- Não quero ir na frente com esses dois e o gato gigante! - resmungava Gokudera-kun, enquanto Yamamoto-kun tentava acalmá-lo.

- Calma, calma. Não vamos ficar discutindo aqui, o garoto disse que estamos atrasados, vamos nos apressar.

- Não me diga o que fazer! - Gokudera-kun se virou e subiu na carroagem, já pegando as rédeas que estavam presas ao Uri. - Vão ficar aí? Você disse que estamos atrasados, então vamos logo!

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Yamamoto-kun deu uma breve risada, mas logo subiu na carroagem também, segurando Lambo-chan.

Mesmo eu estando em um outro \"mundo\", esses dois não mudaram em nada, as discussões bobas ainda continuavam. E isso, de alguma forma, me fazia sentir como se nada tivesse mudado, mesmo eles não me conhecendo. Logo, a carroagem começou a andar, e eu, a ficar nervosa. Eu não podia deixar a Lal me ver no baile, senão, ela me expulsaria de lá.

- Por que está tão pálida? - disse o bebê.

- Ahn... Nada, não se preocupe. - respondi.

Ele ficou me observando por alguns instantes, mas logo direcionou sua atenção para aquele camaleão, fazendo-o se transformar em vários objetos diferentes. Pra passar o tempo, acho.

Enquanto a carroagem-abacaxi andava, eu ficava olhando pela janela, ainda com aquele medo de ser reconhecida, mas ao mesmo tempo, ansiosa para ver Mukuro-sama. Fiquei tão perdida em meus sentimentos no momento, que mal pude ver o tempo passar.

- Reborn-san, acho que chegamos. - disse Gokudera-kun. O bebê colocou a cabeça para fora da janela, para se certificar.

- É aqui mesmo, mas vamos avançar mais um pouco.

- N-nós... Já chegamos...? - eu disse, trêmula.

- Sim, e a festa parece estar boa! - respondeu o bebê, sempre brincando.

A carroagem finalmente parou, bem em frente ao grande portão. Eu podia ouvir a música que vinha de dentro do local, começando a ficar ainda mais trêmula. Gokudera-kun desceu da carroagem e abriu a porta, esticando a mão para mim.

- Vamos, senão você se atrasa mais.

- E-eu... Eu não posso ir! - olhei para o bebê.

- Por que não? Você quer rever o Mukuro, não é? - indagou o Boss.

- E-eu... - eu não sabia o que responder, por um lado eu queria muito vê-lo, mas por outro, achava que isso não daria certo.

- Ninguém irá te reconhecer, se é o que teme. - respondeu o bebê. - Pode ir sem medo, tudo dará certo, confie em mim.

Olhei para ele com os olhos marejados, mas eu sabia que podia confiar, então, segurei na mão de Gokudera-kun e saí da carroagem. Observei aquela enorme casa, toda iluminada, e aquele tapete vermelho estendido no chão.

- Obrigada... - olhei para trás, sorrindo.

- Já disse que não precisa agradecer. Mas, antes de ir, quero lhe dizer uma coisa. - o bebê havia ficado sério, então, desceu da carroagem, vindo até mim. - Essa transformação é limitada, portanto, você terá até a meia-noite para ficar no baile. Após as doze badaladas, você voltará a ficar como estava.

- Meia-noite? Entendi... - respondi.

- Certo! Vamos ficar algumas quadras daqui, esperando você, e jogando cartas.

- Cartas, Reborn? Eu não sei jogar cartas! - disse o Boss. O bebê suspirou, logo pulando no ombro dele.

- Você não sabe nada mesmo... Mas enfim, aproveite o baile, Cinderela. - ele sorriu para mim. Pensei em discordar do nome, mas, apenas agradeci.

- ...Mas eu estou com fome! - gritou Lambo-chan, enquanto Yamamoto-kun tentava acalmá-lo.

- Tsc, ele acordou. Bem, estamos indo. Antes da meia-noite, hein? Não se esqueça. - Reborn-san sorriu para mim, então, Boss fechou a porta da carroagem, Gokudera-kun foi para a frente da mesma, a guiando, e foram embora.

Fiquei parada, apenas observando tudo. Haviam várias garotas no local, então, decidi entrar no salão. Comecei a andar, em passos lentos, todos olhavam para mim e cochichavam as vezes, mas não me importei, continuei em frente.

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Parei na porta do salão, várias garotas estavam aglomeradas por todo o lugar, até que consegui encontrar Bluebell e Lal, encostadas na parede ao fundo. Estranho, M.M. não estava lá com elas... Olhei para o meio do salão e lá estava M.M., dançando com... Mukuro-sama!?

Os dois dançavam lentamente, pareciam estar conversando também, mas, ao trocarem de passo, Mukuro-sama acabou me vendo na porta, o que o fez parar de dançar. M.M. havia falado algo para ele, mas ele nem se importou, soltou da mão dela e começou a andar em minha direção, sorrindo. Comecei a corar, ele concerteza ia pedir para dançar comigo... E agora?