Colegas de Quarto

Conflitos


Fim de semana, normalmente era os únicos dias de toda a semana que não havia barulho no apartamento. Sirius adorava dormir até tarde, James aproveitava a luz do dia para ir até o terraço do prédio e tirar algumas fotos da cidade. Marlene adorava correr até sua cafeteria preferida para pegar o café da manhã que ela almejava a semana inteira e Lily aproveitava o apartamento vazio para poder arrumar a bagunça que todos deixavam jogados.

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Porém, naquela manhã de outono, da mesma forma que a noite anterior havia sido, essa rotina havia mudado. Sirius não estava dormindo, James não estava tirando fotografias, Marlene não estava em sua cafeteria preferida e Lily não estava arrumando o apartamento.

Sirius e Marlene estavam na cozinha fazendo o maior barulho que conseguiam, tentando cozinhar qualquer coisa. O barulho que faziam era devido à gritaria que vinha da sala, onde James, Lily e Emmeline estavam. Desde do dia anterior, quando Emmeline ouviu o namorado falar que ele e a ruiva haviam se beijado, a gritaria havia começado e ninguém pudera sair do apartamento desde então.

Dormir também não era uma opção. As cordas vocais de Emmeline eram tão finas e estridentes que seu grito, além de ser mais alto do que qualquer pessoa que Sirius havia ouvido, chegava ser irritante, impedindo-os de dormir.

— Eu preciso do meu café da manhã, Black. – Marlene resmungou massageando suas têmporas.

— Eu estou tentando! – Ele exclamou olhando para o pó de café derramado na pia e a água fervendo no fogão. – Não é tão simples assim, como eu vou saber que a água está quente o suficiente?

— Fácil, jogamos na cara da Emmeline e vemos se ela fica sem rosto. – A loira murmurou, fazendo Sirius sorrir. – Como que ninguém ainda chamou a polícia? Quer dizer, estamos nisso há um dia inteiro! Alguém tem que ter ouvido.

Sirius adicionou o pó no filtro de café e deu de ombros.

— Na verdade, os andares são quase que a prova de som. As paredes entre apartamentos também, mas os vizinhos se mudaram uns dias atrás, então estamos praticamente isolados do resto do prédio.

Marlene levantou os olhos para o moreno pela primeira vez desde que haviam chegado na cozinha naquela manhã. Sirius percebeu que ela estava irritada, além de exausta.

— Você está me dizendo que tem um apartamento vago onde não há Emmeline entrando o tempo todo? – Sirius concordou lentamente. – Aposto que consigo aluga-lo.

— O que? – Ele se manifestou. – Não! Vocês não podem se mudar!

— Por que não?

— Por que vocês moram aqui! – Ele disse já se exaltando. Marlene se levantou e se aproximou dele com uma sobrancelha arqueada. – Quero dizer... Vocês... Tem um contrato! Isso! Não pode quebrar um contrato, tem multas altíssimas e você nem tem um emprego direito.

Marlene abriu a boca para retrucar, mas o alarme de seu celular tocou e ela olhou para o objeto assustada.

— Puta merda! – Ela xingou baixinho e correu para seu quarto, para se arrumar, deixando Sirius sozinho com um café aguado.

—____________________________________________________

A sala estava completamente uma bagunça. Havia vasos quebrados, almofadas jogadas para todos os lugares, abajures no chão, retratos com vidros quebrados no chão... O local estava praticamente destruído devido a fúria de uma certa pessoa.

Emmeline não parava de falar. Gritar, na verdade. Enquanto James e Lily estavam sentados no sofá, a garota andava de um lado para o outro, xingando, gritando, falando tudo que podia para os dois, não se importando se os magoassem ou os ofendessem.

— ... DEPOIS DESSE TEMPO TODO DE NAMORO, EU PENSAVA QUE VOCÊ ME RESPEITAVA, MAS PELO VISTO NÃO, NÃO É? QUERO DIZER, BEIJAR OUTRAS GAROTAS? E AINDA POR CIMA ESSA GAROTA? – Lily levantou a sobrancelha. – SE AINDA FOSSE UMA MULHER BONITA OU SEXY, EU ENTENDERIA UM POUCO. HOMENS TEM NECESSIDADES, MESMO EU ATENDENDO TODAS AS SUAS DE TODAS AS FORMAS POSSÍVEIS! E ESSA AQUI? O QUE ELA TEM A OFERECER? ELA NÃO É BONITA OU SEXY OU...

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— CHEGA! – Lily se levantou com o rosto todo vermelho de raiva. Seus dedos estavam fechados em um punho e seus olhos transmitiam ódio e irritação. – Emmeline, nós estávamos bêbados. Não o beijei por livre e espontânea vontade ou por que estava atraída por ele. Nos beijamos por que somos idiotas e eu sei que isso não é desculpa, mas aconteceu.

Emmeline começou a abrir a boca para retrucar, mas Lily foi mais rápida.

— E quem você pensa que é? – Ela continuou dando um passo para frente, a enfrentando. – Quem você pensa que é para me ofender dessa forma? Melhor que eu? Não, você não é. E também não é pior, somos iguais e você deveria me tratar no mínimo com respeito.

— Respeito? – A morena riu sarcasticamente. – Por sua causa, estou com um belo par de chifres na cabeça.

— E devo dizer que combina com você. – Marlene disse sorrindo quando entrou na sala, se dirigindo para a porta. Ela estava usando um dos vestidos que ela mesma tinha feito e estava realmente muito elegante.

Emmeline olhou para a loira de cima a baixo com desprezo.

— E onde você vai vestida como uma qualquer desse jeito? Dar para o primeiro na rua?

Marlene sorriu e se aproximou da morena com um sorriso no rosto.

— Eu? Apenas vou me encontrar com Dorea Potter. – Ela jogou seus cabelos para trás. – Um bom dia para você chifrudinha.

E ela saiu do apartamento calmamente. Emmeline respirava ódio, ficando cada vez mais brava com tudo que estava acontecendo. Ela então se aproximou subitamente de Lily, levantando a mão para dar um tapa em seu rosto, mas James foi mais rápido e segurou o braço da namorada antes que ela completasse o ato.

James olhou para a namorada bravo.

— Lily, pode nos dar licença um pouco? – A ruiva concordou, saindo pela janela da sala, subindo pela escada de incêndio em direção ao terraço do prédio.

O moreno desviou o olhar da janela e voltou a olhar para a namorada. Ele soltou seu braço e suspirou.

— Emme... Desculpe. De verdade. Eu não quis trair você, mas aconteceu e eu me sinto horrível por causa disso. – A garota ficou em silencio, mas com um ar triunfante de seu escândalo ter feito sucesso. – Mas não justifica você ter destruído minha sala e quase ter agredido Lily. Isso é inaceitável.

— Não, inaceitável é você ter me prometido que nada disso iria acontecer com as suas colegas de quarto. E aconteceu.

— Como se você fosse inocente perto do Sirius. – Emmeline deu um passo para trás, surpresa. – Não haja com tanta surpresa. Ele me conta, eu vejo acontecer.

A garota se afastou do namorado, o olhando nervosa.

— Não tente fazer isso minha culpa, Potter. Eu nunca traí você. – Ela pegou sua bolsa do chão e vestiu seu casaco. – Está na hora de você escolher entre sua namorada e essas garotas estúpidas que moram com você. E se você escolher a mim, você está mais que bem vindo para morar comigo. Caso o contrário, estamos acabados.

Sem mais o que dizer, a garota saiu do apartamento, deixando James sozinho com inúmeras dúvidas em sua cabeça.

—____________________________________________________

O local de trabalho dos Potters deixou Marlene surpresa. Ela sabia que eles tinham dinheiro, mas não sabia que era tanto assim.

Normalmente, em prédios comerciais, cada andar era para uma empresa. Um andar para advocacia, outro para contabilidade, outro para um setor totalmente diferente, entre outros e todos eram de vários donos. Mas o que Marlene estava vendo era um prédio inteiramente dos Potters.

Advocacia Potter, Contabilidade Potter, Consultório Potter, Odontologia Potter, Seguradora Potter, entre outros.

Marlene entrou e foi diretamente para o andar que Dorea trabalhava: Advocacia Potter.

Ficou alguns segundos no elevador até chegar ao 8º andar e na maravilhosa recepção. A loira nunca estivera tão impressionada com um lugar antes.

A recepção era exatamente o que se via assim que colocava os pés para fora do elevador. Havia uma grande parede branca com POTTER escrito em dourado e em letras enormes. A bancada da recepção ficava logo a frente da parede, e era uma bancada branca e redonda, onde uma mulher morena estava sentada no telefone e mexendo no computador.

Ao lado da bancada, havia dois sofás pretos enormes, para as visitar, com mesas a frente cheios de revistas e ao lado, bem no canto, havia uma cafeteira e alguns aperitivos.

— Hm... Com licença? – Marlene parou na frente da recepcionista. A mulher desviou o olhar do computador e sorriu para ela.

— Em que posso ajudar?

— Meu nome é Marlene McKinnon e.... Bem, eu não tenho certeza se está como uma hora marcada, mas Dorea Potter pediu para encontrá-la.

A recepcionista sorriu e apontou para o sofá, dizendo que iria chamar a chefe. Marlene sentou-se e esperou alguns instantes. Ela estava nervosa. Dorea disse que iria ajuda-la... Mas ajuda-la em que exatamente? Processar a antiga chefe? Vingar-se de Emmeline, mesmo ela não sabia que a morena estava no meio?

— Marlene minha querida! – A senhora apareceu sorrindo e de braços abertos. A garota levantou e abraçou-a. – Fico feliz que aceitou minha ajuda. Vamos para a minha sala.

A loira a seguiu para uma das enormes salas que havia. A de Dorea era incrivelmente enorme. Como a recepção, o local era também branco, porém com vários quadros pendurados. Sua mesa se localizava no meio da sala, e espalhado pelo resto do cômodo, havia algumas poltronas, uma estante cheia de livros, algumas plantas e um banheiro privado no canto do local.

Marlene sentou-se na cadeira em frente à mesa de Dorea, enquanto ela sentava do outro lado. Em cima da mesa, Marlene percebeu, além de materiais de escritórios típicos, havia alguns porta-retratos. O primeiro era de Dorea e Charlus juntos. Em seguida havia um do casal juntos com Sirius e James e por fim, um porta-retratos duplo, com duas fotos: Uma de James e Sirius menores e outra dos dois juntos na idade atual. Marlene sorriu vendo que mesmo Sirius não sendo realmente parente de sangue de nenhum dos Potters, ainda era incluído como se fosse realmente filho e irmão.

Dorea percebeu o olhar para as fotos e sorriu.

— Meus meninos... Sempre tão bonitos e arrumando encrencas. – Ela apontou pra a foto dos dois menores. – Nesse dia, James inventou que seria a melhor coisa do mundo fazer Sirius de cachorro. Os dois adoraram tanto a ideia, que a brincadeira chegou ao ponto de James subir em cima de Sirius, como você vê na foto. – Dorea abriu um sorriso maior e olhou para Marlene. – No fim do dia, tivemos que levar Sirius para o hospital por ter quebrado a mandíbula depois de não aguentar mais o peso de James e ter caído direto com o queixo no chão.

Marlene fez uma careta.

— Eu era mais ou menos assim. Fui mais uma adolescente rebelde do que uma criança encrenqueira... Apesar de ter meus momentos. – A loira sorriu olhando para a mulher à sua frente. – Então... Em que exatamente a senho-, desculpe, você irá me ajudar?

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Dorea sorriu.

— Marlene, você tem talento. Isso não é segredo. O vestido que você arrumou para mim? Eu conheço a pessoa que fez o design e mostrei a ela o que você fez.

A loira abriu a boca em descrença.

— Espere... Você mostrou as modificações que eu fiz para (Apolline Delacour)? Ah meu Deus, ela deve ter....

— Adorado? Achado que o que você fez com aquela peça foi a coisa mais inovadora que ela havia visto? – Perguntou sorrindo e se encostando na cadeira. – Sim, com certeza.

Marlene ficou sem o que dizer por vários minutos. Não tinha o que dizer. O que Apolline Delacour tinha dito sobre seu trabalho... Era um does melhores elogios que uma pessoa apenas começando na carreira podia receber. Não que adiantaria muito, uma vez que seu futuro já estava destruído devido sua antiga chefe.

— Tudo bem... Então...

— Eu consegui uma entrevista para você amanhã as 9 da manhã.

— O que? – A morena disse surpresa abrindo um grande sorriso. – Muito obrigada senhora Potter! Eu não sei o que eu fiz para merecer isso.

A matriarca sorriu bondosamente para a loira.

— Você apenas merece, Marlene.

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Ao ir para a sala, não esperava encontra-la tão destruída. Quer dizer, ele conhecia Emmeline e sabia que ela era a maior rainha do drama e que fazia de tudo para que o mundo ao redor dela virasse seu palco, mas não imaginava que esse desastre que ele encontrara ia ser tão catastrófico.

Iria dar meia volta para falar com James, mas percebeu a janela da saída de incêndio aberta e ele sabia que um dos lugares preferidos de James para estar sozinho era lá em cima. Resolveu então fazer companhia para o amigo.

Subiu então a escada de incêndio para o telhado e encontrou uma pessoa lá, mas não era James. Era Lily. Sirius ficou sem saber o que fazer por um momento. Não tinha tanta intimidade com Lily como tinha com Marlene ou James. Não sabia muito bem como falar com ela, uma vez que sempre que ele estava em casa, ela estava trabalhando ou quando os dois estavam em casa, ela estava trancada em seu quarto escrevendo alguma matéria.

Mas ao ver que a garota estava chorando, não conseguiu dar mais um passo para trás e deixa-la sozinha.

— Tudo bem, Lily? – Ele perguntou andando até ela e sentando-se ao seu lado. A ruiva negou com a cabeça limpando suas lagrimas com sua blusa. – Eu sei que Emmeline é meio difícil, mas...

— Meio difícil? – Ela perguntou olhando para o garoto. – Marlene é meio difícil. Emmeline é impossível. Eu não sei como eu vou aguentar mais um segundo morando naquele apartamento. Eu mudei da minha casa no momento que fiz 18 anos para ficar longe da minha irmã e acabar com esse tipo de abuso.

— Você tem 18? – Ele perguntou incrédulo. Lily revirou os olhos e sorriu.

— Eu tenho 22. A mesma idade que você. Pensei que tinha lido minha ficha para alugar o apartamento.

— Nah, perguntei para o zelador quais eram as candidatas mais bonitas e ele entregou a ficha de vocês duas. – Ele respondeu dando de ombros. – E dei sorte.

A ruiva sorriu. Eles ficaram em silêncio por um momento. Sirius passou a mão na cintura dela e a abraçou enquanto ela apoiava a cabeça em seu ombro. O silêncio prevaleceu por vários minutos, até que Lily resolveu perguntar o que estava preso em sua garganta.

— Como James acabou com alguém como Emmeline?

Sirius demorou um pouco para responder.

— Ela é uma boa pessoa. – A ruiva o encarou. – Ela é! Olhe... Eu a conheci quando comecei a faculdade. Ela era tímida e quieta e ninguém dava atenção a ela, até que uma prima dela a transformou em uma pessoa bonita. Com o tempo, ela foi sendo chamada para sair e ao perceber que tinha o poder em cima dos garotos, infelizmente eu fui um deles, e se tornou desse jeito. Largou a faculdade, começou a trabalhar em uma agência de modelo e sumiu por um tempo. Vários meses depois, eu viajei para fora da cidade para resolver um problema de família e fiquei fora por três semanas. Quando eu voltei eles estavam namorando.

— Então você não sabe como eles se conheceram? – Ele concordou. Lily piscou os olhos sorrindo docemente. – E você vai me contar?

O garoto riu.

— Só por que sua cara de pidona é bonitinha. – Ele disse sorrindo. – Bem, eles se conheceram enquanto James trabalhava. Ela é modelo, como você sabe, e em um ensaio nu da revista, ela chamou a atenção dele. Saíram algumas vezes e acho que uma semana depois estavam namorando. Como eu não estava na cidade para saber disso, não pude avisá-lo antes de sair com ela.

Ela levantou uma sobrancelha.

— Isso é....

— Estranho? Eu também achei, mas não questionei. Emme não fala nisso, então o assunto morreu. – Lily abraçou o braço de Sirius, e aconchegando mais. Ficaram mais um tempo em silêncio só observando a cidade, quando Sirius notou o céu.

— Você quer entrar? – Ele murmurou. – Acho que vai chover.

A ruiva concordou e ambos se levantaram, voltando para o apartamento. Ao entrarem, viram que a sala estava impecável. Não havia mais nenhum vestígio da destruição que Emmeline havia feito. Sem nada quebrado, nada desarrumado e tudo em seu devido lugar.

Sirius se despediu de Lily, avisando que iria passar na academia para pegar algo que esqueceu, e a garota foi para a cozinha, sentindo um cheiro maravilhoso vindo da cozinha. Encontrou em cima da mesa, um bolo de chocolate, ainda quente, com um bilhete do lado.

Liguei para Marlene. Ela disse que chocolate era o seu favorito. Aproveite e desculpe de novo.

James.

Ela sorriu e cortou um pedaço grande de bolo, pegou dois garfos e se dirigiu para o quarto de James, que estava aberto. Ele se encontrava deitado em sua camisa, com o travesseiro em cima de seu rosto. Ela subiu na cama e retirou o objeto dele.

— Você sabe que se sufocar até a morte não vai fazer seus problemas sumirem.

— Eu posso tentar. – Disse encarando o teto. – Desculpe pela Emmeline.

— Não é sua culpa. – Falou entregando um garfo para o moreno. – Vamos, sente e coma comigo.

Ele fez o que ela pediu, pegando um pedaço de bolo e comendo.

— Ela quer que eu escolha entre vocês e ela. E se eu escolher vocês, ela terminará comigo. Caso eu escolher ela, não falo mais com vocês e me mudo para a casa dela.

Lily ficou em silêncio comendo seu bolo sem saber o que falar. Ela não queria que o moreno fosse embora. Ele era uma das melhores pessoas que ela conhecera desde que mudara para NY e estava ficando cada vez mais próxima dele, não gostaria de vê-lo ir embora.

— Você quer que eu saia para você pensar melhor? Eu posso deixar o bolo.

— Obrigado, Lily. – Disse com um pequeno sorriso em seu rosto. Lily sorriu de volta e voltou para a cozinha.

—____________________________________________________

Marlene estava na academia onde Sirius trabalhava. Ele não estava a serviço hoje, o que não importava para a loira, tudo que precisava era se exercitar e tirar o estresse dos seus ombros.

Estava muito animada por Dorea ter conseguido uma entrevista de emprego para ela em uma das melhores estilistas. Diferente das outras, ela tinha certeza que se sairia bem nessa entrevista e que conseguiria o emprego. A conversa com Dorea havia ajudado muito com a sua confiança.

Quando terminou de correr na esteira, resolveu tomar um copo d’água. Foi para o canto da sala e bebeu três copos até matar a sede.

Começou a andar em direção até a próxima máquina quando ouviu um barulho dentro do armário mais próximo. Chegou mais perto e ouviu gemidos.

— Isso... Ah, professor Black. – Uma mulher disse dentro do armário. Marlene se afastou da porta.

Professor Black? Era Sirius ali?” ela pensou. Alguns segundos depois, a mulher saiu totalmente vestida, como se nada tivesse acontecido, mas Sirius continuou lá dentro.

A loira contou até dez e entrou sem fazer barulho. Sirius estava sentado no chão, pelado e se tocando. Ela sorriu.

— Então quer dizer que após o sexo, Sirius Black ainda não está satisfeito? – O moreno abriu os olhos assustado e logo se cobriu. – E ainda com vergonha? Esse deve ser um dia terrível para você.

— O que você está fazendo aqui?

— O que você está fazendo aqui? – Ela perguntou. – Pensei que fosse seu dia de folga.

Ele deu de ombros enquanto se trocava. Marlene não tirava os olhos do garoto.

— Tenho contrato livre, tiro folga quando quiser e venho trabalhar quando quiser. – Ela revirou os olhos e foi caminhando para fora do armário, mas Sirius foi mais rápido a pegando pelo braço e a puxando e a prensando contra a parede. Ele estava ainda sem camisa e com a calça desabotoada.

— Então, gostou do que viu, McKinnon? – Perguntou com uma voz rouca que Marlene achou muito sexy. Não deixando perceber que estava excitada com a aproximação, ela apenas levantou uma sobrancelha.

— Do que? De você brincando com seu minúsculo amiguinho? – Ele parou de sorrir imediatamente e ela, sabendo que havia tocado em sua ferida, se desvencilhou de seus braços. – Não muito. – Ela então se aproximou de seu rosto e mordeu o lábio inferior dele, se afastando logo em seguida. – Até mais Black.

E então se retirou do armário, o deixa o desejo de Sirius crescer mais ainda por ela.