Eu teria que conversar com Edward, não havia escapatória, nós vivemos algo muito intenso para simplesmente ser deixado de lado com apenas meu abandono no casamento. Tínhamos que conversar. Respirei fundo, balancei a cabeça tentando organizar o que poderia falar para Edward. No entanto vendo a minha movimentação e prevendo o que eu faria, meu sol falou do outro lado da cozinha:

-Aonde você vai? –ele disse entre dentes, com os olhos ainda vidrados em Edward e num tom sombrio que eu nunca pensei em ouvir na minha vida. Eu me arrepiei inteira.

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-Jake. – Virei meu corpo na sua direção e caminhei, até o encontrar, contudo ele segurava na pia, seus músculos estavam tensos. Com nervoso sentido por mim, não quis tocá-lo, pois eu estava tão tensa quanto ele. - Vou conversar com ele. - Disse tentando não gaguejar, mas foi impossível.

-Você não vê que é isso que ele quer? - Agora seus duas esferas negras como breu me encararam. Havia uma mascará em seu rosto, a que pertencia a Sam. Aquelas feições me irritavam profundamente. Aquela postura mandona de Jacob me inervava, pois ele tinha que entender um pouco o lado de Edward.

Eu o tinha abandonado no nosso casamento, fugindo com Jake, seu inimigo natural. Talvez precisávamos ser mais maleável com Edward. Além do mais eu tinha que respeitá-lo, pela sua dor, provocada por mim, e também de tudo que foi vivido em nossa história, o sentimento que existiu, e que de certa maneira ainda existe.

-Jake me escuta. – encostei minha mão no seu braço, percebi que ele tremia menos. Perante meu toque senti ele se acalmar um pouco, me impressionando, não sabia que tinha esse efeito sobre meu sol, dessa maneira meus dedos começaram percorrer cada músculo do braço esticado de Jake. Ele fechou os olhos durante meu percurso, isso me deixou sinceramente lisonjeada, tê-lo assim sobre meu controle era mágico para mim.

De repente Jake começou a virar para mim e me abraçou com seu melhor estilo urso. Senti ele afundar o rosto no meio dos meus cabelos. Sua respiração era pesada, puxava o ar fortemente. Parecia querer me prender ali no seus braços. Se fosse outro momento eu não me negaria isso, mas estávamos com uma situação delicada ali.

Virei meu rosto, ainda abraçada a Jake e vi Edward ainda parado, como uma estatua, nos encarando. Eu não podia deixá-lo ali, vendo minha felicidade, fingir que estava tudo bem. Me enganar que ele ficaria bem sozinho. Eu tinha provocado seu sofrimento, me tornei responsável por aquele ser que se encontrava no meu quintal.

Retornei meu rosto novamente para o pescoço de Jake, também respirei fundo, queria ter seu cheiro nos meus pulmões, para me dar força, para enfrentar minha primeira, e principal, conseqüência da minha escolha por ele. Então comecei a falar calmamente com meu sol:

-Jake, você sabe que eu preciso lá falar com ele. - Ao terminar de falar senti meu lobo apertar-me mais forte, quase me deixando sem nenhum ar.- Jacob.. estou sem ar.

Ele afrouxou o abraço, mas ainda me encontrava trancada nos seus braços. E continuei:

-Você sabe é meu escolhido. O meu amor. - Ele sai dos meios dos meus cabelos e me encarando com dor, sei o quanto aquilo era doloroso para ele. Havia uma ruga de preocupação na sua testa. Sorri para ele e continuei falar. – Mas infelizmente não posso negar o sofrimento de Edward. Você pode tentar imaginar a dor dele?

-Eu já senti isso. – ele respondeu bravo para mim, toda sua dor latejava nos seus olhos. – Contudo ainda não tenho mínimo pingo de pena dele. – ele cuspia as palavras para mim, deixando meu peito dolorido devido o tamanho da dor sentida por ele. – Afinal quando você estava com ele, o sanguessuga nunca se preocupou com meus sentimentos. Na verdade ele só me aceitava por perto porque sabia que você não conseguiria viver sem mim.

As palavras de Jake eram repletas de dor, aquela época não havia sido fácil para ele. Eu sei, mas isso não amenizava a situação que Edward se encontrava agora.

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Na verdade eu era responsável por todos aqueles sentimentos ruins gerado nessas duas pessoas que eu amo. O monstro era eu, talvez o meu poder deva ser de trazer sofrimento a todos que amo.

Ao perceber isso meus olhos alagaram com o volume de lágrimas de tristeza, que ali escorriam pelo meu rosto rapidamente, abaixei a cabeça para digerir aquela responsabilidade minha.

Imediatamente Jake pegou meu queixo para encará-lo, passou seus dedos secando as gotas que caiam. Isso me fez ver como ele era muito mais maravilhoso do que eu poderia imaginar. Porque eu estava aqui tentando consolá-lo e convencer da dor do outro, mas agora ele estava secando e controlando o meu sofrer. Não havia alma melhor no mundo do que a de Jacob Black.

-Bells. - ele agora beijava meu rosto com carinho, no local onde as lágrimas caiam. - Independente de qualquer coisa, eu sempre vou te apoiar. Mas não peça para eu não ser sincero com os meus sentimentos.

-

Eu nunca te pediria isso. - E ele me deu um selinho delicado nos meus lábios. - Desculpe a minha fraqueza.

Ele respirou fundo, vi seus ombros subir e descer, seu olhar para mim era profundo, parecia estar lendo toda minha dor por aquela situação. Fiquei envergonhada com isso, tentei desviar do seu olhar, porém, ele me deteve com a mão no meu queixo. E falou:

-Amor, você sabe qual é minha verdadeira vontade de fazer com aquele sanguessuga lá fora. Contudo sei que isso iria lhe magoar muito, isso é algo que eu vou evitar o máximo.

-Eu não posso fingir que ele não esta lá fora. – Agora eu o apertei nos meus braços, minha voz estava distorcia pelo choro.

-Eu sei meu amor. - Me dando outro selinho, seu rosto estava suavizando aos poucos. - Essa é a Bella que eu conheço e amo. Você não consegue deixar as pessoas que ama sofrendo. E ainda puxa a responsabilidade do sofrer pra você. Certo?

Eu ri timidamente, enquanto ele afagava meus cabelos displicentemente, era impressionante como meu sol conseguia ver todo meu ser por dentro, nossa sintonia era tão completa e precisa que não precisava de palavras, bastava um olhar, um gesto.

-Bem. Você quer lá falar com ele, não é?- disse Jake firmemente agora. Apenas dei uma resposta afirmativa com a cabeça.

Ele novamente me abraçou fortemente, repousou a boca e falou no meu ouvido com sua rouca. -Bells eu te amo mais do que minha vida! Nesse momento era minha vez de apertá-lo mais um pouco, para tentar mostrar como aquelas palavras me enchiam de amor. Separei nossos rostos e lhe dei um selinho, ele riu e disse:

-Depois que dispensar esse morto ai fora e Charlie for dormir. Vou querer beijos de verdades. - Seu olhar era muito convidativo, tive que me concentrar por alguns segundos, para não me jogar nos braços e me afogar naquele mar de amor que era o meu sol.

Eu balancei a cabeça, para afastar minha idéia de fuga com meu paraíso, que se encontrava na minha frente. Havia problemas para serem resolvidos agora. Olhei para meu porto seguro, antes que eu começasse a falar alguma coisa, ele se antecipou.

-Eu vou ficar do seu lado. Não quero dar oportunidade para ele ficar sozinho com você, enchendo sua cabeça com idéias extremamente manipuladoras.

Seus traços eram sérios, não havia como argumentar com ele. Andei na sua frente, mas sua mão esta ligada a minha. Quando passei pela porta senti o frio da madrugada na minha pele, isso fez meus pelos arrepiarem. Ainda por cima havia a figura ensangüentada e tresloucada de Edward na minha frente não estava ajudando meus pêlos se acalmarem.

A cada passo que eu dava em direção a Edward sentia meu peito doer, porque a figura que encontrava a minha frente era assustadora: com a blusa ensangüentada, alguns rasgos pareciam de garras, além que seu rosto era sombrio. Ele sempre foi um cara tão perfeito, sempre impecavelmente lindo e bem arrumado. Agora a estatua que encontrava na minha frente era personificação da dor.

Reparei que os olhos dele eram uns dourados escuros, havia uma fúria imensa neles ao ver me aproximar com Jake. Mas quando ele os repousou em mim por mais tempo, vi que doída nele me ver de mãos dadas com Jake. Senti um frio percorrer minha espinha. Era primeira vez que eu senti medo do vampiro Edward.

Meu sol deve ter percebido meu receio e puxou corpo para próximo ao dele, pegando minha cintura de maneira possessiva. Acredito que ele queria deixar claro para Edward quem era dono do meu amor.

Posso confessar que eu gostei dessa aproximação de Jake, me deu segurança. pude ver que eu não estava sozinha, que ele ficaria ao meu lado. Parei a menos de dois metros de Edward, seus olhos não desgrudavam de mim, eram atentos a qualquer movimento meu, até minha respiração descompassada parecia não escapar aos olhos dele. Do outro lado Jacob também estava concentrado, todavia era nos movimentos de Edward. Ele não queria ser pego desprevenido.

Fiquei encarando Edward por alguns segundos, eu não sabia o que falar, o meu peito só doía, consumindo toda minha força de dizer alguma coisa. Então ouvi sua voz delicada sussurrando para mim.

-Minha Bella. - Se ele pudesse estaria chorando, porque os traços do seu rosto perfeito eram distorcidos. - Eu não consigo existir sem você. – Suas mãos estenderam para mim, fazendo Jake tremer levemente.

-Não fale isso Edward. – Meu choro já entrecortava minha voz - Você viveu 110 anos sem mim. - Minhas lágrimas pareciam duas correntezas, elas não paravam de escorrer.

-Eu esperei 110 anos por você. - Ele deu um passo na minha direção com a mão estendida para mim. - Você me deu a vida que eu perdi a 110 anos atrás.

-Não força morto! - Jacob apertou mais minha cintura e rosnou para ele. - Você sabe q a paciência não é uma das minhas virtudes.

-Para Jake! – Eu supliquei, vi os olhos do meu sol revirar. - Edward Desculpe, eu queria recolher essa sua dor para mim.

-Você pode fazer ela passar, basta ser a minha Bella de novo. - Seus olhos eram de pura suplicia aquilo me corroia, não queria que ele sentisse aquele vazio que eu conhecia muito bem. Seu sorriso torto que um dia me aquecia estava ali.

-Sanguessuga, já avisei para você ir devagar. - Jake disse entre dentes. Senti ele começar a tremer mais.

-Jacob eu avisei que lutaria por ela. - Edward lançou um olhar homicida para meu Sol. Na verdade parecia que meu lobo estava tentando se controlar o máximo.

-Eu também vou lutar até o fim. - respondeu Jake no mesmo tom sombrio que ele falou na cozinha comigo.

Eu tinha consciência que um embate entre eles só acabaria quando um dos dois morresse, porque além de serem inimigos naturais, havia outras questões ali em jogo. Mas como já disse não havia motivo para aquilo: eu já tinha escolhido meu caminho.

-Edward, não há pelo o que lutar. - Tentei dar um passo em sua direção, entretanto Jake me conteve. - Eu já escolhi meu caminho.

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-Minha Bella, ele ainda vai te abandonar, pode ser hoje ou daqui alguns anos. - Ouvi um rosnado alto de Jake e seus tremores eram mais fortes, me fazendo tremer junto. - E ele sabe que o destino dele é o imprinting. - Olhar frio de Edward gelou até minha alma.

Esse era medo que eu não queria pensar, porém, ele existia e poderia me pegar qualquer momento. Era questão de tempo, um dia Jacob Black não seria mais meu. Seus beijos, seus sorrisos perfeitos, seus toques, seu amor pertenceria à outra, eu teria somente a dor e as lembranças.

Essa afirmativa de Edward fez meus joelhos falharem. Uma idéia começou a me corroer: Eu perderia meu Jake para outra! Como Jacob tremia muito, acabou afrouxando seu aperto na minha cintura, perdendo assim minha sustentabilidade de ficar em pé ao seu lado, tendo aquela verdade jogada na minha cara, sendo praticamente um tapa de verdade na minha face, eu cai ajoelhada na grama.

Meu choro me sufocava agora, minhas lágrimas me afogavam, a dor dessa certeza me enfraqueceu. Deixei meu pranto rolar, coloquei a mão no meu peito tentando controlar os mil pedaços que meu coração despedaçava.

Aquela maldita lenda acontecia cada dia mais com lobos, Jake sendo Alfa, tendo os dois lados de sua família genética dos lobos. Não havia escapatória. Antes eu tentava não pensar nesse assunto, nunca permiti minha consciência pensar naquilo, contudo ouvir isso da boca de Edward tinha outro significado, mostrando a verdade, nua e crua.

- Eu vou te matar sanguessuga fedido e imundo. - Jake tremia muito, respirava descompassado. A qualquer momento o lobo iria aparecer, eu conseguia ver. - Você está afim de jogar sujo né? Mas eu não vou cair no seu jogo.

No segundo seguinte senti os braços de Jake ao meu redor novamente, erguendo-me, seus tremores eram suaves ele tentava a todo custo se controlar. O calor dele era elevado, me aquecendo e me protegendo. Eu o abracei, não queria mais solta-lo, temia que ele pudesse olhar para o lado e ver a sua destinada.

-Calma Bells. – Ele falava bem baixo no meu ouvido e com muito carinho. – Tudo vai ficar bem. Não queria que ele me deixasse em nenhuma hipótese.

Ele me pegou no colo, eu aninhei em no seu peito. Cheirei o seu maravilhoso cheiro, senti sua pele quente contra minha, ali era o meu pedacinho do céu na terra. De relance vi os olhos enfurecidos de Edward com meu gesto de carinho com meu sol, e um pensamento me invadiu: e como vai ser quando meu paraíso se tornar meu inferno?

Esse pensamento fez sangrar por dentro a ferida recém criada pela certeza do abandono de Jacob algum dia. Agarrei mais ainda seu pescoço, em uma tentativa infantil de me prender para sempre ali.

Estávamos de frente para Edward, Jake tentava se controlar, ainda tremia um pouco, consegui ouvir ele acertando sua respiração, inspirava e expirava de maneira compassada. Então ouvi meu sol falar com tom de voz capaz de por medo em qualquer um.

-Edward saiba que o imprinting... - Vi o rosto perfeito De Jake contorcer ao falar a maldita palavra. – Não é uma regra ou uma condição determinante para os lobos. Nem todos nós vamos sofrê-lo.

-Mas ele pode acontecer, não é cachorro?- A voz de Edward era tão sombria quanto de Jake.- E você vai abandoná-la, a magoando profundamente.

- Não conte com isso, pois nem isso fará eu me separar da Bella. – Suas mãos apertaram meu corpo ao falar isso.

Os olhos de Jake eram vidrados em Edward, seus espasmos musculares que antes estavam controlados, agora me vaziam balançar nos seus braços. Aquela certeza também era um medo de Jake, eu podia ver, podia sentir. Seus olhos tinham ódio pelas palavras de Edward, mas também havia pavor, o mesmo que o meu.

-Sanguessuga você acha que vai tirá-la de mim usando o medo? De algo que nem sabemos se vai acontecer? - Jake Cuspiu as palavras para a estatua a nossa frente.

-Bella. – abstraindo a fala de Jake, Edward falou diretamente para mim. – Quando ele te deixar, estarei aqui esperando por você. Amando-te para sempre. – Não olhei para Edward, que continuou falando. - Eu esperei você por muito tempo, posso esperar por mais algum tempo. Lembre-se eu sempre estarei a sua espera.

-Ela não quer falar com você mais. – Meu sol pronunciou minha real vontade. – Ela precisa descansar.

-Adeus minha Bella. – Ele tentou tocar meu rosto, contudo me escondi no peitoral do Jake, o fazendo sorrir com meu gesto. – Ainda nos veremos.

Não ouvi mais nada, houve um silencio, sabia que Edward já tinha ido, afinal meu sol não tinha mais espasmos. Sai do meu esconderijo, levantei meu rosto, vi que o rosto de Jake, estava olhando para frente, talvez garantido que o “perigo” tinha ido realmente embora, passou alguns segundos virou para mim. Com um sorriso lindo, mas não completo, algo o incomodava.

Sei que esse encontro com Edward, nos trouxe uma dose de realidade negada por nós dois. Contudo meu Jacob estava querendo ser forte para mim, tentando mostrar firmeza. Entretanto seus olhos mostravam sua alma, ela também estava ferida pelo medo.

Ele me levou de novo para casa. Caminhava de maneira calma, durante o pequeno percurso não dissemos nada, não havia o que falar sobre aquilo tudo. Queria um pouco de paz, precisava pensar, e Jake me deu esse pequeno tempo particular.

Toda aquela cena de Edward rodava na minha mente sem parar. Eram como flashes, que hora vinham rápidos, e outras em câmera lenta. As palavras jogadas por Edward pareciam me furar por dentro. A sua voz perfeita dele, que antes faziam jurar de amor para mim, agora me feriam amargamente:

“-Minha Bella, ele ainda vai te abandonar, pode ser hoje ou daqui alguns anos\"

Ao ouvir de novo essa frase, fez meu pranto voltar a rolar, ouvia outra frase que me fez destruir mais um pouco por dentro:

\" e ele sabe que o destino dele é o imprinting\"

Meus soluços de desespero cortaram meu corpo, meu choro era de dor e de raiva por não ter sido eu o motivo de seu imprinting. Eu queria ser a sortuda de ter garantido o amor do meu sol para sempre. Mas não, mais uma vez a sorte não sorria para mim.

O amor da minha vida, não pertencia completamente a mim. E sim a outra, que pode não amá-lo como eu. Bem é impossível alguém não amar Jake, afinal ele é perfeito em tudo, tanto fisicamente como a sua personalidade. Não .. Eu não posso perdê-lo assim. É muito injusto, depois de tudo que passamos para ficarmos juntos.

Meu choro molhava o peito nu de Jake, que o tempo todo afagava meu cabelo, de vez em quando me apertava mais em seus braços, principalmente quando meu pranto se intensificava. Passamos pela porta da cozinha, entrando na minha casa. Jake me colocou delicadamente na cadeira. No primeiro momento eu não queria sair do seu colo. Mas vi que eu não poderia ficar ali para sempre. Aceitei separar do meu sol, sentei e fitei os olhos do meu paraíso. Ele se abaixou e ficou na altura dos meus olhos e disse.

-Vou terminar a comida e vamos comer. - Ele era tão delicado comigo, passando os dedos sobre meu rosto, secando meu choro, isso me fez suspirar. - Depois vamos dormir, vou ficar aqui o tempo todo, ok?

-Eu te amo. - Foi à única coisa que consegui dizer.

-Eu te amo Bells mais que a minha vida. - Senti mais algumas lágrimas descerem, e Jake imediatamente as pegaram cada uma com um beijo delicado. Sorri, porque cada pequeno contato dos seus lábios no meu rosto, provocou pequenos calafrios no meu corpo.

Eu senti uma felicidade grande em ter esse momento intimo com meu sol. Nesse momento ouvi um ronco vindo da barriga de Jake. Nós dois olhamos para baixo, pro seu estomago. Olhamos um para outro de novo e começamos a rir. Era sempre assim com Jacob, tudo era natural e leve.

-Bem Acho que você precisa comer logo né?- Respondi tentando me levantar. Mas Jake me impediu antes de me por de pé. Me fez sentar.

-Eu vou terminar a comida, você fica ai. - Sua voz firme me fez rir.

-Sim senhor. - E revirei os olhos tentando fazer algum humor, sei que falhei.

-Muito bem. Vou preparar tudo. - nesse momento ele me entregou um lenço de papel, eu agradeci.