Capítulo 13

A batalha que estava ocorrendo na Fortaleza era ouvida por todas as criaturas próximas ao local. Ruídos de explosões e de paredes sendo derrubadas faziam todos temerem o que poderia vir a seguir.

– AFASTEM-SE! – o Ente Antigo travava uma batalha colossal contra Víctor, ora derrubando-o, ora sendo derrubado.

– O QUE É QUE A GENTE FAZ AGORA?! – Elesis estava perdida no meio daquela situação. Era óbvio que, caso Víctor ganhasse, eles teriam que lutar contra ele. E se ele ganhasse da Grand Chase, o mundo inteiro iria pagar. Mas se o Ente Antigo ganhasse e Víctor resolvesse falar para ele sobre a profecia... bom, o mundo ainda iria pagar do mesmo jeito.

– CORRE PRA CÁ! – Lass puxou o braço da garota, e, juntos, correram até um pilar (que não sei como) que ainda estava inteiro.

– Vamos nos envolver nessa briga? É mais provável que sejamos pisoteados! – Ryan estava agarrado ao machado, temendo que ele fosse derrubado no meio da confusão.

– Não vamos desistir ago... AAHH!! – um pedaço do pilar foi arrancado por uma lança e quase acertou Sieghart.

– Chega, vamos entrar nessa luta e acabamos primeiro com Víctor – Jin estava olhando para o lado em que se encontravam o Ente e Víctor.

– E se o Ente quiser briga, a gente acaba com ele depois – Elesis puxou a espada da cintura, por pouco não acertando Lire.

– Certo, então precisamos ir logo ou os dois vão tentar nos matar – Amy pegou os chakram que Arme trouxera para ela.

O grupo se dividiu. Porém, Sieghart ainda ficou ali.

– Sieghart? – Mari o chamou, pois o rapaz estava com os olhos fixos nela. Nem chegou a sacar a espada ou fazer qualquer movimento... até agora.

O imortal puxou o braço da garota e a beijou. Mari não esperava aquele beijo, mas o retribuiu. Juntaram suas mãos, sem se importar com a luta.

– Mari... – a garota deu um raro sorriso e soltou a mão dele, dizendo em seguida:

– Eu te amo.

Sieghart, a princípio, ficou espantado com a reação de Mari, mas logo relaxou e também sorriu para ela. O momento, porém, foi interrompido por um lanceiro que foi jogado contra o pilar. Aquilo foi o suficiente para derrubar uma parte da parede, fazendo com que a batalha descesse até a floresta.

Tiveram que desviar e, com isso, começaram a lutar.

Ronan usava tanto os poderes arcanos quanto sua espada para derrubar quantos fosse necessário; mas ele estava travando uma luta bastante difícil. O lanceiro contra quem ele lutava carregava não só a lança, mas também carregava um escudo místico, o que fazia com que as habilidades arcanas do rapaz não funcionassem contra ele.

– Vai ser assim então? – o rapaz levantou a espada até que ela ficasse acima de sua cabeça. Depois, golpeou o escudo com tudo.

O lanceiro manteve o escudo erguido até que sentisse a força do golpe. Nem mesmo ele podia negar que Ronan tinha muita força.

– PARECE QUE... VOCÊ ERROU – o lanceiro não conseguia disfarçar a tensão na voz. Apesar do golpe não ter dado resultado nenhum no momento, poderia acontecer algo depois.

Ronan não falou nada, apenas continuou golpeando o escudo com força. O lanceiro fazia o possível para se proteger sem ter que depender do escudo. Enquanto lutavam, derrubavam tudo o que os atrapalhava, fosse inimigos ou aliados.

Depois de alguns minutos lutando assim, os dois pararam e começaram a descrever um círculo, sempre observando atentamente os pés do inimigo, para evitar um ataque surpresa.

Porém, o lanceiro perdeu a concentração por um momento. Ronan aproveitou esse momento e golpeou o lanceiro. Ele não conseguiu erguer o escudo a tempo e foi acertado na cabeça, evaporando pouco depois.

Mari e Amy lutavam juntas contra algumas harpias, que surgiram prontas para defender seu senhor. A dançarina fazia o possível para acertá-las com seus chutes, porém, sendo ela uma lutadora de curto alcance sem seus chakrams, a garota estava praticamente indefesa.

– Amy, você me cobre enquanto eu atiro nas harpias – Mari puxou seu livro e conjurou os canhões.

– NÃO SOMOS TÃO ESTÚPIDAS, MENINA! – uma das harpias girava em círculos em torno das duas – ESQUECEU QUE JÁ USOU ESTE TRUQUE CONTRA AS MINHAS IRMÃS E A MIM? NÃO VAMOS CAIR NESSA ARMADILHA NOVAMENTE!

– Tsc, ela está certa – Mari fechou o livro e os canhões desapareceram.

– MARI, MAS O QUE ESTÁ FAZENDO? – Amy detestava ficar encurralada, mas não podia lutar e proteger a amiga ao mesmo tempo.

– ATACAAAR!!

Mari deu um sorriso cínico quando as harpias se lançaram. Ela levantou o livro e começou a golpeá-las. Amy entendeu o plano de ataque da tecnomaga e, já que elas voavam baixo, também começou o ataque.

– GYAAH!! MAS O QUE ESTÃO FAZENDO?! – as harpias gritavam ao serem atingidas e derrubadas pelos golpes das duas garotas.

– Saiam daí! – um oak puxou uma harpia que estava caída no chão e a usou como arma, acertando Amy na cabeça.

– Essa não... – Mari ouviu Ryan dizer, não muito distante dela. O motivo: os oaks surgiram como reforços, atrapalhando ainda mais as lutas individuais.

– Em quem temos que bater?

– Em qualquer um que atrapalhar nosso caminho e do mestre Víctor!

– Ah, qualé, calem a boca! – Ryan pulou por cima dos oaks, e foi ajudar Amy e Mari.

A dançarina começou a xingar o oak que a acertou com a harpia, mas não perdeu o ritmo.

– Ryan, eu dou um jeito aqui. Vai ajudar a sua irmã! – Elesis juntou-se ao trio, ignorando os oaks que estavam atrás dela. O druida fez um sinal afirmativo com a cabeça e foi ajudar Lire, que estava encurralada por lanceiros.

– Muito bem... ESPADA DE FOGO!

Ao usar o golpe, chamas vermelhas saíram da espada, atingindo os oaks e algumas harpias que se levantavam. No entanto, isso não impediu outros de tomarem seus lugares.

– Elesis, a gente tem que juntá-los e acabar com todos de uma única vez! – Mari ajudava Amy a se levantar, enquanto tentava formular algum plano.