorar pra ficar na temperatura certa, mas acho que podemos colocar as carnes. Entreguei Sofia pra ela de novo e comecei a colocar as carnes.

_Pronto. Obrigado pela ajuda. Se dependesse de mim só comeríamos na hora do jantar. – Disse fazendo-a rir. Ana parecia mais confortável perto de mim, isso me dava esperanças. Queria acreditar que ainda tínhamos uma chance. Eu ainda precisava falar com ela, me explicar, mas assim que abri a boca minha filha nos interrompeu. Começou a gritar e apontar para os irmão. _Acho que ela quer voltar pra piscina.

_Também acho, você deveria ir junto. O fogo está baixo, então só precisamos ficar de olho nas carnes de vez em quando.

_Vou confiar em você, aparentemente você sabe mais sobre churrascos do que eu. – Disse e ela riu de mim. Andamos até a piscina pequena onde os meninos estavam brincando. O que acham de ir na piscina grande? – Perguntei às crianças que olhara com curiosidade pra mim.

_A piscina glande? – Perguntou Noah. _Ela é muito glande, eu tenho medo.

_Não precisa ter medo, não vou deixar nada acontecer com vocês. Vamos? – Perguntei de novo.

_Tá bom. – Disse meu filho ainda inseguro. Peguei os dois no cole e entrei na piscina, sendo seguida por Ana que ainda carregava a Sofia. Noah se segurou do meu pescoço com medo, Emma, por outro lado, queria se soltar de mim e explorar a piscina sozinha. Os três estavam com flutuadores, então não estava muito preocupado.

Noah ficou grudado em mim por alguns minutos, mas assim que percebeu que as irmãs estavam se divertindo e que não iria acontecer nada, se soltou e começou a brincar. Brincamos de tubarão, piratas e de guerrinha de agua. Se ter meus três filhos comigo um dia inteiro tinha sido incrível, agora com a presença de Ana não podia ser melhor. Ana parecia tão relaxada e feliz, que, por um minuto, esqueci que, na verdade, ela me odeia. Estávamos distraídos, brincando com as crianças quando sentimos um cheiro estranho.

_As carnes! – Gritou Ana. _Esquecemos das carnes. Carreguei Sofia e saí correndo da piscina. Quando cheguei na churrasqueira me deparei com uma cena deplorável. Estava tudo queimado, carne, frango, linguiça e os pães. Tiro a carne da churrasqueira para ver se consigo salvar alguma coisa.

_Acho que perdemos tudo. – Disse Ana que se encontrava do meu lado segurando as mãos de Emma e Noah.

_Droga, eu devia ter ficado de olho na churrasqueira. – Reclamei.

_Não foi só a sua culpa eu também acabei esquecendo. – Disse compreensiva.

_Va demorar muito se colocarmos carnes de novo.

_Vai... - Disse Ana olhando para os restos de carne, que mais pareciam carvão.

_Tô com fome, papai. – Disse Noah. Meu filho sempre era o primeiro a ficar com fome.

_O que acham de pedir comida. – Disse dando meu melhor sorriso. _Conheço uma churrascaria que faz delivery. – Completei.

_Acho que é a nossa única solução. Está tarde para começar a cozinhar qualquer coisa. – Concordou Ana.

_Perfeito! Acho que ficamos tempo demais na piscina. O que acham de tomar uma banho e esperar pela comida lá embaixo? – Perguntei. As crianças fizeram um pouco de manha, por que queria continuar na piscina, mas Ana usou suas incríveis habilidades de mãe e os convenceu de brincar dentro de casa. Além disso, tive que prometer leva-los a piscina de novo.

_Vocês três precisam de um banho. – Disse Ana assim que entramos no apartamento.

_Você se importa de ir dando banho neles enquanto eu peço a comida? – Perguntei. _São três e pode ser um pouco complicado.

_Não se preocupe, se dou conta de dois, consigo dar banho em três. – Respondeu sorrindo.

_Pode usar o banheiro do primeiro quarto à direita, as coisas deles estão lá. Daqui a pouco eu vou levando as roupas deles.

_Tudo bem. - Disse indo em direção ao banheiro com as crianças.

Peguei o telefone e fiz o pedido. Só precisei pedir as carnes, já que Gail tinha deixado o resto pronto. Assim que terminei a ligação fui em cada um dos quartos e peguei as roupas dos meninos. Quando entrei no quarto onde os meninos estavam tomando banho consegui ouvir a conversa de Ana com as crianças.

_Mas o papai não me deixo subir na vaca, mamão. – Disse Emma eu conseguia imaginar o bico enorme que ela estava fazendo.

_Ele não deixou porque você podia se machucar, meu amor.

_Mas ela era pequena, mamãe. – Disse minha filha se defendendo. Eu tive que segurar o riso, algo que Ana não conseguiu, porque consegui escutar sua risada.

_Mesmo assim meu amor. Mas vocês se divertiram?

_Sim! – Disse Noah. _O papai é muito legal, levou a gente em todos os blinquedos.

_Parece muito legal, a gente deveria... Não Sofia! – Disse Ana no meu da frase. _Sabão não é pra comer. – Imaginei minha pequena querendo comer o sabão, ela sempre tentava. _A sua barriguinha vai doer se você comer isso. – Disse Ana e logo em seguida ouvi minha filha rindo. Nesse momento decidi me juntar a eles.

Quando entrei Ana estava fazendo cocegas na barriga de Sofia enquanto dava beijinhos e seu pescoço. A cena era incrivelmente adorável. Emma e Noah ficaram com ciúmes e foram atrás da mãe para ganhar beijos também. Então Ana começou a revessar beijos entre os três.

_Não tem beijo pra mim? – Perguntei sem pensar, me arrependi logo em seguida quando vi o rosto de Ana, ela parecia um pouco desconfortável e envergonhada. _Desculpa, eu...

_Eu te dó beijinhos, papai. – Disse Emma, aliviando a tensão que tinha se formado no ambiente.

_Então eu vou quere muitos. – Disse me aproximando da banheiro.

Assim que ganhei beijos dos meus três filhos, ajudei a Ana a terminar de dar banho nas crianças. Quando terminado botamos suas roupas e fomos até a sala, onde as crianças se sentaram para brincar.

_Você pode ir tomar seu banho, eu vou arrumar as coisas para o almoço.

_Tudo bem , eu não demoro.

Assim que Ana se foi, eu comecei a arrumar a mesa, peguei as coisas que Gail tinha preparado e botei na mesa, assim como pratos, talheres e copos. Ana não demorou muito, estava vestindo o mesmo vestido de antes, mas agora estava descalça, gostei disso. Ela se sentou no chão com as crianças e eu fui tomar meu banho. Quando voltei encontrei a Ana na porta falando com um homem, não gostei nada do jeito em como ele olhava para ela, parecia estar desvestindo-a apenas com o olhar.

_Deseja alguma coisa? – Perguntei me aproximando.

_É o entregador. – Disse Ana, olhando pra mim de forma estranha.

_Tudo bem, aqui está o dinheiro. Pode ficar com o troco. – Respondi entregando o dinheiro e pegando as salas, fechando a porta logo em seguida.

_Isso foi grosseiro. – Disse Ana me repreendendo.

_Ele merecia, estava sendo inconveniente. – Disse sério.

_Inconveniente? Ele só estava fazendo seu trabalho.

_Enquanto te desvestia com os olhos. – Respondi chateado.

_Você só pode estar brincando. Primeiro, nada disso aconteceu e segundo você não tem nada a ver com isso.

_Tenho sim! Você está na minha casa e não vou deixar ninguém te desrespeitar aqui.

_Ele não me desrespeito em momento nenhum e... – Começou a dizer chateada.

_Ana, não vamos começar uma briga. – Disse respirando fundo. _Estávamos nos dando tão bem, não quero estragar tudo. Peço desculpas por meu comportamento.

_Você tem razão, eu exagerei. Não quero brigar. Vamos comer porque os meninos estão morrendo de fome. – Disse sorrindo.

Sentamos os meninos nas cadeiras e começamos a comer. Tudo estava delicioso. Alimentar os meninos foi mais fácil desta vez, Emma e Noah se comportam melhor na presença da mãe. Eu ria cada vez que Ana os reprendia e eles abaixavam a cabeça, mas no segundo seguinte faziam a mesma coisa.

Terminamos de almoçar e decidimos assistir filmes. Ana e eu nos sentamos no sofá com as crianças no meio. Sofia fez questão de deitar ao lado da Ana, onde se aconchegou e dormiu quase que no começo do filme. Ana a colocou sobre seu braço e aproximou mais a seu corpo para que ficasse mais confortável. Emma e Noah assistiram grande parte do filme, mas acabaram dormindo antes do final.

_Eles ficaram cansados de tanto brincar na piscina. – Disse Ana baixinho.

_Acho que sim, foi um dia longo. Será que eles vão acordar para jantar? – Perguntei sorrindo.

_Eles almoçaram tarde, mas eu nunca subestimo a fome do Noah. – Disse e os dois rimos baixinho para não acordar as crianças. _Acho que eu deveria ir embora. Você precisa de ajuda para bota-los na cama.

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_Você não precisa ir agora, pode esperar um pouco. – Disse, quase suplicando para que ela não se fosse.

_Eu ainda tenho que fazer algumas coisas em casa. – Se desculpou.

_Vai levar os meninos com você? – Perguntei um pouco triste, não queria me separar deles.

_Não, o acordo foi que eu pegava eles amanhã na creche. Então esta noite eles ainda são seus. – Disse sorrindo.

_Obrigado. – Respondi sincero. Cada minuto com meus filhos era importante.

_De nada. Vamos botar eles na cama. – Disse se levantando com Sofia no colo.

Ana me ajudou a coloca-los na cama. Deu um beijo em cada um, inclusive na Sofia. Como alguém que mal conhecia minha filha era capaz de dar a ela mais amor do que a própria mãe?

Deixamos as crianças dormindo e eu acompanhei Ana até a porta.

_Da um beijo pra eles, por mim. E se acordarem fala que eu os amo e que passo por eles amanhã. – Disse um pouco desanimada. Eu sabia que, para ela, também era difícil se separar dos filhos.

_Pode deixar. – Disse chegando perto dela. _Ana, eu queria te agradecer.

_Você não tem nada que agradecer.

_Tenho, muito. E vou encontrar um jeito de te compensar por tudo. Mas agora eu queria te agradecer por este final de semana e pela forma em como você tratou a Sofia. Você não faz ideia do que isso significa pra mim. – Disse ainda mais perto dela.

_Como já disse, você não tem do que se preocupar. É seu direito como pai passar tempo com os meninos. E a Sofia é uma criança incrível, não tem como não gostar dela.

_Você é incrível. – Tinha vontade de abraça-la e nunca mais larga-la, mas me contentei com um beijo na bochecha dela. _Até, Ana, vai com cuido.

_Tchau, Christian. Obrigada pela comida. – Disse sem graça

_O taxi já está esperando por você. – Disse abrindo a porta.

_Não era necessário.

_Era sim, se eu pudesse eu mesmo te levaria ou pediria para Taylor te levar, mas dei o dia livre pra ele e pra Gail. Chamar um taxi era o mínimo que podia fazer.

_Nesse caso, obrigada. Até mais, Christian. – Disse e saiu pela porta.