Como Acabar Com Hogwarts

Ornitorrincos mal-treinados sempre salvando o dia!


SAMMY

Eis o motivo de eu enfrentar um trasgo numa boa, mas morrer de medo de um babuíno: Quando eu era uma pequena bruxinha ruiva eu saí para passear com a minha adorável fantasia de banana por aí. Enquanto eu estava passeando com a minha adorável fantasia de banana, eu vi um pontinho azul ao longe e pensei: "Oh, que pontinho azul legal! O que será que é?" E então eu saí para ver o que era aquele misterioso pontinho azul. Acontece que o pontinho azul era uma vã azul, porém não uma vã azul qualquer. Era a vã azul do Babuíno, o inimigo número 1 do Homem-Banana (irônico?) e ele pensou que eu era uma cúmplice dele e me sequestrou para descobrir onde era o esconderijo do Homem-Banana. Depois de uma treta que é história para outro capítulo, eu me livrei do cara e voltei para casa com um medo profundo de babuínos.

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E agora tem um babuíno enorme com um bando de papagaios de cúmplices.

–Ai. Meu. Merlin. Papagaios. Dentre todos os animais do planeta, a porcaria desse babuíno tinha que escolher papagaios como cúmplices. VAMOS MORREEEER! - gritou Luke.

Luke, por motivos que eu desconheço, tem um medo muito profundo de papagaios. Eu queria ajudar o cara, mas eu estava muito ocupada surtando por causa do babuíno gigante.

–Quem liga pros papagaios? TEM UM BABUÍNO ALI!

Luke respirou fundo.

–Calma, tente não surtar. Precisamos de um jeito para passar por eles.

–E se eu cuidar dos papagaios e você do babuíno? - sugeri.

–Podemos tentar...

Corri para o lado do bando de papagaios e Luke foi pra cima do babuíno. Os papagaios tentaram desviar de mim e ir para o lado do Luke de início, mas depois que eu estuporei e petrifiquei alguns deles voltaram toda sua fúria para mim, que continuei lançando feitiços neles e gritando coisas muito sábias como:

–SAI PAPAGAIO FILHO DE UMA UMBRIDGE! ESTUPEFAÇA! HÁ! NA TUA FUÇA!

–SAMMY! - chamou Luke.

Ele tinha conseguido passar pelo babuíno e sair do prédio. Acertei mais alguns papagaios e saí também.

–CONSEGUIMOS!

Batemos um high five.

–Agora temos que descobrir onde estamos e...

Um rugido soou atrás de nós. Nos viramos e vimos um babuíno com cabeça de papagaio enorme saindo do prédio.

–Mas o que...

Luke deu um passo para frente e apontou a varinha pra ele.

–VOCÊ... NÃO VAI... PASSAR!

Uma luz cabulosa atingiu o babugaio e ele se desintegrou.

–Você acabou de desintegrar um híbrido de babuíno e papagaio e citar Senhor dos Anéis? Ao mesmo tempo? - perguntei de queixo caído.

–Hum, acho que sim...

Joguei os braços em volta dele e o beijei.

–Isso foi incrível! - falei.

Ele olhou pra mim, boquiaberto. Dei um soco nele.

–Se contar isso pra alguém, eu nego.

–Tudo bem. - ele respondeu, com a voz um pouco mais esganiçada que o normal.

–Vem, vamos descobrir onde estamos.

–Tudo bem.

Andei na direção de uma lojinha do outro lado da rua e Luke me seguiu.

* * *

Descobrimos que ainda estávamos na Inglaterra, embora bem longe de Hogwarts.

–Como vamos voltar? Ninguém sabe a localização exata de Hogwarts! - reclamou Luke.

–Não, mas sei como podemos chegar perto de lá.

–Como?

–Nôitibus Andante.

–Ah não.

–Ah sim.

CAT

Olha, eu esperava muita coisa estranha nessa viajem, mas ser trancada em um vagão de trem parado sabe-se lá onde por gente com capas roxas zuadas definitivamente não era uma delas.

–Essa corda está machucando meus pulsos. - reclamou Cassie.

–Então solta a corda ué. - falei.

–Como?

–Assim.

Amarrei minhas mãos e desamarrei de novo.

–Como fez isso?

–Quando você é sequestrado mais ou menos uma vez por semana aprende essas coisas.

–Pera aí, se você está com as mãos soltas faz tanto tempo, porque ainda não soltou a gente? - perguntou Cassie.

Dei de ombros.

–Achei que já tivessem feito isso sozinhos.

–Dá pra vocês pararem de discutir e soltarem a gente logo? - pediu Du.

Desamarrei a Cassie, que foi ajudar o Du enquanto eu ajudava o Ethan e o Fred.

–O que a gente faz agora? - perguntou Ethan.

–Saímos daqui. - respondi.

Ele revirou os olhos.

–Como?

–Ah sei lá.

–Ajudou muito. - comentou Cassie.

–Não fala nada que você também não teve nenhuma ideia.

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–Na verdade eu tive uma.

–E qual seria?

Ela foi até a porta e começou a bater e gritar:

–EI! TIO DA CAPA ZUADA! DEIXA A GENTE SAIR!

Revirei os olhos.

–Genial.

Cassie deu de ombros.

–Pelo menos eu tentei.

Fred deu uma olhada na porta.

–Acho que eu consigo arrombar se alguém tiver um arame.

–Ok, alguém aí tem um arame? - perguntou Ethan.

Du revirou os olhos.

–Claro, todo mundo anda com arames por aí o tempo to...

–Eu tenho!

–Claro que a ela tem. - resmungou Du.

Passei o arame pro Fred. Sammy sempre me disse que eu devia aprender a arrombar, pro caso de um dia eu não poder usar a varinha pra isso. Acho que talvez eu deva mesmo aprender.

Fred abriu a porta e nós saímos do vagão.

–Pra que lado é a saída? - perguntou Cassie.

–Acho que é pra lá...

–O que é aquela luz vermelha piscando ali? - perguntou Ethan.

Fui até o canto do vagão ver o que era. Arregalei os olhos.

–Temos 15 minutos para sair daqui e correr pra longe. - falei.

–Por quê? - perguntou Fred.

–É uma bomba.

Du bufou.

–Uma bomba em um trem? Que clichê!

–Ah, qual é? Se era pra morrer de um jeito pouco criativo preferia que fossem paredes se fechando. Bem mais legal. - reclamou Cassie.

–DA PRA PARAR DE RECLAMAR DA TENTATIVA DE ASSASSINATO QUE MANDARAM E SE CONCENTRAR EM NÃO MORRER? - gritei.

Eles calaram a boca.

–Ok, vamos até o próximo vagão e tentamos ver a saída.

Passei para o vagão seguinte, que tinha uma porta aberta pra fora.

–Ah, que fácil.

Fui na direção da porta, mas assim que cheguei perto uma placa de metal desceu bloqueando a saída (e quase me decapitando também).

–Talvez não tão fácil assim. - observou Ethan.

Olhei pra trás e vi que a porta que levava pro vagão onde a bomba estava também estava bloqueada.

–E os outros? - perguntei.

–Ainda estão do outro lado. - respondeu Ethan.

Fui até a porta.

–Hey, tudo bem aí? - gritei.

–Não! - ouvi Cassie dizer do outro lado.

–O que aconteceu?

–Acabei de perceber que não temos comida! E eu estou com fome!

Revirei os olhos.

–Admito que seja um acontecimento extremamente trágico mas não era bem disso que eu estava falando.

–Ah, fora o fato de que estamos prestes a explodir... tudo ótimo!

–Quanto tempo ainda temos? - gritou Ethan.

–Doze minutos! - Du gritou de volta.

–Para abrir a porta, responda a pergunta. - disse uma voz robótica de operador de telemarketing.

Do lado da porta apareceu uma telinha e um teclado. Na telinha lia-se a pergunta: "Que som a raposa faz?".

–Ta de brincadeira.

* * *

–Quanto tempo? - gritei.

–Quatro minutos!

Depois de tentar todos os sons possíveis pra uma raposa, ainda estávamos presos na porcaria do trem.

–Tem uma coisa que eu quero tentar... - disse Ethan.

–Vai fundo. - respondi, me jogando em um canto do vagão.

Ethan digitou alguma coisa no teclado. A porta fez um bip e abriu. Levantei do chão.

–O que você...

–Apertei o caps lock e digitei: JÁ FAZ MAIS DE UM ANO! ACEITEM! NUNCA SABERÃO!

–Faz sentido...

Saímos correndo do trem. Dois minutos depois ouve um barulho auto e o trem inteiro foi envolto em uma nuvem rosa. Quando a nuvem baixou, o trem estava encharcado de tinta rosa e purpurina.

–SÉRIO? ESSE ESTRESSE TODO PRA ISSO? - gritei.

Nesse instante um bando de ornitorrincos raivosos saiu correndo do trem e passou por nós.

–Mas...

–Malditos ornitorrincos mal-treinados! - resmungou o cara da capa roxa, saindo das sombras -Bom, a ideia era vocês lutarem com os ornitorrincos mas já que não deu certo...

Ele estalou os dedos e nós fomos transportados para os portões de Hogwarts.

Luke e Sammy chegaram correndo nos portões.

–O que vocês... - comecei.

–Longa história! Contamos depois. Vamos logo pro castelo que eu preciso dormir. - disse Sammy.

E nós entramos.