Domingo de manhã a van da restart foi me pegar na minha casa. Confesso que nunca passei tanto tempo escolhendo uma roupa na minha vida.

- Bom dia família. - entrei na van. Eu não acredito que os chamei de, família?!

- Não acredito que você nos chamou de família. - Lanza fez um sinal para eu sentar entre ele e o Thominhas.

- Eu tô passando mal. - coloquei minha cabeça no ombro do Thomas.

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- Relaxa, é normal. - Lanza acariciou meus cabelos. Eu estou ficando íntima deles ou é impressão minha?

- Preparada para hoje? - Pe Lu esfregou as mãos.

- Minha resposta sincera, sincera? -eu disse e Pe lu confirmou com a cabeça. - Não. - gargalhei.

- Vai ter música nova pra esse show. - Pe Lanza ajeitou seu chapéu.

- Posso ouvir?- perguntei

- Não.

- Posso saber por quê? - cruzei os braços

- Porque ela lembra muito vo... - Pe Lu ia falar mas Koba pigarreou

- nós compomos ela ontem , de noite. Mas você só vai saber no show - Thominhas disse.

- Nossa, valeu hein, que amizade - Me referi rindo ao Thomas.

-amizade? - Lanza fez biquinho. - Até antes de ontem a Manu te odiava.

- Tivemos um papo legal ontem. - Thomas olhou para Lanza, que o fuzilou com os olhos.

- Ok ! Não importa! - cantarolei e bati uma palma, reparando o clima pesado.

Foi ficando um clima muito pesado entre o Pe Lanza e o Thominhas. Eu, Koba e Pe Lu percebemos e, ficamos quietos.

Chegamos na frente da Via Funchal, as garotas começaram a bater na van, e olhar pela janela com insulfilm, enquanto a van passava lentamente.

Os meninos colocavam as mãos para fora da janela, e quase eram puxados para fora. Eu só admirava rindo a imagem de eles serem quase mortos.

- Os cinco dedos estão ai? - brinquei com o Lanza.

- Um, dois, três, quatro, cinco. - Ele brincou, contando seus dedos.

Entramos por trás. Era tudo muito estranho para mim.

- Ok, meninos, vocês vão para lá, onde é o camarim de vocês . - Ela apontou para uma porta, com um papel impresso grudado, com o logo da banda. - Manuella, por favor me acompanhe.

- Tu-tudo bem. - Olhei para o Thomas, e ele piscou, e mexeu os lábios dizendo "vai dar tudo certo"

A Mulher me levou até a ponta de um corredor. Espera, estava escrito meu nome numa folha impressa lá. Espera de novo! Eu tenho um camarim?

- Eu tenho um camarim? - engasguei.

- Claro que tem - A mulher deu uma risada suave

Empurrei a porta de leve. Era tudo MUITO lindo. Pode ser lindo pra mim, a primeira vez que entro num camarim de um lugar que preste. Uma mulher radiante, com roupas pretas olhava para mim.

- Ah, essa é sua maquiadora. - A moça que estava comigo apontou para a de preto. - conseguimos roubar do Pedro Lucas. - ela deu outra risadinha

- Oi. - Dei um sorriso.

- Oi querida! - Ela deu dois tapinhas na cadeira acolchoada de salão de beleza.

Foi para lá e me sentei na cadeira. Nunca fiquei tanto tempo me maquiando. Mas no final valeu a pena, eu estava muito linda.

- Eu estou muito linda! - me levantei da cabeça e comcei a fazer caretas no espelho.

- Você acha que o Pedro Lucas é mais bonito do que é por quê? - ela deu uma risada.

- Então descobri o segredo dele. - Também gargalhei

- Vinte minutos. - Pe Lu apareceu na porta.

- Nossa, foi só falar... - Olhei para a maquiadora, e ela riu.

- Aliás, você está muito linda. - Ele sorriu.

- Obrigada. - disse, ajeitando meus volumosos cabelos pretos com corte "emo".

- Ah, vem cá ficar com a gente.

- Ok, eu vou. - dei um tchau para a maquiadora e fui atrás de Pe Lu. - eu tô passando mal ! - coloquei a mão na barriga

- Relaxa ! - ele colocou a mão em meu ombro.

Entramos no camarim. E os vinte minutos NUNCA passavam. Ficamos aprontando lá no camarim, e eu apareci na twitcam que os meninos estavam fazendo ante do show começar. Ele explicou tudo sobre a foto que saiu nos jornais, e eu só balancei a cabeça.

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- Fala aí galera. - dei um tchauzinho pra câmera. - Hoje vou abrir o show da minha família - sorri.

- Pois é, a partir de hoje ela vai fazer MESMO parte da família. - Thomas me abraçou.

- Pedro Lanza, tem uma menina querendo entrar, diz que conhece vocês. - Um segurança deles abriu a porta.

- E como ela é? - me intrometi.

- Tem os cabelos meio ondulados, é branquinha, bem magra... - ele ia continuar.

- É a Alícia. - Olhei para o Thomas.

- Deixa ela entrar. - ele sorriu.

- Manuella, tá na hora de você entrar no palco! - A mesma moça que me levou para o camarim apareceu na porta.

- Boa sorte. - Pe Lanza sorriu e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

- Obrigada. - peguei a mão dele.

Levantei e fui seguindo a moça. Eu suava tanto que por um momento pensei se eu era mesmo uma humana, ou um chuveiro.

- O Thomas pediu para a gente te dar um microfone especial. - a moça abriu uma espécie de armário e pegou um microfone cheio de brilhantes.

- Lindo. - Sorri.

A moça sorriu e abriu uma porta, para onde dava uma escada. Eu, em pânico, comecei a subir a escada.

- é a primeira vez que eu estou aqui com vocês... - Disse, com o pé no último degrau.

- Boa noite, nova família ! - Gritei, quando cheguei atrás do palco e cheguei na frente de todos

Naquela hora fiquei com muita tontura, ao olhar para todo o público, mesmo sem me conhecer, gritando e prestando total atenção em mim. Mesmo assim, consegui vencer meu nervosismo e cantei umas músicas. Umas que eu escrevi e outras de outros artistas, para não deixar o pessoal "boiando".

Meia hora de músicas, e saí do palco. Fui lá para trás, e vi os coloridos chegarem atrás de mim.

- Você foi maravilhosa no palco. - Pe Lanza disse para mim.

Eu não tinha percebido, mas o Thomas estava abraçado com a Alícia. Devia ser porque quando saí, as luzes se apagaram.

- Manu! - Alícia veio me abraçar. - Arrasou, emo !

Os homens que estavam preparando o palco saíram. E os meninos iam entrar no palco.

- Boa sorte, Lanza! - abracei ele, e senti o cheiro daquele perfume maravilhoso novamente.

Thominhas deu um beijo na bochecha da Alícia, e veio me abraçar.

- Arrasa nessa bateria. - Disse com o som da minha voz abafada, na camisa dele.

dei um abraço no Koba e no Pe Lu, e eles entraram no palco e, as luzes começaram a piscar.

- Boa noite galera ! - Lanza gritou e o público foi ao delírio.

Percebi que a Alícia quase chorava. Era difícil ela acreditar que estava atrás do palco no show dos meninos que ela mais amava.

- Muito bem, hoje nós vamos começar com uma música completamente inédita. - Lanza completou e a platéia gritou de novo.

- Era para eu estar aí no meio, fazendo coração para eles. - Alícia me cutucou e eu comecei a rir.

O toque estilo Reggae começou, e o Thomas ficou olhando para mim, já que a bateria ficava no fundo. Eu já entendi o que ele queria dizer. ESSA era a música que eu não podia escutar na van.

- Essa história começa assim "ó". E ela tem um jeito de fingir que nunca gosta de ninguém, esconde os sentimentos, fala que tá tudo bem, nunca se entregou e acha que é melhor assim. - Pe Lu começou a cantar.

- Diz que não quer, tá sempre emburrada e fala que eu pego no pé, não aceita carona e ainda me chama de mané, não importa o que aconteça, eu sei que vai sobrar pra mim. - Pe Lanza continuou, dando umas pequenas olhadas para trás. PARA MIM.

Eu não notei. Mas Alícia me cutucava toda hora que ele cantava. Thomas também olhava para mim e olhava para o Lanza.

- Eu acho que o Lanza tá gamado em você, emo. - ela disse, me olhando pelo canto dos olhos.

- Se isso for verdade pega um revólver agora e me mata. - revirei os olhos, prestando atenção na música, e desviando o olhar quando o Lanza olhava para mim.

- Ah, eu sei que você gosta. - Ela provocou e ficou em silêncio.

- E eu sei, que a vida é uma só, e a gente tem que deixar valer, Correr atraz fazer acontecer, E eu sei, que a gente pode ser um só, Eu e você numa melhor, Vou te mostrar como tem que ser. - Nessa parte, o Lanza cantou o refrão todo olhando para mim.

Espero que o que a Alícia disse não seja verdade.